Estudo Sobre Batismo
Estudo Sobre Batismo
Estudo Sobre Batismo
“E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: foi-me dada toda autoridade no céu e na terra.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu
estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt 28.18-20)
“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Mc 16.16)
1. O QUE É O BATISMO?
O batismo é um sinal de aliança com Deus. O batismo sinaliza, no reino do espírito, que aquela
pessoa tem uma aliança com Deus. O texto de Romanos 6.4 revela a simbologia do batismo: o
descer às águas (sepultamento e morte da vida passada); ao subir das águas (ressurreição e vida para
Deus). O Batismo bíblico é por imersão
.
2. POR QUE SER BATIZADO?
* É um desejo do coração de Deus Pai. Ele deseja que seus filhos demonstrem esta aliança com Ele
(João 4.1).
* É uma ordenança de Jesus (Mt 28.19). Como filho de Deus eu quero agradar e obedecer a Deus,
sendo batizado.
* Porque Jesus nos deu o exemplo (Mt 3.15). Ele disse a João Batista: “porque nos convém cumprir
toda a justiça”.
*Todos aqueles que se arrependeram dos seus pecados e desejam viver para Deus (At 2.38).
*Todos aqueles que confessam a Jesus Cristo como o seu único e suficiente Salvador (Mc 16.16).
Entretanto, alguns dizem que não precisa ser batizado para ser salvo. Eles dizem que aquele
ladrão que estava ao lado de Jesus na cruz, não foi batizado e foi salvo, pois Jesus lhe disse: “ainda
hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Temos que considerar alguns pontos:
1- O Ladrão estava na cruz, você esta numa cruz?
2- O ladrão não teve tempo de ser batizado, você não tem tempo também?
3- O ladrão estava perto da morte, você esta perto da morte também?
Este ladrão na Cruz estava simbolizando aquelas pessoas que no leito da morte se arrependem de
seu pecados e aceitam Jesus, não dando tempo, assim, para receberem o batismo. Neste único caso,
a pessoa é salva. Observe-se, também, que as crianças ainda não estão em condições de passar pela
experiência conversão/batismo, pois ainda não têm pleno discernimento do bem e do mal.
Esta pergunta foi feita a Felipe em Atos 8.35-37. A única coisa que Deus deseja de nós é a fé. A
resposta é: “é lícito se crês de TODO o coração.”
Biblicamente, no momento em que cremos (Atos 2.41; 8.38; 9.18; 10.47). A condição é crer. Não é
exigido nenhum período de prova ou de espera. Deus não exige nenhum curso. Entretanto, o novo
crente deve ter convicção de sua conversão a Cristo, e deve ser satisfatoriamente instruído com
relação às implicações concernentes ao Batismo. Ou seja, deve compreender o que significa.
* Existem empecilhos que devem ser adequadamente contornados no meio do Povo de Deus.
Muitas pessoas retardam seu batismo porque acham que não estão preparadas, ou porque não
conhecem a Bíblia suficientemente. Outros retardam o seu batismo porque acham que, depois do
batismo, eles terão de ter compromisso com Deus, isto é, a exigência fica maior.
* O compromisso da consagração começa no ato da conversão. Não é porque a pessoa é batizada
que só agora ela tem que ser correta, andar em santidade. A responsabilidade da santidade começou
no momento da decisão.
Não, mas está buscando o aperfeiçoamento em Cristo Jesus. Podemos observar o exemplo de Simão
em Atos 8.5 a 34. Ele já era batizado nas águas, porém ainda havia algumas amarras em sua vida. A
libertação é um processo. Entretanto, Felipe o batizou devido a sua fé em Cristo Jesus.
