PASOS43
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PASOS43
Revista de Turismo
y Patrimonio Cultural
www.pasosonline.org
www.pasosonline.org
Edita / Publisher:
Instituto Universitário de Ciencias Politicas y Sociales
Universidade de La Laguna (Tenerife, España)
Periodicidad / Publication:
Quadrimestral / Three times annualy
Imprimir / Print:
Clássica
ISSN 1695‑7121
D. L. TF 2059‑2002
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural es una traducción a inglés), Introducción, los apartados que se estimen
publicación en web que se especializa en el análisis académico oportunos, Conclusión, Agradecimientos (si fuera pertinente) y
y empresarial de los distintos procesos que se desarrollan Bibliografía.
en el sistema turístico, con especial interés a los usos de la Cuadros, Gráficos e Imágenes: Los artículos pueden
cultura, la naturaleza y el territorio, la gente, los pueblos y sus incluir cualquier grafismo que se estime necesario. Deberán
espacios, el patrimonio integral. Desde una perspectiva inter estar referidos en el textos y/o situados convenientemente y
y transdisciplinar solicita y alienta escritos venidos desde las acompañados por un pie que los identifique. Pueden utilizarse
ciencias y la práctica administrativo‑empresarial. Su objetivo colores, pero ha de tenerse en consideración la posibilidad de
es cumplir con el papel de foro de exposición y discusión de una publicación en soporte papel en blanco y negro.
metodologías y teorías, además de la divulgación de estudios y Abreviaturas y acrónimos: Deberán ser bien deletreados y
experiencias. Pretende contribuir a otros esfuerzos encaminados claramente definidos en su primer uso en el texto.
a entender el turismo y progresar en las diversas formas de Citas y Bibliografía: En el texto las referencias bibliográficas
prevención de efectos no deseados, pero también perfeccionar la harán referencia al autor y el año de publicación de la obra
manera en que el turismo sirva de complemento a la mejora y citada. Por ejemplo: (Smith, 2001) o (Nash, 1990; Smith, 2001).
desarrollo de la calidad de vida de los residentes en las áreas Cuando se considere necesaria una cita más precisa se indicará
de destino. el número de página (Smith, 2001: 34). La lista bibliográfica al
final del texto seguirá el orden alfabético de autores, siguiendo
PERIODICIDAD (números de carácter ordinario): ENERO; el formato:
ABRIL; OCTUBRE Smith, Valene L. y Brent, Maryann
Para simplificar el proceso de revisión y publicación se pide a 2001 “Introduction to Hosts and guests revisited: Tourism issues
los colaboradores que se ajusten estrictamente a las normas of the 21st century”. En Smith, Valene L. y Brent, Maryann
editoriales que a continuación se indican. (Eds.), Hosts and guests revisited: Tourism issues of the 21st
Entrega de originales: Los trabajos deberán ser incorporados century (pp. 1‑14). New York: Cognizant Communication.
a la plataforma de gestión de la revista, previo registro del Smith, Valene L.
autor principal, en www.pasosonline.org/ojs 1998 “War and tourism. An American Ethnography”. Annals of
Metadatos: Deben incorporarse todos los metadatos solicitados Tourism Research, 25(1): 202‑227.
en el registro del trabajo incorporado, incluyendo los datos Urry, J.
referentes a los autores y en el apartado Resumen el realizado 1990 The tourist gaze. Leisure and travel in contemporary
en el idioma original y, seguido, en inglés. societies. London: Sage.
PASOS. Revista de Turismo e Património Cultural é Quadros, gráficos e imagens: Os artigos podem incluir
uma publicação web especializada na análise académica e qualquer grafismo que se ache necessário. Deverão estar
empresarial dos destintos processos que se desenvolvem no referenciados com o número correspondente no texto e
sistema turístico, com especial incidência nos usos da cul- acompanhados por um título que os identifique. Podem
tura, da natureza e do território, nas gentes, nos povos e nos utilizar‑se cores; porém, a considerar‑se a possibilidade de
seus espaços, no património integral. A partir de uma pers‑ uma publicação em suporte de papel serão usadas apenas a
pectiva inter e transdisciplinar solicita e encoraja escritos preto e branco.
provenientes desde as ciências sociais à prática administra- Abreviaturas e acrónimos: Deverão ser bem definidos na
tiva empresarial. Tem como escopo cumprir o papel de foro primeira vez que forem usados no texto.
de exposição e discussão de metodologias e teorias, além da Citações e bibliografia: No texto as referencias
divulgação de estudos e experiências. Pretende ainda contribuir bibliográficas terão que reportar o autor e o ano da publicação
para a compreensão do turismo e o progresso das diversas da obra citada. Por exemplo: (Smith, 2001) ou (Nash, 1990;
formas de prevenção de impactes não desejados, mas Smith, 2001). Quando se considere necessário uma referencia
também contribuir para que o turismo sirva de complemento mais precisa deve incluir‑se o número da página (Smith,
à melhoria e desenvolvimento da qualidade de vida dos residentes 2001: 34). O aparato bibliográfico do final do texto surge
nas áreas de destino. consoante a ordem alfabetizada dos autores, respeitando o
Periodicidade de números ordinários: Janeiro; Abril; seguinte formato:
Outubro Smith, Valene L. y Brent, Maryann
Para simplificar o processo e revisão de publicação pede‑se 2001 “Introduction to Host and guest revisited: Tourism
aos colaboradores que se ajustem estritamente ás normas issues of the 21st century”. En Smith, Valene L. y Brent,
editoriais que a seguir se indicam. Maryann (Eds.), Host and guest revisited: Tourism
Metadados: Devem ser indicados todos os metadados issues of the 21st century (pp.‑14). New York: Cognizant
solicitados no registo do trabalho incorporado, incluindo os Communication.
dados referentes aos autores e, em separado, o resumo no Smith, Valene L.
idioma original seguido de uma versão em inglês. 1998 “War and tourism. An American Ethnography”. Annals
of Tourism Research, 25(1): 2002‑227.
TEXTO A INCORPORAR Urry, J.
1990 The tourist gaze. Leisure and travel in contemporary
Formato do arquivo: O arquivo a incorporar deverá estar em
societies. London: Sage.
formato MSWord (*.doc; *.docx) ou OpenOffice Writer (*.odt)
Para outro tipo de publicação terá que ser sempre referenciado
Idioma: Os trabalhos serão publicados no idioma em que
o autor, ano, título e lugar do evento ou publicação e um
sejam entregues (espanhol, português, inglês ou francês).
standard para documentos electrónicos, indicando endereço
Margens: Três centímetros em todos os lados da página.
e data de acesso.
Grafia: Deverá utilizar no texto a letra Times New Roman ou
Originalidade: Requere‑se o compromisso. tanto da
Arial, tamanho 10, ou similar. Nas notas utiliza‑se o mesmo tipo
originalidade do trabalho, como o de o texto não ter sido
de letra em tamanho 9. Não utilizar diversidade de fontes nem
remetido simultaneamente para outros suportes para
de tamanhos. Se desejar destacar alguma palavra ou parágrafo
publicação.
dentro do texto deve utilizar a mesma fonte em cursiva.
Direitos e Responsabilidade: É importante ler a secção
Notas: Serão sempre colocadas no final, utilizando o mesmo
“Declaração Ética” no sítio da web da revista. Os autores
tipo de letra do texto (Time New Roman ou Arial) tamanho 9.
serão os únicos responsáveis pelas afirmações e declarações
Título: O trabalho deve ser encabeçado pelo seu título em
proferidas no seu texto. À equipa editorial da PASOS reserva‑
minúsculas e bold.
‑se o direito de utilizar em edições compilatórias sucessivas os
Não devem incluir‑se no documento dados do autor. Por
artigos editados. Os textos são publicado ao abrigo da licença
baixo deve ser inscrito o título em inglês. É aconselhável que
Creative Commons, pelo que poderão ser reproduzidos como
o título não ultrapasse os 100 caracteres (incluindo espaços)
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Resumo: Deve constar um resumo do artigo (120 a 150
PASOS Revista de Turismo e Património Cultural (www.
palavras) no idioma em que está escrito e a sua tradução em
pasosonline.org). A integração em publicações que implique
inglês. Para os artigos escritos em inglês deve incluir‑se a sua
a alteração do arquivo original requererão a autorização
tradução em espanhol.
expressa do autor e da Comissão Editorial PASOS.
Palavras‑chave: Incluem‑se 5‑7 palavras‑chave sobre o
Uma vez comunicada a ACEITAÇÃO do texto para
tema principal e a sua correspondente tradução para inglês.
publicação, os autores devem completar o formulário
Texto: Este deve apresentar o espaçamento de 1,5 ter uma
disponível na secção “Declaração de direitos” e remetê‑lo
extensão de cerca de 5 000 a 9 000 palavras paraartigos e
pelo correio electrónico da revista.
3 000 a 5 000, tanto para opiniões e ensaios como para notas
Processo de revisão: É importante ler a secção “Processo
de investigação, incluindo título (e a sua correspondente
de revisão” no sítio web da revista. Todos os trabalhos serão
tradução para inglês), Palavras‑chave (e a sua correspondente
submetidos e avaliados por pares anónimos externos à
tradução para inglês), Introdução, as notas que se entendam
revista. Os autores serão notificados dos resultados da revisão
oportunas, Conclusão, Agradecimentos (se se justificarem) e
realizada mediante uma ficha‑ resumo da arbitragem.
Bibliografia.
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Índice
Editorial
Jose Antonio Fraiz Brea “La constante evolución del turismo: innovación, 739
tecnología, nuevos productos y experiencias”
Artículos
Valerià Paül Carril Assessing visitor satisfaction with a pioneering 741
Noelia Araújo Vila agritourism project: vegetable tourism in the
Pablo de Carlos Villamarín Parc Agrari del Baix Llobregat (Barcelona)
Laura Rodríguez Cid Las Agencias de Viajes ante la influencia de las 829
José Antonio Fraiz Brea Redes Sociales en el turismo. El caso de Ourense.
David Ramos Valcárcel
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Nota de investigación
Lidia Blanco Cerradelo Propuesta de indicadores de recursos de 947
Mª Isabel Diéguez Castrillón competitividad turística en los espacios
Ana Gueimonde Canto naturales protegidos
Reseña de publicaciones
Diego Rodríguez‑Toubes Turismos de interior. Planificación, 965
comercialización y experiencias
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Editorial
La industria del turismo es un sector en continuo cambio y evolución, fruto de las actuales tendencias
que el consumidor turístico demanda. Se está ante un consumidor, el turista, cada vez más informado,
y en consecuencia, mucho más exigente, teniendo internet un papel vital en dicha circunstancia. El
turismo es un mercado global y cualquier turista tiene a golpe de click de ratón información de cualquier
destino turístico del mundo, alojamiento concreto, atractivo turístico o de un restaurante. Hoy en día los
turistas consumen y comparten sus experiencias, ya sea en redes sociales, blogs o webs especializadas
(TripAdvisor, Booking…). Es mucha la información al alcance de todos, pudiendo comparar y elegir
aquello que más se adapta a los gustos y preferencias particulares, familiares o de grupo.
Pero el actual turismo no es sólo el poder conocer las experiencias de otros, sino el buscar y encontrar
experiencias nuevas y propias. Este cambio de mentalidad es también una realidad turística, en la
que el consumidor busca tipos de turismo nuevos, emergentes, no los clásicos modelos demandados por
todos. De ahí que, en un intento de satisfacer a segmentos diferenciados o incluso nichos de mercado
hasta ahora no cubiertos, se creen continuamente nuevos productos turísticos o se complementen de
modo atractivo y con cierto matiz innovador los hasta ahora existentes.
Fruto de todo ello, la investigación en turismo es cada vez más amplia y enriquecedora, haciéndose
incluso necesaria la organización de eventos o encuentros en que los investigadores de este campo puedan
por un lado dar a conocer sus avances y por otro conocer los avances de sus colegas investigadores.
Todo ello con el objetivo de contribuir a una investigación conjunta y global, fructífera para el campo
del turismo.
Con el fin de dar cabida a estos expertos y especialistas del turismo y avanzar de manera conjunta en
el estudio del turismo, surgen organizaciones como AECIT (1994), la Asociación Española de Expertos
Científicos en Turismo. Tal y como se establecen en sus estatutos, entre sus objetivos se encuentran “el
fomento y desarrollo de cauces que permitan la consecución de niveles elevados de cualificación profesional
y de desarrollo tecnológico en la educación y gestión turística, y de excelencia en el sector turístico”,
“el intercambio de know-how turístico y la cooperación técnica a nivel internacional y nacional” o “la
sensibilización de la sociedad respecto a la importancia de la investigación para la actividad turística”.
Además del desarrollo de las actividades en sí de la asociación, ésta viene celebrando desde el año 1995
un encuentro anual para que precisamente los investigadores puedan compartir sus conocimientos
y progresos. El turismo siempre tiene cabida en estas jornadas, pero año a año se propone un tema
específico objeto de estudio; un tema actual y relevante.
Por otra parte, son cada vez más las jornadas y congresos que aún no siendo exclusivos de turismo,
integran dentro de sus áreas de estudio el turismo, llegando a convertirse éste en referente en lo que
respecta a la recepción de comunicaciones.
*
E-mail: [email protected]
Así, se presentan en el número especial de esta revista aportaciones del XVII Congreso de AECIT
(Carballiño, 2012) y las XXV Jornadas Hispanolusas de Gestión Científica (Ourense, 2015). En el primer
caso, el lema fue: “Creación y desarrollo de productos turísticos: innovación y enfoque experiencial”.
En el segundo caso, “Tendiendo puentes entre la investigación y la transferencia de conocimiento”,
teniendo un peso relevante el turismo, ya que más de 25 comunicaciones fueron recibidas en esta área.
El presente número especial de la revista PASOS, Revista de Turismo y Patrimonio Cultural, recopila
precisamente 13 de los mejores trabajos presentados a los eventos mencionados, de ahí, que tenga por
título “La constante evolución del turismo: innovación, tecnología, nuevos productos y experiencias”.
Entre los trabajos recopilados se encuentran temas como la aparición de nuevos productos turísticos,
como el holeriturismo, la influencia de las redes sociales en este actual mercado online, necesidades
formativas tecnológicas, nuevas tecnologías turísticas o aspectos de relevante importancia como segmentar
el mercado en función de las actitudes del consumidor. A ello se añaden dos notas de investigación
que continúan abordando dicha temática, como el turismo experiencial, y dos reseñas entre la que se
encuentra la del libro Turismos de Interior, que abarca un amplio abanico de turismos dentro de este
tipo emergente.
Finalmente, quiero agradecer el apoyo, confianza y paciencia del director de la Revista, Agustín
Santana Talavera, así como la oportunidad concedida para elaborar este monográfico, fruto de un trabajo
previo en los dos eventos científicos internacionales mencionados; y en los que he tenido la importante
colaboración de Noelia Araújo Vila, sin la cual este proyecto editorial no se haría realidad.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 741-755. 2015
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Abstract: Among the major changes that have occurred in the tourist sector in recent years, of particular
note has been the constant emergence of new products that seek to satisfy the needs of tourists demanding
new kinds of consumer experiences. A good example of this is agritourism, in which the tourist participates
in the typical activities of a working farm. This study focuses on a recent variant of this type of tourism,
known as vegetable tourism (or holeriturismo in Spanish). Specifically, an assessment is undertaken of a
pioneering project in Spain on an agricultural park: the Parc Agrari del Baix Llobregat (Barcelona). Based
on the information obtained from a survey conducted in the Park itself, the degree of visitor satisfaction with
the various activities they experience is analysed. Using non-parametric statistical methods, the study seeks
to determine whether the visitors’ socio-demographic profile and their knowledge of the concept of vegetable
tourism have a significant impact on their assessments.
Keywords: agritourism, vegetable tourism, Parc Agrari del Baix Llobregat, non-parametric statistical
methods, satisfaction.
*
Universidad de Santiago de Compostela (España); E‑mail: [email protected]
**
Doctora en Dirección y Planificación del Turismo. Investigadora y profesora invitada del Dpto. de Organización de Empresas
y Marketing (Universidad de Vigo); E‑mail: [email protected]
**
Universidad de Vigo (España); E‑mail: [email protected]
1. Introduction
Peri‑urban agricultural spaces have gradually been converted into places for the practice of a range of
leisure, recreational and tourist activities. Thus, the farmers’ traditional tasks are today being undertaken
alongside other activities such as hiking and running (Bryant et al., 1982; Bryant and Johnston, 1992).
The direct result of these changes has been the emergence in these spaces of the activities of agritourism,
which have evolved considerably so that today they encompass the full participation of tourists in the
tasks of a working farm, including the tasting of the products that are harvested and produced on it.
This combination of leisure activities and agriculture does not require any particular investment, since
it is based on an existing infrastructure: that of agriculture and the land. Furthermore, agritourism
contributes to the conservation of an area’s farming, inasmuch as it “consumes” the products of farming
as well as its places of production (Paül and Araújo, 2012; Michelin et al., 2007).
Clearly, a key element here is the management of the public use of these peri‑urban parks (Arnberger
and Brandenburg, 2007). The leisure and recreational activities that were first to emerge at the urban
edge were primarily walking, cycling and running. However, in more recent times, there has been a
growing awareness of the need to promote more original initiatives to develop tourism and the public
use of peri‑urban agricultural parks, so that tourists might become more familiar with the agricultural
nature of these spaces. It is this need that the agritourism sector has responded to, although in general
the sector has been associated with quintessentially rural areas and not peri‑urban areas (Paül and
Araújo, 2012). In the Mediterranean region, peri‑urban agriculture corresponds largely to its market
gardens and orchards (Meeus, 1995), which means that agritourism should be based around horticultural
crops, i.e. fruit and vegetables. From here we derive the Spanish term used in the Mediterranean of
holeriturismo, from the Latin Holus meaning vegetable + tourism, that is, vegetable tourism, and
which basically involves the exploration of the region’s market gardens and orchards. According to
unpublished documents of the Parc Agrari del Baix Llobregat (Baix Llobregat Agricultural Park) – in
which this variety of tourism has been a pioneer project – this variant of agritourism can be defined as
the tourism that takes as its point of reference and main element of interest market garden vegetables
and, by extension, fruit and all their associated qualities of flavour, colour and texture, etc., as well as
the traditional practices employed by the farmers in their cultivation. In short, the aim is to disseminate
a better understanding of the region’s market gardens.
The large body of literature that has concerned itself with agritourism (Hoyland, 1982; Frater, 1983;
Murphy, 1985; Pearce, 1990; Bowen et al., 1991; Hilchey, 1993; Viñals, 1999; Mesa, 2000; Przezbórska,
2003; Hernando et al., 2003; Phillip et al., 2010) has tended to focus its attention on what the sector
can offer. Moreover, the few studies examining demand in the sector have tended to examine tourism
in rural areas and not specifically agritourism (Kastenhold et al., 1999; Frochot, 2005; Molera and
Albaladejo, 2007; Park and Yoon, 2009; Oh and Schuett, 2010). Drawing on survey information, this
literature identifies different segments of tourists in relation to the benefits sought and determines
their profiles as a function of their socio‑demographic characteristics or patterns of behaviour while
on holiday. However, from a review of this literature it quickly becomes apparent that little is known
about the profile of the consumers of agritourism or their opinions about this type of tourism, essential
information to provide the necessary feedback for those that promote this sector. This paper seeks to
fill this gap.
Based on the fundamental principle of marketing according to which all products have to satisfy the
needs, desires and wants of the consumer, the concept of market segmentation emerges. This means
“viewing a heterogeneous market as a number of smaller homogeneous markets, in response to differing
preferences, attributable to the desires of customers for more precise satisfactions of their varying
wants’’ (Smith, 1956, p.6). This strategic choice has enabled firms in many sectors to successfully tackle
constant changes in consumer behaviour.
A fundamental concern when undertaking such segmentation is the definition of the variables on
which it will be based. Frank et al. (1972) proposed a classification of these variables that remains an
essential reference in the field, as is evidenced by a number of recent studies including Li et al. (2011)
and Radder and Han (2011). This classification identifies two levels, that of generality (general and
brand specific) and that of objectivity (observable and unobservable), as shown in Table 1.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Valerià Paül Carril, Noelia Araújo Vila, Pablo de Carlos Villamarín 743
General Specific
−− Demographic: gender, age,
marital status... −− Usage frequency and situation
−− Socio‑economic: income, −− Brand and store loyalty
Observable
occupation, education… −− State of adoption
−− Geographic: nationality, región, −− Type and place of purchase
habitat…
−− Perceptions
−− Personality traits
−− Expectations
Unobservable −− Personal values
−− Preferences
−− Lifestyle
−− Attitudes
Source: own elaboration based on Frank et al. (1972)
According to the literature, segmentation analysis begins by examining the variables (objective and
general) included in the northwest quadrant, or more specifically those that define the socio‑demographic
profile of the consumer. Indeed, a central concern of this paper, which seeks to fill gap in the litera-
ture on agritourism, is the delimitation of the socio‑demographic profile of the tourist or visitor who
participates in the activities associated with this type of tourism. The analysis also takes into account
other segmentation variables (specific and subjective) that lie in the southeast quadrant of the proposed
model, that is, the degree of knowledge that tourists have of the agritourism product being examined.
Unsurprisingly, there is considerable consensus to the effect that consumer familiarity with a particular
product category influences the assessments consumers make of novel versions of that product (Alba
and Hutchinson, 1987; Zhou and Nakamoto, 2007). In short, by analysing whether different consumer
groups make significantly different assessments, valuable information can be obtained that promoters
can use to improve the design and subsequent acceptance of a product.
This paper examines the vegetable tourism initiative undertaken by the Parc Agrari del Baix
Llobregat (Barcelona, Spain). Planned in 2008, it was launched as a pilot project in 2009, to determine
the degree of acceptance by tourists and visitors as well as by the farmers of the area. Exploiting the
park’s typical resources, and in an attempt to link tourism to them, a range of activities are offered
that make up an integrated tourism product:
•• Visits to farms specializing in one particular crop, in order to learn more about the specific vegetable
and the landscape in which it is grown and to hear the explanations of the farmer.
•• Exhibitions dedicated to the specific vegetable in a specially designed interpretation centre.
•• Product tasting/production workshops.
•• Visits to restaurants in the area where dishes can be tasted using the vegetables grown in the park.
•• This is the first agritourism experience designed by a peri‑urban agricultural park in Spain, as
well as being the only one to be exclusively known as a vegetable tourism project. The pioneering
nature of the present case gives added interest to this research.
The remainder of the paper is organised as follows. In the next section the methodology employed is
outlined, including details regarding the determination of the sample to be analysed. The results are
then reported and discussed in the final concluding section.
Based on the findings of a survey conducted in the Parc Agrari del Baix Llobregat, this section analyses
visitor assessments of the route and its activities, and also considers the level of understanding that
the interviewees professed to have of vegetable tourism and the way in which they actually defined the
activity. Similarly, using non‑parametric tests, the study seeks to determine whether these assessments,
including visitor responses regarding how much they know about vegetable tourism and how they
define it, differ significantly depending on the characteristics of the respondents’ profiles. The aim is
to provide information that can improve the design of vegetable tourism routes, taking into account
the preferences and wishes of the target audience, and to highlight the extent to which it is important
to explain to the visitors the activity they are taking part in.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
744 Assessing visitor satisfaction with a pioneering agritourism project: vegetable tourism
To record the respondents’ level of satisfaction with the route and its activities, we used a Likert scale,
as is usual in studies assessing the satisfaction of consumers or users of a product or service (Oliver, 1981;
Dubé‑Rioux, 1990; Oliver, 1999; Cronin et al., 2000; Vanhamme, 2000; Brady et al., 2001; Jun et al., 2001 and
Van Dolen et al., 2004). Specifically, it is a five‑point scale (1 = strongly disagree, 2 = disagree, 3 = indifferent,
4 = agree, 5 = strongly agree), composed of eleven items related to different aspects of the route and its
activities that might affect the assessment that visitors make of the product being offered to them (Table 2).
Table 2: Items used in evaluating visitor satisfaction with the route and its activities
The survey includes two additional questions that seek to determine the extent to which the interviewees
are familiar with the concept of vegetable tourism and how they define it (Table 3). First, the interviewees
were asked whether they knew what this type of tourism was. They were presented with four alternative
responses, with which it was hoped to ascertain whether their taking part in the route had influenced
their understanding of the idea underpinning the activity. Second, the respondents were allowed to choose
between possible definitions of vegetable tourism: one that was correct (“Tourism aimed at discovering
market gardens and orchards”); another that was basically acceptable (“Visits to a suburban farming
area in the outskirts of a city”); and two that were incorrect (“Market gardening in the outskirts of a city”
and “Suburban farming”). In this way, it was hoped to discover whether the knowledge supposedly held
by the respondent about the activity corresponded to an accurate understanding of its actual meaning.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Valerià Paül Carril, Noelia Araújo Vila, Pablo de Carlos Villamarín 745
The survey was administered in the months of February and March 2011 by personal interviews
conducted with the visitors as they finished the specific vegetable tourism activity. In these months, the
main product being shown on the route was the artichoke (known in Catalan as CarxofaPrat), which
explains why some of the questions on the survey specifically mention this vegetable. The total number
of interviews conducted was 655, of which 313 were valid (47.8% response rate) (Table 4).
Characteristics Survey
Five variables were considered when determining the profile of the interviewees: sex, age, level of
education, occupation and monthly family income (Figure 1).
GENDER AGE
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
746 Assessing visitor satisfaction with a pioneering agritourism project: vegetable tourism
As can be seen, slightly more than two thirds of those interviewed are women. In addition, they
are, on the whole, mature in age and well educated: only 21.4% of the respondents are under 45 years
of age while 50.2% have a university degree. As for their occupation, almost four of every ten work
as salaried employees (a quarter of these in the state sector), while a fifth are retired. Finally, 85.3%
live in households with a monthly income of between 601 and 3,600 euros, distributed almost evenly
between those with an income of between 601 and 1,800 euros, on the one hand, and those with an
income of between 1,801 and 3,500 euros, on the other. In short, the average profile of the interviewees
is that of a woman aged between 55 and 64 years of age, with a university degree, working as a salaried
employee and whose monthly family income is between 1,801 and 3,600 euros, three to six times the
minimum salary in Spain.
Given that the data are ordinal and do not follow a normal distribution, 1 the non‑parametric
Kruskal‑Wallis H‑test and the Mann‑Whitney U‑test (Sheskin, 2007) were used to analyse whether
the assessments of the route and its activities are significantly different depending on the profile of
the interviewees and their responses regarding their knowledge and definition of vegetable tourism.
When more than two samples are compared, the H‑test fails to identify where the difference occurs,
i.e., between which specific groups there is a systematic difference. It is, therefore, necessary to use
the Mann‑Whitney U‑test. Thus, in the case of the sex variable, as there are only two options (i.e., two
unrelated samples), the two tests yield the same result, and so the U‑test is applied directly. For the
rest of the variables, in which the number of options is greater than two (i.e., more than two unrelated
samples), the H‑test is applied first and, in those cases in which the test detects the presence of a
significant relationship, the U‑test is used to determine between which two specific groups it occurs.2
In short, the hypotheses tested are:
•• Null Hypothesis (H0): no differences occur between any of the samples in terms of their responses
to the questions posed. In other words, no systematically higher or lower assessments are recorded
for any of the groups (samples) with respect to the others.
•• Alternative Hypothesis (HA): a difference is recorded between at least two of the samples in terms
of their responses to the questions posed. In other words, systematically higher or lower appraisals
are recorded in at least one of the groups (samples) with respect to the others.
Below the results of the survey are analysed, beginning with those obtained in response to the
questions regarding the visitors’ knowledge and definition of vegetable tourism. As can be seen in Figure
2, there is a clear majority (70.6%) of respondents who believe they have understood what this type of
tourism means, above all those that attribute this understanding to the explanations received while
taking part on the route. By contrast, 22.4% claim never to have heard the concept before; whereas,
only 7% recognize that they still do not understand what it means despite having heard people use the
term. When defining this type of tourism, a clear majority (77.9%) of those interviewed opted for the two
accepted definitions and in fact the majority of those chose the correct one. It is worth stressing that,
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Valerià Paül Carril, Noelia Araújo Vila, Pablo de Carlos Villamarín 747
among those claiming to know what vegetable tourism is as a result of the explanations received on the
route, 81.03% chose the two accepted definitions. An almost identical figure (80.77%) was recorded by
those who claimed to have found out the meaning for themselves during or after the route. By contrast,
the percentage of correct responses fell ten points among those who claimed not to knowing the meaning
of vegetable tourism. Therefore, in most cases the knowledge held by the respondent about the activity
corresponded to an accurate understanding of its meaning.
Note: Never heard before: I’ve never heard of it before; Now I know: I’d never heard of it until I started the
route, but now I know what it means because it has been explained to me; Still don’t know: I have heard
of it, but I still do not know what it means; Find out for myself: I’ve been able to find out what it means
for myself during or after finishing the route. Visit: Visits to a suburban farming area in the outskirts of a
city; Market gardening: Market gardening in the outskirts of a city; Tourism: Tourism aimed at discovering
market gardens and orchards.
Source: own elaboration.
Given that our main interest in this section is the items that capture the level of user satisfaction
with the route and its activities, we need to analyse the reliability of the scale. The value of Cronbach’s
Alpha coefficient (0.914) indicates that the scale has a high level of internal consistency. Moreover, the
inter‑item correlation matrix shows that the correlations between the different elements on the scale
are all positive (no items are coded with an opposite sign to the others) and they can be considered
acceptable, with a predominance of values between 0.4 and 0.58, although item F (“I enjoyed tasting the
artichokes”) presents two correlations with values below 0.3. However, this item presents a correlation
with the scale formed by the remaining items (corrected index of homogeneity) greater than 0.40
(specifically, 0.464), which allows us to consider it consistent with the rest of the scale. Furthermore,
were it to be eliminated, the value of the Alpha coefficient rises to just 0.915. Therefore, the analysis
confirms the validity and reliability of the survey used to measure the degree of satisfaction of the
interviewees with the vegetable tourism activity undertaken.
In general, the opinions expressed by those interviewed regarding the route and its activities are
very positive (Table 5). The mean values of the assessments are over 4 in all instances, fluctuating
between 4.17 for item H (“The activities lasted the right amount of time”) and 4.78 for item K (“The
attention provided by the staff is good”). In addition to item K, four more items received an appraisal
above the average for all the items (4.44): F (“I enjoyed tasting the artichokes”), G (“I enjoyed meeting
the farmer”), B (“All the activities have been interesting”) and D (“I enjoyed the guided walk through
the fields”). The median, mode (in both cases the maximum value was predominant), the maximum
and the minimum indicate the same result. In short, the route and its activities appear to have made
a very favourable impression on the participants of the vegetable tourism experience.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
748 Assessing visitor satisfaction with a pioneering agritourism project: vegetable tourism
Table 5: Main descriptors of the assessments obtained for the eleven items on the survey
ITEM A B C D E F G H I J K
Nº answers 313 313 313 313 313 313 313 313 313 313 313
Average 4,32 4,48 4,40 4,46 4,26 4,68 4,63 4,17 4,29 4,38 4,78
Median 4 5 5 5 4 5 5 4 4 5 5
Mode 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Minimun 1 2 1 1 1 1 2 1 1 2 2
Maximun 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Having presented the main findings from the responses to the survey, we next analyse whether the
appraisals of the route and its activities differ significantly according to the sex, age, level of education,
occupation and the family income of the interviewees, as well as according to the declared knowledge
and real knowledge of the meaning of vegetable tourism. Below, the most important results are shown
for those cases in which statistically significant differences were observed between two groups when
applying the Mann‑Whitney U‑test (Table 6).
Self
Man 103 142,03 23 13,26
‑employed
0,0196 0,0012
B E Employed
(0,05) (0,003)
Woman 210 164,34 in the 8 23,88
home
Self
Man 103 0,0444 143,99 23 0,0018 29,98
D E ‑employed
(0,05) (0,003)
Woman 210 163,38 Retired 60 46,61
Man 103 0,0178 141,13 0‑600 12 0,0014 43,42
E F
Woman 210 (0,05) 164,79 601‑1800 126 (0,008) 71,98
Man 103 0,0238 144,56 601‑1800 126 0,0023 85,60
F C
Woman 210 (0,05) 163,10 >3600 34 (0,008) 61,62
Man 103 0,0091 141,93 601‑1800 126 0,0011 86,12
G I
Woman 210 (0,05) 164,39 >3600 34 (0,008) 59,69
Man 103 0,0024 137,09 601‑1800 126 0,0031 85,58
J J
Woman 210 (0,05) 166,76 >3600 34 (0,008) 61,68
Now I
Primary 31 27,66 195 112,55
0,0026 Know 0,0046
D B
(0,003) Still don’t (0,008)
PhD 16 16,91 22 77,55
Know
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A good way to illustrate the above results is using the corresponding box plots (Figure 3).
Figure 3: Box plots of the significant cases when applying the Mann‑Whitney U‑test
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750 Assessing visitor satisfaction with a pioneering agritourism project: vegetable tourism
ITEM B ITEM A
Note: You can see the meaning of Now I Know, Still don’t know, Visit and Suburban farming in Figure 2.
Source: own elaboration.
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As can be seen in Figure 3, in most cases the median value enables us to distinguish the group with
the highest assessment scores, independent of how similar or distinct the distribution functions of both
groups are. However, in the case of items F and G, the median value of the appraisals made by men
and women is the same, which makes it necessary to turn to their respective distribution functions to
verify whether the appraisals of the women are higher.
In short, the tests undertaken reveal the following results:
The assessment of the route and its activities as a function of the sex of the interviewees:
the U‑test shows that, in the case of items B, D, E, F, G and J, significant differences occur between the
respective assessments made by men and women. For the six items the women’s evaluations are always
more positive. In other words, the women hold a more favourable opinion than the men regarding their
interest for all the activities offered, on the guided walk through the fields, on the guided visit to the
exhibition, of the artichoke tasting, of the meeting with the farmer and regarding the adequacy of the
number of people on the tour.
The assessment of the route and its activities as a function of the age of the interviewees:
the H‑test shows that were no significant differences between the appraisals made by the different age
groups for any of the items. It seems, therefore, that the assessment of the route and its activities is
not conditioned by the age of the participants.
The assessment of the route and its activities as a function of the level of education of the
interviewees: the H‑test shows that, in the case of item D, the appraisals are significantly different
between two or more groups defined on the basis of the interviewees’ level of education. The U‑test
shows that these differences occur, exclusively, between individuals with primary studies and those that
hold a PhD. Specifically, the group with the lowest level of education holds a more favourable opinion
of the guided walk through the fields than the more highly qualified group.
The assessment of the route and its activities as a function of the occupation of the
interviewees: the H‑test shows that, in the case of items E and I, the appraisals are significantly
different between two or more groups defined on the basis of the occupation of the interviewees. The
U‑test shows that, in the case of item E, those that work in the state sector, those that are employed in
the home and those that are retired make statistically more positive appraisals than the self‑employed.
Likewise, in the case of item I, the same test shows that those employed in the home make significantly
more positive appraisals than those that work as salaried employees. In short, the guided visit to the
exhibition is enjoyed less by the self‑employed than it is by state workers, those that are employed in
the home and the retired; while the pacing and rhythm of the activities is more highly appraised by
those employed in the home than it is by those that work as salaried employees.
The assessment of the route and its activities as a function of the monthly family income
of the interviewees: the H‑test shows that, in the case of items C, F, I and J, the assessments differ
significantly between two or more groups defined on the basis of the monthly family income of the
interviewees. The U‑test shows that individuals in the group with the second lowest income (601‑1,800)
make statistically more positive appraisals than those in the group with the lowest income (0‑600), in
the case of item F, and than those in the group with the highest income (>3,600), in the case of items
C, I and J. In other words, in the two groups of lowest income levels, the individuals with a family
income below 600 euros did not enjoy the artichoke tasting as much. Moreover, the individuals in the
group with the second lowest income level enjoyed the explanations more and appreciated the pacing
and rhythm of the activities more, considering the number of participants to be more correct than was
the case of those with the highest levels of income.
The assessment of the route and its activities as a function of the participants’ knowledge
of vegetable tourism: the H‑test shows that, in the case of item B, the assessments differ significantly
between two or more groups defined on the basis of their responses to the question: Do you know
what vegetable tourism is? The U‑test shows that these differences occur, exclusively, between those
that respond: “I’d never heard of it until I started the route, but now I know what it means because it
has been explained to me” and those that answer: “I have heard of it, but I still do not know what it
means”. Specifically, the first group offers more positive appraisals. In other words, those that declare
that they have discovered the meaning of vegetable tourism during their visit report more favourable
impressions of all the activities than those reported by individuals who, even after the visit, still do
not know what vegetable tourism is.
The assessment of the route and its activities as a function of the definition given of
vegetable tourism: the H‑test shows that, in the case of item A, the assessments differ significantly
between two or more groups defined on the basis of their response to the question: How would you
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
752 Assessing visitor satisfaction with a pioneering agritourism project: vegetable tourism
define vegetable tourism? The U‑test shows that these differences occur, exclusively, between those that
respond: “visits to a suburban farming area in the outskirts of a city” and those that answer: “suburban
farming”, with the former reporting more positive appraisals. Therefore, the respondents that hold
a basically acceptable definition of vegetable tourism have a more favourable opinion regarding the
sufficiency of the number of activities programmed than those who hold an erroneous definition.
Among the many new trends observed in the tourism sector, the one that stands out most is perhaps
the emergence of a new type of tourist, with their own set of highly individualised tastes and expectations
that are increasingly oriented towards a so‑called experiential consumption (Pine and Gilmore, 1999).
This new tendency represents a considerable challenge for an established power of the tourist sector
such as Spain, which is suffering a reduction in the profitability of its traditional sun and beach tourist
product due, among other factors, to direct competition from other Mediterranean destinations (Kozak
and Martin, 2012). As a result, and as is emphasised in Spain’s Tourism Plan Horizon 2020 (SGT, 2007),
one of the main current lines of action involves the innovative design of a new range of tourist products.
These adhere to a strategy of market segmentation that permits the development of proposals that
are better adapted to the new requirements of the market and which promote deseasonalisation and
a more equitable socio‑territorial balance of tourist flows.
Among the various alternatives proposed special mention should be made, given the direct invol-
vement of the tourist and the consequent emanation of their emotions and sensations, of the tourist
activity being developed on working farms and within the sector of agritourism (Phillip et al., 2010).
Aimed at satisfying the increasing experiential needs of tourists, agritourism has evolved, giving rise
to the appearance of a range of innovative variants. Among these we find vegetable tourism, or what
amounts to the same thing, a sector aimed at discovering market gardens and orchards, and which
has been the focus of this paper.
The existence of this unique and innovative activity in Spain, specifically in the Parc Agrari del Baix
Llobregat, represents an excellent opportunity to obtain information first hand about a type of tourism
that may well establish itself as an attractive alternative for certain areas specialising in the production
of vegetable crops in peri‑urban environments. These include the market gardens of Valencia and Murcia
(Meeus, 1995), and the zones of intensive production of horticultural crops along the coast of Andalusia
(Molinero et al., 2011). In contrast with the typical approach adopted in analyses of agritourism projects,
this article has considered it more interesting to focus on the demand factor in this sector.
The results obtained show that the average profile of the person who enjoys activities related to
vegetable tourism is that of a woman, fairly advanced in years, with a university degree, working
as a salaried employee and with a medium‑high purchasing power. Likewise, the evidence obtained
shows that the explanations received by the visitors while on the agritourist route help improve their
understanding of the concept of vegetable tourism.
Furthermore, it is apparent that those who participate in vegetable tourism activities are very satisfied
with the route, as is reflected in the high assessment scores awarded to each of the activities included
on it. These results seem to confirm the thesis of such authors as Carpenter et al. (1994), according to
which consumers show a more favourable predisposition to a new product.
In general, the opinions of the women interviewed tend to be more positive than those of the men,
while the age of the visitors does not have a significant influence on their appraisals. Interestingly,
certain aspects of the route receive a poorer assessment from individuals with a higher income than
they do from those classified in a medium‑low level income group. Thus, the study is able to contribute
new evidence regarding the influence of socio‑demographic variables on the tourists’ appraisals of
the destinations they visit, compared to previous contributions (Beerli and Martin, 2004; Craggs and
Schofield, 2011).
Yet, undoubtedly, what is most significant is that the interest expressed by those visitors who believe
they understand the concept of vegetable tourism thanks to the explanations offered on the tour is
significantly higher for all the route’s activities than it is among those who, following the visit, remain
unsure as to what the sector actually is. Likewise, the number of activities programmed is considered
to be more appropriate as the visitors’ knowledge of vegetable tourism improves. These results are
largely in line with those obtained by Zhou and Nakamoto (2007), who verify that it is the consumers
that are most familiar with a product that tend to offer better assessments of it.
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In short, the evidence suggests that novel experiences such as the one analysed here can be highly
attractive, above all if the operators are successful in ensuring that users understand the exact nature
of their offer. However, if the design and management of such alternative proposals are to be improved,
it is essential to conduct in‑depth analyses of the demand, with the aim, among others, of identifying
the specific segments of tourists that might be attracted by it and of determining the fundamental
characteristics of their profile.
5. Acknowledgements
This paper has been prepared as part of the project CSO2009‑12225‑C05‑03, funded by the Spa-
nish Ministry of Science and Innovation.
6. End notes
1. This is confirmed by comparing the z‑scores for kurtosis and skewness with the critical region (a =
0.05) obtained from the normal distribution and the application of the Kolmogorov‑Smirnov one‑sample
test (a = 0.05).
2. To avoid Type I error, we use the Bonferroni correction, which involves dividing the level of risk
(a = 0.05) by the number of comparisons made (k), which depends on the number of groups (n) in which
the variable under consideration has been divided (k = n(n‑1)/2).
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Recibido: 07/01/2013
Reenviado: 18/03/2013
Aceptado: 29/04/2013
Sometido a evaluación por pares anónimos
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
RETHINKING SUSTAINABLE
TOURISM:
LOOKING AHEAD IN A SHIFTING WORLD
PASOS
SPECIAL
ISSUE
2015
–
SECOND
CALL
On the 20th Anniversary of
The Lanzarote 1995 Charter for Sustainable Tourism
Edited by: Eduardo Fayos-‐Solà, Cipriano Marín and Heredina Fernández-‐
Betancort
The
Lanzarote
Charter
for
Sustainable
Tourism
was
proclaimed
on
the
occasion
of
the
First
World Conference on Sustainable Tourism,
held
in
Lanzarote
(Canary
Islands,
Spain)
on
27-‐28
April 1995,
and
organized
by
UNESCO,
UNWTO,
UNEP
and
UN-‐DESA,
among
other
institutions.
The Conference
was
pioneering
in
the
launch
of
the
sustainability
concept
for
tourism,
and
created
a solid
foundation
for
later
work
on
this
field.
This
special
issue
of
Pasos covers
many
of
the
concerns
over
sustainability
in
tourism
raised
over
the
past
years,
two
decades
after
the
Charter,
while
looking
forward
to
the
challenges
and
inner
beauty
of
tourism
within
a
future
Green
Global
Society.
Areas (please see all 18 suggested themes below):
1.
Sustainability yesterday and tomorrow
2.
Science, technology, and innovation:
3.
Governance and Policy
www.pasosonline.org
Resumen: A diferencia de lo que pasaba hace años en los que no se valoraba la calidad en las empresas de-
bido a que la demanda era mayor que la oferta, hoy en día ocurre todo lo contrario y la calidad se ha conver-
tido en una de las variables claves de competitividad que ha pasado de aplicarse en los procesos productivos
a ámbitos tan complejos como puede ser en el sector turístico.
En este último campo se centra el contenido de este trabajo. En primer lugar, y a modo de introducción, se
analizan ciertos aspectos del Turismo Industrial; posteriormente, se estudia la importancia de la Marca Q
de Calidad Turística, en tercer lugar, se describe la investigación empírica llevada a cabo y, finalmente, se
determinan los factores claves sobre la implantación de esta Marca de Calidad en las empresas españolas
certificadas.
Palabras Clave: Calidad Turística, Certificación, UNE 302001:2012, ICTE, Diferenciación, Turismo Industrial.
1. Contextualización
*
E‑mail: [email protected]
**
E‑mail: [email protected]
***
E‑mail: [email protected]
Para el destino, el turismo industrial es una manera de diversificar la oferta turística al mismo tiempo
que pone en valor al territorio, a sus organizaciones empresariales y a su sociedad. De esta manera, se
consigue aumentar el atractivo del destino turístico en su conjunto dándole un valor diferencial.
Con el turismo industrial se obtienen beneficios, principalmente promocionales y de imagen social,
que sirven como elementos integradores del territorio. Por tanto, el turismo industrial es sinónimo
de innovación, factor que constituye un aspecto clave para el éxito de los lugares y organizaciones
implicados en este sector.
La Norma UNE 302001:2012 pretende ser un estímulo para fomentar la puesta en marcha de
actividades de turismo industrial al ofrecer a las organizaciones de manera indirecta una guía de
actuación. Si la innovación y la calidad se han convertido en las claves del éxito de las organizaciones
en el siglo XXI, las actividades de turismo industrial se configuran como un potente elemento innovador
que abre una nueva línea de actividad para las organizaciones, ya que, aumenta su visibilidad y plantea
una estrategia de diversificación que puede incrementar sus beneficios (Norma UNE 302001:2012).
El usuario tendrá la oportunidad de disfrutar de una doble experiencia. Por un lado, experimentará
una actividad lúdica y, por otro, podrá conocer en primera persona el saber hacer y los productos de
las organizaciones.
La Norma ha querido ser accesible a cualquier tipo de empresa, independientemente de su actividad o
el tamaño de su organización, porque tradicionalmente estas actividades han venido circunscribiéndose
a organizaciones de una cierta dimensión.
El alcance de la Norma ha buscado abarcar un escenario más amplio al englobar no solo la actividad
de carácter básico y visita‑guiada o autoguiada por el lugar industrial, (que tiene como finalidad última
transmitir fielmente la cultura industrial del territorio y de sus organizaciones) sino también la oferta
de servicios complementarios que aportan valor a la experiencia global del visitante.
En definitiva, esta es una Norma dirigida a aquellos turistas curiosos que buscan una experiencia
diferente y a aquellas empresas abiertas a mostrar su historia, sus instalaciones y su producto (www.
turismoindustrial.org).
2. Marco teórico
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Silvia Portela Maquieira, Manuel Martínez Carballo, Eduardo Guillén Solórzano 759
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
760 Beneficios de la implantación de la Marca Q de turismo industrial
reclamo del turismo industrial, como fuente de ingresos directa y como canal eficaz para la difusión y
comercialización de su marca y de puesta en valor la excelencia de su industria o bodega.
Esta certificación está teniendo una excelente aceptación por parte del sector. Ya son numerosas las
bodegas y empresas con la Calidad de su oferta Turística Industrial certificada y muchas otras las que
están en proceso. El momento contextual en el que se actúe es determinante en los resultados de cualquier
iniciativa. Precisamente es ahora el tiempo y el contexto idóneo para acometer esta implantación y certificación
y pertenecer al grupo de “los primeros”. Y de este modo, sacar el mayor rédito comercial y publicitario,
tanto por parte de su organización como por la promoción y difusión que el ICTE está llevando a cabo.
