Depois daquela infeliz experiência em Weimar com uma
vizinha turca (aquela mesma, a chata do Karaio), onde paguei todos os pecados
hereges que cometi em minha santíssima vida, eis que uma vez mais o destino me brinda
com uma amizade vinda de Istanbul. Dessa vez, é amiga mesmo. Nada que possamos
intitular como “melhor amiga” “amiga do peito” “presente de Alá”... Primeiro
porque não tenho mais 15 anos, e segundo porque não sou imbecil (acho que não sou),
para investir adjetivos em uma amizade antes que a mesma complete, pelo menos,
uns dois anos de existência.
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10 erros que você NÃO deveria cometer no WhatsApp, mas certamente comete…
Questão de bons modos...
Checando algumas das tantas
condutas e reações que o WhatsApp provoca nas pessoas, resolvi escrever esse
post na tentativa de aprimorar o comportamento da massa (a minha e a dela).
PS: Essa cartilha foi formulada a
partir de fatos reais.
Atitudes que não o farão ficar mais bonito:
Fobia de conversas com estranhos no elevador...
O pai entra com uma menina de
uns quatro anos no elevador. Teremos que subir até o décimo andar juntos. Dez
andares pode ser uma distância infinita quando se tem que percorrê-la com
desconhecidos. Olho para o pai que agora está cabisbaixo, evitando (tanto quanto
eu) aquelas conversas bizarras: Se faz muito calor ou frio, se temos chuva ou o
sol anda de torrar. Mas... Estou de bom humor nesse dia!
Completamente destreinada para
manter uma conversa infantil (mas nem por isso me sentindo menos confiante),
inicio uma conversa com a menina, fingindo ser um ser humano normal, desses que
sentem aquele latejante sentimento materno correr nas veias. Na verdade, só
quero mesmo é evitar mais uma conversa estúpida com o pai dela sobre
tempo e afins. Vendo-a com sua mochila de escola, pergunto com aquele jeitinho imbecil que
usamos para falar com cachorrinhos peludos e fofinhos:
- Foi pá aula, foi?
- Foi pá aula, foi?
- Xim!
- Aprendeu muito? Já sabe o
BeaBá?
- O que? – “Beabá?” ela
repete, confusa.
- Sabes ler? – Repito a sentença
de outra forma.
- Xim!
- Mas sabes ler tudo já? –
Insisto, esticando a conversa um ou dois andares mais.
- Um pouco – diz a menina,
começando a esconder a cabeça entre as pernas do pai cabisbaixo.
- “Um pouco”? Ah, mas um pouco
já dá para o gasto! – Digo, tentando
ser positiva e estimulante.
- O que ela disse, pai? – Ela
pergunta agora ao ascendente, usando-me em terceira pessoa, mostrando-se
bastante curiosa por compreender minha dialética pouco infantil convencional.
Tentando ser entendida antes
que um desconhecido (ainda que o pai dela) tente explicar meu clichê, corrijo:
- Aposto que já quebra um galho
esse “pouco” que você é capaz de ler! - E não sei porquê, estupidamente comicamente, simulo aspas, balançando dois dedos de cada mão encima da minha cabeça gigante.
- O que?
Esse papo furado já está me
enchendo. Minha conversa não agrada, e ainda por cima me envergonha... Estou me sentindo débil mental agora.
Sem me dar por vencida, volto a bater na tecla:
Sem me dar por vencida, volto a bater na tecla:
- Estou dizendo que certamente
você já deve conseguir ler um livro inteiro. – Digo isso de forma bem babaca, e penso na menina com
uma obra de Pablo Neruda em mãos. Meu Deuzzz! De repente lembro porque nunca converso no elevador!
Desisto. A conversa acaba e ainda
faltam dois andares para chegarmos. Não quero mais esticar a conversa. Pelo
visto, nem ela. Sorrio amarelo. Seu pai estava certo desde o princípio em
manter uma postura cabisbaixa e distante. Eu e a menina ficamos nos olhando.
Dessa vez, finjo um sorriso daqueles de quem está se derretendo pela criatura e
sua mochilinha rosa. Finjo que sou normal e que gosto de crianças; que o dia a
dia delas me interessa, que tenho algo maternal correndo dentro de mim, que toda essa conversa sem sentido teve algum valor, que normalmente não encabeço conversas sem pé nem cabeça com desconhecidos...
Ah, eu até me sinto meio
monstro social, mas não posso fazer o tempo voltar e ficar de boca fechada. Antes eu tivesse aproveitado esses infinitos segundos para fazer campanha contra o PT...