A palavra “batismo”, na língua portuguesa, surgiu pela primeira vez no novo testamento; quando
João, “o batizador”, apareceu pregando no deserto da Judeia: “... veio no deserto a Palavra de Deus
a João, filho de Zacarias. E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de
arrependimento, para o perdão dos pecados;”(Lucas 3.2b-3). Esta mesma palavra, que é
encontrada quando o Senhor Jesus é batizado (Mt 3.16; Mc 1.9; Lc 3. 21), no seu original, ou seja,
no grego em que foi escrito o novo testamento, traduz a palavra “baptizo”, que significa: mergulhar,
imergir, submergir, batizar, fazer perecer, sepultar em água. Dando-nos a compreensão de que a
pessoa, ao ser batizada, deveria mergulhar seu corpo nas águas. Como vemos no texto: “E, sendo
Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus
descendo como pomba e vindo sobre Ele.”(Mateus 3.16).
João, “o Batista”, surgiu como o precursor do Messias. Apareceu em cena como o novo Elias,
para chamar um remanescente fiel. Ele os chamava ao arrependimento e à renovação espiritual.
Pregava que em breve viria o Reino de Deus e que havia necessidade dos homens se prepararem
para o mesmo (Mt 3.1). O arrependimento era atitude necessária, e era simbolizado pelo batismo
em água.
A mensagem anunciada por João produzia no coração daqueles que a ouviam o arrependimento
de seus pecados. A Palavra de Deus é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração
(Hb 4.12). Desta forma podemos entender que, ao proclamar o batismo de arrependimento, não
somente chamava os homens a passar pelas águas, mas, principalmente, a reconhecerem seus
erros e, arrependendo-se, alcançarem remissão.
A base da pregação do batismo de arrependimento passava pelo fato de primeiramente deixar em
evidência o erro, para que o ouvinte pudesse buscar uma solução e, assim, encontrá-la no
arrependimento, tornando-se apto para o batismo (At 2.37 - 41).
No texto de Mateus 3.7-9, observamos uma certa classe de pessoas que indo de encontro ao
batismo são advertidas por João por causa de suas obras, “E, vendo ele muitos dos fariseus e dos
saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira
futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; E não comeceis a dizer entre vós mesmos:
Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos
a Abraão. E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não
produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.” Mas, porque estavam sendo advertidos desta
forma contundente? Confira em Mateus 23.1-33 as características relatadas pelo Senhor acerca de
suas más ações. É interessante notar que quando João fala aos fariseus, fala como se fossem
árvores. Em Mateus 7.16-17, quando o Senhor Jesus, nos seus ensinamentos, fala dos falsos
profetas refere-se dessa mesma maneira a eles, como árvores. Portanto, pode-se compreender que os
homens são como árvores diante dos olhos de Deus (Sl 1). Contudo, existe em nós uma natureza
que é contrária a vontade de Deus (Gl 5.17; Rm 7.15-25), e essa natureza faz com que os nossos
frutos não sejam aceitáveis diante de Deus. De acordo com o texto de Romanos, que foi colocado
como referência, subentende-se que aquilo que é produzido pela carne é condenável diante de Deus,
mas o que é produzido pelo espírito lhe é aceitável; assim temos frutos da carne e frutos do espírito,
sendo que o segundo são os frutos chamados dignos de arrependimento.
É necessário que haja em cada alma o anseio de se deixar ser transformada pela Palavra de Deus
(a água). No dicionário Michaelis, obtemos a seguinte definição para a expressão “arrepender-se”:
doer-se, penitenciar-se, mortificar-se, mudar de ideia. Assim descartamos a ideia de que aquele que
recebe o batismo pode permanecer nas obras de iniquidade. Quando fala-se de arrependimento,
deve-se fazer memória de que o fato de o pecado ser confessado é apenas um primeiro estágio para
a vida de comunhão com Deus. Todo homem que se arrepende deve deixar a prática do pecado.
Este ato é chamado de conversão: converte-se do caminho de iniquidade, que conduz à morte, para
o caminho da santidade, que conduz à vida ( Pv 28.13; At 3.19; Jó 34.31 – 32; Is 55. 6 –7; Hb
12.14; Rm 6.20 –22). Portanto, o Batismo de arrependimento ou nas águas nos ensina que devemos
nos arrepender das obras pecaminosas operadas pela carne, mudando de direção e andando em
novidade de vida, de acordo com a purificação encontrada nas águas das Santas Escrituras, que
aparece nos envolvendo no ato público do batismo nas águas. 1 Pedro 3.20-21.