Durante el año 2012, el Instituto de Calidad Turística otorgó por primera vez la Q de Calidad en
la categoría de turismo industrial. En total, se han otorgado veintitrés certificaciones en toda España
hasta la fecha de las cuales. La consecución de la Q de Calidad supone no sólo la certificación de la
idoneidad de las instalaciones, sino también la calidad de los servicios turísticos prestados por estos
establecimientos enoturísticos, ya que, el ICTE ha valorado las características de las instalaciones
propias de estos espacios incluyendo su gestión interna, los servicios prestados y sus objetivos de calidad
con el fin de mostrar sus procesos y su saber hacer, generando experiencias basadas en la actividad
industrial, científica y técnica del presente y del pasado.
3. Investigación realizada
3.1. Objetivos
El objetivo de la investigación es conocer los beneficios que ha reportado la Marca Q de Turismo
Industrial a estas empresas. La finalidad última del trabajo es conocer los beneficios conseguidos y valorar
cuáles de ellos han resultado más significativos para las empresas. La implantación y/o certificación
de la Q de Calidad Turística es una potente y práctica herramienta que, en teoría, reporta numerosas
ventajas en la gestión de éste recurso, entre los cuales destacan:
1) Diferenciación respecto a los competidores.
2) Promoción y difusión, en especial para los pioneros.
3) La mejora en los procesos de gestión.
4) Satisfacción del visitante.
5) Efecto bumerán y exponencial del número de visitas.
6) Detección de problemas y mejora continua.
7) Cuota de mercado.
8) Beneficios empresariales.
Para conocer los verdaderos beneficios que las empresas han obtenido con la certificación se han
analizados estos 8 ítems.
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Silvia Portela Maquieira, Manuel Martínez Carballo, Eduardo Guillén Solórzano 761
Pregunta: Escala:
El trabajo de campo de esta investigación empírica se ha realizado durante los meses de julio a
septiembre de 2014.
Según dos datos obtenidos la web del ICTE, a fecha 01/07/2014, las veintitrés empresas que han
obtenido este reconocimiento son:
––Bodegas Terras Gauda (Pontevedra)
––Bodegas Palacio de Fefiñanes (Pontevedra)
––Bodegas Marqués de Vizhoja (Pontevedra)
––Bodegas Coto Redondo‑Señorío de Rubiós (Pontevedra)
––Adega Eidos (Pontevedra)
––Bodegas Martín Códax (Pontevedra)
––Bodegas Don Olegario (Pontevedra)
––Bodegas Zárate (Pontevedra)
––Pazo de Señorans (Pontevedra)
––Adega Cooperativa Vitivinícola do Ribeiro (Ourense)
––Cooperativa San Roque (Ourense)
––Abadia Retuerta (Valldolid)
––Bodegas Beronia (La Rioja)
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762 Beneficios de la implantación de la Marca Q de turismo industrial
La encuesta ha logrado una buena acogida, ya que, todas las empresas certificadas con la Marca Q
de Turismo Industrial han participado en ella.
El perfil de la muestra es muy diverso puesto que entre las bodegas que participan en este estudio
existe una gran diversidad en cuanto a su año de fundación, siendo éste un valor poco homogenizado, en
la que algunas bodegas cuentan con más de 100 años de antigüedad y otras son relativamente jóvenes.
La de más reciente creación ha iniciado su actividad hace 10 años.
También hay diversidad en los datos sobre número de empleados y facturación anual.
Observando los datos obtenidos se puede decir que el 47,8% de las bodegas encuestadas tienen menos
de 50 empleados y el 34,7% ha facturado más de 50 millones de euros en el año 2013.
Independientemente de las características de cada bodega, la calidad es un tema de importancia en
todas ellas, así como la innovación y la adecuación de sus procedimientos a las demandas del sector.
En la siguiente tabla se observa la duración del proceso de certificación para poder cuantificar el
tiempo dedicado a este proceso y la fecha en la que han obtenido la Marca Q de calidad turística.
A la vista de esta información, se observa que el proceso ha sido relativamente corto, casi el 61% de
las bodegas han dedicado a esta gestión menos de 6 meses.
En cuanto a la ayuda o colaboración externa, ya sea a través de consultoría externa privada, consultoría
externa gratuita, apoyo de otra empresa con experiencia, etc, para estudiar la forma en la que las bodegas
han llevado a cabo la gestión de la certificación, la respuesta obtenida revela que el 91% de las empresas
han utilizado apoyo externo para implantar los requisitos de la Marca Q de Turismo Industrial.
Por ejemplo, en el caso de las empresas de Galicia, este apoyo externo ha sido facilitado a todas ellas
por la misma entidad consultora.
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Valoración Porcentaje
REGULAR 4,3%
BUENO 60,9%
MUY BUENO 34,8%
Más de un 95% de las empresas valoró como bueno o muy bueno el servicio de apoyo externo mientras
un 4,3% lo valoró como regular.
También se ha preguntado sobre la valoración de la entidad certificadora que le ha verificado el
cumplimiento de los requisitos de la Marca Q de Turismo Industrial. En esta ocasión, casi un 48% lo
ha valorado como bueno y un 39% como muy bueno.
Valoración Porcentaje
REGULAR 13%
BUENO 47,8%
MUY BUENO 39,1%
4. Resultados obtenidos
Ha Ha Ha
Ha
Valoraciones de la empresa Indiferente mejorado mejorado mejorado
empeorado
un poco bastante mucho
P1. La imagen de la empresa 0% 26% 26% 44% 4%
P2. La diferenciación de nuestra
empresa respecto a los demás 4% 22% 31% 30% 13%
competidores
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764 Beneficios de la implantación de la Marca Q de turismo industrial
La imagen de la empresa
Ha empeorado
4% 0% Indiferente
26%
44% t
Ha mejorado un poco
Ha mejorado mucho
13% 4% Ha empeorado
22%
Indiferente
Ha mejorado un poco
30%
Ha mejorado bastante
31% Ha mejorado mucho
4.2. Segundo bloque: los motivos sobre el servicio prestado y la atención al cliente
En cuanto a la prestación del servicio hay un amplio consenso sobre la mejoría que ha supuesto la
implantación de la Marca, ya que, un 35% cree que ha mejorado un poco, un 52% cree que ha mejorado
bastante y un 9% cree que ha mejorado mucho.
Las empresas han opinado sobre la mejoría del servicio de atención al cliente: un 17% considera
que ha mejorado un poco, un 65% que ha mejorado bastante y un 9% dice que ha mejorado mucho.
En resumen, el 91% de las empresas valoran que el servicio de atención al cliente ha mejorado con la
implantación de la Marca Q.
Ha Ha Ha
Ha
Valoraciones de la empresa Indiferente mejorado mejorado mejorado
empeorado
un poco bastante mucho
P3. La prestación o realización
0% 4% 35% 52% 9%
del servicio
P4. El servicio de atención al
0% 9% 17% 65% 9%
cliente
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Ha empeorado
Indiferente
9% 0%4%
35%
Ha mejorado un
poco
52% Ha mejorado
bastante
Ha mejorado mucho
Ha empeorado
Indiferente
9% 0% 9%
17%
Ha mejorado un
poco
65% Ha mejorado
bastante
Ha mejorado mucho
Ha Ha Ha
Ha
Valoraciones de la empresa Indiferente mejorado mejorado mejorado
empeorado
un poco bastante mucho
P5. La eficacia de las tareas
cotidianas o habituales de la 4% 26% 21% 39% 9%
empresa
P6. La detección de problemas
0% 13% 35% 43% 9%
internos y áreas de mejora
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766 Beneficios de la implantación de la Marca Q de turismo industrial
9% 4% Ha empeorado
26% Indiferente
Ha mejorado un poco
39%
Ha mejorado bastante
22%
Ha mejorado mucho
Ha empeorado
Indiferente
9% 0% 13%
Ha mejorado un
poco
43% 35%
Ha mejorado
bastante
Ha mejorado mucho
Ha Ha Ha
Ha
Valoraciones de la empresa Indiferente mejorado mejorado mejorado
empeorado
un poco bastante mucho
P7. La cuota de mercado 9% 39% 26% 22% 4%
P8. Los beneficios empresariales 4% 13% 40% 30% 13%
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La cuota de me rcado
Ha empeorado
Indiferente
4% 9%
22%
Ha mejorado un
39% poco
26% Ha mejorado
bastante
Ha mejorado mucho
Ha empeorado
Indiferente
13% 4% 13%
Ha mejorado un
poco
30% 40%
Ha mejorado
bastante
Ha mejorado mucho
Visitas a fábricas, industrias, museos industriales, catas, maridajes, visitas a las explotaciones
agropecuarias y otras actividades calificadas como Turismo Industrial se están consolidando como
un factor multiplicador de los ingresos, bien como canal de venta y promoción complementario al
convencional o como alternativa independiente y poderosa para la diversificación del negocio, fuente
directa de ingresos y fortalecimiento de marca.
Resulta fundamental ser consciente y consecuente sobre que los efectos e impresiones que la
experiencia turística causa en el visitante, repercuten directa y potentemente en la imagen que éste
se formará acerca del producto elaborado, influyendo positiva o negativamente en su predisposición a
consumir y recomendar el producto y la marca.
Como conclusiones, podemos observar que las preguntas correspondientes al primer bloque, relativo
a los motivos basados en la imagen de la empresa y su diferenciación, han sido bien valoradas por las
empresas encuestadas. Por ello, podemos afirmar que la marca Q de Turismo Industrial ha significado
una mejora en su reconocimiento y prestigio en el mercado.
Las preguntas correspondientes al segundo bloque, son las mejor valoradas, ya que, el 50% de empresas
declara que han mejorado bastante. Este bloque de preguntas se centran en la prestación del servicio
y atención al cliente, respectivamente. Con lo que podemos concluir que las empresas encuestadas
han mejorado sus procedimientos relativos a la prestación del servicio, así como la atención al cliente.
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768 Beneficios de la implantación de la Marca Q de turismo industrial
En cuanto al tercer bloque de preguntas, referentes a cuestiones de mejora en la gestión en las que
se basan las preguntas P5 y P6, no existe una conclusión con alto respaldo en cuanto a la mejora en las
gestiones cotidianas de la empresa, ya que el 30% de las empresas ha empeorado o le resulta indiferente
y un 60% ha notado mejoría en alguna medida (poco, bastante o mucho).
Sobre el cuarto bloque, que estudia los beneficios económicos y la cuota de mercado, podemos decir
que no se ha llegado a una respuesta clara o unánime, las valoraciones ofrecidas por las empresas
aportan un abanico de opiniones y no podemos llegar a una conclusión. La implantación Marca Q haya
supuesto una mejora en la cuota de mercado del 52% y/o en los beneficios empresariales para el 83%
de las empresas.
A continuación se presenta el porcentaje de mejora obtenido por las empresas en cada pregunta
planteada.
Ha mejorado poco,
Pregunta planteada
bastante, mucho
P1. La imagen de la empresa 74%
P2. La diferenciación de nuestra empresa respecto a competidores 74%
P3. La prestación o realización del servicio 96%
P4. El servicio de atención al cliente 91%
P5. La eficacia de las tareas cotidianas o habituales 69%
P6. La detección de problemas internos y áreas de mejora 87%
P7. La cuota de mercado 52%
P8. Los beneficios empresariales 83%
Así, podemos concluir que las preguntas menos valoradas son la P5, que trata sobre la eficacia de
las tareas cotidianas, y la P7, que versa sobre la cuota de mercado, al ser valoradas con un 69% y un
52%, respectivamente. No obstante estos siguen siendo valores que reflejan una mejora en más del
50% de las empresas encuestadas.
Todos estos resultados comentados con anterioridad se pueden visualizar con mayor detalle en el
gráfico que se presentan en este trabajo donde se recoge la distribución de las respuestas de cada uno
de los ítems analizados en esta investigación.
Los estudios sobre el turismo industrial son escasos e indispensables para conocer las verdaderas
posibilidades de diversificación de la oferta turística de un territorio. Por ello, es conveniente realizar
investigaciones con lo que ocurre en el resto de los subsectores turísticos. Como futuras líneas de
investigación sería interesante conocer si estas empresas desean mantener la certificación de Turismo
Industrial y también si se plantean la implantación/certificación de otros distintitos externos de calidad.
También resultaría de interés conocer la evolución de los resultados de este estudio a lo largo del tiempo.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Silvia Portela Maquieira, Manuel Martínez Carballo, Eduardo Guillén Solórzano 769
70,0
60,0
Ha empeorado
50,0
Indiferente
40,0
Ha mejorado
30,0 un poco
Ha mejorado
20,0 bastante
Ha mejorado
10,0 mucho
0,0
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
Bibliografía
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Recibido: 17/11/2014
Reenviado: 26/01/2015
Aceptado: 02/03/2015
Sometido a evaluación por pares anónimos
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 771-787. 2015
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Resumen: El turismo accesible representa un segmento con gran potencialidad y generador de una ventaja
competitiva para el sector, dado que los beneficiarios de acciones de accesibilidad engloban a colectivos
en crecimiento como el de las personas mayores, las familias, personas con capacidades restringidas
temporalmente y embarazadas. Su representatividad en el total de la actividad turística española está
en incremento continuo, motivado por dos factores principales: la benevolencia climática y la normativa y
cobertura social existente. Por todo ello, en esta investigación se busca determinar los principales hábitos
y comportamientos de los turistas españoles con discapacidad en relación al alojamiento utilizado en sus
viajes, así como determinar cuáles son las variables que pueden influir en dicho comportamiento.
Palabras Clave: turismo accesible, discapacidad, alojamiento, hábitos y comportamiento.
1. Introducción
El interés que se ha generado en los últimos años a cerca del turismo para personas con discapacidad
o turismo accesible es notorio, reflejo de ello es el incremento de las investigaciones vinculadas al
turismo y la discapacidad, donde destacan las enfocadas a las barreras con las que se encuentra dicho
segmento (Daniels, Rodgers, y Wiggins, 2005; Nyaupane y Andereck, 2008; Turco, Stumbo, y Garncarz,
1998), las relacionadas con el mercado (Burnett y Bender‑Baker, 2001; Domínguez, Fraiz, y Alén, 2013;
Dwyer y Darcy, 2011; Van Horn, 2012), las que trabajan temas de motivación (Figueiredo, Eusébio, y
Kastenholz, 2012; Ray y Ryder, 2003; Shi, Cole, y Chancellor, 2012), las que se centran en las necesidades
de información (Buhalis y Michopouloub, 2011; Darcy, 2010; Eichhorn, Miller, Michopoulou, y Buhalis,
2008), o en el comportamiento y actitudes de los proveedores (Darcy y Pegg, 2011; Gröschl, 2007, 2012;
Kim, Stonesifer, y Han, 2012; McKercher, Packer, Yau, y Lam, 2003; O’Neill y Ali Knight, 2000; Ozturk,
Yayli, y Yesiltas, 2008; Patterson, Darcy, y Monninghoff, 2012; Tantawy, Kim, y Pyo, 2005; Yaniv, Arie,
y Yael, 2011), entre otras.
*
E‑mail: [email protected]
**
E‑mail:[email protected]
***
E‑mail: [email protected]
Aunque cada vez existen más investigaciones sobre personas con discapacidad y su tiempo de
ocio, muchas de sus necesidades en términos turísticos aún son ignoradas o poco estudiadas por la
academia (Ray y Ryder, 2003, Burnett y Baker, 2001), sin existir un verdadero esfuerzo por parte de
los investigadores y responsables de turismo (Daniels et al., 2004).
En general, el turismo para personas con discapacidad o turismo accesible, hace referencia al
proceso requerido para asegurar que el transporte, alojamiento, destinos y atracciones de todo el
sistema turístico cumplen adecuadamente las necesidades de las personas con discapacidad, así
como a otros colectivos que se pueden beneficiar de mejoras a nivel de movilidad, visión, audición
o cognitivamente (Buhalis y Darcy, 2011). A nivel mundial se estima que entre el 9% y el 13% de
la población padece alguna discapacidad (Horgan‑Jones y Ringaert, 2004; Van Horn, 2002), lo que
representa aproximadamente a 650 millones de personas (Naciones Unidas, 2006). Para 2050, se
prevé que dicha estimación se incremente hasta los 1.200 millones de personas (Naciones Unidas y
Banco Mundial, 2011).
El trabajo que se presenta a continuación, pretende mostrar la importancia del turismo accesible
a través de su vinculación al sector turístico en base a las demandas y los potenciales beneficios
económicos que pueden generar. En base a ello, su buscará mostrar las oportunidades de mercado
que se generan con dicho segmento y mostrar sus hábitos y comportamientos a la hora de viajar,
especialmente centrado en el alojamiento. Se toma como unidad de estudio a los turistas españoles con
discapacidad, esta elección está estrechamente ligada a la gran tradición turística y a la importancia
que representa dicho sector para la economía española. Según datos de la Organización Mundial de
Turismo ‑OMT‑ (2013), España es el cuarto destino mundial en recepción de turistas (57,7 millones)
y el segundo destino mundial de ingresos por turismo con 55.900 millones de dólares, donde más del
15% de empresas y el 20% de los trabajadores están relacionados con el sector turístico. Por lo que
queda claro, que el sector debe centralizar sus políticas y estrategias en nuevos segmentos, como son
los turistas con discapacidad y turistas senior, caracterizados por la búsqueda de calidad y con alto
grado de lealtad al destino.
Cuando se habla de datos en relación a las personas con discapacidad, las cifras pueden variar
mucho según la fuente que se cite (ver Tabla 1). Este hecho viene dado por la variación de definiciones
y coberturas aplicadas al término discapacidad.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Trinidad Domínguez Vila, J. Antonio Fraiz Brea, Mª Elisa Alén González 773
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
774 Discapacidad y alojamientos turísticos en España
son más los consumidores con discapacidad y personas mayores que demandan bienes y servicios
turísticos. Según datos de la Comisión Europea (1997), se barajarían cifras que rondarían los 8
millones de turistas europeos con discapacidad que viajarán al extranjero, 15 millones que viajarán
dentro del país, 22 millones de excursiones locales de un día y todos ellos con una media de 0,5
acompañantes como mínimo. Esto supondría un mercado potencial de 35 millones de viajeros que
pernoctarían y 630 millones de noches de hotel por año. Pero como limita el propio documento,
no todas las personas están en disposición de hacer turismo, en algunos casos sus discapacidades
les impiden viajar, y en otros sus condiciones económicas. En contraposición, existirían otros
colectivos que serían beneficiarios de accesibilidad, como las mujeres embarazadas, personas con
discapacidades transitorias físicas, personas con movilidad o comunicación reducida de forma
temporal o las familias con hijos.
Teniendo en cuenta la limitación expuesta anteriormente en relación a que todas las personas con
discapacidad no están en condiciones de viajar, Van Horn (2002) expone que el 70% de europeos con
diversas necesidades de accesibilidad tienen capacidad física y económica para viajar, y lo harán con
una media de 0,5 acompañantes por viajero potencial. Un dato que refuerza dicha afirmación, es que
de 4.000 encuestados en el estudio realizado en Alemania, el 52% de los entrevistados viajaban con
compañero (Ministerio Federal Alemán de Economía y Tecnología, 2004). Por término medio, el 59%
de las familias europeas tienen un miembro con discapacidad, y un 38% de dicha población poseen un
amigo con discapacidad (Eurobarometer, 2001). Las personas con discapacidad cogerían como media
más de un período vacacional por año, viajando con más miembros de la familia o amigos, si pudieran
encontrar más y mejor información sobre sitios accesibles (Buhalis et al., 2005). Si se aúnan todos los
datos enumerados anteriormente, se podría hablar de un mercado beneficiario de más de 260 millones
de personas con discapacidad y personas mayores principalmente, que generaría unos ingresos
procedentes del turismo de 166 billones de euros (Eurostat, 2005). Dicha estimación, podría ser más
alta, principalmente debido a dos causas. Primero, los cálculos están basados en la hipótesis de que
los ciudadanos europeos llevarán a cabo sus vacaciones en Europa, pero hay turistas de todo el mundo
que escogen Europa como destino vacacional, los cuales no han sido tenidos en cuenta anteriormente..
Segundamente, los números citados sólo se refieren a personas con discapacidad o beneficiarios directos
de la accesibilidad, y como ya se ha comentado, la accesibilidad beneficia a todos los usuarios (Buhalis
et al., 2005).
Con los datos recogidos, parece incomprensible la ignorancia del mercado hacia el colectivo de
discapacitados. Nadine Vogel (2006) esgrime principalmente tres razones que pueden explicar este
hecho: las personas están, por lo general, incómodas con los discapacitados, las necesidades especiales
de estos colectivos son consideradas como un “nicho” y las empresas tienen miedo a “hacerlo mal”. Así,
la falta de accesibilidad de la industria turística en relación a sus bienes, servicios y entornos, pueden
derivar en tres supuestos, (Franco, 1999):
––Por lo general, la accesibilidad es un elemento de calidad, por lo que si no se dispone de ella, el
servicio ofrecido es de menor calidad.
––Si el sector (industria, establecimiento, bien, servicio o destino) no se plantea dicho segmento
de mercado como propio y no se instauran y cumplen normas de accesibilidad, se están desper-
diciando oportunidades de negocio entre potenciales turistas (y sus acompañantes) con diversas
disfuncionalidades.
––Si tomando el caso contrario, afirman ser accesibles e inciden en esta ventaja competitiva, pero
realmente no lo son, asumen costes de no calidad.
Para identificar a los beneficiarios de accesibilidad, así como determinar los potenciales ingresos
que podrían generar para el sector en España, se toma como referencia los trabajos realizados
por Domínguez et al. (2013) y Alén et al. (2012) que utilizaron el modelo propuesto por Eurostat
(2005). Como se observa en la tabla 3, se generan 4 escenarios diferenciados en base al efecto
multiplicador del acompañante, así como de la duración media del viaje, que para el segmento de
turistas españoles con discapacidad se establece en 5 o 10 días. Por tanto, los ingresos potenciales
oscilarían entre los casi 8.000 millones de euros en el caso más negativo, a los 31.881 millones
en el más positivo.
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Trinidad Domínguez Vila, J. Antonio Fraiz Brea, Mª Elisa Alén González 775
70% posee
Efecto TOTAL
Demanda capacidad Compañía Ingresos
múltiple de mercado Media de gasto por
general de física y de amigos y potenciales
amigos y potencial de vacaciones
accesibilidad económica familiares del turismo
familiares viajeros
para viajar
15.936,16
10 días
5,49 16,48 millones €
0,5
millones millones 7.968,08
5 días
15,7 10,99 millones €
96,70€
millones millones 31.881,99
10 días
21,98 32,97 millones €
2
millones millones 15.936,16
5 días
millones €
Fuente: Domínguez et al, 2013.
Tanto en el escenario más negativo, como en el más positivo, la rentabilidad estimada es lo sufi-
cientemente representativa como para realizar un esfuerzo por parte de las organizaciones públicas y
privadas para aprovechar la oportunidad que se genera, ampliando el mercado y trabajando en base a
la calidad y la responsabilidad social.
A la hora de analizar al turista con discapacidad, es fundamental determinar tanto su perfil como
hábitos de comportamiento, dado que facilitará poder establecer las claves para los agentes turísticos,
y concretamente para las organizaciones que gestionan alojamientos, que es nuestro foco de estudio.
De nuevo se toman como base los trabajos de Domínguez et al. (2011) y Alén et al. (2012), realizando
un análisis generalizado al descartar aquellas respuestas no mayoritarias, siendo posible establecer
cuatro grupos de perfiles de turistas españoles con discapacidad (ver Tabla 4).
Destaca que las personas menores de 65 años poseen una mayor nivel educativo, trabajan y poseen
una renta familiar de entre 1.200 y 3.000€. A todos ellos le gusta viajar muchísimo y lo hacen más de
una vez al año con una duración mayor para los hombre que para las mujeres, que en algunos casos
viajan de 2 a 4 días y no de 5 a 10 días. El otro gran bloque, las personas mayores de 65 años, tienen
un menor nivel educativo, casi todas ellas perciben prestaciones sociales y destaca que las mujeres
tienen mayor renta familiar que los hombres, hasta 3.000€ frente a 1.200€. Destacar que a las mujeres
le gusta muchísimo viajar frente a los hombre a los que no les entusiasma tanto, lo hacen una vez al
año con una duración de 5 a 10 días. Hacer hincapié, que la gran mayoría de encuestados poseían una
discapacidad severa, es decir, entre el 50 y el 95%.,
A la hora de analizar su comportamiento, se ha tenido en cuenta el tipo de discapacidad, dado que
como ya se ha comentado, este factor determinará en gran medida sus hábitos. Por lo general, todos ellos
suelen viajar en verano, acompañados por familiares, en busca de relax y/o actividades culturales o en
la naturaleza, utilizando el coche, alojándose en hoteles y teniendo como destino mayoritario España
y Europa. Las principales barreras a las que se enfrentan suelen ser arquitectónicas, urbanística y de
transporte, por lo que los destinos exóticos son bastante inaccesibles y a todos ellos les gustaría que
mejoraran, así como la atención del personal a las necesidades específicas derivadas de su discapacidad.
Llama la atención que el colectivo de discapacidad física tiende a comportamientos similares a los de
discapacidad oculta.
5. Discapacidad y hospedaje
Las personas con discapacidad deben localizar un alojamiento adecuado que facilite y posibilite el
viajar, ya que estar alejado de su residencia habitual requiere que tanto la habitación como el baño sean
accesibles según su discapacidad (Dwyer y Darcy, 2008). Pero aunque dicho elemento es fundamental,
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776 Discapacidad y alojamientos turísticos en España
Estudios Estudios FP
Nivel de estudios primarios o I, FP II o Estudios primarios
universitarios universitario
Trabajador
Trabajador en
Situación laboral en activo o Percibe prestación social
activo
prestación social
Ingresos mensuales
Entre 1.200€ y 3.000€ Hasta 3.000€ Hasta 1.200€
núcleo familiar
Tipo de discapacidad Física u oculta Oculta o física Física u oculta Oculta o física
Grado de discapacidad Severo (del 50% al 95%) Severo (del 50% al 95%)
Entre regular y
Gusto por viajar Mucho Muchísimo
mucho
De 2 a 4 días o
Duración viaje De 5 a 10 días De 5 a 10 días
de 5 a 10.
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Trinidad Domínguez Vila, J. Antonio Fraiz Brea, Mª Elisa Alén González 777
Económicas y
Razón para no viajar en Falta de Razones Económicas y de
masificación
esas fechas acompañante económicas trabajo
turística
Resto del
Destino que le gustaría España y resto
España Resto del mundo mundo, España
visitar del mundo
y Europa
Patrimonio
Atractivos que suelen Pequeñas
Playa y grandes Playa
escoger poblaciones
ciudades
Hospedaje Hotel
Familia y
Fuentes de información Familia Familia y amigos Familia y amigos
asociaciones
Arquitectónica,
Arquitectónica, Humanas,
Comunicación y humanas,
Principales barreras urbanísticas y de arquitectónica y
transporte urbanas y de
transporte urbanísticas
transporte
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778 Discapacidad y alojamientos turísticos en España
no existen muchas investigaciones, destacando la realizada por Darcy (2010) sobre los criterios de
accesibilidad utilizados, la información disponible y la coherencia entre ambas según los turistas con
discapacidad que utilizan hoteles en Australia; Israeli (2002) que realizó un trabajo previo sobre los
elementos base que deben darse conjuntamente para que un sitio sea accesible; o a nivel nacional,
los desarrollados por Fernández (2007) que se centran en el análisis de accesibilidad hotelera de la
provincia de Cádiz.
La información existente sobre turismo accesible y alojamiento, por lo general, se centra principalmente
en la normativa existe que regula dicha actividad. En España destaca el Real Decreto 556/1989 del
19 de mayo sobre atribución de medidas mínimas sobre accesibilidad en los edificios, complementado
posteriormente con la Ley 15/95 del 30 de mayo sobre límites del dominio sobre inmuebles para eliminar
barreras arquitectónicas a las personas con discapacidad y el reglamento sobre los requisitos mínimos
de infraestructuras en los alojamientos turísticos. Es importante recordar que las competencias sobre
discapacidad y accesibilidad están transferidas a las distintas Comunidades Autónomas, lo cual hace que
tengan diferentes niveles de desarrollo en relación a la legislación sobre discapacidad, y concretamente
sobre turismo accesible. Por lo general, en las Comunidades Autónomas no existen normativas específicas
sobre este último elemento, el turismo accesible, aunque si se hace mención a la no discriminación entre
personas a causa de su discapacidad, y el cumplimiento de la normativa existente sobre accesibilidad en
los edificios, aunque no se especifican los criterios técnicos. La tendencia es que sólo se recoga el número
de habitaciones “adaptadas” o “polivalentes” que deben disponer según el número total de habitaciones
que tengan, que obviamente dista mucho según la Comunidad Autónoma a la que se haga referencia,
por ejemplo, para tener 2 habitaciones adaptadas o polivalentes: en Andalucía los establecimientos
deben ser de entre 75 y 150 habitaciones, en Murcia de entre 101 y 250, y en Cataluña de entre 101 y
150. Queda clara la disparidad existente entre normativas.
Para otro tipo de alojamientos, existen normativas en algunas comunidades a nivel de regulación
en materia de accesibilidad, como es el caso de los albergues, pero muy diferenciada y focalizada en
temas arquitectónicos y de señalización.
Todo lo expuesto hasta ahora queda reflejado en los escasos datos existentes sobre accesibilidad de los
alojamientos en España, donde destaca que sólo el 16% de las casas rurales son accesibles para personas
con movilidad reducida localizadas principalmente en País Vasco y Galicia, con un 37% y un33% de la
oferta disponible respectivamente (Hosteltur, 2013). En lo tocante a los campings, y según un estudio
realizado por Eroski Consumer (2011) que analizó 100 campings de 18 Comunidades Autónomas de
un total de 1.168 (24 de 1ª categoría, 64 de 2ª categoría y los restantes de 3ª categoría), los resultados
mostraron que 40 de ellos no estaban adaptados, 31 de ellos sólo se centraron en la accesibilidad de los
servicios, y de esos, 4 habían tenido en cuenta la accesibilidad al restaurante, piscina y recepción. Sólo
25 de ellos estaban totalmente adaptados para acoger a personas con discapacidad física, y ninguno
para las personas con discapacidad visual. Sobre el alojamiento en hoteles, no existen cifras en concreto
aunque si están disponibles listas de los hoteles con mayor accesibilidad, donde destaca la cadena
hotelera Confortel, la cual ya posee en todos sus hoteles la Certificación de Sistemas de Gestión de
Accesibilidad Universal de AENOR. Para finalizar con este punto, comentar que la accesibilidad en
balnearios, aunque no está cuantificada, si tiende a ser mayor dado los programas sociales existentes
que promueven las Administraciones Pública a través de ofertas de plazas para dicho colectivo
Uno de los datos clave para el planteamiento de dicho estudio, parte de la estimación de la Comisión
Europea (1997), que cifraba que los turistas europeos con discapacidad disfrutarían de 630 millones de
noches de hotel por año. A dicha cifra, bastante representativa por sí sola, habría que añadirle todas
aquellas pernoctas que realizarían en otros alojamientos. Por todo ello, el objetivo de este estudio, es
determinar la tipología de hospedaje utilizado por los turistas españoles con discapacidad, así como las
variables influyen en su comportamiento a nivel sociodemográfico (sexo, edad, tipo de discapacidad) y
comportamental (duración de la estancia, frecuencia anual de viajes, destino seleccionado).
Para dar cumplimiento a dicho objetivo, se parte de la premisa que las personas con discapacidad
son uno de los usuarios con mayor rango de necesidades y por lo tanto, de exigencias, por lo que los
resultados se presentan según tipología de discapacidad. El universo a analizar fueron los turistas
españoles con algún tipo de discapacidad, siendo el ámbito geográfico España, con un tamaño muestral
de 404 encuestas válidas y un nivel de confianza del 95,5%. Tomándose como base los datos del INE
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Trinidad Domínguez Vila, J. Antonio Fraiz Brea, Mª Elisa Alén González 779
(1999) y Eurostat (2005), se establecieron cuatro elementos clave para estructurar la muestra: sexo
(hombre, mujer), edad (17 a 64 años, 65 y más años), Comunidad Autónoma (20 en total) y tipología de
discapacidad (física, psíquica, sensorial y oculta), por lo que se utilizó un muestreo por cuotas que divide
a la población en distintas subpoblaciones, al tener que combinar datos de fuentes diferentes. Dichos
datos fueron recogidos a través de entrevista personal del 1 de agosto al 30 de septiembre de 2008.
7. Análisis de resultados
Según los datos analizados, inicialmente se debe hacer mención a que los turistas españoles con
discapacidad física o oculta consideran que las peores barreras existentes son las arquitectónicas seguidas
de las urbanas y de las de transporte; para el colectivo con discapacidad psíquica, son tan importantes
las arquitectónicas como las humanas; y para las personas con discapacidad sensorial, primero son las
comunicativas seguidas de las de transporte, arquitectónicas y humanas (ver Gráfico 1). Tomando como
referencia dichos datos, se constata que las barreras arquitectónicas son uno de los mayores impedimentos
para los turistas con discapacidad aunque no es el principal obstáculos a la hora de viajar (ver Gráfico
1), donde destacan los problemas de comunicación y aquellos vinculados a la realización de actividades,
excursiones o desplazamientos, estando el hospedaje considerado como uno de los obstáculos con menor
influencia para todos los colectivos. Dicho dato es caro, dado que junto al transporte para llegar al destino,
son los elementos clave para el consumo de productos turísticos accesibles, y por lo tanto, son a los que se
le dedica más tiempo en la búsqueda de información específica en relación a su accesibilidad.
Arquitectónicas Hospedaje
Urbanas Transporte
Comunicación Realizar actividades
Transporte Visitas o excursiones
Culturales y de ocio Desplazamientos
Humanas Al comunicarse
Psicológicas propias
Tomando como foco el análisis específico sobre las preferencias de alojamiento (ver Gráfico 2),
habitualmente todos los colectivos optan por hoteles y secundariamente por residencias propias o
segundas casas, a excepción del colectivo con discapacidad sensorial que utiliza apartamentos en vez
de segunda residencia. Los hostales y pensiones, así como los camping, tienen un uso bajo a excepción
de las personas con discapacidad oculta, preferentemente a causa de su grado de accesibilidad. Reseñar
que los albergues son un hospedaje bastante utilizado por todos los colectivos.
Analizando y valorando el grado de accesibilidad de dichos alojamientos, reseñar que los hostales
y pensiones están consideradas como bastante accesibles o muy accesibles por el 30,7% de la muestra
analizada; la residencia propia también es valorada como bastante o muy accesible por un 45,3% ya
que hay que tener en cuenta que por lo general estas segundas residencias suelen ser pisos que están
condicionados por el diseño arquitectónico de los portales y los diferentes niveles. Los balneario rondan
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
780 Discapacidad y alojamientos turísticos en España
el 40%, mientras que los camping están considerados como bastante o muy accesible sólo por el 16,8%
de la muestra analizada, situación similar a la de los albergues que obtienen un porcentaje cercano al
21,7% en valoración de hospedaje bastante o muy accesible. Todos estos resultados están sujetos a que
una gran parte de la muestra analizada posee discapacidad oculta, la cual no supone restricciones tan
importantes como las físicas, psíquicas o sensoriales, teniendo que enfrentarse a un número bastante
más reducido de barreras.
Dado que el hotel, es el tipo de alojamiento más utilizado, se realiza un análisis más exhaustivo
(ver Gráfico 2). Las personas con discapacidad física utilizan preferentemente hoteles de 2 y 3 estrellas
seguidos por los de 1, un hecho peculiar ya que los hoteles más adaptados y accesibles son los de 4 y
5 estrellas, ‑un 65,8% de los encuestados los valora como bastante accesibles o muy accesibles‑, y el
colectivo de discapacidad física es uno de los que más barreras arquitectónicas padece. En lo tocante a
las personas con discapacidad psíquica, preferentemente recurren a hoteles de 4 y 5 estrellas, seguidos
por los de 1 estrella. Destacar que éstos últimos fueron valorados como bastante o muy accesibles por un
35,8% de la muestra analizada. Se pasa de un extremo a otro, al igual que con el colectivo de personas
con discapacidad sensorial, en la que se opta primeramente por hoteles de 1 estrella y de forma muy
cercana en porcentaje, a hoteles de 4 y 5 estrellas.
Una vez establecido sus hábitos en el tipo de alojamiento, se estudia que variables afectan a dicho
comportamiento, por lo que se plantea como objetivo: determinar si la variación del número de viajes
realizados el último año se ve condicionada por el tipo de hospedaje utilizado, la edad, la tipología de
discapacidad y el gasto medio por día del viaje.
El nivel crítico asociado al estadístico F del modelo corregido (ver Tabla 5), indica que el modelo
explica una parte significativa de la variación observada en la variable dependiente número de viajes
realizados el último año. Existe un efecto interacción que surge derivado de la combinación de las
diferentes variables, en concreto, la relación se da entre tipo de discapacidad y hospedaje utilizado,
poseyendo un efecto significativo sobre el número de viajes realizados el último año. Dichas variables,
cuando se analizan los efectos principales, se observa que ambas difieren, con valores inferiores al
p‑valor. Esto es, que los grupos definidos por las variables hospedaje y tipología de discapacidad, tanto
de forma individualizada o mediante combinación mutua, distan del número medio de viajes realizados
el último año. Situación opuesta a las combinaciones con las variables sexo y edad, las cuales no son
significativas.
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Trinidad Domínguez Vila, J. Antonio Fraiz Brea, Mª Elisa Alén González 781
Suma de Media
Fuente gl F Significación
cuadrados cuadrática
Modelo corregido 133,048a 76 1,751 1,881 ,000
Intersección 359,003 1 359,003 385,703 ,000
Tipología de discapacidad 12,048 3 4,016 4,315 ,005
Hospedaje 22,210 6 3,702 3,977 ,001
Sexo ,872 1 ,872 ,937 ,334
Edad recodificada 1,663 1 1,663 1,787 ,182
Tipo.disc * Hospedaje 28,231 14 2,016 2,166 ,009
Tipo.disc * sexo 2,669 3 ,890 ,956 ,414
Tipo.disc * rec_edad 1,186 3 ,395 ,425 ,735
Hospedaje * sexo 5,579 6 ,930 ,999 ,426
Hospedaje * rec_edad 4,576 6 ,763 ,819 ,556
Sexo * rec_edad ,320 1 ,320 ,343 ,558
Tipo.disc * Hospedaje * sexo 12,526 11 1,139 1,223 ,270
Tipo.disc * Hospedaje * rec_edad 2,476 9 ,275 ,296 ,976
Tipo.disc * sexo * rec_edad 2,961 3 ,987 1,060 ,366
Hospedaje * sexo * rec_edad 2,753 4 ,688 ,739 ,566
Tipo.disc * Hospedaje * sexo *
6,982 5 1,396 1,500 ,189
rec_edad
Error 283,886 305 ,931
Total 1925,000 382
Total corregida 416,935 381
Variable dependiente: número de viajes realizados el último año.
Mediante la aplicación del contraste de Levene mostrado en la tabla 6, se rechaza la hipótesis nula
de igualdad de que la varianza error de la variable dependiente número de viajes realizados el último
año, es igual a lo largo de todos los grupos.
Partiendo de los efectos principales que resultaron significativos, así como de la interacción que se
da entre ambos, se aplica una comparación post hoc para determinar dónde se encuentra las diferencias
de dichos promedios. Se aprecia que las personas con discapacidad sensorial en relación al número
medio de viajes realizados el último año, difiere significativamente de las personas con discapacidad
oculta y psíquica. Además este último colectivo tiene un comportamiento muy similar a al colectivo
de discapacidad oculta. Dicho hecho se refleja en la tabla 7 en la que se aprecian dos subconjuntos
claros, por un lado se agrupan los colectivos de discapacidad física, psíquica y oculta, dejando en el otro
subconjunto a las personas con discapacidad sensorial, las cuales tienen un número medio de viajes
realizados el último año superior al resto.
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782 Discapacidad y alojamientos turísticos en España
Tipología de Subconjunto
N
discapacidad 1 2
Psíquica 52 1,83
Oculta 156 1,85
DHS de Tukey a
Física 155 2,10
Sensorial 19 2,68
Significación ,526 1,000
En la siguiente tabla, se observa que la utilización del hotel en relación al número medio de viajes
realizados el último año dista significativamente de la utilización de albergue, y éste a su vez del
uso del balneario. Es decir, en relación al número de viajes realizados el último año si se escoge un
hotel o balneario para alojarse, no se utilizan albergues, y viceversa. Situación opuesta se da en
la utilización casi indistinta si se escoge como alojamiento hotel, hostal o pensión, apartamento,
residencia propia o balneario en relación al número de medio de viajes realizados el último año;
aunque no se establecen subconjuntos homogéneos al agruparse todos en el mismo, como se aprecia
en la tabla 9.
Diferencia
(J)
(I) Hospedaje entre Error típ. Significación
Hospedaje
medias (I‑J)
Hostal o pensión ,05 ,283 1,000
Apartamento ‑,02 ,223 1,000
Residencia propia ‑,05 ,141 1,000
Hotel
Balneario ,14 ,156 ,974
Camping ‑,66 ,399 ,658
Albergue ‑,50* ,167 ,050
Hotel ‑,14 ,156 ,974
Hostal o pensión ‑,08 ,301 1,000
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Trinidad Domínguez Vila, J. Antonio Fraiz Brea, Mª Elisa Alén González 783
Subconjunto
Hospedaje N
1
Balneario 40 1,75
Hostal o pensión 12 1,83
Hotel 152 1,89
Apartamento 23 1,91
DHS de Tukeya
Residencia propia 80 1,94
Albergue 64 2,39
Camping 11 2,55
Significación ,056
Por último, observando el gráfico de perfil de los dos factores principales y su interacción (ver Gráfico
3), los cuales poseen comportamientos diferenciados, se puede determinar que el uso del hotel como
alojamiento en relación al número medio de viajes realizados el último año posee una frecuencia media
muy similar para los diferentes colectivos según discapacidad, aunque es un poco superior para los
grupos de personas con discapacidad física y oculta. Similar comportamiento puede ser identificado en
el uso de residencia propia, que aún siendo bastante homogéneo destaca principalmente el colectivo de
discapacidad psíquica seguido por los físicos, sensoriales y ocultos, pero con menor frecuencia media.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
784 Discapacidad y alojamientos turísticos en España
8. Conclusiones y limitaciones
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Trinidad Domínguez Vila, J. Antonio Fraiz Brea, Mª Elisa Alén González 785
Bibliografía
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
786 Discapacidad y alojamientos turísticos en España
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Recibido: 04/02/2013
Reenviado: 29/04/2013
Aceptado: 03/05/2013
Sometido a evaluación por pares anónimos
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Por sua origem, a grafia do título da revista, dessa forma, atende à língua
espanhola por convenção.
http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur/issue/view/146
Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 789-803. 2015
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Resumen: Se analiza la colaboración científica de las universidades catalanas en el campo del turismo entre
2000 y 2010. A partir de las coautorías de artículos, se calculan indicadores de colaboración simples y se
examina la red colaboración. Se estudia la colaboración entre investigadores, instituciones y territorios. Los
resultados muestran un aumento de la colaboración, diferencias entre las revistas y ausencia de relación entre
colaboración y multidisciplinariedad. La red de colaboración presenta una baja densidad y varias subredes.
Palabras Clave: turismo; investigación; colaboración científica; coautorías; redes sociales; Cataluña.
1. Introducción y objetivo
*
Este trabajo se ha realizado en el marco de los Estudios de Doctorado en Geografía de la Universidad Autónoma de Barcelona.
**
E‑mail: [email protected]
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E‑mail: [email protected]
****
E‑mail: [email protected]
*****
E‑mail: [email protected]
Por otra parte, la colaboración científica ha aumentado durante las últimas décadas en todas las
disciplinas (Glänzel y Schubert, 2004). La colaboración, el trabajo en equipo, es una característica de la
big science, como lo son las elevadas necesidades de financiación (de Solla Price, 1966). En las ciencias
sociales la colaboración es mucho menor que en las ciencias experimentales, aunque algo mayor que en
las humanidades (Ardanuy, 2012). La colaboración está presente incluso en las ciencias “menos caras”,
como las matemáticas puras o la investigación teórica en ciencias sociales.
Beaver (2001) cita 18 razones por que las personas cooperan. Entre ellas, acceder a conocimiento
experto, equipo o recursos; obtener prestigio; ganar productividad; progresar más rápidamente; detectar
errores más eficientemente; aprender; reducir el aislamiento; pasarlo bien... Sin embargo, la colaboración
también comporta costes mayores que el trabajo en solitario (Katz y Martin, 1997). Por ejemplo, por gastos
adicionales en desplazamientos, dietas, transporte de equipos; por inversión de tiempo en informar a los
miembros del equipo, resolver discrepancias; o por el aumento de la burocracia y los costes de administración.
Por colaboración científica se entiende “la interacción entre dos o más científicos que tiene lugar
dentro de un contexto social, la cual permite compartir significado y completar tareas con respecto a una
meta superior mutuamente compartida” (Sonnenwald, 2007, p. 645). Se puede clasificar según diversas
perspectivas: desde el punto de vista disciplinario (intradisciplinaria, interdisciplinaria, multidiscipli-
naria), geográfico (presencial, remota, internacional), organizativo y comunitario (universidad‑empresa,
ciencia‑sociedad, triple hélice: universidad‑industria‑gobierno).
Sonnenwald (2007) sintetiza la extensa literatura sobre colaboración científica. Organiza los factores
que influyen en la colaboración según la fase del proceso en que emergen: establecimiento, formulación,
mantenimiento y conclusión. Primero, hay factores que pueden impulsar o impedir el establecimiento
de colaboraciones. Los hay científicos; políticos; socioeconómicos; relacionados con la accesibilidad
a recursos; y con redes sociales y factores personales. Segundo, durante la fase de formulación, los
científicos inician y planifican proyectos de investigación. En proyectos colaborativos hay factores que
deben considerarse con mayor detalle que en los proyectos de un solo investigador: la visión, los objetivos
y las tareas; el liderazgo y la estructura organizativa; las tecnologías de información y la comunicación;
la propiedad intelectual y otros temas legales.
Tercero, una vez establecida la colaboración y comenzado el trabajo, hay que mantenerla durante
un periodo de tiempo, si se quieren alcanzar los objetivos. Suelen aparecer problemas no previstos que
pueden hacer fracasar la colaboración. Para identificar y solucionar los problemas puede ser necesario
que evolucionen la estructura organizativa, las tareas, la comunicación y el aprendizaje. En cuarto
lugar, idealmente, la colaboración concluye con éxito cuando se alcanzan los objetivos; pero puede
haber distintos tipos de resultados considerados exitosos. Por último, se hace difusión de los resultados.
El presente trabajo analiza la colaboración científica de las universidades catalanas en el campo
del turismo. Cataluña proporciona un caso relevante para estudiar la investigación turística por el
peso que tiene el turismo en la economía y en la ciencia. En efecto, la historia del turismo en Cataluña
se remonta al siglo XIX (Garay y Cànoves, 2010). Actualmente es la segunda región de Europa más
visitada por turistas extranjeros (Eurostat, 2011). El sector turístico representa alrededor del 11% del
PIB y también del empleo (Direcció General de Turisme, 2011). Y su geografía turística es diversa: tiene
turismo litoral, de montaña, urbano y rural (Torres, 2010). Por otra parte, las universidades catalanas
son autoras del 20% de la producción científica sobre turismo de España (González‑Albo et al., 2009).
El objetivo del trabajo es estudiar la colaboración a través de las coautorías de artículos. Mediante
indicadores de colaboración no relacionales pretende: medir la incidencia y la extensión de la colabo-
ración; descubrir diferencias entre revistas en cuanto al grado de colaboración; explorar la relación
entre multidisciplinariedad y colaboración; y analizar la colaboración entre instituciones y entre países.
