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03/03/09 - 20h37 - Atualizado em 03/03/09 - 20h37

Vaga para deficiente também é válida para quem não usa cadeira de roda

Pessoa com dificuldade de locomoção pode obter selo especial no Detran.
Por lei, estacionamentos têm que reservar 2% das vagas para deficientes.

Do G1, em Brasília, com informações do Jornal Nacional

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No Brasil inteiro, as pessoas já estão habituadas a encontrar vagas de estacionamento reservadas para pessoas com deficiência de locomoção. Mas a maioria dos brasileiros ignora um detalhe: para ter direito ao uso da vaga, nem sempre o cidadão precisa usar cadeira de rodas.

 

Veja o site do Jornal Nacional

O servidor público Fábio Luís Correia Lima já perdeu as contas de quantas vezes teve que dar explicações. Ele tem uma sequela de paralisia infantil. Por isso, mesmo não usando cadeira de rodas, tem direito a vaga especial.

“No meu caso, eu tenho uma sequela de paralisia, então as pessoas acham por eu andar eu não tenho direito à vaga, então você tem que parar, explicar para as pessoas, às vezes até mostrar a própria adaptação do carro. Isso é normal, acontece diariamente”, afirmou.

Pessoas com dificuldade de locomoção podem obter o selo de estacionamento especial nos Detrans. Pacientes com câncer, por exemplo, que fazem quimioterapia. Pessoas que sofrem de algumas doenças nos ossos, que dificultam a movimentação, também podem ter direito ao benefício. Mas é necessária a avaliação de uma junta médica, que tem a palavra final em cada caso.

Por lei, todo estacionamento tem que reservar 2% das vagas para deficientes. Até dezembro deste ano, o selo para vaga especial será unificado em todo o país. Não será mais um adesivo um cartão com prazo de validade. Cada Detran vai estabelecer esse prazo.

Os Detrans já sabem que a fiscalização terá de ser reforçada. O
“Vamos ter que apertar, né, ficar mais atento ao uso dessas vagas porque sempre tem as pessoas que tentam tirar proveito da situação e usar essas vagas indevidamente”, disse o gerente de habilitação do Detran do Distrito Federal José Antônio Araújo

Não é difícil constatar o desrespeito à reserva de vagas para deficientes. O Jornal Nacional flagrou o comerciante Jorge Pereira da Silva usando indevidamente uma vaga. “Eu ‘tô’ só pra descarregar um lanche aqui, é coisa de dois minutos”, disse.

Para lidar com situações como essa, o servidor público Fábio Luís Correia Lima tem uma receita: “Muito bom humor, muita paciência principalmente, às vezes é muito complicado”.

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