Esse batismo foi por imersão. Seu desígnio inaugurava um propósito todo novo. Simbolizava que
Jesus morreu pelos nossos pecados, que foi sepultado e que ressuscitou dentre os mortos. Só era
batizado aquele que tinha feito profissão sincera de sua fé no Senhor Jesus. Nunca, em momento
algum, temos a notícia de que pelo menos um dos batizados pela igreja fosse pessoa não convertida,
ou forçada para o ato, ou qualquer recém-nascido. Consideremos o que disse Filipe para o Eunuco:
“Você pode ser batizado, se creres de todo o seu coração...” (Atos 8.37); e após a pregação de
Pedro, em Atos 2.41, vemos a Bíblia esclarecendo que “Então, os que aceitaram a Palavra foram
batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil almas“. Portanto, eram batizados
após terem a certeza de salvação e de livre e espontânea vontade. Também não era qualquer um que
podia batizar. Não vemos dizer que os membros excluídos batizaram alguém, que também os
facciosos batizaram alguém e fosse aceito, e não há nenhuma menção de que alguém tenha sido
batizado por si mesmo. Do membro excluído a Bíblia ensina a se afastar dele, e do faccioso a evitá-
lo (Tt 3.10). Assim temos que a Igreja estava com a ordenança do batismo, e só podia realizar o
batismo alguém que estivesse em plena comunhão com a Igreja biblicamente correta.
Em todo o livro de Atos dos Apóstolos nós encontramos nove casos de batismo. Analisando
todos estes casos podemos perceber um fato muito significativo. É algo comum a todos eles: em
todos os casos o batismo foi imediatamente após receberem a Palavra. Os apóstolos não esperavam
nem sequer um dia. Há alguns casos que são até estranhos. Vejamos:
No Pentecostes (At 2.38-41): batizaram três mil em um só dia. Por que isto? Por que não foram
batizando aos poucos? Por que não procuraram primeiro conhecer toda aquela gente? (havia muitos
que eram de outras cidades).
Os Samaritanos (At 8.12): o único requisito era dar crédito à Palavra do Reino e ao nome de Jesus.
Não era necessário passar por provas nem necessitavam de meses de estudos bíblicos.
O Eunuco Etíope (At 8.36-38): Era um gentio. Filipe nem o conhecia. Talvez por isso havia uma
pergunta: Há algo que impede que eu seja batizado? A resposta foi: é lícito te batizares. Novamente
não necessitava de uma escolinha para batismo.
Paulo (At 9.17,18; 22.13-16): Foi o caso que mais demorou (três dias). Mas isto porque ele estava
isolado e cego. Não havia quem o batizasse. Ainda assim, quando Ananias foi até ele, perguntou:
Por que te demoras? (22.16).
Cornélio e a Família (At 10.44-48): Aqui eram muitos gentios que Pedro não conhecia, mas eles
foram batizados imediatamente, mesmo sabendo que os judeus em Jerusalém estranhariam e
questionar (ver cap. 11).
Lídia e a Família (At 16.13-15): Novamente um batismo imediato. E era uma mulher gentia.
O Carcereiro e a Família (At 16.30-34): Este é o caso mais interessante. O vs. 25 mostra que tudo
começou por volta da meia-noite quando se sucederam uma série de acontecimentos (vs. 26-31).
Depois Paulo e Silas pregaram para toda a família do carcereiro (vs. 32). A seguir o carcereiro foi
lavar os vergões dos açoites de Paulo e Silas. E então foram batizados naquela mesma noite (vs.
33). Mas era madrugada! Para que tanta pressa? Paulo não podia nem mesmo esperar o amanhecer?
O que os apóstolos viam de tão importante no batismo para serem
tão apressados em batizar? (em alguns casos não havia público nenhum).