Mediante el análisis de redes sociales, a nivel macro, aspira a describir las características generales de la
red de coautorías y medir su centralidad. A nivel micro, determinar la centralidad los principales nodos
(autores) de la red. También se propone analizar las redes de colaboración institucional y territorial.
2. Revisión de la literatura
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
José A. Corral, Ismael M. Rodríguez, Ástrid Vargas, Gemma Cànoves 791
entre valorativas y relacionales. Las valorativas tienen por objetivo evaluar comparativamente las
contribuciones de diversos autores, revistas, instituciones o trabajos académicos. Las relacionales
buscan poner de manifiesto relaciones dentro de la investigación científica, como la estructura de los
campos de conocimiento. El cruce de ambas dimensiones da lugar a una tipología de cuatro categorías
de técnicas, que representan, a su vez, cuatro corrientes de investigación.
Las técnicas cualitativas valorativas consisten en elaborar ránkings de revistas o autores a partir
de las opiniones de un grupo o pánel de expertos. Por ejemplo, McKercher et al. (2006) jerarquizan 70
revistas de turismo y hostelería a partir de una encuesta a 505 académicos. Por otra parte, mediante
técnicas cuantitativas valorativas se analiza la producción científica en un campo de conocimiento o
en una disciplina científica para evaluar la contribución de instituciones, revistas o autores. A menudo
se basan en recuentos de artículos o citas, pueden considerar factores de impacto y despiertan mucha
controversia. Por ejemplo, Zhao y Ritchie (2007) identifican los 57 investigadores más prolíficos en el
campo del turismo en función de la cantidad de artículos publicados en ocho revistas entre 1985 y 2004.
En tercer lugar, a través de técnicas cualitativas relacionales se exploran temas clave en la literatura
y tendencias, así como el uso de metodologías y técnicas estadísticas. Aquí Benckendorf (2009) incluye
las revisiones y puesta al día, los mapas conceptuales, los análisis de contenido y los metaanálisis. Por
ejemplo, Xiao y Smith (2006) identifican las 27 áreas temáticas principales en la investigación turística a
lo largo de 30 años, a partir del análisis del índice de materias de la revista Annals of Tourism Research.
Y en cuarto lugar, a través de técnicas cuantitativas relacionales se calculan indicadores bibliométricos
para estudiar la investigación más allá de la medida de la productividad y la elaboración ránkings.
Incluyen los análisis de coocurrencias de términos (en el título o las palabras clave), de citas (a autores
o artículos), cocitas, coautorías y redes sociales. Por ejemplo, Barrios et al. (2008) estudian la evolución
de la producción sobre psicología del turismo entre 1990 y 2005; comprueban las leyes bibliométricas
de Price, Lotka y Bradford; y analizan la distribución de las citas y su relación con la colaboración.
Constatan que los artículos con más de un autor reciben más citas que los firmados por un solo autor.
Pero la mayoría de estudios sólo contemplan revistas turísticas, cuando una parte considerable de
la literatura se publica en revistas no turísticas. Hasta hace poco ha habido pocas revistas turísticas de
reconocido prestigio internacional (Chang y McAleer, 2012). Como afirma Sancho: “la escasez de revistas
dedicadas al turismo, con validez y reconocimiento para la evaluación de la actividad investigadora,
hace que las investigaciones en turismo queden dispersas en un abanico de revistas de diferentes
disciplinas” (Pulido, 2006, p. 57). El presente estudio se enmarca en la cuarta corriente; aquélla que
investiga el contenido, la estructura y la evolución de la investigación turística con el fin de contribuir a
su desarrollo. El trabajo analiza la colaboración científica en turismo cuantitativamente, sin pretender
elaborar ránkings, y contempla revistas turísticas y no turísticas.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
792 Estudio de la investigación turística a través de las coautorías de artículos
está dispersa y poco cohesionada. Tiene muchos autores y grupos desconectados y está dominada por
un grupo o componente principal.
Racherla y Hu (2010) estudian los patrones de colaboración entre los académicos del turismo
mediante el análisis de redes sociales, identifican investigadores clave y presentan la evolución de
varios atributos de la red de coautorías. La base empírica del estudio son los artículos publicados entre
1996 y 2005 en las tres revistas top: Annals of Tourism Research, Journal of Travel Research y Tourism
Management. Constatan un incremento en la colaboración y la existencia de unos pocos autores con
muchas colaboraciones y muchos autores con muy pocas. Observan que la red de coautorías está muy
poco cohesionada. Por otra parte, detectan los autores con mayor centralidad (medida por su grado,
cercanía e intermediación) y exploran la relación entre centralidad y productividad.
En España, hasta donde conocen los autores, casi no se ha estudiado la colaboración científica en
el campo del turismo. Y sólo González‑Albo et al. (2009) emplean, limitadamente, el análisis de redes
sociales. Sánchez y Marín (2003) analizan los artículos publicados en las revistas Papers de Turisme y
Estudios Turísticos entre 1996 y 2001. Calculan el índice de coautoría y el porcentaje de colaboración.
Además detallan ambos indicadores según áreas de conocimiento de la economía de la empresa,
nacionalidad de los autores, nacionalidad de las universidades y enfoque empírico o conceptual. Por
otra parte, Hernández et al. (2011) tocan tangencialmente el tema de la colaboración al analizar los
estudios publicados sobre gestión turística en las revistas españolas de dirección de empresas. Comentan
la distribución del número de autores por artículo.
González‑Albo et al. (2009) analizan múltiples dimensiones de la producción científica sobre turismo
en España. Mediante una estrategia de búsqueda basada en palabras clave, recogen los documentos
publicados en revistas turísticas y no turísticas entre 1998 y 2008. Dividen el estudio en dos partes, según
la fuente de la que recogen los datos: la base de datos internacional Web of Science y la española ISOC
de ciencias sociales y humanidades. Calculan indicadores de colaboración como el índice de coautoría
y la colaboración inter‑centros, nacional e internacional, así como su evolución. También describen la
intensidad de colaboración entre comunidades autónomas de España y entre España y otros países.
El presente estudio extiende estos análisis. Se centra en el análisis de la colaboración y emplea
tanto indicadores de colaboración simples como el análisis de redes sociales. En el siguiente apartado
explica la metodología seguida. A continuación se presentan los resultados obtenidos. Y finalmente se
extraen unas conclusiones.
3. Metodología
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
José A. Corral, Ismael M. Rodríguez, Ástrid Vargas, Gemma Cànoves 793
Excel. Después se exportó al programa Ucinet 6 y se generaron grafos con el software complementario
NetDraw 9.091. Al construir los grafos, se ocultaron los nodos sin colaboración, para “limpiar” el
grafo y facilitar su análisis.
El análisis de redes sociales adoptó dos perspectivas: las relaciones entre los autores y entre sus
instituciones. En ambos casos, los niveles de análisis fueron global o macro, de la red en general; e
individual o micro (Benckendorff, 2010; Ye et al., 2011). El software Ucinet 6 permitió obtener una serie
de índices estadísticos vinculados a las medidas de centralidad propuestas por Freeman (1979). A nivel
macro se consideraron la densidad y los grados de centralización e intermediación de la red, mientras
que a nivel micro se analizaron el grado de centralidad y la intermediación para cada uno de los nodos.
Adicionalmente, llevó a cabo un análisis a partir de la localización geográfica de las instituciones.
4. Resultados
㐀㔀
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一切洀⸀ 搀攀 愀爀琀挀甀氀漀猀
㌀
㈀㔀
㈀
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㈀ ㈀ ㈀ ㈀ ㈀ ㌀ ㈀ 㐀 ㈀ 㔀 ㈀ 㘀 ㈀ 㜀 ㈀ 㠀 ㈀ 㤀 ㈀
䄀 漀
䔀渀 猀漀氀椀琀愀爀椀漀 䔀渀 挀漀氀愀戀漀爀愀挀椀渀
Dos fue el número de autores más frecuente en los trabajos escritos en colaboración. Casi la mitad
de los trabajos fueron firmados por dos o tres autores (49%). Y los trabajos firmados por más de
cuatro autores fueron raros (4%) (Tabla 1). Puesto que en los 429 artículos hubo 884 firmas, la media
aritmética o índice de coautoría fue 2,06 firmas por artículo; la moda fue una firma; la mediana, dos;
el máximo, 11; y la desviación típica, 1,37 firmas. El índice de coautoría no varió significativamente
a lo largo de la década: de dos autores por artículo en el primer lustro se pasó a 2,10 en el segundo.
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794 Estudio de la investigación turística a través de las coautorías de artículos
Núm. de
Núm. de artículos % de artículos % acumulado
firmas
1 172 40,1 40,1
2 152 35,4 75,5
3 58 13,5 89,0
4 30 7,0 96,0
5 8 1,9 97,9
6 3 0,7 98,6
8 2 0,5 99,1
9 2 0,5 99,5
11 2 0,5 100,0
Total 429 100,0
Fuente: elaboración propia
Núm. de % de % de Desv.
Revista % acum. Í.C. Moda Máximo
artículos artíc. colab. típ I.C.
Estudios Turísticos 22 5,1 5,1 50,0 1,77 0,92 1 4
Estudis de Turisme de
18 4,2 9,3 22,2 1,28 0,57 1 3
Catalunya
Cuadernos de Turismo 16 3,7 13,1 75,0 2,06 0,85 2 4
PASOS 16 3,7 16,8 56,3 1,63 0,62 2 3
Tourism Management 13 3,0 19,8 76,9 2,23 1,09 2 5
Documents d’Anàlisi
11 2,6 22,4 63,6 1,64 0,50 2 2
Geogràfica
Papers de Turisme 11 2,6 24,9 63,6 1,73 0,65 2 3
Scripta Nova 11 2,6 27,5 18,2 1,18 0,40 1 2
Boletín de la AGE 9 2,1 29,6 66,7 2 0,87 1,2,3 3
Iber 9 2,1 31,7 22,2 1,22 0,44 1 2
Tourism Economics 9 2,1 33,8 100,0 2,89 1,05 2 5
Revista de Análisis Turístico 7 1,6 35,4 71,4 2,29 1,70 2 6
Cuadernos Geográficos Univ.
6 1,4 36,8 66,7 2,17 1,17 1,2 4
Granada
Annals of Tourism Research en
5 1,2 38,0 80,0 3,40 1,82 5 5
Español
Investigaciones Geográficas 5 1,2 39,2 60,0 2,00 1,00 1,3 3
Revista Aragonesa de Admón.
5 1,2 40,3 100,0 2,40 0,55 2 3
Pública
Tourism Review 5 1,2 41,5 100,0 2,20 0,45 2 3
181 revistas restantes 251 58,5 100,0 60,6 2,19 1,58 1 11
Total 429 100,0 59,9 2,06 1,37 1 11
Fuente: elaboración propia
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
José A. Corral, Ismael M. Rodríguez, Ástrid Vargas, Gemma Cànoves 795
El Gráfico 2 muestra los porcentajes de colaboración respectivos de los artículos publicados en revistas
indexadas y no indexadas en las bases de datos del ISI Web of Science1. En revistas no indexadas por
el ISI, el 54,2% de los artículos se escribió en colaboración, mientras que en revistas sí indexadas, el
80%. Es decir, el porcentaje de colaboración fue significativamente mayor en las revistas indexadas.
De igual forma, el porcentaje de colaboración fue significativamente más grande en los artículos de las
revistas indexadas en Scopus2 (Gráfico 3).
También el índice de coautoría fue significativamente mayor en los artículos publicados en revistas
indexadas que en las no indexadas. El índice de coautoría en los artículos publicados en revistas ISI fue
2,73 firmas por trabajo, frente a las 1,87 firmas por trabajo en revistas no ISI. El índice de coautoría de
los artículos publicados en revistas Scopus fue 2,52 firmas por trabajo, frente a 1,82 firmas en revistas
no Scopus.
─ ─
倀漀爀挀攀渀琀愀樀攀 搀攀 愀爀琀挀甀氀漀猀
㘀 ─ 㘀 ─
㔀 ─
䔀渀 猀漀氀椀琀愀爀椀漀 㔀 ─
䔀渀 猀漀氀椀琀愀爀椀漀
䔀渀 挀漀氀愀戀漀爀愀挀椀渀 䔀渀 挀漀氀愀戀漀爀愀挀椀渀
㐀 ─ 㠀 Ⰰ ─ 㐀 ─
㜀㌀Ⰰ㌀─
㌀ ─ ㌀ ─
㔀㐀Ⰰ㈀─ 㔀㌀Ⰰ ─
㈀ ─ ㈀ ─
─ ─
─ ─
刀攀瘀椀猀琀愀猀 渀漀 䤀匀䤀 刀攀瘀椀猀琀愀猀 䤀匀䤀 刀攀瘀椀猀琀愀猀 渀漀 匀挀漀瀀甀猀 刀攀瘀椀猀琀愀猀 匀挀漀瀀甀猀
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
796 Estudio de la investigación turística a través de las coautorías de artículos
Y referente a las revistas indexadas en Scopus, españolas y extranjeras, las disciplinas de las revistas
se obtuvieron de los All Science Classification Codes (ASJC). La sexta y séptima columnas de la Tabla
3 presentan respectivamente el índice de coautoría y el porcentaje de colaboración de las revistas
indexadas en Scopus. Aunque hubo diferencias en los indicadores de colaboración entre las revistas
unidisciplinares y las multidisciplinares, éstas no fueron estadísticamente significativas.
Número de Núm. de %
% De artículos
instituciones artículos Acumulado
3 16 3,7 97,9
4 4 0,9 98,8
5 2 0,5 99,3
6 1 0,2 99,5
7 1 0,2 99,8
11 1 0,2 100,0
La colaboración científica puede clasificarse en tres tipos o niveles: local, doméstica e internacional
(Ardanuy, 2012). La colaboración local se produce cuando todos los investigadores trabajan en la misma
institución. En la doméstica participan investigadores de diferentes instituciones de un mismo país. Y en
la internacional intervienen colaboradores de distintos países. La Tabla 5 muestra la distribución según
niveles de las colaboraciones sobre turismo de los investigadores de las universidades catalanas.6 Casi
la mitad de las colaboraciones (48,2%) fueron locales, es decir, entre autores de la misma institución.
Núm. de % De
Nivel de colaboración
artículos artículos
Sin colaboración: un único autor 172 40,1
Colaboración local: varios autores de la misma institución 124 28,9
Colaboración catalana: autores de diferentes instituciones de Cataluña 47 11,0
Colaboración española: autores de instituciones de Cataluña y de España 35 8,2
Colaboración internacional: autores de instituciones de diferentes países 51 11,9
Total 429 100,0
Fuente: elaboración propia
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José A. Corral, Ismael M. Rodríguez, Ástrid Vargas, Gemma Cànoves 797
El Gráfico 4 presenta la evolución a lo largo del decenio de los tres tipos de colaboraciones. Comparando
el primer lustro con respecto al segundo, la colaboración que más creció fue la doméstica, que casi se
triplicó, mientras que la internacional se duplicó, aproximadamente. La colaboración local, a pesar de
ser la más frecuente (Tabla 5), fue la que menos aumentó, multiplicándose por 1,5.
18
16
Número de colaboraciones
14
12
10
8
6
4
2
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Dentro de la colaboración española (Tabla 5), las cuatro comunidades autónomas con las que
Cataluña colaboró más frecuente fueron las Islas Baleares (24%7), Galicia (18%), Andalucía (16%)
y la Comunidad Valenciana (13,3%). Además, aunque menos frecuentemente, Cataluña colaboró
con otras ocho comunidades autónomas (porcentajes inferiores al 10%). Por otra parte, dentro de la
colaboración internacional, los cuatro países con los que más colaboró Cataluña fueron el Reino Unido
(14%8), Holanda (13%), Italia (11%) y Estados Unidos (10%). Adicionalmente, Cataluña colaboró, pero
menos, con otros 23 países.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
798 Estudio de la investigación turística a través de las coautorías de artículos
Para llevar a cabo el análisis a nivel micro, se elaboró la Tabla 6. Contiene la lista de autores con
mayor número de relaciones (mayor vecindario), así como dos medidas de centralidad: el grado de
centralidad (número de colaboraciones por autor) y la intermediación (número de veces que un autor
fue intermediario entre otros dos investigadores). Las medidas de centralidad pueden ser entendidas
como la importancia del autor, su influencia y la capacidad que tiene de acceder a otros autores dentro
de la red (Benckendorff, 2010).
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
José A. Corral, Ismael M. Rodríguez, Ástrid Vargas, Gemma Cànoves 799
En este caso destacan los primeros cinco autores enlistados. Debido a que tuvieron un número importante
de colaboradores y una producción de artículos significativa, tuvieron medidas de centralidad elevadas,
tanto en el grado de centralidad como en la intermediación. Fueron autores brokers, investigadores
clave, que mantuvieron la cohesión de la red y funcionaron como enlaces o puentes entre los demás
nodos. Se deben destacar los autores 89 y 415. El primero mostró un grado elevado de centralidad y
el segundo, de intermediación. Por tanto, fueron actores con roles importantes en la colaboración y la
intermediación de la red.
Hay que aclarar que se excluyeron de la Tabla 6 un número considerable de autores que, aunque
tuvieron un número importante de colaboradores (10), sólo publicaron un trabajo en coautoría. Además,
otros autores no aparecen en la Tabla 6 por su reducido vecindario, aunque tuvieron un alto grado de
centralidad (498, 143, 480, 110, 355, 220, 53, 118 o 213) o de intermediación (110, 310, 417, 317, 403,
137, 394. 213, 274, 170, 481 o 41).
El grafo da cuenta de una red en la que existieron diferentes subgrupos. Pero destacaron seis institu-
ciones que, por su mayor número de colaboradores y artículos publicados, tuvieron un rol fundamental
en la conectividad de la red. Lo anterior se corrobora con los datos contenidos en la Tabla 7.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
800 Estudio de la investigación turística a través de las coautorías de artículos
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
José A. Corral, Ismael M. Rodríguez, Ástrid Vargas, Gemma Cànoves 801
5. Conclusiones
Los investigadores de las universidades catalanas publicaron el 60% de los artículos sobre turismo en
colaboración. La mayor parte de las colaboraciones fueron entre dos o tres autores. Durante la década,
el porcentaje de colaboración aumentó, pero el número de autores por artículo no varió. En cuanto a
las revistas, hubo diferencias en el porcentaje de colaboración y en el índice de coautoría. Y también
las hubo entre las revistas indexadas y las no indexadas. Por otra parte, no se hallaron diferencias en
la colaboración entre las revistas, ni entre los artículos, unidisciplinares y multidisciplinares. Hubo
colaboración entre instituciones en el 31% de los artículos. En el 8% de los artículos hubo colaboración
entre Cataluña y otras comunidades autónomas de España, y en el 12%, entre Cataluña y otros países.
En relación al análisis de redes, en términos generales se puede hablar de una red dispersa o no
conexa, con varias subredes. Destaca además el importante rol que juegan algunos autores e instituciones
en la vinculación de la red. Sin embargo, no se pude negar la baja interrelación que en general existe
entre los autores, máxime si se observa que el periodo estudiado comprende diez años, en los que varios
de los autores han publicado un número muy reducido de artículos en coautoría. En este sentido, se
debe resaltar la gran cantidad de autores aislados que, aunque no aparecen en el grafo (debido a que
se eliminaron para facilitar el análisis), demuestran lo desconectada que se encuentra la red. Aunque
también es importante considerar que por las características del tema analizado y tal como se menciona
más adelante, difícilmente se podría tener una red completamente conectada.
Los resultados obtenidos son, hasta cierto punto, similares a los reportados por Benckendorff (2010),
pues muestran un alto grado de dispersión y, simultáneamente, de agrupamiento. Situación que se
hace evidente cuando se comparan los resultados con los reportados por otras disciplinas científicas.
Otra coincidencia con el estudio referido es que los nodos (autores o instituciones) más productivos
están generalmente más conectados y, además, son quienes frecuentemente lideran algunas de las
subredes identificadas.
Así mismo, existe coincidencia con los resultados reportados por Ye et al. (2011), puesto que la red de
colaboraciones de los autores catalanes parece ser muy holgada o flexible. Esto pudiera estar determinado,
coincidiendo con los autores, por el hecho de que la investigación en turismo esté sufriendo un proceso de
maduración y consolidación. O bien, debido a lo multidisciplinario del turismo, que resulta en una red
de colaboración que incorpora muchos investigadores periféricos (de otras áreas o disciplinas), los cuales
colaboran en proyectos esporádicos, con lo que los indicadores de la red disminuyen significativamente.
Por otro lado, el estudio abre líneas de investigación, como la posibilidad de ampliar el trabajo
incorporando ciertos atributos, como podrían ser los grupos de investigación a los que pertenecen
muchos de los autores analizados. Lo anterior, sin duda, daría luces para identificar si efectivamente
estos grupos de investigación incentivan la producción científica o si, por el contrario, se constituyen
más como unidades formales que funcionales.
Bibliografía
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
802 Estudio de la investigación turística a través de las coautorías de artículos
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José A. Corral, Ismael M. Rodríguez, Ástrid Vargas, Gemma Cànoves 803
Notas
1
Thomson Reuters Institute for Scientific Information (http://ip‑science.thomsonreuters.com/es/productos/wos).
2
Scopus de Elsevier (http://www.scopus.com).
3
Se publicaron 307 artículos en revistas españolas, pero no se dispuso de las disciplinas de 53 artículos. Por ello, este análisis
se basa en 254 artículos.
4
Referido a los 307 artículos publicados en revistas españolas.
5
Referido a los 146 artículos publicados en revistas indexadas en Scopus.
6
La Tabla 4 desagrega la colaboración doméstica (es decir, entre autores de instituciones españolas) en dos niveles:
colaboración catalana, cuando se produce entre autores de distintas instituciones sólo de Cataluña, y española, cuando se
produce entre autores de instituciones catalanas y españolas.
7
Este porcentaje se refiere a la proporción que representan las colaboraciones (de Cataluña) con la comunidad autónoma
en cuestión, respecto al total de colaboraciones con comunidades autónomas españolas.
8
Este porcentaje se refiere a la proporción que representan las colaboraciones (de Cataluña) con el país en cuestión, respecto
al total de colaboraciones con países de fuera de España.
Recibido: 31/10/2014
Reenviado: 22/12/2014
Aceptado: 02/02/2015
Sometido a evaluación por pares anónimos
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
dourintour À Descoberta
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Quintas
Co-financiamento
Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 805-827. 2015
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The tourism intermediation in Spain and its relationship with Affiliate Marketing: an approach
to the reality of Travel Agencies
Abstract: In the area tourist intermediation in Spain, the economic, social and technological conjuncture is
playing an important role in its development, which requires the implementation of new strategies of com-
mercialization as the affiliate marketing.
The aim of this paper is based on analyzing the relationship between Spanish travel agencies and the af-
filiate as tool online. Owing to the specific features of the study, a review of the literature showed as more
appropriate the design and implementation of a qualitative methodology, focused on getting and analyzing
the primary data, which could be supplemented by other secondary sources. Regarding this, in‑depth and
open‑ended interviews to relevant experts in the field of the study were taken.
The development of such methodology allows the contrast of the pertinent hypothesis that became from the
previous frame of the state of art and, therefore the extraction of their conclusions.
Keywords: tourism intermediation, traditional agencies or offline, agencies online, affiliate marketing,
strategy, commercialization, advertising.
*
E‑mail: [email protected]
**
E‑mail: [email protected]
***
E‑mail: [email protected]
****
E‑mail: . [email protected]
1. Introducción
El contexto económico y social que describe al entorno empresarial, posibilita que la toma de deci-
siones por parte de las organizaciones se encamine al diseño y aplicación de estrategias cuyo objetivo
prioritario se focalice en captar a aquellos consumidores con poder y criterio de decisión; así como en
convencer a los disconformes, a través de informaciones que generen valor y les aporten confianza. El
objetivo principal es fidelizar a los clientes.
En este sentido, Internet ha supuesto para el marketing empresarial nuevos retos, no sólo por
la aportación de nuevas herramientas para la captación y fidelización de clientes, sino también por
permitir un mayor contacto y conocimiento, para atender las necesidades y demandas del consumidor
y lograr, incluso, una cierta interactuación entre los diferentes agentes que intervienen en el proceso
de comercialización.
Ante este escenario, los intermediarios turísticos1 en general y en concreto las agencias de viajes
están experimentando importantes cambios. El subsector de los viajes tradicionales se enfrenta a
situaciones de incertidumbre, afectadas principalmente por la coyuntura económica actual, así como
por la incursión de las Tecnologías de la Información y Comunicación (TICs). Las TICs han posibilitado
la aparición y el crecimiento de las agencias online, al haber sido capaces de adaptar la oferta de
servicios turísticos a los cambios tecnológicos y a la demanda actual al ofrecer nuevas oportunidades
a los consumidores para disfrutar de los mismos productos a precios más competitivos y reportarles
idéntica o similar satisfacción.
Tal y como señala Fraiz et al (2012), en el universo de las TICs todo ocurre a una velocidad de vértigo.
Las relaciones entre las agencias y el cliente han variado notablemente, de modo que los procesos de
distribución y de acceso a las reservas se han vuelto más dinámicos. En el caso de las agencias online,
se han desplazado los lugares físicos y se han sustituido por espacios virtuales en los que el contacto
personal se ha restringido enormemente siendo reconducido a través de la red, lo cual ha derivado en
mejoras de costes, rapidez y eficiencia sin menoscabar la atención personalizada que se realiza.
A finales de la década pasada y, según el Estudio General de Internet2 (EGI, 2006) más de la mitad
de las compras que se realizaron en España a través de la red correspondieron a viajes, se puede por
tanto observar cómo las agencias virtuales han encontrado una nueva fórmula de negocio y orientación
al mercado.
En el caso de las agencias tradicionales u offline se aprecia un importante descenso en relación al
número de puntos de venta. De las 9.127 agencias IATA3 que configuraban el panorama en el año 2007
se pasó a 8.689 en el año 2008, lo que supuso un descenso del 4,8%; en el año 2009 el número descendió
a 7.500, hasta llegar a los 5.881 puntos de venta del 20114, lo cual representaba un 22% menos o lo que
es lo mismo, 1.556 agencias menos (De la Rosa, 2011).
La relevancia de estos datos incide también de forma directa, en el descenso del número de empleados
de estas agencias. Según datos difundidos por el Ministerio de Trabajo e Inmigración (2012), en diciembre
de 2011 el número de trabajadores ascendía a 52.920, lo que representaba un descenso del 2,3% en relación
a 2010. Un año antes, en 2009, estas empresas habían dado empleo a 53.929 profesionales asalariados.
Conforme a los datos citados, la situación del sector travel en España atraviesa por momentos difíciles,
tanto en relación al descenso en el número de agencias offline, al personal empleado por ellas, así como
a la importancia que, cada vez más, acaparan las agencias online.
Todos estos cambios propician que intermediarios turísticos como las agencias de viajes, se vean
abocadas a plantear estrategias para competir eficientemente en los momentos de crisis; surge así
la posibilidad de aplicar una nueva herramienta: el marketing de afiliación. Modelo capaz de ofrecer
oportunidades para que dichas empresas puedan sobrevivir y enfrentarse a los entornos cambiantes,
a través de la realización de una publicidad online dirigida a un segmento de demanda determinado,
capaz de posibilitar un ahorro en los costes y revertir positivamente en la obtención de beneficios.
2. Estado de la cuestión
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Clide Vázquez, Mª Magdalena Fernández, Valentín Fernández, Oscar Boga 807
Numerosos autores analizan este cambio en sus respectivas investigaciones Werthner y Klein (1999);
Rastrollo y Alarcón (2000); Doolin, Burgess y Cooper (2002) y coinciden en indicar que las tecnologías de
la información no sólo reducen costes, sino que incrementan la eficacia operativa de las organizaciones
que las emplean y desarrollan un importante papel en la venta, comercialización y comunicación en
el sector turístico.
Sin embargo, en el ámbito académico, el marketing de afiliación, como disciplina emergente en la
última década y motivo de análisis de este artículo junto con el subsector de las agencias de viajes,
todavía no ha sido objeto de una relevante atención por parte de los investigadores en marketing, cuestión
que se refleja en escasas aportaciones al ámbito científico. La revisión de la literatura muestra que, de
momento, son muy pocas las publicaciones académicas en cuyos respectivos números aparecen trabajos
relacionados, directa o indirectamente, con esta nueva modalidad del marketing. Ante esta evidencia
y de acuerdo con Kirkpatrick y Locke (1992), puede considerarse que si las publicaciones en revistas
académicas de prestigio se utilizan, generalmente, como evidencia de la actividad investigadora en una
rama, se puede concluir que esta disciplina está en una etapa incipiente de su desarrollo científico. En
el mismo sentido, Jafari (2005) señala la importancia que las publicaciones científicas tienen en los
distintos campos a la hora de reconocer el valor, implantación y aceptación por la comunidad académica
de una nueva disciplina o temática dimanante de ésta.
En lo que respecta a la revisión de la abundante literatura existente sobre turismo, son significativas
algunas obras de diferentes autores que permiten tener una visión más próxima del sector turístico,
desde su origen e importancia como actividad económica, con la finalidad de comprender de qué modo se
gestionan las empresas turísticas, especialmente las agencias de viaje, así como las tendencias futuras
del sector, atendiendo principalmente a la diferenciación y competitividad que puede aportarles las
nuevas tecnologías, entre ellos cabe citar a: Buhalis (1995); Wardell (1998); Vellas y Becherel (1999);
Suárez, Vázquez y Díaz (2004).
Por otro lado, siendo conscientes de que las agencias de viajes son el principal agente de intermediación
turística del mundo (Middelton, 1997), y de la importancia de éstas en la distribución turística, se
observa una escasa atención sobre dicha temática por parte de los investigadores tal y cómo señalan
Bitner y Booms (1982); Booms y Kendall (1989) y Goeldner y Ritchie (2009).
No obstante, en el contexto de las agencias de viajes en España, existen trabajos científicos que analizan
la importancia de generar valor al cliente para fidelizarle, al entender que lo importante es disponer
de una ventaja competitiva, que contribuya a diferenciar a la organización (López, 2001; Sousa, 2003;
Esteban, 2003 y Suárez, 2004) y satisfacer al cliente (Millán, 2001, Suarez et al, 2007 y Guijarro, 2010).
Otras investigaciones dirigen la atención hacia Internet como el futuro de la intermediación turística,
analizando la respuesta que ofrecen las agencias de viajes a los importantes cambios que introduce la
sociedad de la información (Albert, 2006; Andreu, 2009; Berné et al, 2011). Del mismo modo Alza (2004);
Garrido (2010) y Galhanone et al (2010), realizan un análisis del perfil del internauta, incidiendo en las
posibilidades que ofrece este canal como plataforma para la comercialización de los productos turísticos
y la satisfacción de las necesidades.
Desde que comenzó la crisis económica en España han cerrado más de 4.000 agencias de viajes
tradicionales, y ello ha afectado a una cuarta parte del sector.
El análisis histórico del mercado español, centrado en las agencias de viajes, muestra como rasgo
característico la sobredimensión en la oferta, de modo que la disminución en el volumen de negocio de
estas empresas ha contribuido a subsanar de algún modo este problema, en detrimento de las agencias
pequeñas, que se han visto especialmente afectadas.
Desde el tercer trimestre de 2007, se aprecia una contracción en las ventas de viajes hacia destinos
españoles, lo cual ha incidido significativamente en un gran número de agencias de viajes minoristas
y mayoristas de nuestro país, tal y como se desprende de los datos publicados por el Ministerio de
Industria, Turismo y Comercio de España a través del Instituto de Estudios Turísticos (2008, 2009,
2010 y 2011). Ahora bien, el crecimiento de los viajes en el mercado internacional con mayores márgenes
empresariales y la leve alza de los precios, han neutralizado el efecto del retroceso en el crecimiento
de las ventas y posibilitado así una cierta estabilización en cuanto al incremento interanual de los
beneficios en el tercer trimestre de 2007.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
808 La intermediación turística en España y su vinculación con el Marketing de Afiliación
En virtud del panorama descrito y antes de analizar la situación del sector travel en España, es
importante destacar los tipos de agencias que operan en el mercado español y cuáles son las normativas
a las que están sujetas.
En relación a la normativa vigente, debe hacerse referencia al Real Decreto 271/1988, de 25 de
marzo, por el cual se regula el ejercicio de las actividades propias de las agencias de viajes (BOE nº 76,
29 de marzo 1988). Así, tienen la consideración de agencias de viajes las empresas que, en posesión del
título‑licencia correspondiente, se dedican profesional y comercialmente en exclusividad al ejercicio de
actividades de mediación y/u organización de servicios turísticos, pudiendo utilizar medios propios en
la prestación de los mismos.
La condición legal y la denominación de agencias de viajes quedan reservadas exclusivamente a las
empresas a que se refiere el apartado anterior. Los términos “viaje” o “viajes” sólo podrán utilizarse
como todo o parte del título o subtítulo que rotule sus actividades, por quienes tengan la condición legal
de agencias de viajes.
Son por tanto objeto o fines propios de las agencias de viajes los siguientes:
•• La mediación en la venta de billetes o reserva de plazas en toda clase de medios de transporte,
así como en la reserva de habitaciones y servicios en las empresas turísticas.
•• La organización y venta de los denominados paquetes turísticos o viajes combinados.
•• La actuación como representantes de otras agencias nacionales o extranjeras para la prestación, en
su nombre y a la clientela de éstas, de los servicios que constituyen objeto propio de su actividad.
•• Cualquier otro servicio que se reconozcan como propios de su actividad de acuerdo con la legislación
vigente.
El ejercicio de las actividades a que se refiere el párrafo anterior estará exclusivamente reservado a las
agencias de viajes, sin perjuicio de la facultad conferida por la legislación vigente a transportistas, hoteleros y
otras empresas turísticas para contratar directamente con los clientes la prestación de sus propios servicios.
En lo referente a las tipologías, las agencias de viajes en España pueden ser de tres tipos: Mayoristas,
Minoristas y Mayoristas‑Minoristas:
•• Son Agencias Mayoristas aquellas que proyectan, elaboran y organizan toda clase de servicios
y paquetes turísticos para su ofrecimiento a las agencias minoristas, no pudiendo ofrecer sus
productos directamente al usuario o consumidor.
•• Son Agencias Minoristas aquellas que, o bien comercializan el producto de las agencias mayoristas,
proporcionándolo directamente al usuario o consumidor, o bien proyectan, elaboran, organizan y/o
suministran toda clase de servicios y paquetes turísticos directamente al usuario, no pudiendo
ofrecer sus productos a otras agencias.
•• Son Agencias Mayoristas‑Minoristas aquellas que pueden simultanear las actividades mencionadas
en los dos apartados anteriores.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Clide Vázquez, Mª Magdalena Fernández, Valentín Fernández, Oscar Boga 809
Es conveniente señalar aquí otras dos leyes que atañen directamente al desarrollo propio de las
actividades de las agencias de viajes en España. Por un lado, la Ley 21/95, de 6 de julio, de Viajes
Combinados, modificada por la Ley 39/20025 que pone de manifiesto dos aspectos fundamentales: la
necesidad de unificar criterios en el ámbito de la CEE, y el reconocimiento de los derechos y obligaciones
de los clientes de las agencias de viajes como consumidores.
Por otro lado, la Directiva 2006/123/CE del Parlamento Europeo y del Consejo del 12 de diciembre de
2006, más conocida como Directiva Bolkestein, relativa a los servicios en el mercado interior, establece
que quedan excluidos de su campo de aplicación los servicios de transporte, e incluidos en general los
demás relacionados con el turismo. El texto cita expresamente los servicios de organización de ferias,
el alquiler de vehículos y las agencias de viajes, los guías turísticos, los servicios recreativos, los centros
deportivos y los parques de atracciones.
4. Situación de las principales empresas del sector travel que operan en España
Después de abordar, desde una perspectiva teórica, las diferentes tipologías existentes en el sector
travel español, así como la normativa aplicable al mismo, a continuación se analiza la situación de las
agencias de viajes: minoristas, mayoristas y online.
Agencias minoristas
Según el último ranking publicado por NEXOTUR de agencias de viajes minoristas, las diez grandes
redes que operaban en el mercado español habían finalizado 2011 con una facturación conjunta de
6.612,6 M€, un 6,5% más que en 2010 cuando sus ventas se situaron en 6.208,8 millones.
Viajes El Corte Inglés mantenía su posición de liderazgo, al superar en más de 1.000 M€ a su más
inmediato seguidor, Halcón Viajes Ecuador. La red de agencias Viajes El Corte Inglés había finalizado
2011 con 2.428 M€, un 6% más que en 2010.
En segundo lugar aparece Halcón Viajes Ecuador6, que concluyó el año con una facturación de 1.374
M€, un 4,4% más que en 2010. La empresa incrementó su participación gracias al aumento del número
de franquicias.
En 2011 Viajes Iberia se mantenía en tercera posición, a la que ascendió en 2010 tras el cierre de
Viajes Marsans. La red minorista de la desaparecida Orizonia que, al igual que otras divisiones del
grupo, era objeto de una profunda transformación (cambiando su denominación comercial por Vibo),
presentaba la mejor evolución. Sus 950 oficinas facturaron 955 M€, un 14,6% más que en 2010. Sin
embargo, en febrero de 2013 estos rsultados no serían suficientes, ya que todas sus oficinas cerraron al
público tras el preconcurso de acreedores presentado en los Juzgados.La cuarta plaza era para Carlson
Wagonlit Travel, que registraba un volumen de ventas de 500 M€, un 2,9% más que en 2010.
Barceló Viajes7 se instalaba en quinto lugar, con un incremento respecto a 2010 de 0,9%.
Almeida Viajes ocupaba la sexta plaza con 324 M€, un 6,5% más que en el ejercicio anterior.
Viajes Jumbo Tours con 254 M€ registraba el tercer mayor incremento respecto a 2010, con una
variación del 11,1%.
Le seguiría en octavo lugar Viajes Eroski Bidaiak con 218,9 millones, un 5,3% más que en 2010.
Al igual que en ediciones anteriores, American Express Barceló mostraba una cierta falta de
transparencia, al no facilitar datos sobre su facturación. Si se tiene en cuenta el volumen de ventas
obtenido en 2007, último año que presentó sus resultados, se posicionaría en noveno lugar, pero ante la
carencia de información, las cifras de esta agencia no se incluían en los resultados globales del ranking.
Nautalia, que inició su andadura en marzo de 2011, tampoco hacía públicos sus datos de facturación.
Tras American Express (Amex) Barceló, en décimo lugar aparecía Olympia Viajes, que experimentaba
un descenso de ventas del 2,1%, hasta alcanzar los 165,9 M€, mientras que IA Viajes cerraba el ranking
con 83,7 millones, un 15,6% más que en 2010.
Agencias mayoristas
Las ocho primeras mayoristas de viajes que operaban en el mercado español en 2011, facturaron 2.998
M€. Después de un positivo 2010, donde incrementaron su volumen de negocio un 7%, la incertidumbre
económica y la debilidad del consumo interno provocaron un estancamiento de las ventas en 2011.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
810 La intermediación turística en España y su vinculación con el Marketing de Afiliación
Entre las principales novedades del “Ranking NEXOTUR de mayoristas de viajes” (2011) destacaba
el cese de operaciones de Nobeltours. Era el segundo año consecutivo en el que caía un gran turoperador,
ya que en 2010 había sido Tiempo Libre‑Mundicolor.
El ranking en 2011 seguía liderado por la hoy desaparecida, Orizonia, que además ampliaba su
distancia con Travelplan. Este grupo cerraba el año con una facturación de 1.093 M€, un 7,3% más
que en 2010, cuando se llegaron a alcanzar 1.019 millones.
En segundo lugar aparecía Travelplan con un volumen de ventas de 650 M€. Sin embargo, la cifra de
negocio registraba el mayor descenso interanual, con una bajada del 11,6%, 85 M€ menos que en 2010.
Pullmantur se afianzaba en la tercera posición. La mayorista propiedad de Royal Caribean cerraba
el año con 466 M€, un 13,7% más que en el ejercicio anterior.
Mundosenior mantenía la cuarta plaza, a la que ascendió en 2008. La mayorista había facturado
en el último año 318,8 M€, lo que supondría un 10,9% menos que en 2010.
Soltour, que en 2010 había ascendido a la quinta posición tras la quiebra de Tiempo Libre‑Mundicolor,
concluía el año con un volumen de ventas de 200 M€, un 1% menos que en 2010, cuando había facturado
202 M€.
Panavisión, aparecía en el sexto lugar con una facturación de 115,2 M€. Cifra que suponía un
aumento del 1,4% respecto a 2010, cuando había superado los 113 M€.
Liderando el grupo de turoperadores de grandes viajes, revalidaba su posición Catai Tours, que
facturaba 83 M€, un 3,3% más que en 2010, cuando había rondado los 80 M€.
La última posición era para Politours. El ejercicio contable de 2011 concluía con una cifra de negocio
de 72 M€, lo que había supuesto un decrecimiento del 6,3% en comparación con los resultados obtenidos
en el año anterior.
Agencias online
Los principales efectos de las Tecnologías de la Información y Comunicación sobre el sector turístico
en general y las agencias de viajes en particular, se pueden concretar en la agilización y simplifica-
ción del trabajo diario con herramientas integrales y en la multiplicación de canales de promoción y
comercialización.
Entre los elementos que han influido en todo ello cabe destacar, por un lado, los cambios acaecidos
en el comportamiento del consumidor turístico, puesto que ha pasado de ser un sujeto pasivo para
convertirse en un prescriptor; por otro lado, la promoción turística también ha experimentado importantes
modificaciones, pasando de una comunicación masiva a una relación one to one.
En el tercer trimestre de 2012, el comercio electrónico en España alcanzaba un volumen de negocio
total de facturación de 2.705 M€, un 11,7% más que en el mismo periodo de 2011. El primer sector era
el de las agencias de viajes y operadores turísticos, que copaban el 16,2% del total, con 438 millones, y
que supondría un aumento del 20,3% respecto al anterior trimestre, según el informe de la Comisión
del Mercado de las Telecomunicaciones (CMT, 2012).
Según dicho informe, las reservas de hoteles por Internet, habían supuesto el 1,7% y el alquiler de
coches el 1,5%. Lo cual indicaba que la mayor parte de las reservas de estos productos, a través de la
red, se realizaban por medio de las agencias de viajes online.
Ante este escenario, las agencias virtuales que operan en España han tratado de encontrar su fórmula
de negocio y su mercado. A pesar de que en los últimos años han visto como su ritmo de crecimiento
mermaba y sus porcentajes de ventas aumentan llegando a ser superiores a los de las grandes agencias
tradicionales.
Del “Ranking HOSTELTUR de agencias de viajes online”, se puede apreciar como la comparación del
total de las ventas de estas agencias aportaba un crecimiento en torno al 16% en 2011 respecto a 2010.
Las cifras correspondían a las ventas realizadas, tanto en el mercado español como en los mercados
internacionales.
Los datos de 2011 confirmaban el asentamiento de eDreams como líder indiscutible de las agencias
online que operaban en España, con más de 1.100 M€, una cifra que la situaba a la par de las grandes
redes de agencias de viajes presenciales.
El segundo lugar del ranking lo ocupaba Rumbo, que en los últimos años había visto como su volumen
de negocio mermaba. Con 495 M€ en 2011, crecía un 2% respecto al año anterior.
En un tercer y cuarto escalón se sitúan Logitravel y Atrápalo con cifras de facturación superiores a
los 200 M€. Cabe destacar el caso de Logitravel que había crecido mucho en los últimos tres años. En
2011 aumentó sus ventas un 40%, mientras que Atrápalo lo había hecho en un 30%.
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Una estrategia online en el sector viajes que en época de crisis parecía que iba a funcionar, fue la
fórmula outlet o cupón descuento y, sin embargo, no ha llegado a calar en el mercado, siendo un ejemplo
de ello la francesa Voyages Privé. Pero lo que sí ha resultado significativo es la incursión en los viajes
de los grandes portales oulet como Groupon, Lest Bonus, Planeo o Groupalia, entre otros.
Una vez analizada la situación de las principales agencias de viajes que operan en el mercado español,
cabe reseñar que el progresivo aumento del hábito del mercado emisor en reservar viajes a través de
Internet se está dejando sentir entre las agencias tradicionales, que ven como cada vez entran menos
clientes potenciales en sus oficinas.
La competencia ocasionada por las agencias online, que siguen creciendo en plena crisis, así como
la apuesta por la venta directa de los proveedores, especialmente los transportistas, son también los
causantes de los problemas por los que atraviesan las agencias tradicionales.
Para sobrevivir, las pequeñas agencias tienden a apostar, además de por el aprovechamiento de las
tecnologías, por la especialización y la puesta en valor de los factores que las diferencian de la oferta
online. Es decir, trato personalizado y asesoramiento.
Si se parte de la premisa de que la publicidad es una técnica que adquiere cada vez más importancia
en el proceso de organización de las agencias (Albert, 1999), puede entenderse que el marketing de
afiliación se esté consolidando como una herramienta clave en la implementación de la publicidad
del sector turístico en general y de las agencias de viaje en particular, al generar una oportunidad de
negocio sin necesidad de realizar grandes inversiones en logística y sin obligaciones financieras o de
gestión administrativa.
Este tipo de comunicación comercial, también denominado de resultados, es una especialidad del
marketing interactivo caracterizado por la consecución de resultados concretos y medibles de las campañas
publicitarias. Engloba todas aquellas relaciones comerciales en las que un anunciante promociona sus
servicios o productos mediante anuncios en las páginas de sus afiliados o publisher (IAB, 2010).
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
812 La intermediación turística en España y su vinculación con el Marketing de Afiliación
Goldschmidt (2003) considera las razones por las que las empresas deberían desarrollar esta estrategia
de marketing: obtener el valor de estar conectado a muchos otros recursos; beneficiarse de los efectos de
red; y, en última instancia, crear un mayor valor para sí mismos.
Brown (2009) trata la afiliación desde parámetros de rentabilidad, al afirmar que es un método de
publicidad en línea altamente eficaz, en el que los comerciantes pagan a un sitio Web independiente
para promover los productos o servicios de un anunciante.
La IAB (2010) clasifica la afiliación en función de los tipos de afiliados; así establece seis categorías de
afiliados: páginas Web con contenidos específicos y de interés personal; cash back y sitios que reparten
sus ingresos con los usuarios finales; PPC afiliados que trabajan en motores de búsqueda ó buscadores;
bases de datos de e‑mail marketing; bases de datos de co‑registro y redes de afiliación.
En cuanto a los modelos de negocio donde se desarrolla afiliación y centrándonos en el European
Affiliate Marketing Landscape Report (2011), puede puntualizarse que el más extendido es el desarrollado
en portales, tanto verticales como horizontales, con un 21% del total de la inversión; le siguen los datafeed
y los comparadores con un 12% ambos, para después encontrarse con los nichos, 11,53%, el modelo cash
back con un 10,56% y el e‑mail con un 7,15%. El resto de opciones muestran porcentajes más bajos,
desde 7% del SEM hasta el 1% de las redes sociales o los co‑registros. Es significativo que siendo las
redes sociales un fenómeno en clara expansión, en lo que se refiere a los modelos de negocio en los cuales
se desarrolla el marketing de afiliación todavía no se puede decir que tengan excesiva repercusión.
Respecto a las herramientas útiles para el desarrollo del marketing de afiliación en los modelos de
negocios, el mismo informe señala como métodos más utilizados: enlaces de texto; banners; data feeds;
catálogos de códigos libres; plugins wordpress y vídeos.