Ou melhor: Antes eu tivesse olhado a parede metálica do elevador em silêncio, durante os dez andares de viagem, como costumo fazer com esses vizinhos de prédio e seus filhos, que não me interessam em absoluto!
Ou melhor: Antes eu tivesse olhado a parede metálica do elevador em silêncio, durante os dez andares de viagem, como costumo fazer com esses vizinhos de prédio e seus filhos, que não me interessam em absoluto!
Será que só EU fecho a porta do elevador às pressas quando alguém está prestes a chegar nele? (completamente
Será que só EU me enrolo com
as compras do supermercado na garagem ao ver alguém esperando por mim com a
porta do elevador aberta? E aí digo: “Pode ir, eu tenho mais compras para tirar
do carro” (quando tudo que tenho já está ali, mas prefiro pegar o próximo
elevador, SOZINHA)!
Será que só EU desço/subo no
elevador do prédio onde moro, torcendo para ele não parar durante o percurso, e
alguém entrar nele?
Será que só EU finjo estar
procurando algo na bolsa quando estou acompanhada de desconhecidos no elevador?
Será que só EU me irrito tanto
com essas conversas vazias de elevador ao ponto de ter criado uma fobia aversão
contra elas?
Será que só EU finjo falar no
telefone quando estou no elevador com outro ser humano? PS: A dica de fingir
falar no celular também vale quando estou saindo a pé pela portaria (para não ter
que falar com o porteiro), tsc tsc tsc...
Não é fácil ser ANTI social...
Mundo animal!
Cabelos e cabeleireiros, contos e casos
Usuária de cabelos curtos há mais de três anos, entre
cortes do Chanel ao sidecut, nada mais rotineiro na minha vida do que visitar o
cabeleireiro mensalmente.
Dizem que cabelo curto é prático. A afirmação tem lá suas
verdades, porém, os cabelos curtos crescem em uma evidência maior quando
comparados aos longos, e por isso requerem manutenção constante (isso se você não
quer parecer ter um capacete na cabeça). Cabelos curtos não crescem para baixo,
mas sim para os lados, essa constatação é inegável!
Como eu e o maridex mudamos muito de lugar, dou uma
penada para conseguir um cabeleireiro de confiança assim que chegamos em uma
cidade nova. Frente a isso, vou somando histórias e experiências...
E aqui contarei duas, apesar de ter umas duzentas:
O cabeleireiro que não era viado
Depois de bater perna em alguns salões, encontrei um
que gostei, apesar dos cabeleireiros serem bem jovens e não inspirarem confiança...
Foi nesse salão, estimulada pelo cabeleireiro de 24 anos que aderi o sidecut,
depois de ter mudado o visual umas vinte e cinco vezes com o mesmo. Entre um
corte e outro, fui ficando amiga do cara... Mas quem não acredita em amizade
entre homem e mulher, é porque tem razões provavelmente justificáveis. Falando
uma tarde sobre químicas, ele me ofereceu uma com desconto, muitíssimo mais em conta. Detalhe? Eu
deveria fazer na casa dele! Bom, eu jamais pedi desconto em nada e nunca chorei
preço de serviço. Não sei por que ele me escolheu para caridade... Aliás,
talvez eu saiba. Muito burramente, um dia perguntei se os amigos dele não implicavam
com piadinhas homofóbicas por ele ser um cabeleireiro macho. Pow, a gente já
tinha intimidade para montar essas conversas mentecaptas! Estava na cara que o
cara não era boiola! Mas acho que ele, inseguro devido ao questionamento, quis
me provar algo... e por isso inventou o convite de fazermos a tal química (que
eu sequer queria) na casa dele. Ainda assim, preferi não mal interpretá-lo com
julgamentos maliciosos, que talvez jamais tivessem passado pela cabeça do
rapaz. Porém, insatisfeito com minha recusa, na visita seguinte que fiz ao salão,
na hora de lavar meus cabelos, o cara enfiou os dedos cheio de espuma nos meus
ouvidos, vagarosamente. Eu não quis levantar da cadeira e dar um pitchizao,
pois uma vez mais, jumentamente, achei que pudesse estar mal interpretando a situação.
Levantei dali como se nada tivesse acontecido e fomos cortar o cabelo. No
entanto, a sensação de mal estar foi aumentando à medida que sai dali, e
cheguei em casa. Horas depois, senti como se minhas orelhas tivessem sido
violentadas por dedos espumados de shampoo! Voltei ao salão semanas depois,
decidida a dar o troco (tardiamente) que o abusado merecia (e do qual perdi o
gol imediato), caso repetisse a ação “sensual” (Eca!!!) nos meus ouvidos, ou me
propusesse serviços particulares em
sua morada. Bom, vingança nem sempre é um prato que se come frio, pois quando
cheguei ao salão, propensa a fazer o que não tinha feito, o cara já não trabalhava
mais ali.