Crispo e Outros (At 18.8): Novamente a única condição para ser batizado era receber a palavra
(criam e eram batizados). Apesar de que aqui não fala que eram batizados no mesmo dia, também
não fala o contrário. Certamente que os apóstolos tinham uma só prática.
Os Doze Efésios (At 19.4,5): Logo que foram ensinados sobre Jesus, foram batizados. Vimos então
que a prática dos apóstolos era muito diferente do que a igreja pratica hoje. Para eles o batismo era
algo tão importante, tão fundamental e indispensável, que quando alguém recebia a palavra era
batizado imediatamente, não importando quem fosse, nem que horas eram. O que era o batismo
para eles?
Há vários textos nas cartas dos apóstolos que nos dão indicações e ensino sobre o batismo. A
maioria destes textos fala das realidades espirituais que estão associadas ao batismo, sem dizer
claramente o que é o batismo. Mas o texto de Gl 3.27 lança uma luz sobre o assunto: "Porque todos
quanto fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes". Os apóstolos não viam apenas um
batismo nas águas, mas um batismo em Cristo. Era mais que um símbolo, porque aquele que se
batizava, pela fé era unido a Cristo, mergulhado em Cristo, enxertado em Cristo e revestido de
Cristo. Alguém poderia perguntar: mas o que nos une a Cristo não é a fé? A resposta é sim. Mas o
batismo foi a maneira que Jesus determinou para esta fé se expressar e se consumar. A água do
batismo não tem nenhum poder em si mesma. Se alguém não creu, nem se arrependeu (ou também
uma criança), entrar nesta água, não acontece nada. Mas se alguém desce a estas águas com fé, pela
fé é revestido de Cristo Jesus.
Muitos na igreja hoje pensam que há duas realidades separadas: uma realidade espiritual interior
e um sinal exterior que não passa de um símbolo. Quando a pessoa crê, é unida a Cristo. Depois
vem o batismo como um símbolo do que já aconteceu. Por isso demoram tanto para batizar os
novos. Mas os apóstolos não viam assim. Eles viam que juntamente com o sinal exterior operava
uma graça interior “pela fé em Cristo” daquele que era batizado. Por isso tinham tanta urgência. A
igreja hoje trocou o sinal exterior que Jesus estabeleceu por outros sinais como "levantar a mão" e
"ir à frente".
Outro texto que também lança luz sobre o assunto é Rm 6.3. É interessante notar que aqui Paulo
fala de duas coisas: uma que os romanos já sabiam e outra que talvez ignorassem. O que eles já
sabiam? Que haviam sido batizados em Cristo (esta é a essência do batismo). O que eles
ignoravam? Que como consequência estavam mortos com Cristo (esta é uma das verdades
associadas ao batismo). Muitos têm ensinado que o batismo significa morte e ressurreição com
Cristo. Isto não deixa de ser verdade, mas confunde um pouco o próprio batismo com as suas
consequências. O batismo é basicamente uma coisa: União com Cristo; ser mergulhado n'Ele. A
morte do velho homem e a ressurreição para uma nova vida são, juntamente com outras coisas, a
consequência direta e imediata de sermos unidos a Ele.
Enumeramos abaixo realidades espirituais que estão diretamente associadas ao batismo: A morte
de Jesus é a nossa morte. Portanto estamos mortos para o pecado (Rm 6.3,4,6; Cl 2.12; 3.3), para o
mundo (Gl 6.14) e para a lei (Rm 7.4; Gl 2.19). A Sua ressurreição é a nossa nova vida: para
servimos a Deus (Rm 6.4,8,11; 2Co 5.17; Ef 2.5,6; Cl 2.12). Sua exaltação é a nossa vitória: sobre
todas as potestades (Ef 1.20-23; 2.6). Embora estes textos não se refiram ao batismo, evidenciam
que a nossa posição é n'Ele (Cristo). E foi no batismo que fomos revestidos d’Ele (Gl 3.27).