Por regla general, un afiliado entra de forma habitual en uno o varios programas de afiliación8 que
le generan un beneficio a modo de porcentaje sobre las ventas realizadas en la web del anunciante. Las
remuneraciones por afiliación pueden plasmarse de diferentes maneras, por ejemplo el clic, el doble
clic, los formularios, las ventas etc., y varían en función del sector de actividad y de los productos de
la empresa anunciante.
En el año 2001 existían más de un millar de programas (Silverstein, 2001), de los que Amazon.
com era el más importante (Bruner, Harden y Heyman, 2001). Y aunque se trata de una disciplina
relativamente novedosa, el marketing de afiliación ya ha experimentado importantes cambios a lo largo
de los últimos años (1994‑2012). Así puede hablarse de Afiliación 1.0: del Banner al CPA; de Afiliación
2.0: Display y SEM; y, por último de Afiliación 3.0: la nueva generación.
Después de ocho años de desarrollo del marketing de afiliación en España, con más de una veintena
de plataformas en el mercado (aunque el 80% del negocio lo gestionen diez), el modelo de pago por
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resultados se enfrentó a nuevos retos y desafíos en el año 2012. En opinión de Valdivielso (2011), el
marketing de afiliación en España se enfrenta a: competencia feroz; long‑tail en entredicho; escaso grado
de fidelización y desconocimiento del modelo de afiliación; formatos creativos en tela de juicio; falta de
campañas de tráfico cualificado; reducido número de anunciantes; y, un análisis de resultados pobre.
Las webs afiliadas actúan como herramienta del anunciante a la hora de dar a conocer sus productos
y generarles ventas, de las cuales se obtiene la comisión correspondiente para dicho portal(es) afiliado(s).
Es una relación muy estrecha que permite crear vínculos profesionales entre anunciantes y afiliados,
basados en una relación de idoneidad, así como afianzados gracias a la reputación del afiliado y a la
relevancia de la calidad del contenido del site del afiliado e igualmente del posicionamiento ostentado
por el producto del anunciante; además, gracias a la viralidad del canal, junto a la reputación, la
relevancia y la confianza, la facilidad para alcanzar el objetivo de la afiliación se antoja más factible.
A todo ello cabe añadir que se generan más opciones para establecer alianzas y sinergias, lo cual
permite aumentar los tiempos de conectividad e incrementar las opciones de éxito. Por último, la
intensidad de los incentivos, es decir mayores y mejores remuneraciones, hace que las cadenas formadas
en afiliación ayuden al éxito.
Entre las ventajas generales que pueden ofrecer los programas de afiliación para el subsector de
las agencias de viajes están: permitir tener una red online de prescriptores que cobran por resultados
generados; ofrecer capacidad de segmentación para llegar al target adecuado; mayor capacidad de
integración con los medios afines al producto o servicio; posibilitar la optimización para conseguir los
mejores resultados; controlar el gasto publicitario en tiempo real; alta capacidad de medición y métricas
y menor gasto en inversión publicitaria que con otras estrategias de marketing (IAB, 2010).
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814 La intermediación turística en España y su vinculación con el Marketing de Afiliación
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Para una mejor aproximación a la realidad de la afiliación y a su vinculación con la intermediación turística
en España, a continuación se procede a contrastar las hipótesis de estudio, de modo que se presentan los
resultados obtenidos en las entrevistas, lo que permitirá confirmar ó refutar las conjeturas planteadas.
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816 La intermediación turística en España y su vinculación con el Marketing de Afiliación
Entrevistados:
Implementación del marketing de afiliación en la intermediación
Plataformas de
turística en España.
Afiliación
“La implementación de esta herramienta es un proceso a largo plazo. La idea
E1 es establecer un programa de afiliación con buenas bases para conseguir los
objetivos”
“El marketing de afiliación no se trabaja a c/p, requiere un crecimiento y un
E2
período de adaptación para agencias y afiliados”
“Aunque el modelo de desarrollo de marketing de afiliación sea el mismo, las
E3
agencias online llevan más tiempo utilizando esta herramienta que las offline”
“Las agencias offline, a excepción de Viajes Iberia y Barceló, todavía no han
E4 entrado en afiliación, porque en muchos casos no tienen una buena plataforma
online”
“En las agencias tradicionales la implementación va más lenta, debido en gran
E5
parte a que tienen un canal de distribución offline muy potente”
“Existen bastantes agencias que ya utilizan el marketing de afiliación y lo
E6
recomiendan a sus clientes como una manera de conseguir tráfico online y ventas”
“Está más desarrollado en las online que en las offline, no siendo conscientes estas
E7
últimas del riesgo que corren, como les ocurrió en EEUU”
“Las agencias lo ven como una amenaza, igual que ven todo el mundo online.
E14 Pueden ser canales complementarios o competencia directa depende cómo lo
quiera utilizar cada turoperador”
“Para las agencias es necesario tener presencia en Internet y el marketing de
afiliación es una herramienta muy interesante para ello. Se paga por resultado,
E15
así que las agencias pueden determinar cuál es el coste adecuado por venta de
vuelo, hotel, …”
Fuente: Elaboración propia
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Entrevistados:
Implementación del marketing de afiliación en la intermediación
Agencias
turística en España.
Mayoristas
“Existen muchas agencias que quieren un contacto directo con las personas, por
E17
eso llaman aunque tengan información en la web”
“El sector de viajes es especial, ya que existe un pequeño grupo de afiliados que
dominan el mercado llegando a realizar complejas integraciones del producto
E19
de las agencias para llegar a convertirse en metabuscadores o especialistas en
marketing en buscadores”
“Pendiente de conocerla mejor, es una metodología desconocida, sobre todo para la
E20
mediana y pequeña agencia.”
Fuente: Elaboración propia
Entrevistados:
Implementación del marketing de afiliación en la intermediación
Agencias
turística en España.
Minoristas
“Habrá productos que se adapten a esta forma de venta y publicidad, pero otros
E21
que requerirán más asesoramiento”
“Tal y como está el mercado minorista se puede considerar una oportunidad el
E22
poder utilizar esta herramienta para comercializar los productos en la Red”.
“Salvo las grandes compañías online, en el resto la implantación es baja, creo que
E23
por desconocimiento”.
E26 “Es uno de los sectores donde más se está aplicando y con mejores resultados”
“Hay divisiones pero las tradicionales lo están utilizando cada vez más como canal
E27
de venta”
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818 La intermediación turística en España y su vinculación con el Marketing de Afiliación
Hipótesis II: La importancia y repercusión del marketing de afiliación para las empresas de inter-
mediación turística españolas offline es similar a las online.
Entrevistado:
Misma importancia y repercusión del marketing de afiliación en las
Plataformas de
empresas de intermediación turística españolas offline y online.
afiliación
“Depende más de si las offline tienen su réplica online. Por tecnología y objetivos
E1
se adapta más a las online”
“A las agencias offline les falta CRM y tecnología. Las agencias online en cambio
E2
lo utilizan mucho”
“Obviamente en España no, aunque el modelo de desarrollo sea el mismo. Las
E3 pocas offline que han llegado al mercado online lo han hecho más tarde, aunque
con fuerza “
“Las offline que tienen presencia online utilizan los programas de la misma
E4
manera que las online, lo que cambian es el modelo de negocio”
“Las offline, debido a sus distribuidores, entre otros aspectos, les cuesta mucho
E5 introducirse en el online. Además hay un desconocimiento de lo que esta
herramienta les puede ofrecer, por lo que son pocas las que lo utilizan”
“Es muy diferente. El tipo de producto que venden las offline como los
Viajes Combinados, que en pocas redes de afiliación se ofrecen, junto con
E6
el desconocimiento y la falta de tecnología hace que éstas no utilicen esta
herramienta en la misma medida que las online”
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820 La intermediación turística en España y su vinculación con el Marketing de Afiliación
Según los resultados obtenidos en las entrevistas, aunque el modelo de desarrollo del marketing
de afiliación en las agencias online y en las offline es el mismo, la importancia, repercusión y el uso de
esta herramienta varía en función de sus tipologías.
Las agencias online, conforme a lo ya comentado, se adecúan mejor al medio. Mientras que las tradicio-
nales u offline, salvo excepciones como Viajes El Corte Inglés9 o Barceló Viajes10, están infrautilizando el
canal online, de ahí que les cueste más introducir esta herramienta en su estrategia de comercialización
por el tipo de producto que ofrecen y la importancia dada a la relación personal con el cliente.
Se puede así constatar que para las empresas de intermediación turística españolas, la implementación
del marketing de afiliación como herramienta online, no tiene la misma importancia ni repercusión
en el caso de las agencias offline que en las online. Se refuta por tanto, en este caso, la Hipótesis II.
Hipótesis III: Las empresas de intermediación turística españolas están destinadas a utilizar
herramientas online, como el marketing de afiliación, para comercializar sus productos.
Entrevistados:
Relación futura entre el marketing de afiliación y las empresas de
Plataformas de
intermediación turística españolas.
afiliación
E1 “Están abocadas a entenderse”
“Una evolución pareja para adaptarse a la evolución de la red; cada vez la gente
E2
viaja más y lo hace también más a través de internet”
“El modelo que utiliza el marketing de afiliación tiene mucho futuro, por lo que las
E3
agencias deberían apostar por esta herramienta y por el canal online”
“Las agencias, sobre todo las offline, tienen que entrar en el negocio de la afiliación
E4
y en el canal online para intentar sobrevivir”
“Todo el que quiera vender en el sector de los viajes debería hacer afiliación, como
E5
foco de negocio y oportunidad”
E6 “Seguiremos con un desarrollo conjunto”
“La relación seguirá existiendo, aunque hay voces que dicen que muchos
E7
anunciantes harán afiliación directa, sin plataformas”
“La relación de futuro será larga y prolongada, ya que se trata de una
E8
herramienta que se adapta perfectamente al producto turístico”
Fuente: Elaboración propia
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Entrevistados:
Relación futura entre el marketing de afiliación y las empresas de
Agencias
intermediación turística españolas.
mayoristas
E16 “Mayor conexión, mayor unión, diversificación de productos…”
E17 “Trabajarán codo a codo”
E18 “ La cooperación será más estrecha”
“Las agencias y el marketing de afiliación tienen un largo futuro juntos, ya que es
E19 uno de los pocos mecanismos que permiten controlar la inversión de marketing y
gestionarla mediante objetivos”
“En un plazo no muy lejano, será tan importante para nosotros como fue la
E20
agencia de publicidad, el departamento comercial o tener una web corporativa.”
Fuente: Elaboración propia
Entrevistados:
Relación futura entre el marketing de afiliación y las empresas de
Agencias
intermediación turística españolas.
minoristas
“Creo que convivirán todas las herramientas, pues cuantos más medios tengamos,
E21
mejor servicio daremos a nuestros clientes”
“Si en esa relación de futuro el beneficio de las agencias está asegurado auguro un
E22
futuro prometedor.”
“Nuestro mercado, como todos, se basará cada vez más en alcanzar a un mayor
número de personas y permitir la interactuación de las partes. La tecnología 3.0
E23
con el apoyo de la afiliación será fundamental para el desarrollo de las agencias,
sobre todo de las más pequeñas.”
E24 “Una relación de unión”
“No creo que sea posible, sigo reiterándome en que no solemos cooperar, aunque
E25
creo que lo deberíamos de hacer”
Fuente: Elaboración propia
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
822 La intermediación turística en España y su vinculación con el Marketing de Afiliación
Las opiniones aportadas por los entrevistados en relación a la necesidad futura de emplear herra-
mientas online, como el marketing de afiliación, por parte de las empresas de intermediación turística
españolas, son unísonas.
Tal y como se explicita en el marco teórico y según los datos ofrecidos por la CMT, (2012) cada vez
se vende más a través del canal online, y los viajes son uno de los productos con más éxito.
Los resultados de las entrevistas precisan que la relación entre el marketing de afiliación y las
empresas de intermediación turística españolas será fuerte, duradera, larga y prolongada, toda vez
que ambas variables están abocadas a entenderse.
Se trata de un modelo con futuro tanto para las agencias online, como para las offline, puesto que
ambos modelos de empresa persiguen los mismos objetivos: aumentar su visibilidad o su rentabilidad,
lo que a tenor de los resultados obtenidos, el marketing de afiliación puede facilitar.
En este sentido, y a la vista de los resultados se puede constatar que la Hipótesis III se acepta.
8. Conclusiones
El turbulento e incierto escenario económico acaecido en el último lustro (2008‑2012) ha provocado una
ligera contracción de la demanda turística, lo cual ha contribuido a que los grupos turísticos españoles
más importantes realicen grandes esfuerzos para reducir costes en la misma proporción que la caída
de los ingresos, con el objetivo de mantener el nivel de beneficios de 2008 aunque a costa de poner en
riesgo su propia rentabilidad.
Son ejemplos de esta situación Orizonia que cerraba sus puertas a principio de 2013 o Viajes Barceló,
Viajes el Corte Inglés o Globalia Corporación que han tenido que acogerse a un ERTE (Expediente de
Regulación de Empleo Temporal) para minimizar esta coyuntura.
Ante este escenario, los esfuerzos del sector turístico se orientan hacia el desarrollo de diferentes
estrategias tendentes a ayudar a las empresas y, en concreto a las agencias de viajes, a ser más
competitivas en el mercado, al tiempo de facilitarles trabajar de manera más eficiente en la cadena de
valor y con ello generar más ingresos y rentabilidad.
Para ello, las agencias de viajes han de ofrecer a sus usuarios una nueva forma de interactuar, de
colaborar y de compartir información lo que puede ser facilitado, con mayor eficiencia, por las TICs.
Con Internet todos los implicados en el proceso de venta pueden conectarse, colaborar y gestionar
negocios de una manera mucho más directa y personal de lo que las técnicas de comunicación comercial
convencionales posibilitaban hasta ahora.
Además, la profusión de información que ofrece este canal facilita a la fuerza de ventas de las
empresas y a los clientes, tanto reales como potenciales, la oportunidad de adquirir ideas importantes
para vender y comprar.
En el ámbito de las empresas de intermediación turística, la amalgama de estas tendencias con la
tecnología, ha transformado el proceso de venta, ya que se ha pasado de una “actividad personalizada”
a un “proceso interactivo”, en el que la relación con el cliente, la comercialización de los productos y la
organización de las fuerzas de venta han cambiado de forma decisiva.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Clide Vázquez, Mª Magdalena Fernández, Valentín Fernández, Oscar Boga 823
Esta situación conduce a pensar que cada vez es más necesario poner en práctica estrategias de
marketing online y herramientas que permitan a las agencias de viajes llegar al cliente de forma más
eficiente a través de los nuevos formatos de comunicación y publicidad como puede ser el marketing
de afiliación.
A modo de coda, cabe señalar que al contrastar las hipótesis se evidencian los siguientes resultados:
Las empresas de intermediación turística españolas se decantan por implementar el marketing
de afiliación de forma progresiva ya que han corroborado que: sólo se paga por resultados generados;
ofrece gran capacidad de segmentación; permite optimizar; controla el gasto publicitario en tiempo real
o proporciona una alta capacidad de medición y métricas, entre otras bondades; se antoja necesario un
proceso de adaptación que elimine el freno a la implementación de nuevas herramientas sobre las que
no hay aún muchas experiencias, aunque las existentes se perciben como positivas.
La importancia y repercusión del marketing de afiliación para las empresas de intermediación
turística españolas offline no es similar a las online; ya que el negocio tradicional no se adecúa en la
misma medida que el online: por su desarrollo tecnológico, por su desconocimiento o por la carencia de
una base de datos eficiente.
Las empresas de intermediación turística españolas están abocadas a utilizar herramientas online,
como el marketing de afiliación, ya que han percibido que las posibilidades de crecimiento que aporta
esta estrategia en el ámbito empresarial son importantes, al revertir de forma considerable en el ahorro
de costes y comercialización de sus productos.
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Bibliografia
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Clide Vázquez, Mª Magdalena Fernández, Valentín Fernández, Oscar Boga 827
Notas
1
Intermediación Turística: autores como Alcázar (2002), establecen que la tipología de intermediarios que constituyen el
sistema de distribución en el sector turístico en España está configurado por los siguientes elementos: agencias de viajes
(mayoristas, minoristas y mayoristas‑minoristas); sistemas centralizados de reservas (GDS y Centrales de reservas) y otros
intermediarios (brokers turísticos). En este artículo y en relación a dicha clasificación, al hablar de intermediación turística,
sólo se consideran como ámbito de, las agencias de viajes tradicionales y las agencias online; siendo conscientes de que
el concepto intermediación es mucho más amplio.
2
Estudio General de Internet: recopila una exhaustiva información sobre los hábitos y costumbres de los internautas españoles
a través de millones de impactos publicitarios en banners, webs colaboradoras y artículos de prensa.
3
IATA: Asociación de Transporte Aéreo Internacional.
4
Dato a septiembre de 2011.
5
Esta Ley fue derogada por el Real Decreto Legislativo 1/2007, de 16 de noviembre, publicado en el BOE de 30 de noviembre
y con entrada en vigor el 1 de diciembre. Los viajes combinados se encuentran regulados en el Libro Cuarto.
6
Halcón Viajes Ecuador era la división minorista del grupo Globalia. Formada por la unión de Halcón Viajes, consolidada
como líder del sector turístico español en 2011 en relación al número de puntos de ventas y creación de productos exclusivos
y por Viajes Ecuador que fue adquirida por el grupo en 2003 como una de las agencias de mayor proyección por su fuerte
presencia en todo el territorio español (Globalia, 2012).
7
Barceló Viajes es la división minorista del Grupo Barceló. En 2011 consolidaba su reconocimiento como “la marca de los
viajeros”, por parte del consumidor turístico. Durante ese año la marca afianzaba su protagonismo y relevancia gracias a
la implementación de estrategias, iniciativas y herramientas que la habían situado como una de las empresas líderes del
sector. En medio de un escenario macroeconómico negativo, la cifra de negocios en 2011 experimentaba un crecimiento
global de un 8% respecto a 2010, hasta alcanzar los 521 millones de € (Barceló, 2012).
8
Programas de afiliación: pueden estar gestionados de forma directa o indirecta a través de las plataformas de afiliación.
Sus funciones radican en prestar servicios de traking de resultados; optimización de los sites; ejercer el control de fraude;
realizar estudios de mercado; seleccionar los publishers más adecuados, fomentar la búsqueda activa u optimizar las
campañas en tiempo real.
9
Viajes El Corte Inglés es cliente en España de la Plataforma de Afiliación Affilinet.
10
Barceló Viajes es cliente en España de la Plataforma de Afiliación Zanox.
Recibido: 09/04/2013
Reenviado: 24/06/2013
Aceptado: 29/07/2013
Sometido a evaluación por pares anónimos
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Objetivos
Estudios y Perspectivas en Turismo es una publicación con referato de aparición trimestral que analiza al
turismo desde la óptica de las Ciencias Sociales y constituye un foro interdisciplinario para la expansión de las
fronteras del conocimiento.
Estudios y Perspectivas en Turismo busca encontrar el balance entre teoría y práctica al igual que ir
construyendo un campo de conocimientos sólidos en el ámbito del turismo en función del aporte de diferentes
ciencias y disciplinas. Se interesa tanto por las contribuciones que pueden realizar los especialistas que
proceden del ámbito del turismo como de aquellos que provienen de la antropología, ciencia política, ecología,
economía, geografía, psicología, sociología, etc.
http://www.estudiosenturismo.com.ar/
http://www.cieturisticos.com.ar/
Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 829-836. 2015
www.pasosonline.org
Laura Rodríguez Cid, José Antonio Fraiz Brea, David Ramos Valcárcel
Resumen: El modelo turístico tradicional ha experimentado un cambio con la llegada de las nuevas tecnologías. Las
tradicionales herramientas de marketing empleadas por las Agencias de Viajes se están quedando atrás para dar paso
a nuevos y mejorados métodos de comercialización y promoción de productos turísticos basados en la utilización de
las Tecnologías de la Información y la Comunicación (TIC). Los hábitos de compra han cambiado debido a la rápida
evolución de Internet en los últimos 10 años. Se ha pasado de la Web 1.0, de carácter estático y de lectura, a la Web 2.0
que ha generalizado la creación de contenidos y la comunicación on‑line entre usuarios, convirtiéndose en creadores y a
su vez en consumidores de la información. En los últimos años, las empresas turísticas han comenzado a crear canales
de comercialización directos con el cliente, evitando así negociar con los intermediarios, lo que ha mejorado la eficiencia
y la reducción de costes. Esto ha permitido que los usuarios puedan contratar un viaje o un servicio turístico a través de
la red con unos costes notablemente inferiores. El asesoramiento que antes sólo se encontraba en las Agencias de Viajes,
ahora es proporcionado por los usuarios que han consumido el servicio y cuya experiencia aporta una visión única y
diferente. Todo este fenómeno ha ocasionado que este sector pase a un segundo plano, con un turista más experimentado,
más exigente y familiarizado con estas nuevas herramientas nacidas de la Web 2.0. Numerosas agencias han cerrado sus
negocios y tienden a desaparecer tal y como las conocemos actualmente. Sin embargo, son muchas las posibilidades que
se les presentan si se adaptan al mercado actual, un entorno que fomenta el uso de las nuevas tecnologías y que utiliza
la Web 2.0 y las Redes Sociales para mantener y captar nuevos clientes.
Palabras Clave: Agencias de Viajes, canales de comercialización, Web 2.0, Redes Sociales, creación de contenidos,
Tecnologías de la Información y la Comunicación (TIC).
Travel Agencies under the influence of social networks on tourism. The case of Ourense.
Abstract: The traditional tourism model has changed with the appearance of new technologies. The traditional market-
ing tools used by Travel Agencies are disappearing, giving way to improved methods of marketing to promote tourism
products which are based on the use of Information and Communication Technologies (ICT). Buying habits have changed
due to the fast development of the Internet in the last 10 years. With Web 1.0, websites were static and not very interac-
tive but now Web 2.0 allows content creation and on‑line communication between users as creators and consumers of
information. In recent years, tourism companies have begun to create direct marketing channels with the client to avoid
dealing with intermediaries, to improve efficiency and to reduce costs. This allowed users to book a trip or a tourism
service by themselves through the network and at a significantly lower price. Advice previously found in Travel Agencies
is now provided by users who have used the service and whose experience brings an unique and different point of view.
This whole phenomenon has forced Travel Agencies into the background because now the tourist is more experienced,
more informed and familiar with these new tools born from the Web 2.0. Although interaction between the customer and
the travel agent generates added value, many traditional Travel Agencies have closed their businesses and could disap-
pear as they are known today. However, many possibilities could be opened to them if they adapt to the current market,
an environment which encourages the use of new technologies from Web 2.0 to Social Networks to keep and attract new
customers.
Keywords: Travel Agencies, marketing channels, Web 2.0, Social Networks, content creation, Information and
Communication Technologies (ICT).
*
E‑mail: [email protected]
**
E‑mail: [email protected]
***
E‑mail: [email protected]
1. Introducción
Tras la llegada de la Web 2.0, las agencias on‑line y los nuevos canales de comercialización, todo
parece apuntar a que las Agencias de Viajes tienden a experimentar un cambio radical en su modelo
tradicional de negocio; salvo aquellas que queden destinadas a atender a nichos de mercado muy
concretos (Turismo sénior de IMSERSO, excursiones escolares, viajes de empresa, etc.).
Por lo tanto, el objetivo de esta investigación es analizar el panorama actual relativo a las nuevas tecnologías
vinculadas al turismo, y dentro de este contexto relacionar las Agencias de Viajes de la ciudad de Ourense
y sus posibilidades en el futuro a través del uso de las Redes Sociales. Esto implica evaluar cuál sería el
coste y la manera de adaptarse al cambio y funcionar de forma exitosa con un nuevo modelo de negocio.
Para ello, se pretende realizar una investigación exploratoria de la presencia de las Agencias de Viajes
tradicionales de la ciudad de Ourense en Internet y en las Redes Sociales constatando qué cantidad de
ellas operan utilizando las nuevas tecnologías y en qué medida es necesario el cambio en aquellas que no
las utilizan. Además también resulta interesante para el estudio conocer qué métodos de comercialización
están utilizando y qué opinan acerca del panorama turístico actual y de su futuro como vendedores de viajes.
2. Marco teórico
Hasta hace poco más de una década, los métodos para comercializar productos turísticos se basaban
exclusivamente en la promoción a través de las Agencias de Viajes. Contaban con los medios necesarios
para vender productos y servicios turísticos al cliente que acudía a la agencia y requería ser asesorado
para contratar un viaje a un destino determinado. Sin embargo, con la llegada de las Tecnologías de
la Información y la Comunicación se ha creado una compleja infraestructura que ha multiplicado los
canales de comunicación y distribución, que agilizan enormemente las transacciones turísticas. Además
se ha generado una base de datos de usuarios que ofrecen experiencias de sus viajes a través de la red
y que se nutren de éstas creando un excepcional entorno interactivo.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Laura Rodríguez Cid, José Antonio Fraiz Brea, David Ramos Valcárcel 831
lograron su objetivo fue de 5,2. Así surge la expresión que conocemos como los “seis grados de separación”.
Esta teoría se basaba en que vivimos en un mundo inabarcable pero a la vez muy próximo.
Cada persona en este mundo tiene una red personal. En ella se establecen una serie de lazos o uniones
con otras personas con las que el individuo tiene contacto en su vida. Existen lazos más fuertes y lazos
más débiles, que se crean en función de la intensidad de relación con las personas que forman parte
de la red. Una aplicación de este concepto es la “hipótesis de los lazos débiles” de Granovetter (1973).
Estas reflexiones son fundamentales para poder entender desde un punto de vista más científico
el funcionamiento de las Redes Sociales, pues se basan en la aplicación del fenómeno de las redes al
universo virtual que llamamos Internet.
Podemos definir las Redes Sociales como una serie de servicios web que permiten a los usuarios crear
un perfil público o semi‑público dentro de un sistema limitado que genera una lista con otros individuos
con los que se comparte alguna conexión (Boyd y Ellison, 2008). Las conexiones entre usuarios reciben
un nombre determinado, que puede variar de unas Redes Sociales a otras.
Tras crear una cuenta en una Red Social, los usuarios identifican a las personas del sistema con las que
tienen algún tipo de relación. Comúnmente se conoce con el término de “Amigos”, “Contactos” o “Seguidores”.
Lo que hace únicas a las Redes Sociales es que permiten el contacto y la comunicación entre usuarios
desconocidos y la conexión entre sus redes sociales personales, es decir, las redes de contactos de cada
persona a las que otros usuarios pueden acceder. De esta forma unas redes se enlazan con otras y
generan un universo incalculable de redes entre personas.
Es importante hacer una pequeña reflexión acerca de los motivos que mueven a las personas a
interactuar con otras y tomar parte en las Redes Sociales. Chung y Buhalis (2008) establecen tres
factores por los cuales las personas utilizan las Redes Sociales:
1) Adquirir información de otros usuarios: de fácil acceso, actualizada, fiable y de confianza.
2) Sacar un provecho socio‑psicológico: sentirse identificado con los otros usuarios y formar parte de
una comunidad.
3) Adquirir diversión y entretenimiento.
Según estos factores y basándonos en la repercusión que tienen hoy en día las Redes Sociales en la
vida cotidiana de las personas en todo el mundo, se puede decir con certeza que son una herramienta
muy poderosa para ejercer influencia en millones de usuarios, atraer su atención con facilidad y generar
confianza. Además su crecimiento masivo ha influido enormemente en los hábitos de comunicación, en
los canales de información e incluso, en las decisiones de compra. Además su influencia en el mercado
turístico es un hecho. El enorme número de usuarios que mueven ha provocado plantearse a muchos
negocios y marcas estar en este mercado.
La interacción en el trato con los clientes se ha visto mejorada a través del uso de estos nuevos
canales de comunicación, donde la mayoría de las cadenas hoteleras más activas, los Touroperadores e
incluso las comunidades autónomas, ya han tomado fuertes posiciones. Son una potente herramienta
para maximizar el uso de la comunicación y la promoción, además de una buena manera de potenciar la
imagen de marca y fidelizar a los clientes aportando un feedback al sector de indudable valor añadido.
Este fenómeno ha cambiado completamente la forma de hacer marketing. No es necesaria apenas
inversión para tomar presencia en las Redes Sociales, puesto que el mayor reto en el mercado actual
se centra exclusivamente en la búsqueda de la reputación on‑line.
Asimismo, las Redes Sociales son una herramienta cada vez más utilizada por los viajeros, en las
cuales basan sus decisiones de compra a la hora de planificar viajes y elegir un destino. En ellas, es
posible encontrar las opiniones sobre servicios (complejos turísticos, hoteles, restaurantes, etc.) o sobre
destinos turísticos potenciales. El poder que tradicionalmente residía en los Touroperadores y en las
Agencias de Viajes se ha visto desplazado en los últimos años hacia los consumidores, quienes mediante
el intercambio de opiniones y recomendaciones en este tipo de redes son capaces de condicionar el
comportamiento de los viajeros. Esto se debe a que a la hora de tomar una decisión de compra, los
consumidores, en general, prefieren confiar en fuentes de comunicación independientes e informales
(otros consumidores) en lugar de campañas publicitarias o un agente de viajes que probablemente no
conozca en persona el producto o servicio que está vendiendo y cuya opinión esté sesgada por el beneficio
que pretende obtener con la venta.
La reputación de una marca turística, bien sea de una empresa que preste servicios turísticos como
de la imagen que se tiene de un destino turístico, establece una clara diferencia a la hora de ser elegido
y recomendado por los usuarios, y además favorece la sensación de confianza, credibilidad y garantía.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
832 Las Agencias de Viajes ante la influencia de las Redes Sociales en el turismo
Las Agencias de Viajes, como negocios turísticos han de seguir esta línea. El hecho de que su marca
sea reconocida y valorada en la red, que dé seguridad al cliente, sumado a una filosofía de venta basada
en contacto directo a través de las herramientas de la Web 2.0, puede reforzar el posicionamiento de
la marca en el mercado y conseguir un considerable aumento de ventas, mejorando la convivencia de
la presencia on‑line y off‑line.
3. Metodología
4. Análisis y resultados
En cuanto a la presencia en Internet, el 80% dispone de página web propia del negocio, por lo que
en general las agencias de la ciudad están bien adaptadas a la web y al uso del correo electrónico como
principal medio de comunicación. Las páginas web que más abundan son las que disponen de un buscador
de viajes personalizable (58,8%) con una serie de menús desplegables que el usuario maneja para reservar
su viaje a medida. Cada día se utiliza menos la página web meramente informativa asociada al concepto
de la Web 1.0. Hoy las páginas de las Agencias de Viajes combinan perfectamente información, noticias,
curiosidades, su propio blog, un buscador de viajes, etc. y gestionan todas las reservas a través de Internet.
20%
Sí
80%
No
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Laura Rodríguez Cid, José Antonio Fraiz Brea, David Ramos Valcárcel 833
El 86% de los encuestados está familiarizado con el concepto de la Web 2.0 y las Redes Sociales.
Sin embargo, sólo el 40% de las Agencias emplean las Redes Sociales para su negocio. De ello se puede
deducir que el uso de las Redes Sociales por parte de los agentes de viajes queda relegado exclusivamente
al ámbito personal. Las que no tienen perfil en las Redes Sociales, han declarado en un 63,6% que
tienen intención de abrir cuentas a corto plazo y que saben las posibilidades que ofrecen a su negocio
de cara a la interacción con los clientes. Un 27,3% ha contestado que prefieren hablar con los clientes
en persona y el 9,1% restante ha manifestado que no le interesan porque creen que sólo sirven para
“chatear con amigos”.
En lo que se refiere a las Redes Sociales en las que tienen presencia las Agencias de Viajes, aparece
Facebook con un 77,8%, seguido de lejos por Twitter con solamente el 33,3%. Estas agencias también
tienen presencia, aunque en menor medida, en la red profesional Linkedin (22,2%), en el canal de videos
YouTube (22,2%) y en la reciente Google+ (22,2%).
Los motivos de uso más frecuentes de estas aplicaciones de la Web 2.0, han sido mayoritariamente
como métodos de promoción y publicidad: para informar sobre sus productos y servicios turísticos
(77,8%), para ofrecer promociones y descuentos (77,8%) y para intentar llegar a un mayor número de
personas (77,8%).
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Por el contrario podemos observar que apenas se utilizan como canal de comercialización para
personalizar el servicio a través de la red (11,1%) o para controlar la confianza y la imagen de marca
de la agencia (22,2%). Es por ello, por lo que están perdiendo una gran oportunidad de generar una
reputación on‑line y el reconocimiento de su marca
En cuanto a los métodos de cara a la promoción y captación de clientes, el más utilizado son las
campañas de publicidad en medios de comunicación, escogido en un 71,4% de los casos. Esto se debe a que
la mayoría de las agencias locales de la ciudad dependen de la promoción que hace el grupo corporativo al
que pertenecen o la sede central de su marca. Le sigue la promoción en la página web propia de la agencia
(61,9%), los e‑mails (57,1%) y los mailings directos/personalizables (52,4%) y los conocidos catálogos, ambos
en un 52,4% de los casos. Las Redes Sociales sólo se utilizan en un 28,57%. Otras formas de promoción
(19,05%) para algunas agencias son el sms, revistas propias y la transmisión “boca a boca”.
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Finalmente se ha pedido a todas las agencias participantes en la encuesta, que den su opinión acerca
de cuál piensan que es el futuro de las Agencias de Viajes tradicionales tal y como las conocemos. El
60% opina que tienden a un cambio en el modelo de negocio, mientras que un 40% que cree que tienden
a centrarse en nichos de mercado muy específicos. Además ningún encuestado cree que lleguen a ser
exclusivamente virtuales y muy pocos opinan que vaya a producirse ningún cambio en su modelo de
negocio (5%) o que vayan a desaparecer tal y como las conocemos ahora (15%).
5. Conclusiones e implicaciones
Esta investigación ha tratado de relacionar los conceptos del turismo, las Agencias de Viajes
tradicionales y las Redes Sociales.
Tras el estudio queda claro que las nuevas tecnologías han cambiado completamente el mercado de
los viajes. Los negocios turísticos han experimentado cambios en las formas de hacer publicidad, de
comercializar los productos y servicios turísticos, de influir en los consumidores y de obtener un feedback
de las experiencias de los usuarios. Los clientes están mucho más informados y son más exigentes a
la hora de tomar sus decisiones de compra, es por ello que son mucho más activos gracias a las Redes
Sociales. Las agencias de viajes tienen que aprovechar esta oportunidad de “entrar en el juego” para
posicionarse interactuando con los clientes, además de beneficiarse de la reducción de costes que supone
y del acceso a un enorme mercado de usuarios potenciales.
Con los resultados obtenidos en esta investigación, se ve la clara relación que debe de existir entre
las Agencias de Viajes y las Redes Sociales, sin embargo las agencias de la ciudad de Ourense todavía
no han asumido este nuevo rol que las TIC les proporcionan.
El 60% de las agencias encuestadas no está presente en las Redes Sociales, y si no se adaptan a la
Web 2.0 no sólo van a perder una cuota de mercado importante, sino que ponen en riesgo su supervi-
vencia. Necesitan un cambio en el modelo de negocio tradicional y deben proporcionar unos servicios
diferenciadores frente a otras agencias. La clave es combinar la presencia en Internet y en las Redes
Sociales con una atención personalizada en la oficina a pie de calle. El estar presente on‑line les va a
permitir comunicarse con los clientes, fidelizarlos, marcar la diferencia y especializarse, además de
conseguir una buena reputación e imagen de marca innovadora en la red.
La mejor manera de hacerlo es maximizando el uso de las Redes Sociales como herramientas eficaces
de marketing y aprovechar el feedback que proporcionan para mejorar en las nuevas campañas. En
resumen hay que destacar que la clave está básicamente en conversar y en cuidar a los clientes. La
agencia debe buscar su visibilidad en la red, creando contenido interesante y generando una “historia”
alrededor de la marca que le permita conseguir una interacción constante con los clientes, lo que va a
incidir de manera directa en su reputación on‑line.
Por otro lado, existe una tendencia generalizada a minusvalorar el beneficio económico que se
obtiene estando en las Redes Sociales. La mayoría no puede cuantificar este dato y no tiene claro
que los beneficios sean inmediatos, sin embargo el simple ahorro en publicidad e imagen de marca
resulta evidente. También se han detectado ciertos inconvenientes con las agencias de grandes marcas
nacionales tipo El Corte Inglés, cuyas webs o Redes Sociales son del grupo al que pertenecen, lo que
impide un trato personalizado a través de la “sucursal”. Además los directivos de la mayoría de ellas
suelen ser ya personas con años de experiencia y edad avanzada que han vivido el negocio desde un
punto de vista tradicional y que no están muy convencidos del futuro y el éxito del negocio con ayuda
de las Redes Sociales. No obstante, la mayoría de los grupos minoristas más conocidos en España como
Muchoviaje, Vibo Viajes, eDreams, Halcón Viajes, Rumbo, etc. ya han apostado por las Redes Sociales
como un elemento fundamental para relacionarse con sus clientes.
El cliente que acude a la Agencia de Viajes tradicional suele ser un cliente que todavía desconfía
de Internet y de los sistemas de pago electrónicos, pero con la revolución que actualmente estamos
viviendo, cada vez más gente utiliza la red para operaciones de compra/venta y para acceder a los
servicios que el sector turístico proporciona on‑line. Así que poco a poco los usuarios de Internet se
están familiarizando con el entorno y van ganando confianza con los sistemas de comercio electrónico,
lo que acabará redundando en su uso masivo.
Si no se produce un cambio en el sector, parece que la agencias, tal y como se conocen, están
destinadas a la desaparición a corto o a medio plazo, pese a que algunas crean firmemente que el modelo
de negocio conocido de Agencia de Viajes tradicional, va a seguir funcionando con el paso de los años,
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pese a la revolución de las TIC y a la crisis económica. Al no asumir el cambio otras agencias tomarán
el relevo, puesto que ya están marcando la diferencia a través de las Redes Sociales.
A pesar de que estén muy bien valoradas por los clientes, no deberían de aferrarse solamente al índice de
satisfacción. Su futuro pasa porque busquen posicionarse allí donde están los posibles clientes potenciales,
y la mejor manera es a través de las Redes Sociales. Es una nueva forma de relacionarse con el cliente.
A modo de conclusión final hay que destacar que las Agencias de Viajes tradicionales tienen que
apostar fuertemente por los nuevos medios y tecnologías de distribución on‑line, sacándoles el máximo
partido posible y publicitándose con mejoras que resalten la contratación individualizada. Ofreciendo su
experiencia y con la garantía de ser eficientes en su trabajo, serán capaces de prestar un mejor servicio
y, consecuentemente, de generar un mayor valor añadido para el consumidor final.
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Recursos electrónicos
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Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 837-848. 2015
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Resumen: En las últimas décadas, varios estudios empíricos han segmentado las actitudes de los residentes
hacia el desarrollo turístico. Se ha realizado una revisión y análisis de estos estudios. Los estudios revisados
se llevaron a cabo utilizando metodologías ligeramente diferentes y se encontraron ciertas variaciones en
la segmentación resultante. Sin embargo, pueden ser observadas algunas similitudes: ciertos patrones que
se repiten. Esto nos lleva a especular que podría haber tipologías predefinidas de residentes cuyo peso en
la comunidad de acogida dependerá del destino concreto analizado. Nuestro objetivo es el de establecer
una segmentación teórica aplicable a todos los destinos turísticos. Esta segmentación resume la literatura
existente y proporciona algunas indicaciones generales a los gestores, en ausencia de estudios específicos y
detallados.
Palabras Clave: segmentación, actitudes de los residentes, gestión de destinos, planificación del turismo,
grupos.
1. Introducción
*
E‑mail: [email protected]
**
E‑mail: [email protected]
2. Segmentaciones empíricas
Diversos autores (Allen, Hafer, Long y Perdue, 1993; Gutiérrez y Díaz, 2006; Jurowski, Uysal y
Williams, 1997; Keogh, 1990; Lankford y Howard, 1994; Um y Crompton, 1987) respaldan que el residente
está predispuesto positivamente ante modelos turísticos necesarios para el desarrollo económico de
una comunidad. Aunque, se determinan variaciones en la predisposición si la población residente es
segmentada a partir de criterios intrínsecos o extrínsecos (Lankford, 1994; Murphy, 1985), observando
diferencias en la intensidad y dirección de los impactos (beneficios y costes) por segmentos poblacionales
(Díaz, Gutiérrez y Garau, 2007; Gutiérrez y Díaz, 2006).
Los diversos estudios en que se procede a la segmentación de los residentes encuentran como
elementos definitorios de los segmentos factores que son importantes determinantes de las actitudes
de los residentes. Ejemplos de ello son las características demográficas y socioeconómicas, el volumen
y tipo de turistas (Brougham y Butler, 1981), el tiempo de residencia en la región, si es nativo o no
(Ryan y Montgomery, 1994), etc. Distintos turistas generan distintos impactos y por tanto distintas
percepciones y actitudes de los residentes (Brougham y Butler, 1981; Schewe y Calantone, 1978).
Destaca el grado de exposición a los turistas como importante factor explicativo de las opiniones de los
residentes (Brougham y Butler, 1981).
Uno de las primeras segmentaciones de las actitudes de los residentes la encontramos en un estudio
realizado en la peninsula de Sleat (Isla de Skye), en Escocia (Brougham, 1978; Brougham y Butler,
1977; Brougham y Butler, 1981), con una muestra de 123 individuos. En este caso se analizan las
actitudes respecto de diferentes impactos socioculturales y debido a la reducida muestra tomada en
consideración, y al método empleado, sólo detecta un grupo favorable y un grupo desfavorable en los
distintos parámetros estudiados.
Desde entonces, diversos estudios han buscado determinar la segmentación de diversos destinos. En
estos estudios se repiten algunos elementos y difieren otros a causa de las diferencias entre destinos y
a la metodología aplicada en su realización. A continuación se describen algunos de los más conocidos.
Estados Unidos
En el trabajo de Davis, Allen y Cosenza (1988) en Florida se identificaron cinco grupos: los “Lovers”
(20%) poseían una imagen extremadamente positiva del turismo y casi no tenían opiniones negativas;
los “Haters” (16%) se caracterizaban por poseer opiniones radicalmente negativas del turismo y los
turistas, siendo la Némesis del anterior grupo; los “Cautious Romantics” (20%) se diferencian de los
“Lovers” en que, aunque ambos poseen una opinión positiva, están de acuerdo con algunas apreciaciones
negativas acerca del desarrollo turístico; los “In‑Betweeners” (18%) tienen opiniones más moderadas
que los “Lovers” y los “Haters” y son parecidos a los “Cautious Romantics” pero son más favorables
al crecimiento del sector turístico, y los “Love ‘em for a Reason” (26%) son favorables al turismo pero
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no tanto como los “Lovers”, además en su caso el apoyo es debido a los beneficios económicos. En este
estudio se encontró que muchos de los “Haters” eran nacidos en Florida y tenían un bajo nivel de
conocimiento del sector y muchos de los “Lovers” no eran nacidos en Florida y poseían un alto nivel de
conocimiento sobre el sector turístico.
En el estudio de Madrigal (1995) se compararon dos destinos, uno rural (Sedona, estado de Arizona),
con turismo basado en la naturaleza y la artesanía, con un destino urbano (York, en Reino Unido). En
ambos destinos fueron determinados los mismos tres grupos: los “Haters” (31%) están de acuerdo con
los impactos negativos y en desacuerdo con los positivos; los “Lovers” (13%) están de acuerdo con los
impactos positivos y en desacuerdo con los negativos, y los “Realists” (56%) están de acuerdo con ambos
impactos. Los “Realists” son la “mayoría silenciosa”, no muestran interés en participar en debates sobre la
planificación futura del destino pero son mayoritarios y poseen una visión menos parcial de la situación.
Este estudio encuentra mayores diferencias entre los grupos que entre las ciudades (la pertenencia
a un grupo explica el 31% de la varianza y la ciudad el 2%). Los residentes de Sedona tienen una mayor
dependencia económica del turismo, habiendo un 9% más de “Realists” que en York, y los residentes de York
residen en la ciudad desde hace mucho más tiempo y son nativos mayoritariamente (99% de población nativa
en York y 1% en Sedona), habiendo un 17% más de “Haters” que en Sedona, al poseer mayor proporción
de población nativa (Madrigal, 1995). En diversos estudios se ha detectado que la población nativa tiene
una postura más negativa hacia el desarrollo turístico (Canan y Hennessy, 1989; Davis, Allen y Cosenza,
1988; Um y Crompton, 1987). Los clústers detectados en el estudio de Madrigal (1995) probablemente
deban su composición al hecho de que los dos destinos estudiados, Sedona y York, reciben tres millones
de visitantes al año cada uno con poblaciones residentes de 7.720 y 100.000 habitantes respectivamente.
En otros estudios, Canan y Hennessy (1989) encontraron sustanciales diferencias entre los residentes
agrupados según su actitud hacia el desarrollo turístico en Moloka’i (Hawaii). Schroeder (1992) detecto
tres grupos en su estudio de Flagstaff (Arizona). Los residentes favorables al desarrollo turístico eran
el 35% del total y los residentes con posturas opuestas o neutrales representaban el 51%. Martin (1995)
encontró cuatro grupos en Teton Country (Montana), el 59% favorable al turismo y el 13% contrario.
El resto de grupos tendían a la neutralidad.
Reino Unido
El trabajo de Ryan y Montgomery (1994) en Bakewell (Inglaterra) se basa en el de Davis, Allen y
Cosenza (1988) en Florida y usa una muestra muy reducida. Tres grupos fueron identificados en el
estudio de Bakewell: los “Enthusiast” (22%) apoyan el turismo pero no excesivamente; los “Somewhat
Irritated” (24%) tienen opiniones negativas acerca de los impactos del turismo y son escépticos hacia
sus beneficios; y los “Middle‑of‑the‑Roaders” (54%) que se encuentran entre los otros dos grupos.
Australia
En un estudio referente a un acontecimiento, The Gold Coast IndyCar Race, se determinaron cinco
grupos de residentes en relación a su actitud hacia el evento en cuestión (Fredline y Faulkner, 2000):
los “Ambivalent Supporter (Cautious Romantics)” (29%) poseen respuestas muy ambivalentes y tienden
a posturas moderadas o a responder neutro; los “Haters” (15%) se caracterizan por un elevado nivel de
desacuerdo con los puntos referentes a los beneficios que aporta el evento y un gran nivel de acuerdo
con los impactos negativos; los “Realists”(24%) se encuentran de acuerdo con impactos tanto positivos
como negativos; los “Lovers” (23%) son defensores entusiastas del evento, y los “Concerned for a Reason”
(9%) se caracterizan por estar preocupados por algunos efectos negativos.
Tamborine Mountain (Gold Coast) se puede considerar en la fase de desarrollo del modelo de ciclo de
vida descrito por Butler (1980). En el estudio de Weaver y Lawton (2001) se detectaron tres grupos: los
“Supporters” (27%) asocian el sector con fuertes beneficios económicos y sociales para la comunidad, son
los últimos en llegar y trabajan en el sector; los “Opponents” (22%) son personas con muchos años de
residencia en la región, tienen un menor contacto con los turistas y son los menos predispuestos hacia
el desarrollo turístico, y los “Neutrals (51%) reconocen las ventajas pero también algunas desventajas
sociales, aunque su valoración global es favorable.
Nueva Zelanda
En el estudio de Evans (1993) se identificaron cuatro grupos: “Lovers”, “Haters”, “Controlled” y “Selfish”.