Fiquei me perguntando se ele coloca os dedos cheios de
espuma em outras orelhas, ou foram só as minhas... Se ele oferece serviços particulares
em sua casa, ou foi só para mim... Se ele era audacioso com outras clientes
também, ou foi apenas comigo... Outra pergunta que não me saiu da cabeça foi:
Será que em algum momento, frente a essas conversas que tínhamos o cara achou
que eu estava dando mole para ele?
Mistérios de Odete...
O cabeleireiro assexuado
Disposta a colocar umas mechinhas de megahair na
franja para encorpá-la um pouco, encontrei (por acaso) um lugar especializado
nisso. Mulher quando coloca uma coisa na cabeça tem que resolver logo. É pior
do que fogo no rabo, cruzes! A coisa tem que ser para ontem ou somos capazes de
surtar. Ao entrar no salão, escolhi o tipo e cor do cabelo, tirei dúvidas a
respeito da técnica, colocação, manutenção... e marquei hora para o dia
seguinte.
Esse dia seguinte ao que me refiro faz três dias. Cheguei
entusiasmada para colocar o Megahair, apesar de não conhecer o lugar e nenhum
dos profissionais. Foi um tiro no escuro! O cabeleireiro não parecia macho nem fêmea.
Era aquele tipo de pessoa com orientação sexual indefinida, apesar disso não ter
absolutamente nada a ver com o que estou contando... Bem, o serviço que levaria
apenas 1 hora (segundo os cálculos dele, pois seriam apenas algumas mechinhas),
levou três longas horas! Aí o cara achou que preparou pouco cabelo, e teve que
fazer mais. Depois o cara colocou mais cabelo do que minha cabeça precisava, e
teve que tirar um pouco. E não tivemos feeling algum! O cara não tinha papo, era
feião de doer, não usava uniforme ou sequer avental; o pouco que falava soava rude; permanecemos praticamente em silêncio
durante todo o tempo. A barrigona dele encostava no meu braço, e ele fungava
constantemente com aquelas narinas entupidas no meu ouvido. Apesar de lidar com
estética de cabelos, o dito-cujo tinha o próprio cabelo mais escolhambado que
fim de festa. Três horas assim: Sem conversa, com a pançona dele roçando meu braço
(sem querer), com sua respiração de hipopótamo nos meus tímpanos. Não que eu
estivesse morrendo de vontade de falar com o cidadão e saber da vida dele,
muito menos contar sobre a minha, mas para quebrar o gelo, um pouco de
gentileza e papo furado não nos faria mal. Bom, isso não aconteceu. Aí, no
final de tudo, quando ele colocou mechas a mais e precisou tirá-las, comecei a
ficar irritada, pois o troço doeu para chuchu, e para um amador em megahair
como eu, a sensação é que estavam arrebentando o topo da minha cabeça em uma
espécie de lobotomia capilar saída dos infernos. Comecei a ficar com raiva, com
muita raiva... Tive até taquicardia. E à medida que metiam o alicate para tirar
a cola dos cabelos, puxando-os de lá para cá, minha raiva se transformava em
fúria e eu queria metralhar o lugar inteiro. Na hora de cortar os cabelos, o
cara descambou de vez, e saí de lá como se fosse um integrante da banda Kiss, ou algo mais ou menos assim:
Cada
vez que o malleedito passava a escova nas mechas, ele quase arrancava os
brincos da minha orelha. E quanto a isso me refiro umas quarenta vezes! Durante todo o tempo que estive lá, não entrou sequer uma alma viva no estabelecimento. Nem
lembro se agradeci quando deixei o lugar...
PS1: Gentemm, independente do serviço que se presta (e isso serve desde a estética à construção), o
cara pode até trabalhar bem, ser um excelente profissional e o escambau a
quatro, mas o cuidado com a própria aparência e no trato com cliente é fundamental,
né? Saber falar, usar um uniforme se for o caso, atender ao telefone gentilmente, ser mais
cuidadoso com o aspecto pessoal e local... podem fazer toda a diferença na hora
de fidelizar o cliente!
A exemplo do cabeleireiro de cabelo feio
que me atendeu essa semana, ele pode até ser ótimo no que faz, quem sabe mesmo até o melhor do mercado, do mundo
inteiro e de todas as galáxias, mas lá não volto não...
PS2: Aos curiosos de plantão, depois de cortar a
peruca o mega, o corte ficou assim óh:
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