Sabemos que temos o perdão dos pecados (At 2.38). Somos lavados e purificados (At 22.16).
Aqui cabe uma pergunta: Mas o que nos purifica do pecado é o batismo ou é o sangue de Cristo?
Certamente que é o sangue de Jesus. Mas quando? Quando somos unidos a Ele pelo batismo (pois,
como vemos na prática da Igreja Primitiva, o ato do batismo era instantâneo ao ato da conversão),
somos, então, salvos (Mc 16.16; 1Pe 3.21). Somos introduzidos no corpo de Cristo que é a igreja
(1Co 12.13).
Quando estávamos no mundo éramos independentes de Deus e independentes dos homens
(ninguém tem o direito de se meter na vida de ninguém). Agora, não mais. Pela conversão/batismo
nos tornamo dependentes de Deus e submissos à sua Igreja (submissão de uns aos outros), que é o
Corpo de Cristo.
Nossa dificuldade atual de entendermos corretamente alguns textos bíblicos que tratam sobre o
batismo foi criada quando nós estabelecemos um hiato de tempo entre a conversão e o batismo,
para, quando der tempo, ensinarmos um número imenso de lições bíblicas ao novo convertido e,
somente depois o batizarmos. O problema não está na Bíblia. A Palavra de Deus nos ordena a
primeiro batizarmos os discípulos que fizermos e, na sequência, ensinarmos-lhes tudo o mais que
nela temos aprendido (Mt 28.19,20).
Precisamos atentar, também, para o que lemos em Mc 16.16: “quem crer e for batizado será
salvo”.
Obs.: parece-nos bastante significativo que um gentio, quando queria viver sob a Lei de Moisés,
tinha de ser circuncidado primeiro, para só depois ser aceito como um israelita qualquer. Na prática,
ele cria no Deus de Israel primeiramente. No entanto, enquanto sua fé não o movesse para permitir
o ato da circuncisão, que deveria ser imediato à conversão, não adiantaria muito ter crido. Ele não
receberia todos os benefícios listados nas Sagradas Escrituras. Somente com o cumprimento
integral das orientações da Lei, é que ele seria aceito como um servo do SENHOR. E isto incluía
submeter-se a um rito, um sinal externo...
13. TIPOS DE BATISMO
Destes três tipos de batismo o correto é o batismo por IMERSÃO, pois a própria palavra
BATISMO significa literalmente mergulhar, imergir ou submergir.
Ao examinarmos a Bíblia em Marcos 1.9-11 notamos no verso 10 o seguinte: “logo que Jesus
saiu da água...”. Ora, ninguém poderia sair se não tivesse entrado na água, então cremos que Jesus
“entrou” na água para ser batizado, e NÃO ficou fora da água para receber o batismo de aspersão ou
afusão. Ou seja, ele foi MERGULHADO na água. Caso contrário, se Jesus fosse batizado por
aspersão ou afusão ele teria sido batizado no templo (por exemplo) e não no rio Jordão.
Atos 8.38,39, quando o evangelista Filipe batizou o eunuco, diz: “pararam a carruagem e
desceram ambos na água”. Vemos aqui que, se o batismo fosse por aspersão ou afusão, o eunuco
mandaria que seus servos lhe trouxessem água para ser batizado. e não irem ambos ao córrego para
ser batizado, deixando claro que Filipe o batizou por imersão.
Romanos 6.4 diz: “fomos, pois, SEPULTADOS com JESUS na morte pelo BATISMO...” Ora,
como é que se sepulta uma pessoa? Em pé ou deitada? No batismo de IMERSÃO deita-se a pessoa
na água. A água aqui simboliza o “sepulcro”, a “cova” onde será “enterrada”, ou seja, afundada a
pessoa. Simbolicamente, ali ficará a velha vida de pecado e, ao sair da água, a pessoa ressurge para
uma vida de vitórias em Cristo. Concluímos, portanto, que a forma correta e bíblica para o batismo
é a IMERSÃO.