Los “Lovers” (20%) son muy favorables al turismo y demográficamente se caracterizan por tener un alto
nivel de renta, estar casados, poseer trabajo, pertenecer a los Pakeha (neozelandeses descendientes
de europeos) y ser de mediana edad. Los “Haters” (11%) poseen una actitud fuertemente contraria al
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840 Segmentando residentes según sus actitudes: Revisión de la literatura
turismo, son diferentes de los “Lovers” en casi todo y tienen una amplia proporción de personas viudas,
divorciadas o separadas, personas sin empleo o retirados, no‑Pakeha (Maoris o grupos étnicos del Pacífico),
y hay más mujeres que hombres. Los “Controlled” (32%) son similares a los “Lovers” pero reconocen
tanto los costes como los beneficios, sus valoraciones son más moderadas que las de los “Lovers” y los
“Haters”, no les entusiasman los cambios y demográficamente son mayoritarios los casados, retirados
o con empleo, Pakeha y las mujeres. Los “Selfish” (37%) están de acuerdo con los impactos positivos y
negativos del turismo, desean que aumente el ocio nocturno, los casinos y la inversión extranjera, ven
el turismo como un medio para mejorar su situación personal, y demográficamente se caracterizan por
ser, mayoritariamente, hombres, jóvenes, solteros, estudiantes y no‑Pakeha.
Ryan, Scotland, y Montgomery (1998) compararon Rangitikei (New Zealand) y Bakewell (United
Kingdom). Partiendo de una muestra de 176 encuestas realizadas en Rangitikei se obtuvieron tres
grupos de residentes. Los “Moderate Enthusiasts” (42,5%) apoyan el turismo. Los “Extreme Enthusiast”
(17,5%) poseen un fuerte apoyo hacia el turismo y se oponen a la planificación si implica una restricción
del crecimiento. Los “Cautious Supporters” (40%) son partidarios del desarrollo turístico pero poseen las
puntuaciones más bajas al valorar los impactos positivos y les preocupa mucho la planificación turística.
El trabajo de Williams y Lawson (2001) analizó las actitudes de los residentes en diez ciudades de Nueva
Zelanda (Auckland, Blenheim, Christchurch, Hokitika, Kaikoura, Napier, Queenstown, Rotorua, Taupo y
Whangarei). En su estudio detectaron cuatro grupos de residentes según su actitud hacia el turismo: Lovers,
Cynics, Taxpayers y Innocents. Los “Lovers” (45%) son los que más aprueban el turismo y demográficamente
se caracterizan por tener mayor proporción de personas casadas, con casa propia y elevadas rentas. Los
“Cynics” (10%) son los que menos aprueban el turismo y demográficamente se caracterizan por ser más
viejos, tener menos renta, tener una menor proporción de personas casadas y de propietarios de viviendas
que el resto de la muestra. Los “Taxpayers” (25%) sólo muestran una mayor preocupación por los factores
de carácter económico y por los servicios públicos, viven en la población desde hace menos de dos años,
consideran que el turismo provoca importantes cambios en los valores y estilos de vida, y demográficamente
se caracterizan por una mayor proporción de separados, divorciados y propietarios de casas. Los “Innocents”
(20%) no perciben los beneficios del turismo al tener escaso contacto con la esfera turística.
Thyne y Lawson (2001) realizaron un estudio de Southern Lakes Region (Alexandra, Cromwell,
Clyde, Omarama, Twizel, Arrowtown, Otematata, Queenstown, Te Anau y Wanaka) con una muestra de
1094 encuestas válidas y obtuvieron 4 grupos: Lovers, We Miss Out, Self‑Interest Supporters y Critics.
Los “Lovers” (14,4%) son los más favorables hacia el turismo, gustándoles todo del turismo y no viendo
ningún impacto negativo. Los “We Miss Out” (39,6%) sienten que no son participes de los beneficios del
turismo. Son los más contrarios a considerar que el turismo ha generado mejoras en la oferta recreativa
y comercial, en las oportunidades de empleo y en los servicios públicos. Los “Self‑Interest Supporters
(29,7%) apoyan el turismo por los beneficios personales que les reporta. Consideran que ha mejorado
la oferta comercial y de ocio, los servicios públicos y las oportunidades de empleo. Son personas jóvenes
con bajos salarios y poca formación. Los “Critics” (16,3%) consideran que el turismo no aporta beneficios
y son el único grupo contrario a un aumento en el número de turistas, preferirían que se redujera. Solo
reconocen los impactos negativos del turismo y ninguno de los positivos.
Los “Haters” de Evans (1993), los “Cynics” de Williams y Lawson (2001) y los “Critics” de Thyne y
Lawson (2001) sugieren que las personas con una peor valoración de la actividad turística tienen un
menor nivel de satisfacción con su vida en general. Es decir, la gente con una vida en pésimas condiciones
es más negativa en sus valoraciones de distintos elementos, sean acciones de marketing (Lawson y
Todd, 1997) o de otro tipo.
Grecia
En un estudio realizado en Heraklio, Chania, Rethymno y Agios Nikolaos (costa norte de Creta) con
una muestra de 194 hogares, Andriotis y Vaughan (2003) detectaron tres grupos. Los “Advocates” (42,5%)
poseen la postura más favorable hacia el turismo y consideran el turismo fundamental para el bienestar
de la isla. Los “Socially and Environmentally Concerned” (39,5%) poseen las visiones más negativas hacia
los impactos socioculturales y medioambientales del turismo. Los “Economic skeptics” (18%) poseen las
visiones más negativas hacia los impactos económicos. La segmentación resulta de difícil interpretación
y análisis poco claro, no resultando comparable con otros estudios similares (Andriotis y Vaughan, 2003).
España
En los últimos diez años se han iniciado estudios sobre las actitudes de los residentes en las islas
Baleares. El primero de los cuales es Anàlisis de les actituds i percepcions de la població resident
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enfront del desenvolupament turístic a Balears dirigido por el Dr. Antoni Serra en 2003 y financiado por
el CITTIB. Posteriormente se han realizado algunos estudios más. En el estudio de Aguiló y Rosselló
(2005) encontraron cinco grupos.
––Los “Development Supporters” (11%) son los que creen con más firmeza que gracias al turismo
existen más oportunidades de trabajo y de negocio y que el balance global del turismo es positivo.
Su perfil sociodemográfico presenta una ligera tendencia a pertenecer a hogares con trabajadores
en el sector, hijos menores y de ingresos medios altos.
––Los “Prudent Developers” (26%) creen que gracias al turismo existen más oportunidades de
trabajo, si bien reconocen que el turismo ha generado un cambio importante en la cultura local. A
diferencia del grupo anterior son especialmente conscientes de los efectos nocivos del turismo. Su
perfil sociodemográfico se caracteriza por unos ingresos menores que la media y menos vinculados
al turismo que el resto. Además tienen gran apego a la comunidad a pesar de ser mayoritariamente
personas nacidas en el resto de España.
––Los “Ambivalent and Cautious” (24%) presentan una opinión bastante neutral a la hora de valorar los
efectos positivos y negativos del turismo, y aunque otorgan un aprobado al balance entre ganancias
y costes debidos al turismo su valoración está por debajo de la media. Su perfil sociodemográfico
muestra una ligera tendencia a que en este grupo se integren nativos residentes en Palma que
suelen sentirse menos integrados y más dispuestos a cambiar de domicilio.
––Los “Protectionists” (20%) son los que más énfasis ponen en los aspectos negativos del turismo y
creen que el balance entre los aspectos positivos y negativos es negativo. Su perfil sociodemográfico
muestra a individuos integrados en su municipio, muy preocupados por el medio ambiente y poco
preocupados por el desarrollo económico. Tienen ingresos menos dependientes del turismo que el
resto y son individuos nacidos en las islas y con ingresos medio‑altos.
––Los “Alternative Developers” (18%) creen con más determinación que el resto que el turismo ha
aumentado las posibilidades de trabajo para los residentes y no valoran tan negativamente los
aspectos negativos ligados al turismo. Su perfil sociodemográfico muestra a individuos que no
suelen haber nacido en las islas y sí en un país extranjero, y que poseen ingreso medios altos. En
general no se sienten tan arraigados como el resto y poseen menos preocupación que el resto por
la inseguridad ciudadana y el desarrollo económico.
En el estudio de Gutiérrez y Díaz (2006), con una muestra de 651 encuestas realizadas en Tenerife
(Islas Canarias) en 2004 y 2005, se diferencian tres grupos de residentes según su actitud hacia el
turismo, parecidos a los grupos determinados por Ryan y Montgomery (1994): ambiguos, anti‑desarrollo
y pro‑desarrollo. Los ambiguos, “normalizados”. Este segmento se caracteriza por considerar que la
actividad favorece la economía de la comunidad, aunque no cree que se logren efectos positivos muy
destacados sobre la dimensión social, cultural y aún menos medioambiental, donde destacan los costes.
Los anti‑desarrollo turístico, “radicales y sensibles a los impactos de la actividad turística”. Este segmento
se caracteriza por considerar que la actividad turística favorece la economía de la comunidad, pero la
rechaza y cree que es fuente importante de impactos negativos (sociales, culturales y medioambientales).
En este segmento se encuentran los jóvenes menores de 25 años que no viven ni trabajan del turismo. Los
pro‑desarrollo turístico, “sensibles a los impactos positivos de la actividad turística”. En este segmento
nos encontramos con los residentes que consideran a la actividad turística como fuente de impactos
positivos en todas las dimensiones, entre las que destaca la económica. Destacan las personas de edad
madura, que viven y trabajan en zonas turísticas, con baja cualificación y formación. En el estudio
de Gutiérrez y Díaz (2006) se observa que existe acuerdo general entre los diferentes segmentos de
residentes en relación con el impacto económico del sector turístico, en sentido positivo.
En el estudio de Díaz, Gutiérrez y Garau (2007) se compararon dos destinos turísticos con similitu-
des: Tenerife (Islas Canarias) y Mallorca (Islas Baleares). En ambos casos se trata de islas con fuerte
presencia turística y con comunidades con un elevado nivel de arraigo e identidad con su realidad social
y cultural. Con una muestra de 487 encuestas en Tenerife y 584 encuestas en Mallorca, realizadas en
2006, se diferencian tres grupos de residentes, según su actitud expresada hacia el turismo, parecidos
a los grupos determinados por Gutiérrez y Díaz (2006) o por Ryan y Montgomery (1994): Positivos,
Cautos y Críticos. Los Positivos poseen una predisposición positiva hacia el turismo como actividad
que fomenta los beneficios económicos, sociales y culturales. Creen que la actividad turística no es
responsable de los costes de las diferentes dimensiones, a excepción de la dimensión medioambiental
donde considera los efectos negativos que produce la actividad turística. Los Cautos no son extremistas y
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842 Segmentando residentes según sus actitudes: Revisión de la literatura
valoran poco importantes los beneficios y costes de las diferentes dimensiones, no consideran la actividad
turística culpable de los males, aunque tampoco cree que de lugar a beneficios notables. Consideran
que el turismo es una actividad económica necesaria. Los Críticos poseen valoraciones contrarias a las
del primero valorando siempre como poco importantes los beneficios y amplificando los costes de las
dimensiones social, cultural y mediambiental. Este segmento considera que la actividad es responsable
de los diversos costes económicos, sociales, culturales y por supuesto medioambientales considerados
en el análisis, aunque valoran positivamente el impacto en el bienestar económico de la comunidad.
El factor “oportunidad de empleo” no discrimina entre segmentos en ninguna de las dos islas. La
explicación es que todo el mundo esta de acuerdo con que el turismo genera oportunidades de empleo,
aunque luego haya matizaciones en cuanto a la calidad de este empleo. Al igual que en el estudio de
Madrigal (1995), se observan mayores diferencias entre los segmentos que entre las islas. En cuanto a
las diferencias entre destinos se percibe que determinados impactos difieren en intensidad, incidiendo
sobre la predisposición hacia la actividad turística de manera diferente. En Mallorca la opinión no es tan
positiva, un 84% de los encuestados consideran beneficioso el turismo, mientras que en Tenerife la cifra
asciende al 93%. En Mallorca el factor que incide sobre la valoración de los impactos es la permanente
influencia del visitante en un espacio temporal reducido (estacionalidad), en todo el territorio y con una
presión sobre el residente muy superior a la de Tenerife, 12,1 frente a 6,4.
Italia
Brida, Osti y Barquet (2010) detectaron en su estudio de la pequeña comunidad de Folgaria (Trentino
‑South Tyrol) cuatro grupos distintos: Environmental Supporters, Development Supporters, Protectionist
y Ambivalent. Los “Environmental Supporters” (40%) estan parcialmente de acuerdo con los impactos
positivos económicos y socioculturales, y con los impactos negativos medioambientales. Además, estan
parcialmete en desacuerdo con los impactos negativos socioculturales y los impactos positivos medioam-
bientales. Los “Development Supporters” (27%) están de acuerdo con los impactos positivos del turismo
y en desacuerdo con los impactos negativos. Este grupo está caracterizado por: mayoritariamente son
hombres, viven en la región desde hace 35 años de media y un miembro de la unidad familiar trabaja
en el sector desde hace más de cinco años. Los “Protectionists” (14%) están de acuerdo con los impactos
negativos en el medioambiente y en desacuerdo con los impactos positivo en la región. No tienen postura
clara en relación a los impactos socioculturales. Son mayoría los hombres y ningún miembro de la familia
trabaja en el sector. Los “Ambivalents” (18%) están de acuerdo con los impactos positivos económicos y
tienen una postura ambigua en relación a los impactos socioeconómicos y medioambientales. Este grupo
está formado mayoritariamente por hombres que se encuentran cerca de la edad de jubilación, son los
que llevan más tiempo viviendo en la región y ningún miembro de la unidad familiar trabaja en el sector.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
José Ramón Cardona, Antoni Serra Cantallops 843
Partidarios
Sin Opinión Partidarios Partidarios
Críticos con Opinión
Formada Interesados Entusiastas
Matizada
Davis, Allen y In‑betweeners Cautious Love’em for a
Haters (16%) Lovers (20%)
Cosenza (1988) (18%) Romantics (20%) Reason (26%)
Evans (1993) Haters (11%) Controlled (32%) Selfish (37%) Lovers (20%)
Ryan y Somewhat
Middle‑of‑the Enthusiast
Montgomery Irritated
‑Roaders (54%) (22%)
(1994) (24%)
Madrigal (1995) Haters (31%) Realists (56%) Lovers (13%)
Ryan, Scotland Moderate Extreme
Cautious
y Montgomery Enthusiast Enthusiast
Supporter (40%)
(1998) (42.5%) (17.5%)
Ambivalent
Fredline y Concerned for
Haters (15%) Supporters Realists (24%) Lovers (23%)
Faulkner (2000) a Reason (9%)
(29%)
Weaver y Opponents Supporters
Neutrals (51%)
Lawton (2001) (22%) (27%)
Williams y Innocents Taxpayers
Cynics (10%) Lovers (45%)
Lawson (2001) (20%) (25%)
Self‑Interest
Thyne y We Miss Out
Critics (16%) Supporters Lovers (14%)
Lawson (2001) (40%)
(30%)
Socially and
Andriotis y Economic Advocates
Environmentally
Vaughan (2003) Skeptics (18%) (42%)
Concerned (40%)
Ambivalent Alternative Development
Aguiló y Protectionists Prudent
and Cautious Developers Supporters
Rosselló (2005) (20%) Developers (26%)
(24%) (18%) (11%)
Anti
Gutiérrez y Pro‑desarrollo
‑desarrollo Ambiguos
Díaz (2006) turístico
turístico
Díaz, Gutiérrez
Críticos Cautos Positivos
y Garau (2007)
Development
Brida, Osti y Protectionists Ambivalent Environmental
Supporters
Barquet (2010) (14%) (19%) Supporters (40%)
(27%)
Fuente: Elaboración propia
A parte de estos dos grupos, siempre presentes, los diversos estudios detectan entre uno y tres grupos
más de difícil equiparación entre sí. Los paralelismos son difíciles de realizar debido a las variaciones
en la metodología usada. Por ejemplo, el conjunto de variables usadas en cada estudio difiere bastante
(entre ocho y 62 variables), los estadísticos usados son similares pero no iguales, etc. (Fredline y Faulkner,
2000). Además las regiones estudiadas poseen importantes diferencias. Estos grupos pueden observarse
en el Cuadro 1, con sus equivalencias aproximadas. Estos suelen estar caracterizados por poseer una
postura general hacia el turismo y su desarrollo menos clara que en los dos grupos anteriores aunque
mayoritariamente tienden hacia posturas generales positivas.
En los destinos turísticos muy consolidados y masificados los individuos con alta percepción de los impactos
tanto positivos como negativos y que reconocen la dependencia que posee la región del sector suelen ser uno
de los grupos más importantes en volumen. Son en sí mismos la constatación de que la población residente
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
844 Segmentando residentes según sus actitudes: Revisión de la literatura
es consciente de su dependencia económica. El hecho de que estén altamente de acuerdo con los impactos
negativos y positivos planteados en los cuestionarios usados ha llevado a algunos autores a denominarlos
“Realists” (Fredline y Faulkner, 2000; Madrigal, 1995). El estudio de Fredline y Faulkner (2000) encuentra
paralelismos entre los grupos Haters, Lovers y Realists de Gold Coast y del estudio de Madrigal (1995).
En las regiones con un desarrollo turístico escaso o con amplias zonas exentas de presencia turística se
detectan grupos más o menos grandes de personas que muestran respuestas confusas. Estas respuestas
confusas ocultan en muchos casos una falta de conocimiento de primera mano del sector debido a la
falta de contacto con el mismo. Esto puede deberse a que aún es poco presente en la región o a que el
individuo en concreto vive alejado de las zonas más turísticas y tiene poco contacto con los visitantes.
Finalmente cabe destacar que en algunos estudios se detecta un grupo de individuos que se caracterizan
por responder en clave personal y no social como en el resto de grupos. Son personas que valoran el
desarrollo turístico en relación a lo que reciben y dan ellos a nivel individual y no tienen en cuenta los
efectos globales sobre la sociedad o la región. En muchos casos son personas recién llegadas a la región
para trabajar en el sector y con poca integración en la comunidad local.
La repetición de ciertas pautas en los distintos estudios lleva a aventurar que pueden existir tipologías
preestablecidas de residentes cuyo peso en la sociedad dependerá del destino concreto objeto de estudio.
3. Segmentación teórica
Tras revisar diversos estudios en los que se realiza una segmentación de los residentes según su actitud
hacia el turismo y observar ciertos paralelismos, parece lógico intentar establecer una segmentación
teórica que permita plasmar las distintas tendencias existentes en una región. Esta segmentación
teórica dividiría la población en cinco grupos (Figura 1): Partidarios Entusiastas, Partidarios con
Opinión Matizada, Partidarios Interesados, Críticos y Sin Opinión Formada.
––Partidarios Entusiastas (hasta el 45%, normalmente entre el 10% y el 25%). Este grupo de opinión
existe a lo largo de todo el ciclo de vida del destino y parece que ronda entre el 10% y el 20% de la
población en destinos maduros y masificados y entre el 20% y el 30% en destinos en fases de desarrollo
más incipientes. Puede ser muy numeroso ante posibilidades de desarrollo especialmente atractivas.
Este grupo son las personas con una opinión más favorable, ya que valoran enormemente los impactos
positivos e infravaloran los impactos negativos del turismo. Tienden a perder peso en la sociedad
al avanzar el desarrollo en favor de los Partidarios con Opinión Matizada y los Críticos. Este grupo
está formado por las personas que reciben, o esperan recibir, de una forma más directa los impactos
positivos del desarrollo turístico, por ejemplo trabajadores y empresarios del sector con altas rentas.
––Partidarios con Opinión Matizada (entre el 20% y el 60%). Este grupo puede no estar presente en
los inicios, pero aumenta su presencia con el desarrollo y se encuentra ampliamente vinculado a la
dependencia turística que posea la región. Alcanza su máximo peso en regiones con un desarrollo
muy fuerte y una elevada dependencia económica. Las opiniones expresas por este grupo son
positivas pero matizadas por el reconocimiento de los impactos negativos. En líneas generales su
actitud es positiva, pero se debe a que reconocen la dependencia personal y regional que existe
hacia los ingresos generados por el turismo.
––Partidarios Interesados (entre el 10% y el 35%). Este grupo es insignificante en los inicios y crece
al aparecer flujos de inmigración generados por la falta de mano de obra. En este caso se trata de
personas que apoyan el turismo por intereses personales, ya que el turismo les aporta los ingresos
económicos que les llevó hasta la región. Suelen ser personas inmigrantes llegadas por motivos
económicos a la región que llevan un corto periodo de tiempo residiendo en la región y no tienen
apego a la comunidad local. Posiblemente, en el futuro abandonen la región.
––Críticos (hasta el 40%, normalmente entre el 10% y el 25%). Las personas críticas con el turismo
suelen rondar el 10% de la población, pero puede variar en función de elementos culturales
o sociales de la población local y del nivel de desarrollo y colapso turístico que viva la región,
llegando a porcentajes muy elevados en casos extremos. Suelen ser personas que no perciben de
forma directa los beneficios que aporta el turismo, pero si los costes, y que consideran muy grave
el cambio cultural y la pérdida de capacidad de decisión sobre el futuro de la región.
––Sin Opinión Formada (entre 0% y 60%). En el inició del desarrollo turístico este grupo es el mayoritario,
pero con el paso del tiempo va reduciéndose debido a que la población incrementa continuamente
su implicación en el sector turístico. En los destinos maduros este grupo es inexistente o insigni-
ficante al existir un enorme conocimiento del sector que convierte a estos individuos en Críticos o
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
José Ramón Cardona, Antoni Serra Cantallops 845
Partidarios, en sus diversas vertientes. Aun así, puede existir un grupo de personas con poco interés
en el sector, poco apego a la comunidad, baja dependencia económica del turismo y opiniones poco
formadas (los Neutros o Moderados), en los destinos consolidados. Generalmente la presencia de
Neutros o Moderados en un destino consolidado se debe a la presencia de zonas o sectores económicos
totalmente independientes del turístico. Estas zonas o sectores representan en muchos casos islas
de la comunidad previamente existente.
No tienen porque aparecer en todas las regiones los cinco grupos. Si estarán los Partidarios Entusiastas
y lo Críticos, como vemos que se repite en los diversos estudios empíricos. Pero los otros tres grupos
oscilarán enormemente o incluso desaparecerán en según qué casos. Los individuos Sin Opinión Formada
serán la inmensa mayoría en los inicios del turismo, junto con un grupo de Partidarios Entusiastas que
actuaran de motor de desarrollo y una pequeñísima presencia de Críticos.
En las primeras fases de desarrollo turístico los individuos Sin Opinión Formada irán integrándose
en los Partidarios Entusiastas o los Partidarios con Opinión Matizada, según lo beneficioso que resulte
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
846 Segmentando residentes según sus actitudes: Revisión de la literatura
para ellos la implicación en el sector. Las personas que resulten marginadas de los beneficios generados
y que sufran los costes pasarán a integrar el grupo de los Críticos.
En la fase de madurez los Partidarios Entusiastas representan una parte pequeña de la población.
Si el nivel de dependencia de la región es muy elevado el grupo mayoritario será el de los Partidarios
con Opinión Matizada, desapareciendo el grupo de los Sin Opinión Formada. Si el desarrollo no es tan
intenso o el turismo se combina con otros sectores económicos, los Partidarios con Opinión Matizada serán
menos numerosos y permanecerá un grupo significativo de Neutros o Moderados como supervivencia
de los individuos Sin Opinión Formada.
Dependiendo de la planificación y grado de masificación que sufra la región en su evolución, será
mayor o menor el grupo de los Críticos. Si el desarrollo ha sido planificado y toda la población resulta
beneficiada, el grupo de los Críticos tendrá una presencia mínima y los impactos negativos se plasmarán
en la fuerte presencia de Partidarios con Opinión Matizada. En cambio, si el desarrollo es descontrolado,
tiende a la masificación, causa fuertes impactos negativos y hay un mal reparto de los beneficios, el
grupo de los Críticos será muy significativo. Si los Críticos superan a los Partidarios, en sus distintas
modalidades, el destino turístico llegará a su fin como tal ya que las presiones para reducir o eliminar
este sector superaran a las presiones para mantenerlo.
Esta evolución se produciría de forma parecida a lo que muestran los modelos Irridex de Doxey
(1975) y GIPM de Vong y McCartney (2005), pero con el matiz de que en este caso en todo momento
hay varios grupos interactuando en la región.
4. Conclusiones
En las últimas décadas se han realizado diversos estudios en los que se realizaba una segmentación
de los residentes de un destino turístico que pretendía agruparlos según sus actitudes hacia el turismo
y sus impactos. Estos estudios poseen ciertas variaciones en la segmentación resultante, pero si se
comparan pueden observarse ciertas pautas que se repiten. Se observan grupos siempre presentes y
grupos que aparecen y desaparecen según el caso. Esto lleva a plantear la posibilidad de establecer
una segmentación teórica que permita obtener una visión general.
En la segmentación teórica planteada se describen cinco grupos: los Partidarios Entusiastas, los
Partidarios con Opinión Matizada, los Partidarios Interesados, los Críticos y los Sin Opinión Formada.
De estos cinco grupos los Partidarios Entusiastas y los Críticos siempre estarán presentes en los estudios
empíricos que se realicen, aunque puede que sea en porcentajes muy pequeños, y los otros tres grupos
aparecerán o desaparecerán, crecerán o disminuirán dependiendo de las características del destino y
del tamaño de la muestra que se tome. Si la muestra analizada es excesivamente pequeña existe el
riesgo de que sólo aparezcan tres grupos: Partidarios, Críticos e Indefinidos.
Más allá de su uso como posible hipótesis para trabajos empíricos la principal utilidad de esta
segmentación es servir de modelo teórico a los gestores de los distintos destinos turísticos para mejorar
sus acciones dirigidas a los residentes, ya que aunque no se conozca el peso de cada grupo en un destino
concreto si se sabe que el grupo está o puede estar. En general, los gestores deben tomarse acciones
encaminadas a aumentar los beneficios que obtienen los residentes (desarrollo autóctono de la oferta,
oferta con elevados estándares de calidad, infraestructuras y servicios aprovechables por los residentes
y los turistas, etc.), reducir los impactos negativos (inseguridad, ruidos, degradación del entorno, etc.)
e implicar a los residentes en la gestión turística (informándolos y fomentando su participación en la
toma de decisiones). Cabe tener presente que no hay desarrollo posible si los grupos de Partidarios no
superan en número a los Críticos, y las acciones mencionadas deben buscar evitar que los individuos
Sin Opinión Formada o Partidarios del turismo pasen a ser Críticos al evolucionar el destino a lo largo
del Ciclo de Vida del Destino Turístico.
De cara al futuro se debería analizar la interacción de esta clasificación con dos parámetros que suelen
resultar significativos en estos estudios: el tiempo de residencia en la región (Aguiló y Rosselló, 2005;
Brida, Osti y Barquet, 2010; Ryan y Montgomery, 1994; Weaver y Lawton, 2001; Williams y Lawson,
2001) y si el individuo es nativo o no (Aguiló y Rosselló, 2005; Canan y Hennessy, 1989; Davis, Allen y
Cosenza, 1988; Evans, 1993; Madrigal, 1995; Um y Crompton, 1987). Estos dos elementos permitirían
pasar de la clasificación actual a nuevas dimensiones de desglose que permitan un mayor detalle de
la población residente.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
José Ramón Cardona, Antoni Serra Cantallops 847
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848 Segmentando residentes según sus actitudes: Revisión de la literatura
Recibido: 02/05/2013
Reenviado: 29/07/2013
Aceptado: 09/09/2013
Sometido a evaluación por pares anónimos
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 849-864. 2015
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Resumen: La percepción de justicia juega un rol muy importante en la toma de decisiones del consumidor.
La situación económica de muchos hogares hace que la percepción de justicia de precios sea crucial en el
comportamiento de compra. Esta situación no es ajena a un sector tan importante como el sector turístico,
y concretamente a la reserva de hoteles. En este trabajo se considera la reserva de un hotel online para
analizar las consecuencias en el comportamiento de compra que se derivan de la percepción de justicia
de precios. Éstas se ponen de manifiesto a largo plazo cuando la situación es irreversible, por lo que los
vendedores deben conocerlas para tener claros los efectos que puede provocar la consideración de sus precios
como injustos.
Palabras Clave: Percepción de justicia; precios; satisfacción; lealtad; confianza en la decisión.
An analysis of the effect of the fairness price perception on the consumer behavior: the case of
online hotel reservation
Abstract: The fairness perception has an important role in consumer decision. The economic situation of
many households makes that the fairness price perception was very important in the purchase behavior.
This situation is not alien to such an important sector as the tourism sector, and specifically to the hotel
booking. In this paper we consider the online hotel booking to analyze the consequences on purchase behav-
ior stemming from the fairness price perception. These effects can be seen in the long term when the situa-
tion is irreversible, therefore the sellers should know those consequences to be clear about the effects that
can have if their prices are considered unfair.
Keywords: Fairness perception; price; price satisfaction; loyalty; self‑confidence.
1. Introducción
Las investigaciones tradicionales de marketing relacionadas con los precios se han centrado fun-
damentalmente en encontrar los determinantes económicos usados en la fijación de los mismos. Sin
embargo, se tiende a enriquecer estos modelos considerando motivos no racionales relacionados con
la percepción de precios, ya que un elemento importante a la hora de fijar los precios es analizar si los
consumidores consideran ese precio como equitativo y justo.
En justicia de precios, debido a la situación económica que se está atravesando se ha vuelto a evocar,
de manera acentuada, el interés por parte del consumidor por conseguir “precios justos”. De modo que
la crisis económica ha contribuido en algunos casos a aumentar la sensibilidad de los consumidores al
precio, haciendo que presten más atención al mismo, así como también hacia la consecución de “mejores
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E‑mail: [email protected]
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E‑mail: [email protected]
tratos”. En este sentido, trabajos como el de Andrés et al. (2012) analizan los principales antecedentes
que influyen en la percepción de precios, si bien, son pocos los trabajos que analizan de forma conjunta
las distintas consecuencias en el comportamiento de compra que se derivan de una percepción de
injusticia por parte del consumidor.
La importancia de la percepción de justicia de precios es evidente para las empresas debido a la
influencia que ejerce en el comportamiento de compra del consumidor (Gielissen et al., 2008), ya que
tal y como señalan Kahneman et al. (1986 a y b) la justicia percibida en el precio constituye el factor
psicológico que más influencia ejerce en el comportamiento del consumidor ante el precio. De ahí, que
sea interesante conocer cómo se perciben los precios y qué cambios se perciben como justos o injustos,
ya que las valoraciones sobre justicia influyen sobre el comportamiento de elección de los compradores
(e.g. influencia sobre satisfacción, lealtad o valoración de los productos y servicios).
La incorporación de Internet como canal de ventas ha producido una nueva forma de comprar donde
no se requiere ir a un establecimiento físico para adquirir un producto, sino que se puede comprar
desde cualquier lugar. Además, Internet se está convirtiendo en un entorno de interacción que permite
realizar comparaciones de precios con gran facilidad, por lo que la percepción de la justicia de los
precios adquiere una mayor importancia. Esta mayor relevancia proviene al menos de dos ideas: por
un lado, los vendedores disponen de más capacidad para discriminar los precios según la sensibilidad
del consumidor a los mismos, y, por otro lado, los consumidores tienen a su disposición herramientas y
aplicaciones con las que pueden conseguir información del precio aportada por otros consumidores (e.g.
TripAdvisor) o incluso comparar el precio para distintos vendedores. Estos dos aspectos conducen a que
se otorgue más relevancia al fenómeno de la justicia en los precios en el canal online (Bolton et al., 2010).
Este trabajo se ha centrado en el sector turístico dado el peso que este sector representa sobre el
total del producto interior bruto, concretamente, en 2010 representa el 10,2% según Hosteltur (2011).
Esta relevancia se pone de manifiesto en las compras online, ya que las actividades vinculadas con
dicho sector como compras de billetes de transporte (avión, tren,…), así como reservas de alojamiento
entre otros se consideran como productos estrella en las adquisiciones online (Observatorio Nacional
de las Telecomunicaciones y de la Sociedad de la Información, ONTSI, 2011).
Otros datos que afianzan la importancia de la compra de billetes de transporte y reservas de aloja-
miento online son los publicados por ONTSI (2011) en los que los billetes de transporte y la reserva de
alojamiento con un 52,4% y un 42,9% respectivamente constituyen los productos estrella del comercio
electrónico. En este mismo sentido, el Instituto Nacional de Estadística 2011 (INE) muestra que durante
los últimos meses (octubre 2010‑ octubre 2011) alojamiento y viajes son los servicios más adquiridos
por Internet con un 52,9% y 49% del total, respectivamente. Teniendo presente estos argumentos se ha
seleccionado, utilizando fuentes de información secundarias como la Encuesta de Ocupación Hotelera
(EOH) elaborada por el INE (2012), hoteles de cuatro estrellas dado que son los más demandados por
los viajeros
Los argumentos anteriores ponen de manifiesto que el sector turístico en Internet cada vez tiene
más presencia en el mismo. En el año 2011 se observa que el canal online es el medio más utilizado
para realizar una reserva de alojamiento (51,4%), así como para buscar, básicamente, información de
alojamientos (75%), y comparar precios a través de Internet (72,7%) (ONTSI, 2011).
Así, en la segunda sección se recoge un análisis de las principales consecuencias derivadas de la
percepción de justicia de precios por parte del consumidor en Internet y las hipótesis a contrastar en
el trabajo. La tercera sección recoge la metodología empleada en la aplicación empírica desarrollada
centrándose en la muestra obtenida, las variables utilizadas y los principales resultados obtenidos
mediante la estimación de un modelo PLS. Por último, aparecen las principales conclusiones y líneas
de investigación futura.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Mª Encarnación Martínez, Miguel Borja, Juan Jiménez 851
rasgos, hace una selección y a continuación el pedido. Esto es lo que se conoce como proceso de pedido.
En segundo lugar, una vez que se ha realizado el pedido, cuando éste llega al cliente puede quedárselo
o devolverlo. Esto es lo que se conoce como proceso de cumplimiento ‑fulfillment‑. En este trabajo nos
vamos a centrar en el proceso de pedido ya que aunque el proceso de recogida de la información recoge
todo el proceso de compra, no llegamos a valorar la situación una vez realizada la reserva.
Sin duda, el canal en el que se realiza la compra tiene una influencia clara en el proceso de percepción
de justicia del precio. En este sentido, Yu (2008) toma como base el estudio realizado por Lichtenstein
et al. (1993), que establece que la percepción del precio es distinta según el canal que se utilice; y los
compradores online tienden a percibir los precios más altos de forma más negativa que los compradores
offline. Esto se debe a que los compradores online son muy conscientes del valor del precio, tienen un
nivel más alto de conciencia del precio y propensión a la venta que los compradores offline, así como
una mayor probabilidad de adoptar Internet como su canal.
La percepción del precio genera distintas respuestas y reacciones emocionales en el comprador según
cuál sea la situación que experimenta (precios justos vs. precios injustos), reacciones que en algunos casos
pueden presentar grandes consecuencias para el vendedor. En relación a las consecuencias que se derivan
tras la percepción de justicia del precio del consumidor, cabe señalar que la percepción de justicia del
precio adquiere gran relevancia, ya que la satisfacción del consumidor y su comportamiento se forman
en base a esas percepciones (Oliver y Swan, 1989; Bei y Chiao, 2001). De modo que, la percepción de
injusticia del precio influye tanto en la satisfacción del consumidor, como en las intenciones de compra
y en las acciones (posibles reclamaciones) desarrolladas contra el vendedor (Campbell, 1999).
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
852 Un análisis del efecto de la percepción de justicia de precios en el comportamiento del consumidor
A pesar de que los trabajos que se han encontrado se centran en analizar la relación entre percepción
de justicia de precios y confianza en el vendedor, tomando como base autores como Seiders y Berry (1998)
y Monroe y Xia (2006) se puede considerar también, extendiendo estos fundamentos, que la percepción
de justicia de precios tiene efectos directos sobre la confianza a la hora de tomar decisiones por parte
del individuo. De este modo, se plantea la siguiente hipótesis:
H1: La percepción de justicia en el precio influirá directamente sobre la confianza en la decisión
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Mª Encarnación Martínez, Miguel Borja, Juan Jiménez 853
Zielke (2008: 336) define satisfacción con el precio como “una reacción afectiva, resultado de la
interacción de procesos mentales cognitivos y afectivos, que son causados y activados por experiencias
específicas que tienen lugar ante las diferentes dimensiones de la percepción del precio”. Asimismo,
considera las dimensiones de percepción del precio (valor del dinero; nivel de precios; justicia en el
precio; perceptibilidad de precios entendida como la facilidad con la que los precios se identifican en un
establecimiento; procesamiento del precio que es la facilidad para procesar precios cuando se comparan
distintos precios; ofertas especiales (e.g. descuentos); publicidad de precios y la categoría del rango de
precios) como antecedentes de la satisfacción con el precio. Estas dimensiones pueden actuar favoreciendo
la satisfacción con el precio o por el contrario, en el caso de la justicia en el precio, desfavoreciendo la
satisfacción con el mismo.
La satisfacción con el precio en algunos estudios se considera como un constructo multidimensional.
Matzler et al. (2006) establecen que las distintas dimensiones que constituyen la satisfacción con el
precio, influyen sobre la satisfacción global del cliente, así como sobre su comportamiento a lo largo
del tiempo. Según Matzler et al. (2006) la satisfacción con el precio es un constructo multidimensional,
formado por dimensiones como la transparencia en el precio; la relación precio‑calidad; el precio relativo;
la confianza en el precio; la fiabilidad en el precio y la justicia en el precio.
En cambio, otros estudios se centran sólo en una dimensión de la satisfacción con el precio. Tal es el
caso de Campbell (1999), que analiza cómo influye la justicia del precio sobre la percepción del precio;
el efecto que tiene la relación precio‑calidad (Fornell et al., 1996) o el efecto que tiene la percepción del
precio sobre la satisfacción y comportamiento (Varki y Colgate, 2001).
Por otra parte, una de las relaciones que más se suele establecer con respecto a la percepción de
injusticia es la insatisfacción, siendo la insatisfacción una experiencia negativa que está correlacionada
con el malestar que despierta en el consumidor una situación de injusticia (Storm y Storm, 1987).
La percepción de injusticia influye tanto en el valor percibido del producto como en la satisfacción
del consumidor, así como en las reacciones que se derivan como resultado de percepciones injustas que
conducen a emociones negativas contra el vendedor (Xia et al., 2004).
En general, los consumidores tienden a comparar los precios cuando encuentran distintos precios
para un mismo producto, comparaciones que puede que deriven en percepciones injustas del precio
(Sinha, 2000), lo que conlleva que los clientes estén menos satisfechos con el precio que pagan (Bolton
y Lemon, 1999).
Según Oliver y Swan (1989) la percepción de justicia del precio influye sobre la satisfacción del
consumidor. Sinha y Batra (1999) establecen que la conciencia del precio y la satisfacción del consumidor
se forman sobre la base de percepción de justicia de los precios. Así, cuando se perciben los precios como
justos los consumidores experimentan mayor satisfacción (Ordóñez et al., 2000). Bei y Chiao (2001)
observan que existe una relación positiva entre la justicia percibida en el precio y la satisfacción en
el caso de servicios. Igualmente, Bolton et al. (2003) establecen que la percepción de justicia tiene un
efecto directo y positivo sobre la satisfacción en el precio. Kauffman et al. (2010) muestran como la
percepción de justicia tiene un efecto positivo sobre la satisfacción en el precio.
Hay que tener en cuenta que la percepción del precio puede tener lugar antes de la compra o
después de la misma. En este sentido, algunos autores como Voss et al. (1998) establecen que dicha
percepción condiciona la satisfacción del consumidor en el caso concreto de servicios. Bolton y Lemon
(1999) realizan un estudio sobre dos servicios (comunicación y entretenimiento) para conocer cómo
influye la satisfacción con el precio por parte del cliente en la satisfacción en general. Los resultados les
muestran que la satisfacción con el precio tiene un impacto positivo sobre la satisfacción con el servicio
aportado. Asimismo, Singh y Sirdeshmukh (2000) señalan que la justicia de precios constituye uno de
los factores que determinan la satisfacción del consumidor. Del mismo modo, Martín‑Consuegra et al.
(2007) analizan, en el caso de los billetes de avión, la influencia que ejerce la percepción de justicia
sobre la satisfacción y observan que ambas están relacionadas positivamente. Utilizando este marco
contextual se formula la siguiente hipótesis:
H3: La percepción de justicia del precio tendrá un efecto directo sobre la satisfacción en el precio.
3. Metodología
El problema a investigar del presente trabajo consiste en analizar los efectos que la percepción de la
justicia en el precio tiene sobre el comportamiento de compra del consumidor. Así pues, se considera la
influencia que la percepción de justicia en el precio tiene sobre la confianza en la decisión de compra,
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
854 Un análisis del efecto de la percepción de justicia de precios en el comportamiento del consumidor
la lealtad y la satisfacción del cliente. En este epígrafe se recogen las características de la investigación
que definen la información obtenida, así como la herramienta y el procedimiento utilizado para la
contrastación empírica.
3.1. Muestra
El método de recogida de información ha consistidito en una encuesta online autoadministrada a
un panel de 600 usuarios que se enfrentaron a la decisión de reservar una habitación de hotel en un
contexto simulado de cinco hoteles con estrategias de precios diferentes. El cuestionario se estructura
en cuatro bloques. En un primer bloque se recogen cuestiones relativas a datos demográficos (sexo y
edad), y aspectos tales como experiencia de reserva de alojamiento online con el fin de conocer sus hábitos
en reservas de hoteles, conocimiento de precios, y precios de referencia que posee. El segundo y tercer
bloque tienen lugar después realizar la reserva de hotel, y recogen preguntas relacionadas con justicia
percibida y futuras intenciones. Por último, el cuarto bloque incluye preguntas socio‑demográficas
(estado civil, situación laboral, nivel de estudios, comunidad autónoma y nivel de ingresos). Finalmente,
la muestra obtenida ha sido de 541 cuestionarios, resultado de eliminar aquellos cuya respuesta no se
ajustaba a lo solicitado.
En cuanto a la selección de la muestra de individuos se ha realizado considerando cuotas a partir de
la información publicada por el INE (2011) en su “Encuesta sobre equipamiento y Uso de Tecnologías
de la Información y Comunicación en los Hogares” que recoge el perfil sociodemográfico de internautas
con edades comprendidas entre 16 y 74 años, considerando aquellos que han comprado alguna vez a
través de Internet. La tabla 1 muestra la ficha técnica de la investigación.
3.2. Variables
Las escalas utilizadas en las distintas variables latentes que comprende nuestro modelo de investi-
gación y que nos van a permitir analizar las hipótesis establecidas constituyen un aspecto importante
que merece especial atención.
En justicia percibida en el precio (JPP) se ha utilizado tanto la escala como los ítems que establecen
Martin et al. (2009), pero los ítems se han adaptado a nuestro estudio. Las variables que aparecen en la
tabla 2 recogen la media de seis ítems que hacen referencia a justicia distributiva y justicia procedimental
en cada tipo de estrategia de gestión de demanda. Así pues, JPP1 recoge la media de justicia distributiva
y procedimental en la estrategia de gestión de demanda con restricciones, JPP2 se refiere a la justicia
distributiva y procedimental en la estrategia de gestión de demanda según el tiempo, JPP3 recoge los
ítems relativos a justicia distributiva y procedimental en la estrategia de gestión de demanda según
la ubicación; JPP4 que engloba los ítems de justicia distributiva en función de la estrategia de gestión
de demanda según el número de noches; y, por último, JPP5 que está formado por los ítems de justicia
distributiva y procedimental en la estrategia de gestión de demanda según anticipación.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Mª Encarnación Martínez, Miguel Borja, Juan Jiménez 855
Para medir la confianza en la decisión hemos utilizados los ítems de los distintos niveles que
comprende que son: adquisición y procesamiento de información; formación del conjunto a considerar,
y, por último, resultados personales y sociales (Bearden et al., 2001), utilizando una escala likert de 7
puntos (Chelminski y Coulter, 2007).
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
856 Un análisis del efecto de la percepción de justicia de precios en el comportamiento del consumidor
Aunque algunos autores han distinguido tres dimensiones dentro de la lealtad (boca‑oído, tolerancia
al precio e intenciones de volver a comprar). En nuestro caso, al igual que Söderlund (2006), nos hemos
centrado en las dimensiones: boca‑oído e intenciones de compra. Para medir la lealtad, hemos utilizado
los ítems y escalas recogidos en la tabla 4.
Dentro de satisfacción nos hemos centrado en satisfacción con el precio, usando escalas e ítems
adaptados de estudios anteriores que aparecen recogidos en la tabla 5.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Mª Encarnación Martínez, Miguel Borja, Juan Jiménez 857
Con respecto a la dimensión de lealtad los resultados ponen de manifiesto que todos los ítems cargan
en un único factor, así como también se observa que tanto el test de esfericidad de Bartlett, como la
prueba de adecuación muestral de la KMO, y el Alpha de Cronbach son satisfactorios. Este análisis
tiene como resultado un factor que explica el 71,8% de la varianza.
Lealtad
KMO: 0,733
Prueba de esfericidad de Barlett (Valor Componente
Chi‑cuadrado): 1462,142
p‑valor: 0,000
Varianza total explicada: 71,788
1
Alpha de Cronbach: 0,856
Recomendaría el hotel que he elegido (L1) 0,916
Si mis amigos o familiares estuvieran buscando, les recomendaría esta decisión (L2) 0,908
Si tuviera que elegir otra vez, volvería a elegir este hotel (L3) 0,837
Aunque otros me ofrezcan precios más bajos creo que continuaría eligiendo este
0,712
hotel (L4)
Fuente: Elaboración propia
En relación con la escala satisfacción con el precio todos los ítems cargan en un solo factor. Este factor
explica el 74% de la varianza. Además, el test de esfericidad de Bartlett es significativo, y la prueba de
adecuación muestral de la KMO, así como el Alpha de Cronbach están muy próximos a 1.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
858 Un análisis del efecto de la percepción de justicia de precios en el comportamiento del consumidor
KMO: 0,897
Prueba de esfericidad de Barlett (Valor Componente
Chi‑cuadrado): 2636,870
p‑valor: 0,000
Varianza total explicada: 74,014
1
Alpha de Cronbach: 0,928
Creo que he conseguido las mejores condiciones posibles con el precio pagado (SP3) 0,855
El precio pagado hace que sienta que el producto es barato (SP5) 0,733
El precio pagado hace que me sienta bien con mi compra (SP6) 0,893
Fuente: Elaboración propia
Por último, señalar que en la escala de confianza en la decisión inicialmente se han descartado
dos ítems, ya que más que medir la confianza en la decisión, estarían midiendo la desconfianza. Una vez
eliminados, los resultados muestran un único factor que explica el 67,03% de la varianza, y presenta un
Alpha de Cronbach próximo a 1. En cuanto a la adecuación de este análisis queda comprobada mediante
la prueba de esfericidad de Bartlett, y la prueba de adecuación muestral KMO.
Confianza en la decisión
KMO: 0,884
Prueba de esfericidad de Barlett (Valor Componente
Chi‑cuadrado): 1890,478
p‑valor: 0,000
Varianza total explicada: 67,031
1
Alpha de Cronbach: 0,9
Creo que he sido capaz de identificar la mejor opción para mí (CD3) 0,844
Creo que he sido capaz de recoger toda la información relevante (CD4) 0,790
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
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860 Un análisis del efecto de la percepción de justicia de precios en el comportamiento del consumidor
También se cumple el criterio de validez discriminante (Fornell y Larcker, 1981), ya que el AVE de
cada par de factores es superior al cuadrado de la correlación estimada entre ellos:
CD JPP L SP
CD 0,6700
JPP 0,2122 0,5602
L 0,4635 0,1151 0,7173
SP 0,5714 0,1933 0,5506 0,7399
Fuente: Elaboración propia
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Mª Encarnación Martínez, Miguel Borja, Juan Jiménez 861
La tabla 12 muestra los resultados del contraste de las hipótesis planteadas en este trabajo. De
estos resultados hay que destacar que la percepción de justicia de precios influye de forma positiva y
significativa sobre la confianza en la decisión y, por lo tanto, debemos aceptar la primera hipótesis de
nuestro trabajo. En relación a la lealtad, existe una influencia significativa de la percepción de justicia
sobre la misma, aceptando la hipótesis segunda, si bien, la relación es de menos intensidad que en los
otros dos casos. En relación a la satisfacción, tal y como habíamos considerado en la hipótesis tres, ésta
se ve afectada de forma significativa por la percepción de justicia de precios.
Valor t
Hipótesis Relación Coeficiente p‑valor
(Bootstrap)
Justicia percibida en el
H1 0,461** 6,349 0,000
precio→confianza en la decisión
Justicia percibida en el
H2 0,339** 4,035 0,000
precio→lealtad
Justicia percibida en el
H3 0,440** 6,066 0,000
precio→satisfacción con el precio
Fuente: Elaboración propia **p<0,01
En los últimos años, ha aumentado la importancia que los consumidores otorgan a la percepción de
justicia en los precios en sus decisiones de compra. Esto ha provocado que los vendedores muestren
cada vez más un mayor interés por conocer los efectos que la percepción de precios puede desencadenar
dado que los efectos de una percepción negativa suelen ser de gran intensidad y duración en el tiempo,
si bien, la mayoría de ellos no se manifiestan en el corto plazo.
Ante esta situación, este trabajo ha permitido determinar que la percepción de justicia ejerce una
influencia positiva y significativa sobre la confianza en la decisión, la lealtad y la satisfacción con el
precio. Por lo tanto, una percepción negativa va a llevar a la consideración del precio como injusto lo
que va a provocar, a largo plazo, una pérdida de clientela.
Dentro de las limitaciones de este trabajo hay que tener en cuenta que ha sido desarrollado bajo un
entorno simulado online por lo que tal vez hay que ampliar ese entorno incluyendo un entorno físico y
un entorno online real. Además, se ha valorado la percepción de justicia en un único servicio, la reserva
de hotel, por lo que puede ser interesante analizar si ese comportamiento se repite en otras situaciones.
Estas limitaciones abren futuras líneas de investigación que pueden venir centradas fundamen-
talmente en dos aspectos; por un lado, el desarrollo de un modelo completo considerando los factores
que condicionan la percepción de justicia y las consecuencias de la misma y, por otro lado, teniendo en
cuenta la posibilidad de ampliar el análisis con otro tipo de productos y consumidores de otros países
para comprobar si los resultados obtenidos se repiten o cambian de forma significativa.
Bibliografia
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
862 Un análisis del efecto de la percepción de justicia de precios en el comportamiento del consumidor
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Recibido: 21/05/2013
Reenviado: 02/09/2013
Aceptado: 15/10/2013
Sometido a evaluación por pares anónimos
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 865-874. 2015
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Pedro Costa Carvalho, Ana Kankura Salazar, Paulo Matos Graça Ramos
Resumo: O presente estudo tem como objetivo desenvolver e testar um novo modelo conceptual de branding
de destinos turísticos, incluindo e integrando os conceitos de identidade de marca (associações da marca), da
imagem da marca, da qualidade percebida, da satisfação e da lealdade turística. Este estudo levanta hipóteses
de relação entre estes constructos. Este artigo pretende contribuir para a conceptualização do destination
branding que é identificado como um conceito crítico para a competitividade dos destinos turísticos.
Palavras -Chave: Identidade da marca, Imagem da marca, Qualidade percebida, Satisfação turística, Lealdade
turística.
Conceptual integrative model of Destination Branding: empirical test in Porto and North of
Portugal
Abstract: The current study aims to develop and test a new conceptual model for destination branding,
including and integrating the concepts of brand identity (brand associations), brand image, perceived qual-
ity, satisfation and loyalty. This study hypothesizes relationships among this constructs. This article aims
to contribute to the conceptualization of destination branding that is identified as critical concept to the
competitiveness of tourist destinations.
Keywords: Brand identity, Brand image, Perceived quality, Tourist satisfation, Tourist loyalty.
1. Introdução
A imagem de destinos turísticos (doravante designada pela sigla IDT), numa perspetiva de marke-
ting, está fundamentalmente ligada ao comportamento do consumidor. Como refere Buhalis (2000)
os destinos turísticos competem principalmente através da IDT, desde que a imagem que os turistas
têm dos destinos antes da visita seja um fator determinante na decisão de compra do produto “destino
turístico”. Cerca de 70% dos fluxos internacionais do turismo são concentrados em apenas 10 países,
assistindo‑se a uma forte competitividade entre destinos turísticos (Morgan et al., 2002). Ramos et
al. (2000) salientam que o setor do turismo em Portugal deve concentrar a sua vantagem competitiva
na genuinidade do seu produto com uma herança cultural específica, que potencia a diferenciação.
Pike (2009) identificou vários gaps para investigação e refere a insuficiência de pesquisa na avaliação
dos esforços de marketing dos destinos turísticos por forma a melhorar o valor da marca. Cai (2002)
considera que o núcleo do destination branding é a construção de uma imagem positiva dos destinos
turísticos que identifica e diferencia o destino de outros através de um mix de associações da identidade
da marca, e Hudson e Ritchie (2009) salientam que o destination branding é uma abordagem emergente
*
Doutorando em Ciências Empresariais (Ramo Marketing) na FCHS-UFP, Professor na ESTF-IESF; E-mail: [email protected]
**
Doutora em Gestão, Professora na FCHS-UFP; E-mail: [email protected]
***
Doutor em Ciências Empresariais, Professor na FCHS-UFP; E-mail: [email protected]
e poderosa do marketing para os marketers contemporâneos. Neste âmbito, o presente estudo constitui
uma proposta de um modelo de destination branding.
O objetivo deste estudo é o de compreender o processo de formação do destination branding, nome-
adamente as suas dimensões e a sua inter‑relação propondo um modelo de destination branding que
seja um contributo para a avaliação e monitorização, do comportamento do turista e da performance
dos destinos turísticos, através de uma perspetiva integrada.
2. Revisão de Literatura
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Pedro Costa Carvalho, Ana Kankura Salazar, Paulo Matos Graça Ramos 867
Coletivamente, essas atividades servem para criar uma imagem de destino, que influencia positiva-
mente o consumidor na escolha do destino turístico.
Normalmente nenhuma marca possui associações nas 12 categorias, mas cada marca precisa
de entre 6 a 12 dimensões para descrever adequadamente as aspirações da marca. A identidade da
marca está estruturada em (a) identidade central, (b) identidade expandida, e (c) essência da marca.
A identidade central é identificada como o elemento mais importante da identidade da marca, aquele
que deve permitir a diferenciação no mercado, podendo incluir como elementos por exemplo: confiança,
relacionamento emocional, inovação, e o valor por dinheiro. A identidade expandida inclui elementos
concisos da marca, como por exemplo a criatividade para proteger a marca, a personalidade da marca,
e os símbolos da marca. A essência da marca é o ícone da marca, com foco nas dimensões da identidade
central que refletem a visão da marca, uma ideia que deve conquistar a alma da marca. A essência
da marca deve forcar‑se no que é a marca (benefícios funcionais) ou no que faz ao cliente (benefícios
emocionais), e comunicar energicamente a identidade (Aaker e Joachimsthaler, 2007).
Keller (1993: 3‑5) classifica as associações da marca em três categorias principais, a saber: (1)
atributos, (2) benefícios e (3) atitudes.
1) os atributos são as caraterísticas de um produto ou serviço, o que o consumidor pensa que esse
produto ou serviço é, ou que está envolvido na compra ou consumo.
2) os benefícios são o valor de um produto ou serviço associado aos atributos desse produto ou serviço,
que representam o que o consumidor pensa que o produto ou serviço pode fazer por ele.
3) as atitudes são definidas como a avaliação global da marca, sendo importantes porque normalmente
formam a base para o comportamento do consumidor (por exemplo, a escolha da marca), resultando
a associação da atitude da “saliência” da marca, ou seja de associações integradas de atributos e
de benefícios de produtos e serviços para o consumidor e do julgamento do consumidor em relação
a essas associações.
Aaker (1996) defende que não deve haver uma fixação exclusiva da identidade da marca nos atributos
do produto, justificando que uma marca é mais do que o produto, e que os atributos do produto não são a
única base para a decisão do cliente, pois a marca inclui outras associações potencialmente relevantes,
por exemplo a personalidade da marca, e as relações marca‑cliente.
Tendo como suporte os argumentos que resultam da revisão da literatura, formula‑se a seguinte hipótese:
Aaker (1996) faz uma analogia da identidade de uma marca com a identidade de uma pessoa, sugerindo
a reflexão para as seguintes questões importantes que uma pessoa levanta: Quais são os meus valores
essenciais? O que pretendo? Como desejo ser percebido? Que traço de personalidade gostaria de projetar?
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868 Modelo Conceptual integrativo de Destination Branding
Quais são os relacionamentos importantes na minha vida? De acordo com Aaker (1991) as marcas podem
tornar‑se símbolos de autoexpressão de uma pessoa. Assim, uma marca pode oferecer a possibilidade de
a pessoa comunicar a sua autoimagem (por exemplo de responsável, ou competente) através do uso de
marcas que estimulem o encontro entre a marca e o cliente. Konecnik e Gartner (2007) sugeriram que
em estudos futuros se integrassem mais dimensões da imagem, separadas, destacando a personalidade
da marca. Aaker (1997) define a personalidade da marca como o conjunto de caraterísticas humanas
associadas à marca. Ekinci e Hosany (2006) tinham já sugerido que a personalidade da marca dos
destinos turísticos pode ser usada como uma metáfora viável para a construção da marca dos destinos
turísticos, para entender as perceções dos visitantes e para criar uma identidade única para os destinos
turísticos. Nam et al. (2011) confirmaram a congruência entre a imagem dos turistas e a imagem dos
turistas em relação ao destino turístico, ou seja a autoimagem.
Considerando que a referência à personalidade da marca sobressai notoriamente no contexto das
associações da marca, formula‑se, assim, a seguinte hipótese:
H1c: Quanto mais fortes e congruentes forem as associações da marca do destino turístico
maior será o impacto na atitude de lealdade em relação à marca do destino turístico.
2.4. A relação entre a imagem da marca e a qualidade percebida na experiência turística atual
Para Grönroos (2004) uma marca não pode ser criada nem existir sem a presença do cliente,
considerando que a marca como conceito é sempre uma imagem. Este autor define a marca baseada
na noção de relacionamento do cliente, como o desenvolvimento continuado de relacionamentos com a
marca nos quais o cliente forma uma imagem diferenciadora de um bem físico, um serviço, com base
em todos os tipos de contactos com a marca a que aquele cliente está exposto.
Žabkar et al. (2010) estudaram a qualidade percebida e a satisfação em destinos turísticos como
antecedentes da intenção comportamental, admitindo como limitação, a necessidade de estudo da
influência e interação de outros fatores, sugerindo para o efeito a imagem. Esta conclusão pode entender
‑se ao abrigo do defendido por Aaker (1991), ao referir que maioria dos benefícios funcionais incorpora
emoções o que se prende com associações da marca.
Grönroos (2004) salienta o papel da imagem como filtro dos efeitos da comunicação e da recomen-
dação, na medida em que uma imagem positiva confere maior recetividade em relação a informação
e recomendação sobre uma determinada marca, assim como uma imagem negativa tem um efeito
semelhante em sentido contrário. Este autor refere que a imagem tem a função de filtro na perceção
da qualidade técnica (resultado) e da qualidade funcional (processo). Se a imagem for boa, protege a
performance na prestação de serviços, podendo gerar tolerância do cliente perante problemas menores
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Pedro Costa Carvalho, Ana Kankura Salazar, Paulo Matos Graça Ramos 869
ou até maiores (ocasionais), desde que não sejam recorrentes, no contexto dos processos de serviço.
Contrariamente, se a imagem antes dos processos for má, os clientes reagem com maior insatisfação
perante os mesmos problemas na performance de prestação de serviços. Uma imagem neutra ou de
ausência de familiaridade não prejudica mas também não protege a marca.
Formula‑se, assim, a seguinte hipótese:
H1d: Existe uma relação significativa entre a imagem da marca do destino turístico e a
qualidade percebida na experiência turística atual.
H1e: Existe uma relação significativa entre a imagem da marca do destino e a satisfação.
H1f: Existe uma relação significativa entre a imagem da marca do destino turístico e (a)
o comportamento de lealdade em relação à marca do destino turístico, e (b) a atitude de
lealdade em relação à marca do destino turístico.
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870 Modelo Conceptual integrativo de Destination Branding
H2a: Existe um impacto significativo da (a) qualidade percebida na satisfação, (b) do valor
percebido e da qualidade percebida na satisfação.
H2b: Existe uma relação significativa entre a qualidade percebida e a atitude de lealdade
à marca do destino turístico.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Pedro Costa Carvalho, Ana Kankura Salazar, Paulo Matos Graça Ramos 871
3. Modelo conceptual
A maioria dos estudos sobre IDT inclui a dimensão da qualidade (Pike, 2002), mas a maioria dos
estudos recentes que estudam a imagem numa abordagem de branding não integram esta dimensão
que é considerada fundamental (Aaker, 1991) para perceber o valor da marca. Konecnik e Gartner
(2007) estudaram a relação entre o reconhecimento da marca, imagem, qualidade e a lealdade mas não
incluíram a dimensão da satisfação, e sugeriram mais dimensões no estudo da imagem/associações da
marca. O modelo conceptual de destination branding de Qu et al. (2011) estudaram as componentes da
imagem (cognitiva, afetiva e única, esta última introduzida por estes autores) relacionando‑as com a
imagem global, sendo a imagem mediadora entre as associações da marca e o comportamento futuro
dos turistas. No entanto, as associações da marca centraram‑se nos atributos do produto incluindo
nelas a avaliação da qualidade da experiência. Estes autores concluíram que mais associações da marca
devem ser incluídas nos estudos.
Não foi identificado na revisão da literatura estudos publicados com todos os constructos considerados
no presente estudo, que integra várias associações da marca, bem como os constructos da qualidade
percebida e da satisfação e a lealdade. O presente modelo poderá, assim, ser a contribuição para o
desenvolvimento conceptual do destination branding. A revisão de literatura sugeriu a colocação das
hipóteses fundamentadas na secção anterior (2). As hipóteses permitirão, por um lado testar a validade
e relevância científica do modelo conceptual, e por outro lado contribuir para uma maior conhecimento
sobre a imagem da marca do destino turístico em que o modelo será testado, o Porto e Norte de Portugal.
Conforme se pode verificar na figura 1, o modelo conceptual proposto inclui 5 dimensões de associações
da identidade da marca que antecedem e formam o constructo da imagem da marca. A imagem da marca
estabelece, por sua vez, relação com os outros constructos que a revisão de literatura sugeriu. Isto é,
o modelo foi formado com o que se revelou oportuno incluir para estudar, visando contribuir para o
desenvolvimento conceptual do destination branding.
Valor Qualidade
percebido percebida
H1d H2a
Atributos do H2b
destino
turístico
H1e H3a H3b
Diferenciação Imagem Lealdade
H1a da Satisfação
da marca à marca
Marca
H1c H1f
Marca como H1b
símbolo
Personalidade
da marca
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
872 Modelo Conceptual integrativo de Destination Branding
4. Metodologia
Optou‑se pelo método de comunicação direta, através de inquérito, com questionário ordenado e
estruturado. Esta pesquisa é quantitativa com medição por escalas (Likert de sete categorias ou pontos).
Os sujeitos são turistas estrangeiros em situação de pós‑consumo. O local de recolha direta de dados
é a gare de embarque (partidas) do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (AFSC) no Porto. Os sujeitos
serão pré‑qualificados antes de responderem ao questionário, excluindo‑se os residentes em Portugal
e os passageiros em trânsito. Na recolha direta de dados primários através de questionário seguiu‑se
uma amostra não‑probabilística por conveniência. Como não estão disponíveis dados precisos sobre o
tamanho da população, como é o caso no presente estudo, não é viável um procedimento de amostra
probabilística (Prayag, 2009).
Procurou‑se dar a maior consistência às escalas, construindo‑as com base em adaptações de escalas
cientificamente comprovadas, combinando na escala de cada constructo itens de mais do que uma escala
e, em alguns casos, de mais do que um autor.
O questionário foi desenvolvido em função dos constructos a testar, das escalas e dos itens identificadas
para os medir e com as questões necessárias para analisar o perfil do turista. A escala intervalar tipo
Likert de 7 pontos foi usada para medir todos os constructos e relação entre eles. Assim, para medir as
associações da marca/imagem da marca, a satisfação e a atitude de lealdade optou‑se por uma escala
intervalar desde 1 “discordo totalmente” a 7 “concordo totalmente”. Para avaliar a qualidade percebida
optou‑se por uma escala de Likert de 7 pontos desde 1 “muito má” a 7 “muito boa”. O questionário foi
vocacionado para ser autoadministrado embora com assistência, desenvolvido com questões simples e
instruções explícitas, e será disponibilizado nos idiomas: Alemão, Espanhol, Francês, Inglês, Italiano
e Português. Será efetuado um pré‑teste para verificar a consistência e a fiabilidade do instrumento
de recolha de dados.
Para o tratamento estatístico descritivo será utilizado o software SPSS, e para o tratamento estatístico
multivariado, com análise de equações estruturais (AEE), serão utilizados os softwares PLS‑SEM e
SPSS‑AMOS, visando aferir a qualidade de ajustamento do modelo e testar as hipóteses formuladas,
quer as colocadas para testar diretamente as dimensões propostas como antecedentes da imagem da
marca (associações da marca), quer as formuladas para relacionar este constructo da imagem da marca
com os constructos: qualidade percebida, satisfação e lealdade.
5. Conclusões
O conceito de IDT é complexo (Echtner e Ritchie, 1991) mas significativamente relevante para
a escolha dos destinos turísticos (Buhalis, 2000). A abordagem do estudo da imagem centrada nos
atributos dos destinos turísticos enquanto produtos sugere ser redutora (Pike, 2009), na medida em
que o branding é determinante num contexto cada vez mais competitivo dos destinos (Morgan et al.,
2002), o que exige uma avaliação contínua do comportamento do consumidor e da performance dos
destinos turísticos. As implicações da revisão de literatura permitem concluir que a investigação
no domínio do branding de destinos turísticos é recente e que carece de um maior desenvolvimento
conceptual (Pike, 2002; Pike, 2009). Os avanços foram sentidos através de estudos centrados no
valor da marca na perspetiva do consumidor, replicando modelos de estudo de outros setores (Aaker,
1991; Keller, 1993) no turismo (Konecknik e Gartner, 2007; Prayag, 2009), mas que não permitiram
ainda o necessário avanço de conceptualização para o branding de destinos turísticos, sobretudo
porque: (1) apesar de se reconhecer a importância das associações da identidade da marca (Aaker,
1991; Keller, 1993) para o branding, no caso dos destinos turísticos, as associações tem vindo a ser
estudadas pelos autores de forma insuficiente, ou seja não testando várias associações em simultâneo
no sentido de perceber quais são as que melhor explicam a perceção da imagem da marca; (2) a relação
das associações/imagem da marca com outros constructos importantes como a qualidade percebida
e satisfação, ou não são considerados nos estudos ou não são incluídos em simultâneo para estudar
as relações; (3) a abordagem conceptual com base no conceito destination branding foi notoriamente
ainda pouco explorada (Cai, 2002; Pike, 2009; Qu et al., 2011). Neste contexto, o presente estudo
representa a proposta de um modelo de destination branding, que tendo como núcleo central a imagem
da marca precedido das associações da marca (não demasiado centrada nos atributos do produto)
não negligencie a relevância da qualidade percebida e da satisfação, nem a multidimensionalidade
da lealdade, incluindo o relacionamento do cliente com a marca.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
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PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
874 Modelo Conceptual integrativo de Destination Branding
Recibido: 16/09/2014
Reenviado: 28/11/2014
Aceptado: 05/01/2015
Sometido a evaluación por pares anónimos
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 875-896. 2015
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1. Introdução
O setor do turismo constitui uma oportunidade de desenvolvimento económico e social, que resulta não
só da importância e das perspetivas de crescimento futuro que o setor tem e terá na economia mundial,
mas também das transformações que tanto a oferta como a procura irão conhecer, transformações que
resultarão ainda na dinamização de novos produtos turísticos e da exploração de novos segmentos de
mercado. Este setor tem crescido de forma global nos últimos tempos, contribuindo para geração de
empregos, receitas e impostos, além de aumentar o Produto Interno Bruto (PIB).
Os sucessivos Governos do arquipélago de Cabo Verde têm apostado no setor do Turismo como principal
veículo do desenvolvimento económico e social do país. As tendências de evolução do Turismo apontam
*
Mestre em Gestão das Organizações (IPB/APNOR). Instituto Politécnico de Bragança; E‑mail:[email protected].
**
Professora Coordenadora do Instituto Politécnico de Bragança. Doutorada em Economia e Gestão pela Universidade de Valladolid.
Coordenadora Científica e Investigadora da Unidade de Investigação Aplicada em Gestão (UNIAG/APNOR); E‑mail:[email protected]
para a globalização dos destinos, uma diversificação cada vez maior da procura e uma diferenciação
do produto. A riqueza cultural, o contraste natural, a especificidade de cada ilha permite pensar em
projetar o arquipélago a nível mundial como um destino privilegiado.
O principal objetivo deste trabalho será o desempenho e avaliação da competitividade dos destinos
turísticos das ilhas de Cabo Verde. Para tal, utilizou‑se como objeto de estudo “Dormidas mensais,
nos estabelecimentos hoteleiros, nas ilhas de Cabo Verde” registadas no período de Janeiro de 2005 a
Dezembro de 2011.
No sentido de dar resposta ao objetivo do presente trabalho de investigação utilizou‑se como suporte
metodológica literatura publicada na área do turismo e economia aplicada. Ainda, e como suporte
empírica teve‑se por base, artigos científicos. Vários são os estudos científicos publicados tendo por
base a competitividade dos destinos turísticos (Ritchie & Crouch, 2000; Dwyer & Kim, 2003). Para
determinar a competitividade das ilhas de Cabo Verde utilizou‑se o modelo de competitividade proposto
por Faulkner (1997), e ainda o Índice de Gini e medidas de concentração para complementar o estudo.
A escolha da Análise de Competitividade de Faulkner (1997) deveu‑se ao fato de considerá‑lo o mais
adequado para o problema em estudo e por ser um dos mais utlizados nos estudos de competitividade
de destinos turísticos
O presente estudo encontra‑se estruturado em três pontos, além do presente ponto e da conclusão.
No segundo ponto vai abordar‑se a temática competitividade dos destinos turísticos, bem como a
caraterização do arquipélago de Cabo Verde. No terceiro ponto indica‑se a metodologia de investigação,
com o objetivo de estudo, os instrumentos de recolhas de dados e tratamento dos dados. No quarto
ponto apresentam‑se a caraterização da oferta e da procura turística das ilhas, bem como o resultado
da Análise da Quota de Mercado para os destinos e as principais origens. Por último, apresentam‑se
as principais conclusões, e ainda sugerem‑se algumas linhas de investigação futuras.
2. Enquadramento teórico
O destino turístico pode ser associado a um determinado espaço geográfico ‑ cidade, região ou país,
com características climáticas, culturais, históricas e sociais que aglutinam e orientam as unidades de
gestão que o constituem e se traduzem numa plataforma de serviços integrada, ou seja, os recursos, as
atrações e as empresas dos diversos sectores, prestam serviços de forma complementar e dirigidos à
satisfação dos turistas que de acordo com as suas preferências, experimentam o que o destino tem para
oferecer; possui capacidade para identificar e selecionar as atrações e características pelas quais se quer
promover e que o tornam objetivo de visita e elemento central da experiência turística; tem capacidade
de desenvolver instrumentos de planificação, administração e comercialização (Barbeitos, 2011).
Pode ser ainda entendido como um aglomerado de lugares que produz experiências para as diferentes
tipologias de turistas (Marujo & Cravidão, 2012).
Buhalis (2000) refere que os destinos turísticos constituem uma experiência integrada para o
consumidor e que são amálgamas de produtos e de ofertas. Para este autor, os destinos são compostos
pelo que ele denomina de seis A’s:
––Atrações (Atractions): Naturais, construídas pelo Homem, artificiais, construídas para um propósito
específico, culturais, para eventos especiais;
––Acessibilidades (Acessibility): Sistema de transportes globais, incluindo estradas, terminais e veículos;
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Milene Monteiro, Paula Odete Fernandes 877
Ainda Buhalis (2000) refere que se pode examinar o conceito de destino turístico segundo duas
perspetivas. Por um lado, os destinos turísticos podem ser áreas geograficamente definidas, entendidas
pelos seus visitantes como uma entidade única, com um quadro legal e político de gestão do marketing
e do planeamento turístico. Por outro lado, os destinos turísticos podem constituir conceitos perpetuais,
que são interpretados de forma subjetiva pelos turistas em função do seu itinerário de viagem, da
experiência cultural, dos motivos da visita, nível educacional e experiências pessoais.
A competitividade dos destinos turísticos é determinada pela capacidade de criar, produzir, distribuir
e /ou fornecer produtos em mercados para a obtenção de retornos crescentes internacionais sobre os
seus recursos, sendo considerado um conceito dinâmico (Scott & Lodge, 1985).
Para Benz e Furst (2002), a competitividade das regiões pode ser determinada pela sua habilidade
de organizar “processos de aprendizagem endógenos”, bem como criar as estruturas favoráveis à
transferência para a aprendizagem da política.
Competitividade de um destino turístico parece estar relacionada com a capacidade de um destino
fornecer bens e serviços melhor do que outros destinos (Dwyer & Kim, 2003). Estes autores afirmam
que a competitividade de um destino turístico é um conceito geral que engloba os diferenciais de preços,
juntamente com movimentos de taxa de câmbio, os níveis de produtividade de vários componentes da
indústria turística e fatores qualitativos afetando ou não a atratividade de um destino turístico.
O modelo de Dwyer e Kim (2003) também considera a teoria da competitividade nacional, bem como
os principais elementos da competitividade de destino turístico, tal como proposto pelos investigadores
do turismo e muitas das variáveis identificadas por Ritchie e Crouch (1999, 2000). O modelo pretende
possibilitar comparações entre países e entre setores do turismo, oferecendo fusão dos principais
elementos destacados na literatura geral sobre competitividade com as características peculiares dos
destinos turísticos. Esse modelo reconhece a competitividade como objetivo intermediário para o alcance
do fim maior, que consiste na prosperidade regional e nacional. Associado ao modelo, há um conjunto
de indicadores que os autores supõem ser adequado para medir a competitividade de qualquer destino
turístico. O modelo apresenta diferentes elementos interligados e responsáveis por alguma dimensão
da competitividade do destino (Costa & Hoffmann, 2006).
Os indicadores de competitividade do destino incluem tanto atributos subjetivos (o ‘encanto’ do
destino ou a ‘beleza cénica’) como atributos determinados objetivamente (quota de mercado turístico,
receitas do turismo, etc.), enquanto os indicadores de prosperidade socioeconómica fazem referência a
variáveis macroeconómicas como os níveis de produtividade da economia, níveis de emprego, taxa de
crescimento económico, etc.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
878 Competitividade de destinos turísticos: o caso das ilhas de Cabo Verde
O país tem um clima do tipo quente, subtropical seco, com uma temperatura média anual de 25º,
características que conferem às ilhas ‑ juntamente com a sua localização e a origem vulcânica. Estas
condições naturais específicas, a par de uma cultura marcante e diversificada e de uma história rica,
constituem um dos mais importantes atrativos do país no que diz respeito à sua competitividade como
destino turístico, não obstante a sua fragilidade em termos de equilíbrio ambiental, que requer uma
abordagem cuidadosa no quadro do desenvolvimento da atividade turística.
O turismo é o principal setor da economia de Cabo Verde, segundo o World Travel and Tourism
Council (WTTC) terá tido um contributo direto de 15.3% para o PIB em 2012 (contributo total 44.1%)
(WTTC, 2014). Este setor tem sabido captar novos segmentos de procura ligados ao turismo de cruzeiro
e á náutica de recreio. De acordo com a OMT (2013), Cabo Verde é o 10.º país à escala global em termos
da importância relativa do setor do turismo para a sua economia, sendo o 12.º no que concerne às
expetativas de crescimento para o setor. Este cenário traduz‑se na evolução crescente da capacidade de
alojamento no arquipélago e maior qualidade das infraestruturas e recursos humanos disponibilizados.
3. Metodologia de investigação
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Milene Monteiro, Paula Odete Fernandes 879
[1]
onde,
Bik , índice de desvio da quota de mercado para o destino i no ano k;
X ijk
, número de visitantes para o destino i do mercado emissor j, no ano k;
n , número de mercados, tanto de emissores como de destinos.
um índice de variação da quota de mercado [C], obtido pela seguinte expressão:
[2]
onde,
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880 Competitividade de destinos turísticos: o caso das ilhas de Cabo Verde
Relativamente à primeira dimensão [B], é um indicador estático, que na ótica de análise do destino,
reflete a comparação da quota de mercado do destino i do mercado emissor j com a quota de mercado
média do destino i no conjunto de mercados emissores em estudo num determinado momento (Águas,
Grade & Sousa, 2003; Fernandes, 2005; Fernandes, Teixeira, Ferreira & Azevedo, 2008).
Por outro lado, no que diz respeito à segunda dimensão [C], é um indicador dinâmico que na ótica
de análise do destino relaciona, num determinado intervalo de referência, a taxa de crescimento dos
fluxos turísticos a partir do mercado emissor j para o destino i com a taxa de crescimento dos fluxos
turísticos a partir do mercado emissor j para o conjunto dos destinos concorrentes em estudo, num
determinado período de análise (Águas, Grade & Sousa, 2003; Fernandes, 2005; Fernandes, Teixeira,
Ferreira & Azevedo, 2008).
Desta forma, de acordo com os valores obtidos para cada um dos índices, os mesmos podem ser
representados graficamente num sistema de eixos ortogonal, onde [C] representa‑se no eixo horizontal
e [B] no eixo vertical, permitindo a determinação de quatro quadrantes (Figura 2).
DQ>0
DQ>0
VQ<0 2º Q 1º Q VQ>0
Q: Sucesso
Q: Incerteza
"!
Desvio da Quota
3º Q 4º Q
$!
DQ<0 #! DQ<0
VQ<0 VQ>0
Q: Insucesso Q: Entrada
Variação da Quota
Pode ainda ser estabelecida uma correspondência com o modelo do ciclo de vida do produto, apre-
sentando as seguintes particularidades (Águas, Grade & Sousa, 2003; Fernandes, 2005; Fernandes,
Teixeira, Ferreira & Azevedo, 2008):
1.º Quadrante: DQ > 0 e VQ > 0 ‑ Origens em que o destino já possui uma quota de mercado acima
da média e em que se encontra a ganhar quota de mercado (Q: Sucesso).
2.º Quadrante: DQ > 0 e VQ < 0 ‑ Origens em que o destino dispõe uma quota de mercado acima da
média mas em que se encontra a perder quota de mercado (Q: Incerteza).
3.º Quadrante: DQ < 0 e VQ < 0 ‑ Origens em que o destino apresenta uma quota de mercado abaixo
da média e em que se encontra a perder quota de mercado (Q: Insucesso).
4.º Quadrante: DQ < 0 e VQ > 0 ‑ Origens em que o destino detém uma quota de mercado abaixo da
média mas em que se encontra a ganhar quota de mercado (Q: Entrada).
De referir que a AQM para um conjunto de destinos turísticos apresenta algumas caraterísticas que
merecem ser conhecidas (Águas, Grade & Sousa, 2003):
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Milene Monteiro, Paula Odete Fernandes 881
––Os valores das variações de quota são independentes, pelo que poderão ser todos do mesmo sinal
ou de sinais opostos. Quanto maior o número de origens com variação de quota positiva mais
favorável a posição global de crescimento do destino, a qual também é influenciada pela dimensão
dos mercados emissores.
––Excluindo a situação limite em que um destino regista quotas de mercado idênticas em todas as
origens e, por consequência, todos os DQi nulos, por definição, os desvios de quota nunca poderão
ser todos do mesmo sinal.
––Não há uma relação determinística entre variação de quota e desvio de quota. Tendencialmente,
variações de quota positivas conduzirão a aumentos do desvio de quota, e vice‑versa, embora tal
não ocorra em todos os casos. Basta ter presente que todas as variações de quota podem ser do
mesmo sinal não podendo acontecer o mesmo com as variações de desvios de quota.
––A impossibilidade de presença de todas as origens no mesmo quadrante pressupõe que a fase do
ciclo de vida do destino não pode ser idêntico, em simultâneo, em todas as origens, o que se revela
plausível.
Quando se pretende realizar uma Análise da Quota de mercado torna‑se necessário decidir sobre as
seguintes situações (Águas, Grade & Sousa, 2003; Fernandes, 2005):
––Qual a variável do desempenho (ex.: dormidas, hóspedes, turistas, receitas);
––Qual o conjunto de origens que se pretende analisar;
––Qual o conjunto de destinos que se pretende avaliar;
––Escolher o horizonte temporal (dois momentos distintos).
Uma vez obtidos todos os valores de Variação da Quota e de Desvio da Quota para todos os destinos,
pode‑se também realizar uma análise por origem, a qual é mais indicada e estudar a posição de um
determinado destino em relação aos seus concorrentes.
Para avaliar o grau de concentração das dormidas das principais origens vai recorrer‑se ao Índice
de Gini. Hoffmann (1998) afirma que o Índice de Gini é uma medida de desigualdade desenvolvida pelo
estatístico italiano Corrado Gini e publicada no documento “Variabilità e Mutabilità” em 1912. Este índice
é utilizado para calcular a desigualdade de distribuição de renda, mas pode ser usada também para
qualquer distribuição, como a concentração de dormidas. O Índice de Gini varia entre 0 e 1, sendo que
quanto mais próximo do zero menor é a desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição
de renda. Quanto mais próximo do um, maior a concentração de rendimento num país. O mesmo autor
refere que no caso das concentrações das dormidas, o valor 0 verifica‑se quando o número de dormidas
é igual para todas as origens e o valor 1 quando só se registam dormidas a partir de uma das origens.
Ou seja, quanto maior o valor do Índice de Gini maior a concentração das dormidas.
O grau de concentração das dormidas avaliado pelo índice de Gini, pode ser dada pela seguinte
equação (Águas, Grade & Sousa, 2003):
[3]
onde,
cum Fi = frequências acumuladas para cada origem ou destino, por crescente em relação ao atributo
(dormidas);
cum Yi = frequências acumuladas das dormidas da origem ou no destino ;
pi = cum Fi em relação ao total de origens ou destinos;
qi = cum Yi em relação ao total de dormidas da origem ou no destino;
n = número origens ou destinos em análise.
Ainda, através da análise da dissemelhança entre os destinos turísticos nas principais origens,
procura‑se avaliar a existência ou não da conflitualidade regional. Para tal, e para cada par de destinos
turísticos, entrou‑se em linha de conta com a contagem do número de vezes que os pares de destinos
turísticos não se repetem no mesmo quadrante. Esta técnica foi apresentada por Águas, Grade e Susa
(2003).
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
882 Competitividade de destinos turísticos: o caso das ilhas de Cabo Verde
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Milene Monteiro, Paula Odete Fernandes 883
O número de dormidas em Cabo Verde teve uma evolução positiva de 2005 para 2011, sendo que em
2006, foi o ano em que o número de dormidas registou uma variação anual positiva mais elevada, de
46%, seguindo‑se o ano de 2011 que foi de 21%.
Atendendo aos principais mercados emissores, pode dizer‑se que:
––Em 2005, o principal mercado emissor foi a Itália seguido de Portugal;
––No ano de 2011 registou‑se o Reino Unido como principal mercado emissor.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
884 Competitividade de destinos turísticos: o caso das ilhas de Cabo Verde
––Em 2010, houve um aumento ligeiro nas ilhas de São Vicente, Sal, Maio, Fogo e um aumento
significativo nas ilhas de Boavista e Brava. Nas restantes ilhas verificou‑se um ligeiro decréscimo;
––Em 2011, registou‑se um aumento significativo na ilha de Santo Antão e São Nicolau e um
aumento ligeiro nas ilhas de São Vicente, Sal, Boavista e Santiago. Nas restantes ilhas
registou‑se um pequeno decréscimo. Neste mesmo período a ilha de Boavista passou a ser o
destino de preferência.
O número de hóspedes apresenta um aumento significativo ao longo dos últimos 6 anos, em Cabo
Verde. Este aumento pode dever‑se aos fatores existentes referidos na análise anterior, aquando
da análise das dormidas. De referir que em 2011 cerca de 2.827.562 dormidas foram realizadas por
475.294 hóspedes. De 2005 a 2010 registou‑se o maior número de hóspedes na ilha do Sal, sendo que
em 2009 a ilha da Boavista passou a registar um número elevado de hóspedes registados. A ilha de
Santiago manteve‑se ao longo dos anos em estudo terceira ilha com o maior número de hóspedes.
A taxa de ocupação cama líquida aumentou ao longo dos 6 anos em análise. Em 2005 a taxa de
ocupação registou‑se uma variação média anual de 40% e em 2011 aumentou para 58%. No sentido de
fazer uma análise comparativa por ilha, da taxa de ocupação‑cama líquida pode dizer‑se que as ilhas
com maior taxa de ocupação, ao longo dos anos em estudo, foram a ilha do Sal, Boavista e a ilha de
Santiago. A ilha do Sal foi a ilha que registou uma maior taxa de ocupação no ano de 2005 a 2008. Em
2009 a ilha de Boavista passou a ser a ilha com maior taxa de ocupação.
A permanência média dos hóspedes em Cabo Verde aumentou ao longo dos anos em estudo. Entre
2005 e 2011 pode verificar‑se que os hóspedes permanecem entre 2 e 9 noites, no destino turístico Cabo
Verde. Constatou‑se que:
––em 2005, os hóspedes permaneciam mais dias nas ilhas de Santo Antão, Sal e Boavista, ou seja,
os turista permaneciam cerca de 7 dias na ilha de Santo Antão, 4 dias na ilha do Sal e 5 dias na
ilha da Boavista;
––em 2006, os hóspedes permaneciam mais dias na ilha da Boavista, cerca de 8 dias, seguindo‑se a
ilha do Sal onde permaneciam 6 dias;
––em 2007, as ilhas do Sal e Boavista, foram as ilhas em que os turistas permaneceram por mais
tempo, cerca de 6 dias na ilha do Sal e 5 dias na ilha da Boavista. Este cenário manteve‑se até
2011, ou seja, os turistas permanecem mais nestas duas ilhas.
Entre 2005 e 2010 a ilha que registou um índice de preferência mais elevado foi a ilha do Sal. A
partir do ano de 2011 a ilha de Boavista passou a ser o destino turístico de maior preferência. Essa
preferência pode dever‑se a vários fatores, tais como:
––Criação de mais infraestruturas, como a criação do aeroporto Internacional em 2007;
––Mais oferta turística, em termos de alojamento;
––Recursos turísticos naturais como o mar, as praias e as paisagens.
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Milene Monteiro, Paula Odete Fernandes 885
Tabela 1: Distribuição percentual das dormidas e Índice de Gini das dormidas, ano 2011
Tendo por base os valores para o Índice de Gini, apresentados nas Tabelas 1 e 2, para os anos de
2005 e 2011, pode concluir‑se o seguinte:
––Em termos nacionais, observa‑se a uma diminuição de 0,14% da concentração de dormidas;
––O valor do índice de Gini a passar de 0,72 para 0,58, apenas São Nicolau, Sal e Boavista registam
uma redução da concentração;
––Em 2005, a Itália é o mercado emissor que apresenta um maior grau de concentração da distribuição
inter‑ilhas das dormidas, com um índice de Gini de 0,97;
––No extremo oposto, a Áustria é o mercado emissor que apresenta o menor grau de concentração
da distribuição inter‑ilhas das dormidas em 2005, com um índice de 0,63;
––Em 2011, a África do Sul é o mercado emissor que apresenta um maior grau de concentração da
distribuição inter‑ilhas das dormidas, com um índice de 0,95;
Tabela 2: Distribuição percentual das dormidas e Índice de Gini das dormidas, ano 2005
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886 Competitividade de destinos turísticos: o caso das ilhas de Cabo Verde
As tabelas que seguem apresentam os resultados obtidos para o Desvio da Quota e para a Variação
de Quota.
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Milene Monteiro, Paula Odete Fernandes 887
Com base nos resultados obtidos e apresentados nas tabelas anteriores, as figuras que se seguem
permitem ajudar a compreender a competitividade entre ilhas ‑ destinos turísticos ‑, por mercado emissor.
Para uma melhor interpretação da informação que se encontre nas figuras que se seguem utilizaram‑se
as seguintes siglas: A ‑ Alemanha; B+H ‑ Bélgica e Holanda; E ‑ Espanha; F ‑ França; I ‑ Itália; R
‑ Reino Unido.
Relembrar que o tamanho dos círculos representam a quota de mercado, onde se apresenta junto do
mesmo o mercado emissor e a respetiva quota de mercado.
Da análise da figura seguinte, e para o Destino Turístico ‑ Ilha de Santo Antão, pode observar‑se:
––a elevada dependência do mercado emissor França. Na maioria dos mercados emissores verifica‑se
perda da quota de mercado;
––os mercados emissores que mais têm contribuído com as suas dormidas, no destino turístico em
análise são, a França, Portugal, Espanha, apresentando variações médias anuais positivas de
31,4%, 23,8%, 12,6%, respetivamente. Por outro lado, o emissor Reino Unido foi o único mercado
emissor que registou variações médias anuais negativas de 6,5%;
––em relação aos mercados emissores, a França pode ser considerada como um mercado em Declínio
visto que encontra‑se a perder quota de mercado e posiciona‑se no quadrante de Insucesso;
––a Alemanha pode ser considerada como um mercado em Declínio na medida que se encontra a
perder quota de mercado e posiciona‑se no quadrante de Insucesso;
––a Espanha por sua vez é considerada como um mercado em Maturidade visto que, encontra‑se a
perder quota de mercado e posiciona‑se no quadrante de Incerteza;
––a Bélgica e a Holanda podem ser consideradas como um mercado em Declínio, pois, encontram‑se
a perder esta mesma quota e posiciona‑se no quadrante de Insucesso;
––o Reino Unido pode ser visto como um mercado em Declínio na medida que se encontra a perder
quota de mercado e posiciona‑se no quadrante de Insucesso;
––Portugal é um mercado emissor que pode ser considerado como um mercado Emergente, pois,
encontra‑se a ganhar quota de mercado e posiciona‑se no quadrante Entrada;
––a Itália é também um mercado Emergente, visto que encontra‑se a ganhar quota de mercado e
posiciona‑se no quadrante Entrada.
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888 Competitividade de destinos turísticos: o caso das ilhas de Cabo Verde
Analisando o Destino Turístico ‑ Ilha de São Vicente (Figura 6), pode dizer‑se que:
––Não denota dependências excessivas, verifica‑se um desvio da quota de mercado positivo nos
mercados emissores geograficamente mais próximos;
––Os mercados emissores que mais tem contribuído com as suas dormidas, no destino turístico
em análise são Reino Unido, Espanha, França, Alemanha e Bélgica + Holanda, apresentando
variações médias anuais positivas de 10%, 9,7%, 8,4%, 2,6% e 0,7% respetivamente. Por outro
lado, os mercados emissores Itália e Portugal registaram variações médias anuais negativas de
7,9% e 4,6%, respetivamente;
––Analisando os mercados emissores pode dizer‑se que a Espanha é um mercado em Maturidade,
embora esteja a perder quota de mercado, porém posiciona‑se no quadrante de Incerteza;
––Portugal e a França podem ser considerado mercados em Maturidade, já que se encontram a perder
quota de mercado e posicionam‑se no quadrante Incerteza;
––A Bélgica e a Holanda são mercados em Declínio, pois, ambos estão a perder quota de mercado e
posicionam‑se no quadrante de Insucesso;
––O Reino Unido, a Itália e a Alemanha são mercados também mercados em Declínio com uma quota
de mercado de 4,7%, 6,7% e 12,7%, respetivamente.
Do Destino Turístico ‑ Ilha de São Nicolau (Figura 7), pode afirmar‑se que:
––Não denota dependência excessiva, verifica‑se situações de perda da quota de mercado e número
elevado de mercados emissores no quadrante da incerteza;
––Os mercados emissores que mais tem contribuído com as suas dormidas, no destino turístico em
análise são a Itália, o Reino Unido, a Bélgica e Holanda, apresentando variações médias anuais
positivas de 9,4%, 8,7%, e 4,2%, respetivamente. Por outro lado, os mercados emissores França e
Alemanha registaram variações médias anuais negativas de 11,6% e 3,9%, respetivamente;
––Analisando os mercados emissores pode dizer‑se que a Bélgica e a Holanda são mercados em
Maturidade, pois, ambos perdem quota de mercado e posicionam‑se no Quadrante de Incerteza;
––A França e a Espanha podem ser consideradas também como mercados em Maturidade;
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Milene Monteiro, Paula Odete Fernandes 889
––O Reino Unido, Portugal e a Alemanha são mercados em Declínio, pois, encontram‑se a perder
quota de mercado e posicionam‑se no quadrante de Insucesso;
––A Itália é um mercado Emergente na medida que, está a ganhar quota de mercado e posiciona‑se
no quadrante de Entrada.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
890 Competitividade de destinos turísticos: o caso das ilhas de Cabo Verde
Para o Destino Turístico ‑ Ilha do Sal (Figura 8), pode dizer‑se que:
––Não denota dependência excessiva, verificam‑se situações de perda da quota de mercado e número
elevado de mercados emissores no quadrante de Incerteza;
––Os mercados emissores que mais tem contribuído com as suas dormidas, no destino turístico
em análise são Reino Unido, França, Bélgica e Holanda e Alemanha apresentando variações
médias anuais positivas de 113,7%, 28,7%, 26,1% e 15,1%, respetivamente. Por outro lado, os
mercados emissores Itália e Portugal registaram variações médias anuais negativas de 5,8% e
5,3%, respetivamente;
––Analisando os mercados emissores pode‑se considerar a Itália, a Espanha e Alemanha como
mercados em Maturidade, pois, estas encontram‑se a perder quota de mercado e posicionam‑se
no quadrante de Incerteza;
––Portugal, a França, o Reino Unido, a Bélgica e a Holanda são mercados em declínio, encontram‑se
a perder quota de mercado e posicionam‑se no quadrante de Insucesso.
Tendo por base a Figura 9, Destino Turístico ‑ ilha da Boavista, pode dizer‑se que:
––Não denota dependência excessiva, verifica‑se situações de ganho da quota de mercado;
––Todos os mercados emissores têm contribuído com as suas dormidas, no destino turístico em análise,
apresentando elevadas taxas de variações médias anuais positivas;
––Quanto aos mercados emissores, verifica‑se mercados em Crescimento como, o Reino Unido,
Alemanha, Bélgica e a Holanda, pois, encontram‑se a ganhar quota de mercado e posicionam‑se
no quadrante Sucesso;
––A Itália, França, Portugal e a Espanha são mercados Emergentes, pois, os mesmos estão a ganhar
quota de mercado e posicionam‑se no quadrante Entrada.