“Por esse tempo dirigiu-se Jesus da Galileia para o rio Jordão, a fim de ser batizado por João
Batista” Mateus 3.13-17, Marcos 1.9-11, Lucas 3.21-22.
Jesus não precisava ser batizado, pois Ele não tinha pecados. O batismo é para os pecadores
arrependidos. Então por que Jesus foi batizado? Jesus foi batizado para servir de exemplo para nós.
Evidentemente, há muito mais profundidade no significado do “por quê” do batismo de Jesus.
Como tem sido analisado acerca do batismo, entende-se que o simples fato de executá-lo, ou
recebê-lo, não se torna válido quando não é decorrente de uma vontade na mudança de vida. Todo
aquele que se apresenta para se tornar participante do batismo, tem que dispor em seu íntimo o
deixar ser transformado, dominado, envolvido, controlado, para que o símbolo que fora recebido em
seu corpo se torne realidade pela prática na sua vida. Para melhor entendimento basta observar o
princípio estabelecida pelo Espírito Santo através do apóstolo Tiago em sua epístola com respeito a
situação que envolve a situação da fé que deve ser demonstrada por obras, “Assim também a fé, se
não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a
tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Crês tu que Deus é um só?
Fazes bem; os demônios também o creem, e estremecem. Mas queres saber, ó homem insensato,
que a fé sem as obras é inútil? Porventura não foi pelas obras que nosso pai Abraão foi justificado
quando ofereceu sobre o altar seu filho Isaque? Vês que a fé cooperou com as suas obras, e que
pelas obras a fé foi aperfeiçoada. E se cumpriu a escritura que diz: E creu Abraão em Deus, e isso
lhe foi imputado como justiça, e foi chamado amigo de Deus. Vedes então que é pelas obras que o
homem é justificado, e não somente pela fé. E de igual modo não foi a meretriz Raabe também
justificada pelas obras, quando acolheu os espias, e os fez sair por outro caminho? Porque, assim
como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta .” (Tiago 2.17-26).
Entendeu? A mesma questão se ajusta a situação do batismo, se apenas fizermos para cumprir uma
ordenança por meio da fé, sem que essa obediência feita por fé venha gerar obras dignas de
arrependimentos, nada mais é do que um banho em público.
Para uma melhor compreensão, tomemos como exemplo o caso da circuncisão. Em Romanos
2.25-29, encontramos o apóstolo Paulo ensinando um princípio interessante: “Porque a circuncisão
é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão
se torna em incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a
incircuncisão não será reputada como circuncisão? E a incircuncisão que por natureza o é, se
cumpre a lei, não te julgará porventura a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei?
Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.
Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo
louvor não provém dos homens, mas de Deus”. Paulo ao escrever tais palavras acerca da
circuncisão demonstra que todo homem que decide circuncidar-se deve andar segundo a Lei para
que a circuncisão tenha algum valor, pois se não houver a prática da Lei, o circunciso se tornaria
como o incircunciso por causa da transgressão. E nisto encontramos o princípio ensinado pelo
Espírito Santo: Todo aquele que se submete a carregar em si um sinal, deve também submeter-se a
andar de acordo com as regras decorrentes deste ato voluntário. Assim também podemos dizer
acerca do batismo, a partir do momento que voluntariamente, alguém decide se tornar participante
deste, deve buscar dia após dia aprender a como viver aquilo que professa ser. Do contrário, o
batismo perde o seu valor.
CONCLUSÃO
O ensino sobre o Batismo nas águas é fundamental para todo o crente, porque é uma doutrina
básica do Evangelho. O Batismo é uma das ordenanças que Jesus Cristo deixou à sua igreja.
Portanto todos devem ser batizados, reconhecendo o ensinamento do Senhor. Ao obedecermos a
Deus integralmente, nós é que seremos beneficiados com uma vida mais próxima a Ele, com
orações respondidas, revestimento espiritual e confirmação da nossa adoção de filhos de Deus. É
uma atitude de fé. É imprescindível ser batizado.