Analisando o Destino Turístico ‑ Ilha do Maio (Figura 10), pode dizer‑se que:
––Não denota dependência excessiva, desvio de quota positivo nos mercados emissores geograficamente
mais próximos e número elevado de origem no quadrante de incerteza;
––Os mercados emissores que mais tem contribuído com as suas dormidas, no destino turístico em
análise são Bélgica e Holanda, Espanha e França apresentando variações médias anuais positivas
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Milene Monteiro, Paula Odete Fernandes 891
de 6,9%, 6,6% e 4,5%, respetivamente. Por outro lado, os mercados emissores Reino Unido, Itália,
Alemanha e Portugal registaram variações médias anuais negativas de 13,3%, 9,4%, 8,3% e 3%,
respetivamente;
––Em relação aos mercados emissores, verifica‑se mercados em Maturidade tais como, a Espanha,
França, Portugal, Bélgica e Holanda, visto que encontram‑se a perder quota de mercado e
posicionam‑se no quadrante Incerteza;
––A Itália, Alemanha e o Reino Unido são mercados em Declínio, estão a perder quota de mercado
e posicionam‑se no quadrante de Insucesso.
Para o Destino Turístico ‑ Ilha de Santiago (Figura 11), pode afirmar‑se que:
––Verifica‑se elevada dependência do mercado emissor Portugal, desvio quota positivo nos mercados
emissores geograficamente mais próximos e número elevado de mercados emissores no quadrante
de Insucesso. Só não perde quota em dois mercados emissores, mas em termos globais perde quota
de mercado;
––Os mercados emissores que mais tem contribuído com as suas dormidas, no destino turístico em
análise são a Itália, a Espanha, Portugal e França apresentando variações médias anuais positivas
de 12,1%, 8,3%, 7,5% e 6%, respetivamente. Por outro lado, os mercados emissores Bélgica+Holanda
e Alemanha registaram variações médias anuais negativas de 9,9% e 8,3%, respetivamente;
––Em relação aos mercados emissores, verifica‑se Portugal como um mercado em Crescimento, está
a ganhar quota de mercado e posiciona‑se no quadrante Sucesso;
––A França e a Espanha são mercados em Maturidade, ambos encontram‑se a perder quota de
mercado e posicionam‑se no quadrante de Incerteza;
––O Reino Unido, a Alemanha, Bélgica e Holanda são mercados em Declínio, pois, estão a perder
quota de mercado e posicionam‑se no quadrante de Insucesso;
––A Itália é um mercado Emergente, na medida que, está a ganhar quota de mercado e posiciona‑se
no quadrante Entrada.
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892 Competitividade de destinos turísticos: o caso das ilhas de Cabo Verde
Analisando o Destino Turístico ‑ Ilha do Fogo (Figura 12), pode dizer‑se que:
Verifica‑se predomínio de situações de perda de quota de mercado e número elevado de mercados
emissores no quadrante de Insucesso. Só não perde quota em apenas um mercado emissor;
Os mercados emissores que mais tem contribuído com as suas dormidas, no destino turístico em
análise são o Reino Unido, a França, Alemanha e Itália apresentando variações médias anuais positivas
de 27,1%, 25,7%, 25% e 12,1%, respetivamente. Por outro lado, os mercados emissores Espanha e
Portugal registaram variações médias anuais negativas de 7,2% e 1,1%, respetivamente;
Analisando os mercados emissores verificam‑se mercados na fase de Maturidade, tais como, a França e
Alemanha, pois, ambos encontram‑se a perder quota de mercado e posicionam‑se no quadrante de Incerteza;
Para além destes mercados, pode encontrar‑se mercados em Declínio, tais como, a Espanha, o
Reino Unido, Portugal, Bélgica e Holanda. Estes mercados encontram‑se a perder quotas de mercado
e posicionam‑se no quadrante Insucesso;
A Itália é um mercado Emergente, está a ganhar quota de mercado e posiciona‑se no quadrante Entrada.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Milene Monteiro, Paula Odete Fernandes 893
Para a Análise da Quota de Mercado para o destino turístico Brava só foram analisados 4 mercados
emissores, visto que os outros 3 mercados emissores (Espanha, Itália e Reino Unido) não se registaram
valores para este destino turístico. Assim, observa‑se na figura seguinte:
Verifica‑se predomínio de situações de perda de quota de mercado e número elevado de origem no
quadrante de Insucesso. Só não perde quota em um mercado emissor;
Os mercados emissores que mais tem contribuído com as suas dormidas, no destino turístico em análise
são Portugal e França, apresentando variações médias anuais positivas de 6%, e 4,9%, respetivamente.
Por outro lado, os mercados emissores Bélgica+Holanda e Alemanha registaram variações médias anuais
negativas de 16,2% e 10,6%, respetivamente;
Em relação aos mercados emissores verificam‑se mercados em Maturidade, tais como, a França,
Alemanha, Bélgica e Holanda. Estes mercados encontram‑se a perder quota de mercado e posicionam‑se
no quadrante de Incerteza;
Portugal é um mercado em Declínio, está a perder quota de mercado e posiciona‑se no quadrante
de Insucesso.
Após a análise realizada anteriormente importa completar o estudo para observar para cada par de
destinos turísticos o número de vezes em que se encontram distintos nos quatro principais mercados
emissores. Em termos globais, a Ilha da Boavista é a região mais singular, seguindo‑se a Ilha do Sal e a
Ilha de Santo Antão. A Ilha da Boavista nunca se encontra no mesmo quadrante dos destinos turísticos,
São Vicente, São Nicolau, Sal, Fogo e Brava. Os pares São Nicolau e Brava são os destinos turísticos
mais semelhantes entre si, encontram‑se sempre no mesmo quadrante, bem como os pares Santo Antão
e Boavista e o par Sal e Fogo.
Dos resultados obtidos para Análise da Quota de Mercados pode afirmar‑se o seguinte:
––Destinos turísticos com posições competitivas fracas: São Nicolau, Maio e Brava;
––Destinos turísticos com posições competitivas médias: Santo Antão, São Vicente, Sal, Santiago
e Fogo;
––Destino turístico com posição competitiva forte: Boavista.
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894 Competitividade de destinos turísticos: o caso das ilhas de Cabo Verde
As ilhas de Cabo Verde são diversificadas, quer em termos físicos como socioeconómicos, uma vez que
coloca a disposição dos turistas uma grande variedade em termos de oferta. O potencial turísticos das ilhas
permite desenvolver diferentes tipos de turismo, desde o turismo de sol e praia (mergulho, Windsurf e pesca
no alto mar); turismo de natureza (caminhadas, escaladas, passeios a cavalo, de bicicleta, entre outros);
passando pelo turismo de circuitos (itinerários interessantes e pitorescos em quase todas as ilhas) ao turismo
cultural que consiste no contacto direto com a cultura das ilhas, isto é, conhecer os hábitos e costumes, através
das festas tradicionais, do Carnaval, da música, da gastronomia, da literatura, do artesanato, entre outros.
Pode concluir‑se que em Cabo Verde o turismo é encarado como um meio de desenvolvimento do país,
como tal tem‑se vindo a assistir a esforços realizados no sentindo de criar e melhorar as infraestruturas
turísticas de modo a estimular o setor turístico. De salientar que as melhorias não se tratam apenas ao
nível de alojamento, mas toda a envolvente que poderá vir a influenciar a atividade do setor turístico,
no sentido de promover as ilhas junto do público‑alvo.
Assim, pode concluir‑se em relação à caracterização de alguns indicadores da quota de mercado,
oferta e procura do setor turístico que:
––Durante os anos em estudo verificou‑se aumentos médios mais significativos no número de quartos,
camas e capacidade de alojamento na ilha da Boavista;
––Número de dormidas e de hóspedes registaram‑se aumentos ao longo dos anos em estudo, os quais
poderão ser consequência do aumento de ofertas turísticas, campanhas promocionais entre outros;
––Os destinos turísticos Sal e Boavista foram os que registam maior número de dormidas;
––A taxa de ocupação aumentou ao longo dos anos em estudo;
––Os turistas permanecem em média entre 2 e 9 dias nos destinos turísticos, sendo que nos destinos
Sal e Boavista foram os que registaram valores mais elevados para o indicador Permanência Média;
––As ilhas do Sal e da Boavista são os destinos turísticos mais preferidos pelos turistas.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Milene Monteiro, Paula Odete Fernandes 895
Como principal limitação do estudo refere‑se à carência de informação existente sobre o Turismo
referente a algumas ilhas do arquipélago, nomeadamente as ilhas de São Nicolau e Maio.
Desta forma e tendo por base a investigação realizada, sugere‑se as seguintes medidas de intervenção
para os destinos com posições competitivas fracas, a serem implementadas pelas respetivas entidades
governamentais locais ou regionais:
––Promover e reforçar a produtividade e a competitividade das empresas do setor do turismo;
––Criar infraestruturas, equipamentos e serviços com impacto direto no desenvolvimento turístico e
na qualidade da oferta, quer os que visam a requalificação e a sustentabilidade da oferta instalada,
quer os que permitem potenciar oportunidades de valorização/diferenciação do produto turístico,
incrementar o contributo da atividade turística para o desenvolvimento local e apoiar as atividades
de animação turística;
––Dinamizar e enriquecer o calendário de animação turística e cultura, nomeadamente através do
desenvolvimento de atividades de animação com conteúdos inovadores e com uma duração mais
alargada;
––Promover o destino turístico, no quadro de uma estratégia de diversificação de produtos e de
mercados e de projeção da sua imagem de qualidade a nível nacional e internacional.
Como principais linhas de investigação futuras, tendo por base a investigação realizada e pelas
conclusões extraídas, sugere‑se a construção de séries de desvio da quota e da variação da quota com
base na definição de vários períodos de referência, de modo a realizar análises mais dinâmicas sobre a
competitividade dos destinos turísticos.
Bibliografia
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
896 Competitividade de destinos turísticos: o caso das ilhas de Cabo Verde
Recibido: 03/11/2014
Reenviado: 26/01/2015
Aceptado: 02/03/2015
Sometido a evaluación por pares anónimos
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 897-912. 2015
www.pasosonline.org
Resumo: O Turismo tem‑se destacado como um setor com enorme potencial à escala nacional e mundial, tendo
um papel proeminente como instrumento de competitividade e impulsionador de desenvolvimento regional.
Muitos são os estudos sobre esta temática, no entanto ainda são deficitários aqueles que são centrados na
validação empírica de modelos de competitividade de um destino turístico. A presente investigação propõe
‑se contribuir para o preenchimento deste gap, cujo objetivo baseia‑se na avaliação da competitividade da
área regional de turismo do Algarve, mediante a identificação dos fatores de competitividade de turismo
nesta região. A metodologia adotada na investigação exigiu a aplicação de dados primários, onde foi usado
um questionário aplicado às empresas com as atividades características da conta satélite da Organização
Mundial do Turismo. Com recurso a modelos de equações estruturais, os resultados demonstram a existência
de várias relações significativas entre os recursos, a oferta e a gestão do destino turístico, como fatores
essenciais para a competitividade da área regional em estudo.
Palavras-chave: Turismo, Competitividade, SEM, Algarve, Portugal.
1. Introdução
A competitividade tem sido tema de estudo em vários setores desde o início de 1990, no entanto
só recentemente alguns investigadores começaram a estudar a competitividade do turismo, tanto
conceitualmente quanto empiricamente, com um foco particular nos destinos turísticos (Tsai et al.,
2009). Tornar, manter, proteger ou fortalecer os destinos turísticos e as suas posições num mercado, que
cada vez está mais competitivo e global, tornou‑se num desafio de grande relevância na indústria do
turismo (Crouch, 2007). Para Enright e Newton (2004) o sucesso dos destinos turísticos nos mercados
mundiais é influenciado pela sua competitividade relativa. A competitividade é cada vez mais importante
*
Escola Superior de Gestão de Idanha‑a‑Nova – Instituto Politécnico de Castelo Branco, NEC – Núcleo de Estudos em
Ciências Empresariais; E‑mail: [email protected]
**
Escola Superior de Gestão de Idanha‑a‑Nova – Instituto Politécnico de Castelo Branco, NECE – Núcleo de Estudos em
Ciências Empresariais; E‑mail: [email protected]
para os países, que pretendem controlar uma grande parte do crescente mercado do turismo e isso é
particularmente relevante para os que dependem fortemente da situação do sector do turismo e da
indústria de viagens (Echtner e Ritchie, 2003; Navickas e Malakauskaite, 2009).
Para Malakauskaite e Navickas (2010) no sector do turismo a competitividade ‑ assim como em
qualquer outro sector económico ‑ não pode ser separada do desenvolvimento harmonioso e sustentável
dos destinos turísticos. O desenvolvimento do turismo deve ser sustentável, não só economicamente,
mas também em termos sociopolíticos, tecnológicos, naturais, ecológicos e culturais (Crouch e Ritchie,
1999, Malakauskaite e Navickas, 2010). Para Crouch e Ritchie (1999) o desenvolvimento do potencial
turístico de qualquer país ou região depende substancialmente da sua capacidade em manter a vantagem
competitiva no fornecimento de bens e serviços aos visitantes. Dwyer e Kim (2003) são da mesma opinião
ao afirmarem que a competitividade de um destino turístico está relacionada com a habilidade que um
destino tem em proporcionar aos seus turistas bens e serviços melhor que a concorrência.
Face à recente Lei n.º 33/2013 de 16 de maio que estabelece o novo regime jurídico das áreas regio-
nais de turismo de Portugal Continental, as quais incluem toda a área abrangida por cada uma das
respetivas cinco unidades que constituem o nível II da Nomenclatura das Unidades Territoriais para
Fins Estatísticos (NUTS II) e a incipiente investigação de estudos centrados na validação empírica de
modelos de competitividade aplicados a Portugal em geral, e às suas regiões turísticas em particular,
torna‑se relevante na presente investigação estudar os fatores que contribuem para a competitividade
do destino turístico do Algarve. Assim, a presente investigação apresenta‑se estruturada da seguinte
forma: efetuaremos inicialmente um enquadramento teórico sobre a temática abordada na investigação,
de seguida apresentaremos a metodologia utilizada na investigação e por fim, apresentaremos os
resultados e as respetivas conclusões.
2. Enquadramento teórico
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
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Para compreender a competitividade dos destinos turísticos devemos considerar tanto os elementos
básicos de vantagem comparativa, bem como os elementos mais avançados que constituem as vantagens
competitivas (Omerzel, 2006). As vantagens comparativas constituem os recursos disponíveis de um
destino, as vantagens competitivas significam a capacidade que um destino tem para usar esses recursos
eficazmente a longo prazo.
O interesse pelo estudo da competitividade dos destinos turísticos tem estimulado uma série de
estudos. Muitas destas investigações tiveram como objetivo, diagnosticar a competitividade de destinos
específicos (Crouch, 2007), incluindo os Estados Unidos da América (Ahmed e Krohn 1990), Las Vegas
(Chon e Mayer, 1995), cidades europeias (Mazanec, 1995), sudeste da Ásia (Pearce, 1997), Sun/lost City
na África do Sul (Botha et al. 1999), Austrália do Sul (Faulkner, et al., 1999), um casino num resort nos
Estados Unidos (D’Hauteserre, 2000), turismo cultural em Toronto (Carmichael, 2002), estâncias do
Mediterrâneo (Papatheodorou, 2002), Austrália (Dwyer et al., 2003), Coréia do Sul e Austrália (Kim e
Dwyer 2003), Espanha e Turquia (Kozak 2003), um resort de esqui do Canadá (Hudson et al., 2004),
Ásia‑Pacífico (Enright e Newton 2005) e Zimbábue (Vengesayi, 2005), na Slovenia (Omerzel, 2006), nas
Caraibas (ECLAC, 2009), no Brasil (Crouch and Richie, 2010).
Outras investigações centraram‑se sobre aspetos particulares da competitividade dos destinos,
incluindo o posicionamento do destino (Chacko, 1998), sistemas de gestão do destino (Baker et al., 1996),
comercialização do destino (Buhalis, 2000), a competitividade dos preços (Stevens, 1992; Dwyer et al.,
2000a, 2000b, 2000c, 2001, 2002), gestão da qualidade (Go e Govers, 2000), o ambiente (Hassan 2000;
Mihalic 2000), turismo baseado na natureza (Huybers e Bennett 2003), a gestão estratégica (Jamal e
Getz, 1996; Soteriou e Roberts, 1998), e circuitos organizados (Taylor, 1995).
E ainda, investigações baseadas no desenvolvimento de modelos e teorias gerais da competitividade
dos destinos (Porter, 1990; Crouch e Ritchie, 1999; Dwyer e Kim, 2003; Heath, 2003; Vengesayi, 2003;
Ferreira e Estevão, 2009; Malakauskaite e Navickas, 2010).
Embora exista uma grande variedade de estudos associados à temática da competitividade, são
praticamente inexistentes na literatura os estudos que visem medirem a competitividade no turismo
com recursos a dados primários e secundários para a mensuração da competitividade regional dos
destinos turísticos.
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turísticos. Ou seja, também no turismo, de acordo com o modelo teórico de Porter, a concorrência
não ocorre entre países, mas sim entre os clusters e os negócios turísticos. Neste contexto, este autor
afirma ainda, que o sector público e o sector privado devem integrar‑se e cooperarem mutuamente para
conformar um entorno institucional e empresarial favorável à realização das atividades competitivas
de modo eficaz e com um elevado nível de produtividade na utilização dos recursos.
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3. Metodologia
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escala de likert de 5 pontos que pretendiam avaliar questões como os Recursos Herdados, Recursos
Criados, Fatores de Apoio e Recursos, Gestão do Destino e Condições da Procura, além de um grupo de
questões de natureza sociodemográfica através das quais se pretendia caracterizar as empresas inquiridas.
O presente estudo incidiu na área regional de turismo do Algarve definida na recente Lei n.º 33/2013
de 16 de maio, que estabelece o novo regime jurídico das áreas regionais de turismo de Portugal
Continental (Mapa 1). Em cada uma das áreas regionais de turismo foi criada uma entidade regional
de turismo (ERT), que opera como entidade gestora, adotando a natureza de pessoa coletiva de direito
público de âmbito territorial, munida de autonomia administrativa e financeira e de património próprio.
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A entidade regional de Turismo do Algarve, tal como as outras, tem a competência de valorização
turística das respetivas áreas, visando o aproveitamento sustentado dos recursos turísticos e no quadro
das orientações e diretrizes da política de turismo definida pelo Governo e nos planos plurianuais das
administrações central e local.
A unidade de análise da nossa investigação era constituída por empresas com as atividades carac-
terísticas da conta satélite da WTO et al. (2001), conforme tabela 1.
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Realizou‑se o questionário a partir de uma amostra fornecida pelo Instituto Nacional de Estatística
de 845 empresas situadas na região em estudo. Os inquiridos responderam sob a forma de entrevista,
através do contacto direto, via telefone e via correio eletrónico (email), após terem conhecimento do
objetivo do estudo e ter sido garantida a confidencialidade da informação solicitada. Da amostra
selecionada obtemos 275 respostas, sendo que as tipologias das atividades com maior frequência per-
tencem à hotelaria (65,30%), seguindo‑se os restaurantes (22,5%). As restantes respostas distribuíram
uniformemente pelas restantes atividades.
Aos dados obtidos ajustou‑se o modelo apresentado na Figura 1 proposto por Estevão et al. (2015),
recorrendo aos modelos de equações estruturais (SEM) e ajustou‑se o mesmo à Área Regional de Turismo
em estudo, recorrendo‑se para tal ao software AMOS 5.0.
Os critérios utilizados na construção do modelo final aqui apresentado basearam‑se no estabelecimento
e eliminação de relações entre variáveis que conduzissem a uma melhor qualidade do ajustamento,
desde que de acordo com os fundamentos teóricos estudados, tendo a análise das medidas de bondade
do ajustamento e dos índices de modificação assumido um papel importante nesta análise.
Recursos
Naturais
Recursos
Recursos
Herdados
Serviços de
Entretenimento
Oferta
Serviços de Apoio
e de Suporte
Orientação
Empreendedora
Gestão do e Hospitalidade
Destino
Marketing
Promocional
Fonte: Estevão et al. (2015)
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Assumiu‑se como hipótese de investigação que o modelo proposto explica o fenómeno da competitividade
turística na área regional de turismo do Algarve.
4. Resultados
Legenda:
F1 – Orientação Empreendedora e Hospitalidade
F2 – Recursos Naturais
F3 – Serviços e Entretenimento
F4 – Marketing Promocional
F5 – Recursos Herdados
F6 – Serviços de Apoio e de Suporte
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Todas as relações entre as variáveis que integram o modelo proposto resultaram estatisticamente
significativas.
Na Região do Algarve destacam‑se os Recursos Naturais (F2) como determinantes nos Recursos
(r=0,94, p<0,01), a importância análoga da Orientação Empreendedora e Hospitalidade (F1) e do
Marketing Promocional (F4) na Gestão do Destino (r=0,86, p<0,01; r=0,79, p<0,01), respetivamente) e
os Serviços e Entretenimento (F3) na Oferta (r=0,35, p<0,01). Destaca‑se ainda a forte associação entre
os Recursos e a Oferta (r=0,85, p<0,01).
Na Tabela 2 apresenta‑se a informação relativa aos índices de qualidade do ajustamento obtidos,
indicando uma qualidade do ajustamento bastante satisfatória.
Algarve
N 285
Qui‑Quadrado 22,8; gl=6
CFI 0,938
RMSEA 0,061
TLI 0,918
GFI 0,957
Fonte: Elaboração Própria
CFI ‑ Comparative Fit Index;
RMSEA ‑ Root Mean Square Error of Approximation;
TLI ‑ Tucker‑Lewis Index;
GFI ‑ Goodness‑of‑Fit Index
5. Conclusões
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Recibido: 16/11/2014
Reenviado: 27/02/2015
Aceptado: 01/04/2015
Sometido a evaluación por pares anónimos
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 913-929. 2015
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Resumen: Según diversos estudios y encuestas realizadas en los últimos años, una de las necesidades
formativas más demandas por el sector turístico son las relacionadas con las tecnologías de la información
y las comunicaciones (TIC). A esto hay que unir el impacto que las mismas han tenido en la oferta y la
demanda turística en las últimas décadas y las implicaciones que tienen en el capital humano.
En este artículo se realiza en primer lugar un breve repaso de la literatura académica sobre los estudios de
necesidades de formación. A continuación se repasa el impacto que las TIC han tenido en el turismo en los
últimos años y finalmente se presentan los principales resultados del proyecto TURISTIC‑E, que determinó
las necesidades formativas en materia tecnológica en el sector turístico andaluz.
Palabras Clave: necesidades formativas, turismo, TICs, impacto, oferta y demanda.
1. Introducción y justificación
El consumo turístico es una fuente generadora de empelo de primera magnitud y así lo constatan
diversas fuentes estadísticas. A nivel internacional la World Travel and Tourism Council (WTTC) señala
que la contribución total del turismo al empleo mundial representó en 2013 un 8,9%. A nivel español,
según datos de la Encuesta de Población Activa de 2012 del Instituto Nacional de Estadística, el número
de ocupados en la industria turística representó el 11,8% del total de ocupados.
La formación y la educación del capital humano son aspectos fundamentales según han apuntado a
lo largo de los años diversos autores como Becker (1964), Mincer (1974) y Mankiw et al (1992), ya que
el nivel de formación de la fuerza laboral ejerce una influencia positiva sobre la creación de riqueza y el
nivel de bienestar. Una fuerza de trabajo bien educada y formada es esencial para el mantenimiento de la
ventaja competitiva de una empresa en una economía global (Huang, 2001). El sector turístico, intensivo
en mano de obra debido a la propia naturaleza del servicio turístico, no es una excepción y como señala
Lillo et al (2007), la educación y el capital humano turístico son factores clave en la obtención de ventajas
competitivas sostenibles y en la adaptación a los nuevos paradigmas del escenario turístico, entre los que se
*
Doctorando del programa de Doctorado de Dirección y Planificación del turismo. Facultad de Turismo Universidad de
Málaga; E‑mail: [email protected]
**
Departamento Lenguajes y Ciencias de la Computación, Facultad de Turismo (Universidad de Málaga); E‑mail: guevara@
uma.es [email protected].
encuentran la aparición y aplicación de las tecnologías de la información y las comunicaciones (TIC). Pero
esta percepción sobre la relevancia de la formación en el sector turístico no es exclusiva de la academia,
sino que es compartida por la mayor parte de los agentes involucrados en el sector, quedando plasmada
en diversos documentos oficiales como el Libro Blanco de los Recursos Humanos del Turismo en España,
el Libro Blanco del Título de grado en Turismo o el Libro Blanco de Turismo de las Islas Baleares. Todos
ellos apuntan a la gestión de los recursos humanos como un valor estratégico cada día más determinante.
Los datos que justifican este trabajo de investigación se recogen en varios estudios. Según las conclu-
siones extraídas del Focus Group para la formación, el empleo y el emprendimiento realizado en 2010
por la Asociación de Antiguos Alumnos de los Consorcios Escuela de Hostelería y Turismo de la Junta de
Andalucía, la necesidad de formación tecnológica en turismo aparece como las tercera más demanda tras
las necesidades en idiomas. El análisis de necesidades formativas en el sector turístico andaluz realizado en
2010 por el Consorcio CioMijas a través de su Observatorio de los Recursos Humanos en el sector turístico
de Andalucía y con la colaboración del portal de empleo turístico Turijobs.com, señaló que una de las
principales carencias detectadas por las empresas (38,5%) en los candidatos participantes del II workshop
de empleo y formación turística en Andalucía fue la falta de conocimientos en sistemas informáticos y de
gestión, tan solo por detrás del nivel de inglés (69%) y el conocimiento del propio puesto de trabajo (46,2%).
Además los profesionales del sector son conscientes de ello, pues tras los idiomas (61,8%), la informática
fue una de las necesidades formativas más mencionada por los demandantes de empleo (35,3%). Por otra
parte, el libro Blanco del Título de Grado en Turismo presenta los resultados de encuestas realizadas al
sector y al profesorado correspondiente a la valoración de las 32 competencias específicas que conforman
el grado en Turismo. La competencia específica Conocer y aplicar las Tecnologías de la Información fue
la cuarta competencia más importante para el sector y la tercera mejor valorada por los académicos.
A partir de la revisión de la literatura, el objetivo de este trabajo de investigación es abordar el
estudio de las necesidades de formación derivadas de la implantación y uso de TIC en el sector turístico
y presentar los principales resultados del proyecto TURISTIC‑E1.
Se han producido numerosos intentos de definir exactamente qué es la gestión de recursos humanos
(HRM) pero como apuntasen Heery y Noon (2008, p. 214) no existe un consenso generalizado sobre
su significado. En este sentido y como bien apunta Nickson, no hay una única definición que capture
adecuadamente toda la complejidad potencial del tema (Nickson, 2013). En este trabajo de investigación
se ha optado por utilizar la definición acuñada por Storey (1995:5) que considera a la HRM cómo un
enfoque de la gestión del empleo que trata de lograr una ventaja competitiva a través de la implemen-
tación estratégica de una fuerza de trabajo. En efecto la gestión de los RR.HH trata sobre cómo las
organizaciones gestionan a sus empleados para conseguir el éxito organizacional, lo que puede ilustrarse
a través del ciclo HRM representado en la figura 1, formado por tres elementos esenciales y continuos
como la atracción, el mantenimiento y el desarrollo de la fuerza de trabajo con los que los gestores de
recursos humanos deben lidiar cada día.
3. Necesidades formativas
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Alfonso Cerezo Medina, Antonio Guevara Plaza 915
La gran mayoría de los investigadores han seguido prácticamente el mismo formato a la hora de
definir una necesidad formativa, asimilándolo a la ecuación NF= Estándar o desempeño deseado – De-
sempeño real. (Moore & Dutton, 1978). Este concepto deviene directamente de la definición de necesidad
que se refiere a la brecha entre óptimo y real, la diferencia entre lo “que es” y lo “que debería ser” (R.
Kaufman, 1994; Rossett, 1987). También ha habido autores que han tratado de avanzar en la definición
especificando que las discrepancias deben producirse en términos de dominio de las competencias por
parte de los individuos (Borges‑Andrade e Lima, 1983). No obstante y más allá de la propia definición
del concepto, las necesidades de formación son parte de un proceso complejo en el que los cambios en
el mercado exterior y en las políticas de la organización dan origen a un proceso de cambio continuo en
las habilidades de los trabajadores (Green & Owen, 2003). Estos procesos de cambio son los que han
desencadenado el desarrollo de las técnicas de análisis y evaluación de necesidades formativas, que se
constituyen como un elemento crucial dentro del ciclo de la formación, que puede observarse en la figura 2.
En este contexto el análisis de las necesidades formativas (ANF) juega un papel estratégico al
proporcionar unas directrices en cuanto a qué deficiencias de cualificación deben ser subsanadas y cuál
debería ser el perfil de los futuros trabajadores formados (Ferreira & Abbad, 2013). El ANF debe ser
la primera fase en el ciclo de formación, debiendo preceder a cualquier tipo de intervención en materia
formativa y así queda recogido frecuentemente en la literatura sobre formación (McGehee & Thayer,
1961; R. A. Kaufman & English, 1979; Ostroff & Ford, 1989; Wright & Geroy, 1992; Taylor, Driscoll, &
Binning, 1998;Salas & Cannon‑Bowers, 2001). De hecho durante décadas la evaluación de necesidades
de formación ha sido considerada esencial para desarrollar programas efectivos de formación y desarrollo
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916 Necesidades formativas tecnológicas en turismo. Estudio de caso de Andalucía
de los RR.HH (Al‑Khayyat, 1998; Brown, 2002; Huang, 2001), pues a partir de los resultados obtenidos
tras la aplicación de estas técnicas, se pueden plantear los objetivos, el diseño y finalmente la evaluación
de la formación, incluso permiten discernir entre necesidades formativas y necesidades no formativas
(Iqbal, 2011), ya que una discrepancia en el desempeño de una actividad no implica automáticamente
que exista una carencia de formación, puesto que puede tratarse otros factores ajenos como son la
motivación, las condiciones del entorno, etc. (Rossett, 1987).
El consenso generalizado sobre la importancia del ANF también se percibe en las distintas definiciones
que han surgido hasta la fecha. En ellas pueden identificarse una serie de rasgos e instrumentos comunes
que definen el ANF como un proceso, estudio o análisis sistemático que trata de obtener datos de diversas
fuentes mediante distintas técnicas que permitan identificar y analizar necesidades de formación para
poder establecer una política de formación que solvente los problemas detectados en una organización.
En este punto es necesario indicar que el ANF ha sido usado en la literatura en ocasiones para referirse
indistintamente a dos aspectos diferenciados como la identificación de necesidades y el análisis de las
mismas (Iqbal & Khan, 2011).
Sin bien han transcurrido décadas desde que McGehee y Thayer (1961) presentasen su modelo
integrado para el ANF, cuyas tres dimensiones son el análisis organizacional, el análisis de tareas y el
análisis personal, éste sigue vigente en la actualidad (Llorens, 2011). Para el desarrollo del proyecto
TURISTIC‑E se utilizó el análisis de tareas y competencias a partir del estudio de los certificados de
profesionalidad en turismo, con el fin de identificar una serie de conocimientos, destrezas y habilidades
relacionadas con el uso de las TIC necesarias para el desempeño de distintas profesiones turísticas.
Una de las variables que determinan el crecimiento de la productividad del trabajo a largo plazo en el
sector turístico es el avance tecnológico o progreso técnico, siendo la mejora en la cualificación del capital
humano uno de los factores explicativos de dicho progreso (Mora et al, 1999). Esta afirmación se constata
en un estudio en el que a partir del análisis de una muestra de empresas turísticas en Catalunya, se
corroboró la relación positiva que tienen los usos de las TIC, la innovación y la productividad del factor
trabajo en la actividad turística (Vilaseca et al, 2007).
El rápido ritmo del cambio tecnológico en la sociedad de la información es uno de los rasgos que
caracterizan el nuevo escenario para las organizaciones y a la vez un factor de presión que justifica
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Alfonso Cerezo Medina, Antonio Guevara Plaza 917
que la formación continua sea necesaria (Ferreira & Abbad, 2013). Ya en la década de los 90 Anderson
indicó que las tecnologías representaban un cambio inevitable que estaba provocando que la formación
pasara de concebirse como una respuesta a un problema específico a convertirse en una estrategia de
preparación de los RR.HH. Además una de las razones o detonadores para llevar a cabo un análisis de
necesidades de formación que aparece recurrentemente en la literatura es la introducción de nuevos
equipamientos, sistemas y tecnologías (Brown, 2002; McClelland, 1993; Rossett, 1987). Por tanto queda
patente que las nuevas tecnologías aplicadas en el sector turístico requieren un aumento de la demanda
de cualificación de los trabajadores que la gestionan, lo que contribuye a una adaptación más flexible
a los procesos productivos más complejos (Pulido et al, 1999). En definitiva los cambios tecnológicos
incrementan la complejidad de los puestos de trabajos y acarrean una mayor utilización de habilidades
cognitivas (Agut et al, 2001).
Una vez mencionadas las principales implicaciones derivadas de la aplicación de las TIC en el sector
turístico (incrementos de productividad y mayores niveles de cualificación), es momento de conocer
con más detalle cuáles han sido las principales tendencias en la aparición y uso de las TIC en el sector
turístico en los últimos tiempos. Desde la década de los 80 las TIC vienen transformando el turismo a
nivel mundial (Buhalis & Law, 2008). El establecimiento de los sistemas centrales de reservas (CRS) en
los años 1970 y los Sistemas de Distribución Global (GDS) a finales de 1980, seguido por el desarrollo
de Internet a finales de 1990, han transformado las prácticas de negocio en la industria de manera
espectacular, generando un cambio de paradigma en la industria turística en el que se han redefinido
el papel y la competitividad de las empresas y los destinos (Buhalis, 2003).
Como resultado de la revolución tecnológica apuntada por Buhalis, el etourism, las empresas
turísticas se han visto obligadas a reinventar sus procesos de comercialización y gestión, debiendo
estar al frente de distintos canales de distribución y tratar con diferentes niveles de intermediación, lo
que ha configurado un modelo complejo debido al gran número de operaciones, procesos y actores que
intervienen en él. Efectivamente en los últimos tiempos se ha producido la irrupción de nuevos actores en
el panorama turístico (OTAs: agencias de viajes online, metabuscadores turísticos, metaintermediarios,
etc.) de la distribución y comercialización de productos, lo cual ha sido posible gracias al desarrollo de
estándares abiertos como los de la Open Travel Alliance2 y al incremento de la interoperabilidad entre
sistemas de información.
Las cifras de comercio electrónico confirman el protagonismo que ha cobrado Internet y las TIC
en el mercado turístico. Según datos de la Comisión del mercado de las telecomunicaciones (CMT) la
evolución de las cifras de comercio electrónico en España desde 2005 hasta la actualidad reflejan una
tendencia positiva que no ha dejado de crecer ni siquiera en los momentos más acuciantes de la crisis
económica. Además, las ramas con mayor volumen de negocio de e‑commerce se corresponden con
actividades del sector turístico como agencias de viajes y el transporte de pasajeros, que representan
aproximadamente un tercio de las cifras totales.
Los avances que se han producido en los motores de búsqueda y en la capacidad y velocidad de
transferencia de información de las redes han influido en el número de viajeros de todo el mundo que
utilizan la tecnología para la planificación y disfrute de sus viajes (Buhalis & Law, 2008). Las TIC han
permitido a la industria turística alcanzar unos niveles de interactividad antes desconocidos, convirtiendo
al consumidor en un usuario de servicios turísticos experimentado, más exigente, que además genera
contenidos y puede influir en la reputación de las empresas turísticas. Dichos niveles de interactividad
se han extendido también a la relación entre los propios clientes lo que está dando lugar a procesos de
consumo colaborativo o p2p que representan actualmente todo un reto para determinados subsectores
turísticos como el transporte y el alojamiento.
También debe tenerse en cuenta el auge de las tecnologías móviles y sus aplicaciones como un
componente que tiene repercusiones en los modelos de consumo y comportamiento turístico, ya que
permiten a los turistas comprar y comunicarse en cualquier etapa del proceso de consumo turística y
desde prácticamente cualquier punto físico.
Otro elemento TIC que está teniendo repercusión en el turismo es el Cloud computing3 o computación
alojada en la nube, que se consolida como un nuevo escenario de plataformas TIC., representando un
cambio significativo en cómo las empresas turísticas e instituciones públicas podrán gestionar sus áreas
TIC. Las empresas ya no necesitarán grandes inversiones en hardware, software, redes, seguridad
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
918 Necesidades formativas tecnológicas en turismo. Estudio de caso de Andalucía
informática,… y los proveedores de servicios tecnológicos pasan a convertirse en empresas que ofrecen
su capacidad de computación (centros de datos, hardware y software) a través de Internet bajo petición.
En otras palabras, el cloud computing permitirá la generación de empresas que ofrezcan servicios a
PYMES que no pueden permitirse contar con un departamento tecnológico, por lo que en cierto modo
contribuirán a la reducción del gap tecnológico existente entre grandes y pequeñas empresas.
En los últimos años se han acuñado términos o impulsado disciplinas a raíz de la innovación y el uso
de las TIC. Ejemplos como geolocalización, gamificación, blogs trips, online reputation management
(ORM), códigos QR, RA (Realidad Aumentada), Inteligencia de clientes, interoperabilidad, analítica web,
SEM (Search Engine Marketing), SEO (Search Engine Optimization), Social Location Mobile (SOLOMO),
E‑learing, Apps, CRM (Customer Realtionship Management) etc., que junto a todos los elementos
nombrados a lo largo de este epígrafe contribuyen a la generación de un exceso de información sobre
visitantes, empresas turísticas y administraciones públicas que puede dificultar la toma de decisiones.
No obstante para salvar este obstáculo está adquiriendo cada vez más peso el Big Data4, tecnología
que ofrece la posibilidad tratar y analizar de grandes volúmenes de datos, procedentes de fuentes muy
variables que no pueden ser tratados con las bases de datos y herramientas de análisis convencionales.
Todas las tecnologías mencionadas dibujan un nuevo escenario laboral muy dinámico que repre-
senta todo un reto para los recursos humanos del sector turístico, que deben mantener actualizados
constamente sus conocimientos y habilidades tecnológicas para adaptarse a los nuevos requerimientos
de sus puestos de trabajo.
6. Metodología
La recogida de datos se llevó a cabo durante los meses de enero, febrero y marzo de 2013. El tamaño
de la muestra se estableció para un grado confianza 95,5% y un margen de error del 5% en condiciones
de máxima incertidumbre (p=q=50%). Siguiendo las recomendaciones de algunos autores (Brown,
2002; Ferreira & Abbad, 2013), en la muestra se incluyeron distintas categorías profesionales o cargos
ocupados en la empresa. La distribución muestral se estratificó según la distribución de trabajadores
del sector turístico en Andalucía por provincias y se validaron un total de 402 cuestionarios.
En el gráfico 1 puede observarse el volumen de respuestas según el subsector turístico. El mayor
número de respuestas se obtuvo de las empresas de Alojamiento, que con un 51% incluía diferentes
tipos de establecimientos como hoteles, apartamentos, casas rurales, campings, hostales y pensiones.
El segundo subsector en volumen de respuestas obtenidas fue el de la Restauración, con un 14%. El
sector de la Intermediación representó un 12% del total de empresas encuestadas, agrupando a agencias
de viajes mayoristas, minoristas, receptivas y agencias online (OTAS). En el sector de las Empresas
de Ocio (11% del total) se recopilaron las repuestas de parques de ocio, parques de atracciones, zoos,
empresas de turismo activo y otras empresas de servicios turísticos complementarios. Finalmente se
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Alfonso Cerezo Medina, Antonio Guevara Plaza 919
obtuvieron una serie de respuestas que se agruparon en “Otros subsectores”. Este grupo representó el
12% de la muestra y se componía en su mayor parte por ayuntamientos, asociaciones empresariales,
consultoras de turismo y empresas públicas de promoción del turismo, cuyo papel también es relevante
en el desarrollo de la actividad turística.
En cuanto al cargo ocupado en la empresa puede apreciarse en el gráfico 2 cómo el 61% de los
encuestados eran directivos, el 25% ocupaban mandos intermedios y el 14% era personal base.
Atendiendo al número de empleados, en el gráfico 3 se aprecia que el 53% de las empresas encuestadas
eran microempresas y/o negocios familiares con menos de cinco trabajadores contratados. Tan sólo el
14% tenía más de 49 trabajadores.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
920 Necesidades formativas tecnológicas en turismo. Estudio de caso de Andalucía
7. Resultados
En el cuestionario se incluyó una batería de preguntas con el fin de conocer la percepción de las
empresas sobre la relevancia de las TIC en sus negocios y cuál es su equipamiento tecnológico, ya que
estos datos nos orientarán sobre la formación que puedan demandar. Con todas las respuestas validadas
se ha realizado un análisis descriptivo que se muestra a continuación.
El 89% de las empresas valoró positivamente el papel de las TIC en el funcionamiento de sus
negocios, considerando que es adecuado (48%) o muy adecuado (41%). Además el 86% de las mismas
señaló que sería rentable para su empresa invertir en TIC, ya que el uso de estas implicará una mejora
en la gestión empresarial, permitirá alcanzar nuevos clientes potenciales en canales electrónicos y en
consecuencia mejorará la productividad y competitividad.
Una vez conocida la percepción acerca de las TIC, se les preguntó a las empresas que indicasen
cómo era su grado de equipamiento tecnológico. Los resultados señalan que el 65% de las empresas
encuestadas consideran que su grado de equipamiento es adecuado y el 11% cree que es muy adecuado.
Sin embargo, la percepción no es un dato que por sí solo permita conocer realmente el equipamiento
tecnológico de las empresas de la muestra. Por este motivo se incluyó una sección en la encuesta que
profundizaba en el uso de determinadas TIC en procesos claves de la gestión diaria.
El medio más utilizado a la hora de confirmar una reserva es el Correo Electrónico (87%) seguido
del Teléfono (70%) y el Sistema de comercialización online (44%). En lo que respecta al método para
introducir los datos de una reserva que llega a la empresa, el 81% de los encuestados confirma hacerlo
de forma manual frente al 19% que lo hace de modo automático. Para la gestión comercial es llamativo
que un 15% indicara que no utiliza ninguna herramienta TIC en la gestión comercial de su empresa,
siendo las soluciones de ofimática el medio utilizado por un 44%
Confirmar las reservas mediante Correo Electrónico, introducir los datos de las reservas de forma
manual, utilizar aplicaciones ofimáticas en la gestión comercial en lugar de aplicaciones específicas o
tener presencia en las redes sociales, son prácticas de las que se desprende cierta implementación y uso
de algunas herramientas TIC, no obstante no pueden considerarse suficientes como para catalogar el
nivel de equipamiento tecnológico de las empresas turísticas de adecuado o muy adecuado, constatándose
por tanto que existe una sobrevaloración del equipamiento TIC actual en un gran número de empresas
y en consecuencia un desconocimiento de las tecnologías disponibles.
Una vez efectuada la aproximación al grado de equipamiento tecnológico de las empresas, se analizó
la calificación que las mismas otorgan a la oferta formativa y al nivel de formación de sus trabajadores.
En cuanto a la valoración del nivel de formación en TIC de los trabajadores, el 58% de las empresas
encuestadas consideraron que no es adecuado. Pese a este dato, tan sólo un 32% afirmó realizar acciones
formativas en TIC para sus trabajadores.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Alfonso Cerezo Medina, Antonio Guevara Plaza 921
También se incluyó una pregunta para conocer en qué departamentos la formación en TIC es
considerada más necesaria en opinión en las empresas turísticas (Gráfico 4). Los departamentos de
Administración, Gestión y Dirección, Reservas, Comercial y Recepción, son en opinión de la mayor parte
de los encuestados donde más necesaria es la formación en TIC. En cambio en los departamentos de
Economato, Bar, Cocina, Mantenimiento y Pisos se considera que la formación en TIC es menos necesaria.
En el gráfico 5, que recoge el grado de necesidad de formación de los trabajadores respecto a her-
ramientas de ofimática, la situación es homogénea dado que el grado de valoración de las necesidades
varía en una proporción muy reducida de una herramienta a otra. En opinión de los encuestados, los
procesadores de texto son la herramienta ofimática en la que menor necesidad de formación existe, en
cambio las bases de datos es el tipo de aplicación que más valoración obtuvo en este apartado.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
922 Necesidades formativas tecnológicas en turismo. Estudio de caso de Andalucía
La valoración del grado de necesidad de formación en aplicaciones de gestión (Gráfico 7), a diferencia
de las herramientas anteriores, presenta una amplitud mayor entre los valores extremos. Las aplica-
ciones de gestión de relación con los clientes (CRM) tienen el grado de necesidad más elevado (2,76),
mientras que las necesidades formativas en software de gestión de Recursos Humanos presentan el
grado más bajo (2,27).
El siguiente bloque de conocimientos y herramientas TIC es el más amplio de todos los analizados
en el estudio y comprende el grado de formación necesario relativo a las siguientes áreas: Analítica
web, Posicionamiento orgánico en buscadores (SEO), Estrategias de marketing en motores de búsqueda
(SEM), Gestión de redes sociales, Marca corporativa en Internet y Gestión de la reputación online,
Diseño web y gráfico y Capacidad de análisis de las TIC en el sector turístico. A primera vista puede
observarse que las valoraciones representadas en el gráfico 8 son las más altas de todas. Efectivamente
en una escala de 1 a 4, todas las áreas analizadas excepto dos (herramientas de diseño gráfico y web),
obtienen prácticamente un 3 de valoración, lo que expresado en otros términos equivale a afirmar que
un 38% de las empresas encuestadas cree que sus necesidades de formación en las diferentes tecnologías
aplicadas al e‑tourism son bastante elevadas.
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Alfonso Cerezo Medina, Antonio Guevara Plaza 923
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924 Necesidades formativas tecnológicas en turismo. Estudio de caso de Andalucía
Las empresas señalan que la capacidad de análisis del comportamiento online de los clientes y su
impacto en las ventas y los conocimientos de Yield Management (estrategias de gestión de tarifas e
ingresos) son las que presentan el mayor grado de necesidad (2,93 y 2,80), mientras que las demás
herramientas presentan una valoración más reducida. En comparación con las áreas TIC analizadas
previamente, el grado de necesidad formativa en el área del comercio electrónico estaría tan sólo por
debajo de las tecnologías aplicadas al e‑tourism.
El gráfico 10 recoge los 26 ítems objeto de estudio, ordenados de mayor a menor, según la valoración
del grado de necesidad de formación indicado por las empresas. Uno de los aspectos más llamativos
es la reducida horquilla (2,1‑2,9) existente entre los ítems que ocupan el primer y el último puesto,
además, teniendo en cuenta que la escala de valoración va de 1 a 4, se puede afirmar que todas las
herramientas analizadas presentan un grado de necesidad de formación medio y un 38% un grado de
necesidad elevado, por encima de 2,7.
Asimismo todos los elementos del gráfico 10 pueden sintetizarse en la Figura 3, dónde aparecen
ordenadas las áreas TIC en función del grado de necesidad. Todas las herramientas pertenecientes al
ámbito de las tecnologías aplicadas al e‑tourism y al comercio electrónico son las que presentan un mayor
grado de necesidad formativa. En el extremo opuesto se encuentran las herramientas TIC de hostelería
y ofimática. En una posición intermedia se hallan las herramientas informáticas para la gestión.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
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926 Necesidades formativas tecnológicas en turismo. Estudio de caso de Andalucía
Gráfico 11: Valoración promedio de las necesidades de formación según cargo ocupado
El análisis del grado de necesidades formativas en TIC en función del cargo desempeñado en la
empresa puede proporcionar información valiosa para la realización de propuestas de acciones formativas.
A partir de las respuestas se ha realizado el gráfico 11, que recoge la valoración media de todas las
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Alfonso Cerezo Medina, Antonio Guevara Plaza 927
herramientas TIC que han sido objeto de estudio. Se observa que los Mandos Intermedios son los que
señalan un mayor grado de necesidad, sólo 0,04 puntos por encima de los directivos. El personal base
percibe que su grado de necesidad de formación en TIC es más bajo.
8. Conclusiones
La evolución de las TIC han transformado el entorno de actuación del profesional del sector turístico,
lo que unido a los nuevos comportamientos de los consumidores (adprosumer), están produciendo
cambios en la gestión de los procesos y operaciones propias de las empresas e instituciones turísticas.
Se puede afirmar que el sector turístico es muy sensible al impacto de las TIC, las cuáles pueden llegar
a convertirse en un factor estratégico para el éxito empresarial. Empresas y administraciones reconocen
la importancia y el impacto de las mismas en la competitividad turística, sin embargo hasta hace
bien poco no se habían elaborado estudios de esta naturaleza que tratasen de establecer las carencias
formativas tecnológicas de los recursos humanos del sector turístico.
Respecto al estudio de las necesidades formativas son varios los autores que han sugerido a lo largo
del tiempo que el cuerpo teórico está indefinido y que la investigación en este campo sigue buscando
formas eficientes de detectar y analizar las necesidades formativas y para ello citamos textualmente
las conclusiones de uno de los trabajos más recientes sobre la revisión de la literatura en esta área
de los autores Ferreira y Abbad (2013). “The results show that: (a) there is little agreement on how to
measure training needs; (b) most of the current TNA models and methods are reactive and do not consider
contextual factors and multiple levels of analysis in a proactive way; (c) there are gaps in TNA and a need
for theoretical definitions; (d) there is little concern with building theories and concepts related to TNA”.
Los resultados expuestos nos llevan a reflexionar sobre dos valoraciones contrapuestas. Por un
lado, las empresas perciben de forma positiva el papel de las TIC en sus negocios, consideran que sería
rentable invertir en ellas y creen que su nivel de equipamiento tecnológico es adecuado a pesar de que
los datos demuestren que no es así, pero por otro, su percepción acerca del nivel de formación en TIC
de sus trabajadores es negativa. De este modo se vislumbra un escenario en que el sector turístico es
consciente de la relevancia de las TIC en el desarrollo empresarial, sin embargo esto no se traduce en
el grado de equipamiento tecnológico ni en la implementación de acciones formativas. En cualquier
caso habría que realizar un análisis más profundo, que excede el objetivo de esta investigación, para
abordar las posibles causas de esta situación, entre las que podrían estar el desconocimiento de las
soluciones tecnológicas disponibles, la falta de financiación para invertir en TIC, etc.
Respecto al mapa de ocupaciones se vislumbran indicios que obligan a hablar más de nuevas
competencias que de nuevos puestos de trabajo, es decir, los perfiles profesionales tradicionales no son
estáticos sino dinámicos, ya que se ven afectados por los cambios en la industria turística, dando lugar
a perfiles más tecnológicos y polivalentes. A corto plazo las ocupaciones existentes deberán incluir
nuevas tareas y competencias técnicas, especialmente las relacionadas con el entorno web 2.0 y la
comercialización online. Es el caso, por ejemplo, del recepcionista o el gestor de reservas, que deberán
desarrollar competencias técnicas y habilidades relativas al uso y manejo de aplicaciones para la gestión
estratégica de ventas e ingresos. Asimismo ganan protagonismo los perfiles emergentes como el gestor
de redes sociales (community manager), responsable de marketing online y gestor de la innovación.
Este trabajo no está exento de limitaciones y según sugieren varios autores, el enfoque de un análisis
de necesidades debe intentar ser proactivo más que reactivo (Rodrigo R. Ferreira & Abbad, 2014; Llorens
Gumbau, 2011; McClelland, 1993; Wright & Geroy, 1992a), para así poder tratar de identificar necesidades
emergentes. Además derivada de la magnitud y complejidad del proyecto, en TURISTIC‑E no se han podido
abordar otros aspectos del ANF como el análisis organizacional y personal, lo que contradice a autores que
señalan que cualquier metodología de evaluación de necesidades formativas centrada en un singular aspecto
debilita la efectividad del proceso de análisis (Leat & Lovell, 1997) Finalmente y en un estudio más profundo
de los datos obtenidos, podrían realizarse diversos análisis estadísticos para estudiar la relación que existe
entre las variables sociodemográficas y las necesidades de formación en el manejo de las TIC, es decir, aún
quedan varias preguntas por responder que podrían plantearse como futuras líneas de investigación. Para
ser más precisos, sería necesario establecer un análisis que explique algunos resultados de la encuesta como
por ejemplo ¿por qué la implantación de las TIC en las empresas e instituciones turísticas no está todavía
suficientemente generalizada a pesar su valoración positiva del papel de las TIC?, ¿por qué el sector turístico
lleva a cabo acciones formativas en un porcentaje tan reducido?, etc.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
928 Necesidades formativas tecnológicas en turismo. Estudio de caso de Andalucía
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PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Alfonso Cerezo Medina, Antonio Guevara Plaza 929
Notas
1
TURISTIC‑E: Estudio sobre nuevos yacimientos de empleo turísticos tecnológicos”, enmarcado dentro de las Acciones
de Investigación e Innovación de la Junta de Andalucía año 2011, incentivado por el Servicio Público de Empleo Estatal,
el Servicio Andaluz de Empleo y Fondo Social Europeo
2
La Open Travel Alliance trata de crear una especie de protocolo universal (como puede ser el TCP/IP o HTTP) para que
todos los actores de la industria turística en Internet tengan un modo similar de operar. Para ello desarrolla y mantiene
actualizada una biblioteca de esquemas XML, que son la base de sus especificaciones (basadas en los esquemas estándar
de W3C). Cada mensaje XML se corresponde con una operación o proceso inherente a la industria turística.
3
NIST (National Institute of Standards and Technology), el cloud computing es un modelo tecnológico que permite el acceso
ubicuo, adaptado y bajo demanda en red a un conjunto compartido de recursos de computación configurables compartidos
(por ejemplo: redes, servidores, equipos de almacenamiento, aplicaciones y servicios), que pueden ser rápidamente
aprovisionados y liberados con un esfuerzo de gestión reducido o interacción mínima con el proveedor del servicio
4
Definición extraída de la presentación elaborada por el director de Desarrollo de Negocio y Nuevas Tecnologías de
SEGITTUR, Enrique Lancis, para el Forum Turistic, celebrado en Barcelona en abril de 2014.
5
CRM. Customer Relationship Management ó Software de Gestión de Relación con los Clientes
GDS. Global Distribution System. Sistema de Distribución Global. (Amadeus, Sabre, WolrdSpan, etc.)
PMS. Property Management System. Programas de Gestión del Alojamiento (Opera, SIHOT, Navihotel, etc.)
6
Según el Libro Blanco del Comercio electrónico, este puede definirse como la compra‑venta de productos y servicios a
través de sistemas electrónicos, principalmente Internet
Recibido: 07/03/2013
Reenviado: 05/05/2013
Aceptado: 08/06/2013
Sometido a evaluación por pares anónimos
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Áreas de interesse: Cultura e Turismo
Periodicidade: semestral
ISSN: 1982.5838
http://www.uesc.br/revistas/culturaeturismo
Contato
Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 931-945. 2015
www.pasosonline.org
Resumen: Las Tecnologías de la Información y las Comunicaciones (NTIC) han revolucionado la forma de
promocionar e interpretar el patrimonio cultural en el mundo del turismo. Actualmente cualquier destino
que pretenda ser competitivo debe actualizar continuamente toda aquella información que pueda ser de
interés para el visitante.
El turista cuya principal motivación es la cultura, se caracteriza por requerir gran cantidad de información
y ser consumidor de TICs. Los usuarios se han transformando en usuarios 2.0, caracterizados por estar
altamente conectados y por ser generadores de información y, sobre todo opinión en redes sociales, blogs, etc.,
siendo claves en los sistemas de reputación on-line.
En este artículo se analiza y clasifica las TIC vinculadas con la interpretación, promoción y puesta en explotación
turística de recursos culturales. Así, se abordarán tanto herramientas más tradicionales como tecnologías de una
actualidad manifiesta en el ámbito de la promoción y puesta en valor del patrimonio cultural. Estos instrumentos
además de ser vehículo para la promoción, marketing e incluso para la planificación del destino turístico, ofrecen
la oportunidad para mejorar la interpretación y gestión del patrimonio cultural en dichos espacios.
Palabras Clave: Turismo Cultural, SIG, Web 2.0, Turismo 2.0, Realidad Aumentada, 3D.
New technologies for the interpretation and promotion of cultural tourism resources
Abstract: The Information Technology and Communications (ICT) have revolutionized the way to promote
and interpret the cultural heritage in the world of tourism. Currently any destination that aims to be com-
petitive must continually update all information that may be of interest to the visitor.
The tourist whose main motivation is the culture is characterized by requiring large amount of consumer
information and ICT. Users have transformed into a 2.0 users, characterized by being highly connected and
be creators of information and put their opinion on all social networks, blogs, etc. All of this contributes in
reputation systems on-line.
This article analyzes and classifies ICT related to the interpretation, implementation and promotion of cul-
tural tourism resources exploitation. So, the more traditional tools such as technology news manifests in the
area of the promotion and enhancement of cultural heritage will be addressed. These instruments besides
being a vehicle for the promotion, marketing and even for planning tourist destination, offering the opportu-
nity to improve the interpretation and management of cultural heritage in such spaces.
Keywords: Cultural Tourism, GIS; Web 2.0, Tourism 2.0, Augmented Reality, 3D.
1. Introducción
El turismo cultural se ha ido posicionando poco a poco como uno de los segmentos más desarrollados
en el universo turístico mundial (Rypkema, D. et al, 2011). Los recursos de esta tipología son bienes
muebles/inmuebles, paisaje e incluso patrimonio cultural intangible (música, folclore, etc.) y suponen
*
Departamento Lenguajes y Ciencias de la Computación, Facultad de Turismo, Universidad de Málaga; E-mail: [email protected]
**
Departamento de Geografía, Facultad de Turismo (Universidad de Málaga; E-mail: [email protected]
***
[email protected]
un recurso básico para los denominados destinos “patrimoniales”, o bien un recurso complementario
de interés para otro tipo de destinos turísticos. El poder de atracción de un espacio turístico está
directamente relacionado con la capacidad de difusión de su patrimonio, aspecto vital para el segmento
del turismo cultural ya que, el turista cultural suele ser un gran consumidor de información en las
fases de anticipación, experiencia y recreación del viaje turístico, además de no estar sometido a la
temporalidad o a la moda (Mallor, González‑Gallarza, Fayos, 2013).
Las TICs (Tecnologías de la Información y las Comunicaciones) son actualmente una herramienta vital
para la difusión del patrimonio cultural ya que, por un lado, han experimentado un fuerte proceso de
diversificación en los últimos años y, junto a los tradicionales canales web se han desarrollado multitud
de herramientas de la web 2.0 (redes sociales); por otro lado, la socialización de la tecnología móvil,
permite al gran público contar con soportes de altas prestaciones que posibilitan el uso de servicios
de geolocalización, acceder a potentes bases de datos e incluso implementar sistemas de realidad
aumentada (Timothy, 2011).
Toda esta serie de aspectos marcan una pauta importante, tanto en la difusión como en la reputación
on‑line de los destinos turísticos, creándose un marco de referencia que deber ser atendido, de ahí que
este artículo plantee como objetivo fundamental la presentación de dichas tecnologías, y ofrezca un foro
de discusión sobre su uso en el marco del turismo cultural. Esta pretensión demanda la caracterización
del turismo cultural y su importancia cuantitativa, la definición de conceptos como el de usuario 2.0,
turista 2.0 y travel 2.0 y una reflexión crítica sobre las oportunidades y riesgos que el uso de estas
nuevas tecnologías plantean frente a métodos más tradicionales.
El fuerte desarrollo experimentado por el turismo cultural en los últimos años, se enmarca en los
cambios acaecidos en los destinos turísticos ante los procesos de diversificación y especialización de la
demanda, que obligan a estos espacios a una búsqueda constante de singularización y diferenciación
de sus productos que atiendan este consumo individualizado (Antón&González, 2008).
Estos rasgos, propios de los espacios turísticos en la era postfordista, vienen determinados por
la aparición de un nuevo tipo de turista, que valora más aquello que hace durante el viaje que el
lugar en sí, caracterizándose por una búsqueda constante de nuevas experiencias básicamente en el
ámbito de la naturaleza, la salud y la cultura (Antón&González, 2008) y es, en este nuevo contexto
motivacional, donde surgen multitud de turismos específicos que, por su enorme diversidad, suelen
agruparse en áreas temáticas afines, entre las que la esfera cultural adquiere una gran relevancia
(incluyendo segmentos específicos del tipo histórico‑artístico‑cultural, folclórico, gastronómico,
religioso, etc.) (Torres, E., 2006).
La aparición del concepto de turismo cultural es relativamente reciente, aunque sus orígenes podrían
remontarse a la antigüedad y a las experiencias viajeras transmitidas a modo de crónicas de personajes
históricos tales como el emperador romano Adriano, en donde se plasma, entre otras cosas, un interés
y búsqueda de conocimiento de la cultura de aquellos lugares que visita. También será representativo
para el nacimiento de esta tipología turística el Grand Tour, viaje realizado por jóvenes británicos,
fundamentalmente de clase alta, entre los siglos XVII y principios del siglo XIX como vehículo de
formación y esparcimiento, y cuyo destino eran los lugares de referencia cultural europeos tales como
Italia. Sin embargo, el hito que marcará la historia del turismo cultural tendrá lugar en 1841 gracias
a Thomas Cook, el primer organizador de viajes turísticos (Faraldo & Rodriguez, 2013).
El turismo cultural constituye una forma de turismo que obedece a necesidades y motivos propios
de los consumidores por lo que su delimitación es muy subjetiva (Mallor et al, 2013). De ahí que sea un
segmento complejo de definir ya que, el propio concepto de “cultura” abarca un abanico amplio de ideas
(forma de vidas, monumentos, bienes muebles, etc.) que, vinculadas con la práctica turística, generan
productos de muy diverso tipo, no obstante, cualquier turista cultural se va a caracterizar por el deseo
que subyace en el mismo a la hora de seleccionar un destino de conocer otras culturas (sea cual sea
la vertiente de la misma que le atraiga prioritariamente) (Martinez & Herráez, 2008). En resumen,
la pluralidad de turistas, la juventud del sector y la diversidad de productos relacionados, explican la
complejidad de definir el segmento (McKercher y Du Cros, 2002).
Esta diversidad de motivaciones y de recursos condicionan que aparezcan tesis de diverso tipo, algunas
muy generalistas, que definen el turismo cultural como “aquella forma de turismo que tiene por objeto,
entre otros fines, el conocimiento de monumentos y sitios histórico – artísticos” (ICOMOS, 1976), y otras
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más específicas, como la aportada por la OMT en el año 1995 “aquella tipología turística que incluye los
movimientos de las personas por motivaciones esencialmente culturales, tales como viajes de estudio, artes
escénicas y visitas culturales, viajes a festivales y otros eventos culturales, visitas a sitios y monumentos,
viajes para estudiar la naturaleza, el folklore o el arte, y las peregrinaciones” (OMT, 1995). Junta a estas,
aparecen definiciones bastante técnicas y conceptuales, como las aportadas por Richards en el año 2001, que
técnicamente lo definió como “todos los movimientos de personas hacia atracciones culturales específicas,
tales como lugares patrimoniales, manifestaciones artísticas y culturales, artes y teatro, fuera de su lugar
habitual de residencia”, y conceptualmente como “el movimiento de personas a lugares de interés cultural
lejos de su lugar de residencia habitual, con la intención de recopilar información y experiencias nuevas
para satisfacer sus necesidades culturales” (Richards, 2001).
Todas las definiciones presentan un principio común, el interés por parte del turista cultural de
conocer diversos elementos de la cultura, es decir, del patrimonio a la hora de seleccionar un destino.
Sin embargo, también resulta difícil precisar qué es patrimonio cultural y cultura. Se entiende por
patrimonio cultural “el conjunto de bienes muebles, inmuebles e inmateriales que hemos heredado
del pasado y que hemos decidido que merece la pena proteger como parte de nuestras señas de
identidad social e histórica” (Querol, 2010). Así, el patrimonio cultural abarca elementos físicos
como museos, lugares y monumentos históricos, y sitios arqueológicos, y elementos intangibles como
son las formas de vida, tradiciones, el idioma, que forman parte de la identidad de una comunidad
(Hierro & Fernández, 2013).
En la actualidad Europa es un destino clave para los turistas culturales ya que concentra recursos de
enorme interés, muchos de ellos declarados patrimonio de la humanidad por la UNESCO, en concreto,
España ocupa el segundo puesto respecto al número de bienes declarados Patrimonio de la Humanidad
en el continente europeo después de Italia (UNESCO, 2014). La calidad de los recursos, motiva que
España se esté convirtiendo en un destino de turismo cultural referente a escala internacional de
hecho, España recibió en el año 2013 un total de 60.6 millones de turistas, convirtiéndose en el tercer
país receptor a escala mundial (Romero & Delgado, 2014), de los cuales, un total de 11,7 millones de
viajes se realizaron por motivaciones relacionadas con el ámbito de la cultura, inclusive, estas cifras
podrían incrementarse si se atiende a un concepto de cultura amplio que incluya motivaciones del tipo
gastronómico, enológico o paisajístico (IAB, 2012).
En otro orden de cosas, si con respecto a la definición no existía un claro consenso, tampoco
existe en lo relativo a su tipificación, motivo por el cual es un tema en continua revisión (Stylianou
‑Lambert, 2010). Una de las principales fuentes de discrepancia entre los estudios afecta a temas
tan ajenos como el ocio e incluso el deporte, ya que el concepto de ocio no es un componente del
turismo cultural para la WTO (2005), mientras que autores como Richards (2001) lo considera como
un elemento necesario. Por su parte, hay autores como Cluzeau (2000) que no admiten el deporte
como forma de turismo cultural, sin embargo, en Barcelona el segmento del turismo cultural había
incrementado su importancia entre 1994 y 2002 debido a la atracción ejercida por el museo del FC
Barcelona, tal como recoge Mallor et al (2013).
Como los restantes turismos específicos, el turismo cultural posee necesidades complejas con
respecto a la conformación de la oferta, desde diversos puntos de vista: suelen demandar procesos más
complejos con respecto a la organización de las actividades, con respecto a la cualificación de recursos,
se encuentran muy afectados por los avances tecnológicos, demandan importantes inversiones, etc.
Además de esto, suelen ser tipologías turísticas que poseen rasgos específicos desde el punto de vista
de la demanda, por ejemplo, tener un gasto medio superior a los usuarios de turismos genéricos, altos
niveles de exigencia centrados en aspectos propios de la motivación, diversidad de subtipologías en
relación con los intereses específicos, etc. A principio de los años noventa, Ashworth y Turnbridge
(1990) identificaron dos tipologías de turista cultural: el de intención (cuando el visitante se muestra
interesado por los diversos atractivos patrimoniales de un destino) y el incidental (cuando el turista
no siente una motivación primaria hacia los recursos patrimoniales). Por su parte, Mackercher y Du
Cros en el año 2002 ampliaron esta división a cinco tipos de turista cultural en función de diversos
aspectos motivacionales (Mackercher&Du Cros, 2002):
•• Turista cultural completo: cuyo motivo principal es la cultura y es lo que le mueve al destino
buscando una experiencia cultural en profundidad.
•• Turista cultural visitante: su motivo principal es el turismo cultural para visitar el sitio pero busca
una experiencia menos profunda.
•• Turista cultural descubridor: es un turista que no viaja por motivos culturales pero que acaba
teniendo una experiencia cultural, algunas veces profunda.
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934 Nuevas tecnologías para la interpretación y promoción de los recursos turísticos culturales
•• Turista cultural casual: es el turista que no tiene como motivo principal las actividades culturales,
pero que incluye alguna actividad cultural del destino en su viaje.
•• Turista cultural accidental: es el turista que no tiene como motivo principal el motivo cultural
pero que accidentalmente participa en alguna actividad.
En cualquier caso, existen dos rasgos característicos en los turistas culturales, tal como recogen
diversos estudios (ATLAS, 1997; Richards, 2001), poseer un alto poder adquisitivo y un alto nivel
académico.
En España, el denominado “turista cultural” se caracteriza por ser un turista de edad media, entre
25 y 44 años, sin diferencia significativa entre sexos y que habitualmente demanda estancias cortas
(superando a las tradicionales vacaciones de verano). Con respecto a la forma de organizar el viaje, suele
ser en bastantes ocasiones por cuenta ajena (sobre todo en el destino España >80%) y cuyo alojamiento
favorito es el hotel (88,2%). Junto a esto, suele ser un turista que demanda gran cantidad de información,
recurriendo a Internet como fuente básica.
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936 Nuevas tecnologías para la interpretación y promoción de los recursos turísticos culturales
Por otro lado, los profesionales del turismo utilizan estas herramientas para, por ejemplo, reconducir
la forma en la que se realiza la promoción, abriendo sus miras a las web tradicionales, CMS (gestores
de contenidos) y a las herramientas de la ya referida web 2.0., en el proceso de venta y promoción
vía internet en el círculo [crear deseo, búsqueda de un producto, comparar ofertas, reservar/comprar,
viajar, visitar/alojar, hablar del tema] (Cybermassif, 2010) (ver figura 3). En concreto, en el segmento
del turismo cultural, la difusión y promoción a través de la web, es un tema bastante desarrollado
desde hace años, fundamentalmente, en los museos, tanto por los rasgos que definen a esta tipología
de turista como por los bienes que suponen los recursos que lo singularizan (Mokre, 1998; Scali et. al,
2002 ; Syliani et al. 2009).
El usuario 2.0, cuando nos referimos al ámbito del turismo, se transforma en el turista 2.0. El
viajero lleva utilizando la web desde hace muchos años para localizar información, sin embargo, en la
actualidad se ha convertido en el medio informativo preferente, utilizándolo el 42% de los turistas: las
páginas de redes sociales suponen un 13%, revistas on‑line 12%, blogs 18%, secciones de suplementos
de viaje de portales de Internet con un 18%, etc.; además de tener cada vez más importancia en el
proceso de compra (sobre el 26%) tanto para el alojamiento como para transporte (IAB, 2012). Dentro
de las diversas aplicaciones utilizadas, destacan los sistemas de recomendación y reputación, es decir
la consulta de información de otros usuarios resulta clave en el comportamiento a la hora de viajar.
Un 35% (recomendación) y un 24% (reputación) de los encuestados puntuaron, en la encuesta de IAB,
estos aspectos con una valoración de 9‑10 (IAB, 2012).
Este nuevo usuario se traduce en el concepto de travel 2.0, es decir en el uso de herramientas de
la web 2.0 como blogs, redes sociales, sistemas de recomendación, integración de contenidos mediante
mashups, audio, video, planificadores de viaje, etc. Pero el concepto en la actualidad abarca mucho más
ya que, no supone tan sólo el uso de las herramientas sino, fundamentalmente, un cambio en su uso: el
usuario utiliza las mismas en el proceso de anticipación, experiencia y recreación del viaje turístico, a
lo que habría que unir un cambio en la filosofía global en el uso de la información que Philipe Wolf en
2006 (Almeida et al, 2008), Director General de PhoCusWright Inc., describió como principios básicos:
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––Colaboración desinteresada.
––Transparencia y equidad en datos, precios y contenidos. Intentando que la información sea
“coherente” entre todas las fuentes.
––Aparición de redes sociales especializadas las cuales hoy en día son una herramienta importante
a la hora de toma de decisiones en el ámbito del turismo (reputación on‑line).
––Aumento de la velocidad y volumen en el intercambio.
––Mejora en la credibilidad de la información ya que procede de los propios viajeros.
Así, nace el concepto de ADPROSUMER (AD – anuncio, PRO – productor y SUMER – consumidor)
que hace las funciones simultáneas de comprador, consumidor y recomendador de productos. Es en este
aspecto en el que estas nuevas tecnologías ofrecen un cambio en el paradigma del viajero. Antes, porque
busca opiniones y compra; durante porque comunica sus impresiones a través de las redes sociales,
blogs y sistemas de mensajería, y, después, porque genera opiniones y reputación en el destino. Así, el
traveler 2.0 usa las herramientas disponibles en todas las fases del viaje.
En el ámbito del turismo cultural, como no podía ser menos, se cumplen estas premisas. De hecho,
en la primera fase (anticipación), son los tipos de turistas que más información requieren, de ahí que
cobren especial interés las herramientas informativas, junto a ellas y, ya en la fase experiencial, resultan
capitales aquellas que se centran en la difusión y gestión de los recursos y, por último, en la fase de
recreación, las herramientas comunicativas.
El uso de TICs para difusión y revalorización de los destinos culturales ayudarán a conseguir estos
objetivos. En los siguientes apartados se desarrollarán dichos aspectos.
a. Redes sociales
El uso de las redes sociales en el turismo es un tema estudiado ampliamente en la literatura científica
turística (Zeng & Gerritsen, 2014) pero es un elemento en el que aparece la dificultad inherente de
conocer el impacto real en cifras para el turismo. Las redes sociales son un lugar de encuentro y una
oportunidad de llegar a millones de usuarios (figura 4). La existencia de amigos 2.0 que exponen la
experiencia de viaje, fotos, etc (Buhalis & Law, 2008; Volo, 2010) son un elemento de promoción directa
eWOM (Word‑of‑mouth) (Serra & Salvi, 2014) que debe ser cuantificado.
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938 Nuevas tecnologías para la interpretación y promoción de los recursos turísticos culturales
La presencia de empresas turísticas en las redes sociales es muy alta, por ejemplo, un 85,73% de las
mismas poseen página en Facebook (tabla 1) pero, de éstas el 42,81% tiene más de una página, lo que
puede ser una práctica no deseable ya que diversificaría esfuerzos entre sus seguidores (Hey, 2012).
Por tanto, sería importante analizar qué uso se está haciendo de las redes sociales para maximizar su
impacto en el turista.
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Existen diversas aproximaciones al uso de las redes sociales en este ámbito. Éstas abarcan desde la
exposición de una información general que se asimilaría a la utilización como web en la que los seguidores
hacen de suscritores, hasta una forma más activa, de acuerdo al uso para el que fueron diseñadas, que
incluiría un abanico de información exposición de eventos, noticias, visitas o exposiciones (Hey, 2012).
c. 3D, VR y AR
Cómo se ha avanzado en el apartado anterior, la aplicación de tecnologías 3D es un tema recurrente
que se lleva estudiando hace ya décadas. No obstante, en la actualidad es cuando realmente se está
en disposición de llevarla a práctica para el turista. La aparición de smartphones, tablets y phablets
con alta conectividad y gran capacidad de procesamiento gráfico hahecho posible su uso en este campo.
La tecnología 3D es un marco de referencia para lo que se conoce como aplicaciones de realidad
virtual (VR) (Guttentag, 2010) y realidad aumentada (AR). En el ámbito del patrimonio se ha recurrido
en incontables ocasiones a la digitalización del mismo para su difusión mediante técnicas de “dibujo”.
(modelado tradicional). Éste, para la difusión turística, es interesante pero carece de una característica
esencial: el turista cultural va buscando la experiencia además del conocimiento y, por tanto, se deben
plantear modelos más reales y, en el caso del modelado tradicional, se proporciona una idealización.
Para conseguir modelos más realistas (que puedan sustituir a la fotografía) en el proceso de digitalización
del patrimonio cultural, tanto para bienes muebles como bienes inmuebles, se debe recurrir a otro tipo de
técnicas. Se dispone de múltiples opciones que abarcan desde los LiDAR anteriormente mencionados, la
tecnología LASER tipo faro con estaciones topográficas que permiten la digitalización de bienes inmuebles
o la fotogrametría (Caro, 2012). Cada uno de estos elementos tiene ventajas e inconvenientes que se
discutirán en la siguiente sección, pero todos tienen como objetivo producir modelos 3D de forma precisa.
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940 Nuevas tecnologías para la interpretación y promoción de los recursos turísticos culturales
Los resultados de estas técnicas pueden ser usados para sistemas de realidad virtual, es decir sistemas
que posean una alta inmersión que transporten al turista al lugar y, sobre todo, en sistemas de realidad
aumentada. Los sistemas de realidad aumentada sean quizás las aplicaciones con más futuro dentro
de la difusión del patrimonio porque poseen las siguientes características:
•• Se aprecia la realidad, es decir el recurso cultural tal como es. La realidad aumentada aumenta
una base real (imágenes del mundo real) complementada con información, bien sea textual o
multimedia usando modelos 3D.
•• Puede complementar la información antes de la llegada del turista al recurso (sin ofrecer información
plenamente sintética).
•• Se puede complementar información en el propio destino, aumentado la información visual en la
propia visita al bien de interés cultural.
•• Así, esta tecnología a la que se incorporan tecnologías de geoposicionamiento, 3D, computación
ubicua con alta conectividad a Internet ofrece un valor añadido a la experiencia del turista 2.0 de
la mano de dispositivos móviles.
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Otro interesante caso, es el uso de códigos de barra o códigos QR que encontramos en NaturePlus
del Natural History Museum (Londres), que consiste en una tarjeta de cartón con un código de barras
incorporado que dotan al usuario de una experiencia nueva en su visita al museo. Es un sistema simple,
tras darse de alta el usuario en la web del museo y, a medida que se va pasando el código de barras por
cada uno de los elementos de interés, se va almacenando (en un sitio web) información adicional de los
recursos seleccionados. Pero, detrás de todo esto, se esconde un sistema CRM que es capaz de registrar
el perfil de los visitantes a esta sección del museo de historia natural (figura 6).
Fuente: http://www.nhm.ac.uk/
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942 Nuevas tecnologías para la interpretación y promoción de los recursos turísticos culturales
Con estas leves pinceladas se demuestra que no sólo se garantiza un retorno de inversión o nueva
experiencias con tecnologías de alto coste, sino que además las nuevas formas de emplear la tecnología
están hoy en día al alcance real de los turistas culturales. Para el destino, no sólo le garantiza un
retorno de inversión, sino que se conforman como herramientas clave para promocionar bienes de
interés cultural, o para conocer el perfil del visitante, a la par muy útiles para alcanzar la excelencia
de los destinos turísticos culturales.
5. Conclusiones
A través de este trabajo se ha podido definir y repasar en cifras la importancia creciente del segmento
del turismo cultural y los vínculos del mismo con las nuevas tecnologías aplicadas al sector turístico.
Estas NTIC se han venido conformando en herramientas clave en la configuración de los Smart
Tourism Destination, entendidos estos como “destinos turísticos innovadores, consolidados sobre una
infraestructura tecnológica de vanguardia, que garantizan el desarrollo sostenible del territorio turístico,
accesible para todos, que facilitan la interacción e integración del visitante con el entorno e incrementan
la calidad de su experiencia en el destino” (Segittur, 2013).
Los rasgos que definen a un “destino turístico inteligente”, imponen el desarrollo de un espacio
turístico innovador desde un punto de vista territorial y turístico, y todo ello en el marco de una
tecnología de vanguardia y promoviendo una universalización del sistema desde el punto de vista de la
accesibilidad al mismo. Por tanto, es un nuevo concepto de destino turístico que plantea una dimensión
más dinámica de la actividad donde los múltiples agentes que la conforman están conectados por un
flujo constante de información, produciendo productos y servicios diversos (Segittur, 2013; Lamsfus &
Alzur‑Sorzabal, 2013).
Los destinos turísticos culturales se enfrentan a los retos impuestos por esta nueva concepción de
“destino turístico” donde el desarrollo de una infraestructura tecnológica de vanguardia adquiere un
peso capital, ya que la misma debe garantizar la eco‑eficiencia del destino, mejorar la conexión entre
destinos, personas y servicios, crear conexiones emocionales entre el visitante y el destino, etc., y,
para en el caso de los destinos culturales, facilitar y mejorar la interpretación del patrimonio. Este es
un campo donde se abren enormes posibilidades para el segmento del turismo cultural, por ejemplo,
desarrollo de video‑guías, de dispositivos ópticos inteligentes que faciliten los procesos de inmersión
histórica, experiencias personalizadas en los museos, técnicas de videomapping y holografía, etc., y
otras ya referenciadas como las técnicas de realidad aumentada.
No obstante, las posibilidades que abren estas herramientas para el turismo cultural en campos
como la difusión, comercialización, promoción, etc., no deben convertir a los destinos en esclavos de la
tecnología, de hecho, cualquier inversión que se prevea hacer debe contar con un buen estudio de costes
y de retorno de inversión ya que, en multitud de ocasiones, existen posibilidades imaginativas que aúnan
tecnologías supuestamente obsoletas con nuevas tecnologías, que pueden otorgar un valor añadido y
una nueva experiencia al turista, a la par que recabar información de interés para los gestores, y todo
esto con una inversión mínima.
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Aceptado: 01/06/2013
Sometido a evaluación por pares anónimos
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Nota de investigación
Resumen: Los modelos para el análisis de la competitividad de los destinos turísticos plantean en el
plano teórico diversos factores que afectan de manera directa o indirecta a la competitividad. Entre dichos
factores se encuentran, en lugar destacado, un amplio abanico de elementos que podemos integrar en el
constructo recursos. Adicionalmente, la literatura científica sobre competitividad de los destinos establece
que las características del destino justifican la consideración de unos u otros tipos de recursos así como su
prevalencia e importancia.
El objetivo de este trabajo consiste en identificar cuál debe de ser la tipología de recursos e indicadores de
los mismos a contemplar en un modelo de competitividad aplicable a una modalidad de destino turístico con
características propias como es el caso de los espacios naturales protegidos (ENP). Para ello, se realiza una
revisión de los diversos modelos conceptuales de competitividad de destino en aras de analizar, sintetizar y
evaluar la diversidad de recursos e indicadores a los que se hace referencia en dichos modelos.
PalabrasClave: competitividad, destino turístico, recursos, espacio natural protegido.
1. Introducción
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(Eagles et al., 2001:5) y estaba creciendo tres veces más rápido que el sector turístico en general (TIES,
2006:2). Las expectativas de la OMT (2001:98) establecían que la demanda internacional de ecoturismo
se incrementaría en un 20% anual y acrecentaría más su popularidad.
En este mismo sentido, los datos para Europa constatan la tendencia creciente en cuanto a viajes
cuya motivación es la naturaleza, incrementándose en los últimos años (Marques et al., 2010:971).
En España, los espacios protegidos registran un total de 21 millones de visitas. Concretamente, los
parques nacionales cuentan con 9,5 millones de visitantes mientras que los parques naturales reciben 11,5
millones de visitas. Además, casi el 13% de la superficie está protegida (Europarc‑España, 2012:10‑11).
El aumento del número de áreas protegidas en el mundo, el crecimiento del número de visitantes a
estas zonas y la importancia de la protección medioambiental así como de la concienciación ciudadana,
ha puesto de relevancia el turismo en los espacios protegidos. Sobre este aspecto, Saarinen (2004:445)
expone que el turismo en las áreas protegidas es uno de los sectores de mayor desarrollo y que diversos
territorios pretenden planificarse para atraer a más turistas interesados en la naturaleza. En consecuencia,
las áreas protegidas son consideradas importantes atracciones turísticas (Wall y Fredman, 2007:839)
y se configuran como destinos turísticos con características específicas.
En el ámbito científico, existen distintos modelos teóricos de competitividad que presentan como
una de las variables a considerar el factor recursos y que son empleados para evaluar y analizar la
competitividad de destinos concretos operativizados a través de múltiples indicadores. No obstante,
han sido escasos los estudios que han puesto el foco de atención concretamente en las particularidades
que deben de presentar los modelos de competitividad de los destinos vinculados a espacios naturales
así como en los recursos específicos de estas áreas, exceptuando los trabajos de Alaeddinoglu y Selcuk
(2011), Flores (2007) y Priskin (2001).
Los objetivos de este trabajo son, por una parte, realizar una revisión de diversos modelos teóricos
de competitividad de destinos turísticos en la búsqueda de información que nos permita clasificar
e identificar los distintos tipos de recursos contemplados en dichos modelos para, posteriormente,
seleccionar los indicadores más apropiados que puedan ser considerados en la elaboración de modelos
de competitividad para el caso particular de los ENP.
El trabajo se estructura en las siguientes secciones. En la segunda se sintetizan y clasifican las
aportaciones realizadas por los principales modelos e investigaciones de competitividad de destinos
turísticos en relación a la variable recursos. En la tercera se abordan los indicadores vinculados a los
recursos. En la última sección se exponen y comentan las principales conclusiones extraídas y se hace
una propuesta de indicadores de recursos adaptada al caso particular de los ENP que podría ser utilizada
en el diseño de futuros modelos de competitividad específicos para este contexto.
La literatura científica específica que aborda el concepto de competitividad de los destinos turísticos,
tanto a nivel teórico como empírico es bastante prolija tal y como avalan entre otros los trabajos de Bravo,
2004; Crouch y Ritchie, 1999; D’Hauteserre, 2000; De Keyser y Vanhove, 1994; Dwyer et al., 2000, 2004;
Dwyer y Kim, 2003; Enright y Newton, 2004, 2005; Flores y Barroso, 2009; Garau, 2007; Gooroochurn y
Sugiyarto, 2005; Hassan, 2000; Haugland et al., 2011; Hong, 2009; Kim, 2000; Kim y Dwyer, 2003; Kozak
y Rimmington, 1999; Melián y García, 2003; Mihalič, 2000; Monfort, 1999; Pascarella y Fonte, 2010;
Perles, 2011; Ritchie y Crouch, 2000, 2003; Rodríguez y Espino, 2007 y Sánchez, 2006. La mayor parte
de la misma nos remite a la interpretación de que la competitividad de destino es un concepto amplio,
relativo, subjetivo, complejo y multidimensional. Es por ello por lo que es preciso integrar una pluralidad
de factores o variables en la explicación de los resultados de la actividad turística en estos entornos.
Podemos destacar de entre las aportaciones a la competitividad de destino, aquellas utilizadas en
el diseño de modelos o para la señalización e identificación de la pluralidad de elementos con posibles
aportaciones significativas a dicha competitividad. Es el caso del diamante de Porter (1990); la Teoría de
los recursos y capacidades de Barney (1991¸ 1996, 2001), Foss (1997), Grant, (1991) y Wernerfelt, (1984);
el modelo conceptual de competitividad de destinos de Crouch y Ritchie (1999) y Ritchie y Crouch (2000,
2003); el modelo integrado de Dwyer y Kim (2003) y el modelo de Hong (2009), que podemos considerar
como referentes en el ámbito de estudio. En este sentido, se ha avanzado desde los postulados de la
Teoria de la ventaja comparativa, centrada en la disposición de recursos abundantes hacia la Tª de la
ventaja competitiva, configurándose la competitividad de los destinos turísticos como resultados de las
capacidades para agregar valor a los productos o servicios similares ofrecidos por destinos competidores.
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Lidia Blanco Cerradelo, Mª Isabel Diéguez Castrillón, Ana Gueimonde Canto 949
Sin ánimo de revisar exhaustivamente cada una de dichas teorías, identificaremos como se contemplan
los recursos en las mismas y su aplicación al contexto de destino turístico (Tabla 1).
El tradicional modelo de competitividad del diamante de Porter, que ha sido empleado en los últimos
años para analizar los determinantes de la ventaja competitiva de los destinos turísticos, plantea como
elementos determinantes de la misma las condiciones de los factores, los sectores afines y auxiliares,
las condiciones de la demanda, la estrategia, la estructura y la rivalidad de las empresas y dos factores
adicionales a tener en cuenta, la causalidad y el gobierno, debido a su capacidad de influencia en el
resto de factores (Monfort, 1999:77; Porter, 1999:174). En dicho modelo se hace referencia explícita al
importante papel que juegan tanto los recursos humanos como los recursos financieros, físicos, infra-
estructurales y de conocimiento, conformando todos ellos fuente de ventaja competitiva que permiten
crear valor, todos ellos son factores de competitividad básicos. También se contempla la necesidad de la
existencia de un conjunto de elementos denominados factores avanzados (infraestructura específica y
tecnológica de información, mano de obra especializada etc.), los cuales son necesarios para conseguir
ventajas competitivas de orden superior. Los recursos avanzados se crean sobre la existencia de los
factores básicos y, mientras que los factores básicos se heredan o constituyen inversiones modestas los
avanzados requieren inversiones cuantiosas y esfuerzos de largo alcance. Aplicando el modelo de Porter,
si un destino no dispone de éstos debe desarrollar fortalezas en otras partes del diamante.
Según la Teoría basada en los recursos, las fuentes de ventaja competitiva se encuentran dentro de
las organizaciones y están conformadas por un conjunto de recursos y capacidades (Barney, 1991, 1996;
Foss, 1997; Wernerfelt, 1984). Los postulados básicos de esta teoría plantean que la competitividad
se explica por el hecho de que los recursos de los que se dispone sean heterogéneos y no puedan ser
fácilmente transferidos, circunstancia que proporciona duración a la misma (Peteraf, 1993; Wernerfelt,
1984). La ventaja competitiva sostenida se puede obtener mediante el desarrollo de un conjunto de
recursos y capacidades exclusivas que no pueden ser copiados o imitados por otras empresas (Barney,
1991, 1996). Según los postulados de esta teoría, los recursos pueden ser considerados como los factores
que están disponibles para su uso y las capacidades se corresponden con los conocimientos y habili-
dades que posibilitan, actuando sobre los recursos, la generación de actividades que consigan obtener
diferencias en relación a la competencia. Los recursos se presentan como elementos independientes
y estáticos, mientras las capacidades tienen carácter complejo y dinámico. La utilización del término
recurso en el contexto del destino turístico puede interpretarse como “cualquier activo que se encuentra
en un destino y está disponible para ser usado en la actividad turística” (Melián y García, 2003:722).
Siguiendo a Barney (1991), Grant (1991, 1992) y Peteraf (1993) los recursos de los destinos turísticos para
aportar la ventaja competitiva sostenible deben de ser raros o escasos (no homogéneos entre destinos),
pero también difíciles de imitar, especializados e inamovibles o innegociables. Para Grant (1991) los
recursos pueden clasificarse en recursos tangibles e intangibles aludiendo al carácter físico y material
o inmaterial e invisible. Dentro de los recursos tangibles estarían los físicos y financieros, mientras
que en los intangibles podemos considerar, por una parte, los humanos vinculados a las cualidades
del personal y, por otra parte, los no humanos. Estos últimos estarían integrados por los tecnológicos
(tecnologías y conocimientos disponibles) y los organizativos (prestigio, reputación, marca, imagen, etc.).
El modelo de competitividad de Crouch y Ritchie (1999) es considerado como contribución de referencia
para el estudio de la competitividad de los destinos turísticos. Los autores indican que no es un modelo
“predictivo ni causal sino explicativo” (Crouch y Ritchie, 1999:146). Estos autores introducen la teoría de
la ventaja comparativa y la ventaja competitiva. La primera hace referencia a los factores o recursos de los
que está dotado el destino turístico, tanto los que ocurren de forma natural como los que han sido creados.
Para estos autores los recursos constituyen la clave del modelo, al asumir la doble función de atracción
y soporte. Están conformados por elementos motivadores de visita para los turistas y elementos que
ayuden a desarrollar las capacidades del destino recibiendo la denominación de recursos básicos y
recursos o factores de soporte respectivamente. Este modelo amplía los cinco tipos de recursos básicos
del modelo de Porter (recursos humanos, recursos físicos, conocimiento, capital, infraestructuras) al
contemplar adicionalmente los recursos históricos y culturales. Los factores o recursos principales
o atractivos se corresponden con la fisiografía (naturaleza, clima, pluviometría, etc.), cultura e
historia, vínculos del mercado, actividades de ocio y recreativas, acontecimientos y superestructuras
turísticas. Los recursos complementarios hacen referencia a aquellos facilitadores de que se desarrolle
una industria turística exitosa como es el caso de las infraestructuras, los recursos y servicios de
“facilitación” (instituciones financieras, disponibilidad y calidad de los recursos humanos de la zona,
recursos de capital, instituciones educativas, etc.), la hospitalidad, las empresas, la voluntad política
y la accesibilidad del destino.
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950 Propuesta de indicadores de recursos de competitividad turística en los espacios
Dwyer y Kim (2003) avanzan sobre el modelo de Crouch y Ritchie elaborando un modelo integrado de
destino turístico competitivo manteniendo la doble tipología y reclasificando los recursos básicos en dos
tipos de recursos: recursos creados y recursos heredados. Estos autores establecen la unidireccionalidad
de la relación entre los factores de soporte y los recursos, puesto que consideran que la existencia de
recursos sin el apoyo de infraestructuras turísticas, entretenimiento, comercio, etc., no puede generar
visitas (Dwyer y Kim, 2003:379).
El modelo propuesto por Hong (2009) con el objetivo de superar algunas de las limitaciones de
los modelos expuestos anteriormente, también integra los recursos, en este caso como parte de
las ventajas comparativas tanto exógenas como endógenas. Así, los elementos considerados en los
anteriores modelos como parte de los recursos básicos o recursos heredados son para Hong ventajas
comparativas exógenas, mientras que los recursos humanos y los recursos de conocimiento vincu-
lados a la innovación se corresponderían con ventajas comparativas endógenas. Ciertos recursos
de soporte también son entendidos por Hong como configuradores de las denominadas ventajas
competitivas de su modelo.
MODELO DE
DIAMANTE DE MODELO
TEORIA BASADA COMPETITIVIDAD
COMPETITIVIDAD INTEGRADO DE MODELO DE HONG
EN LOS RECURSOS DE RITCHIE Y
DE PORTER DWYER Y KIM
CROUCH
Factores básicos Recursos tangibles Atractores y Recursos heredados Ventajas
−− Recursos humanos: Físicos: Recursos básicos −− Recursos naturales comparativas
formación, oferta, infraestructura −− Fisiografía y clima −− Recursos culturales/ exógenas
legislación laboral general, equipamiento −− Cultura e historia patrimoniales −− Recursos naturales:
−− Mercados de turístico, −− Mezcla de Clima, Paisaje,
capital: coste, infraestructura de actividades Recursos creados Minerales
disponibilidad acceso −− Eventos especiales −− Infraestructura −− Recursos culturales/
−− Infraestructura: Productos y servicios: −− Entretenimiento turística patrimoniales:
Redes: carreteras, atractivos turísticos −− Superestructura −− Eventos especiales/ Historia, Música,
ferrocarril, −− Vínculos de festivales Pinturas, Folclore,
aeropuerto. mercado −− Gama de Templos, Eventos
Conexiones: actividades especiales
autobús, tren, taxi. disponibles −− Recursos de capital:
Electricidad, agua, −− Entretenimiento Inversiones en
residuos, servicios −− Compras activos fijos y
médicos crecimiento
−− Recursos
naturales y físicos: Ventajas
condiciones comparativas
ambientales, endógenas
recursos naturales, −− Recursos humanos:
culturales, Educación
patrimoniales en comercio,
−− Know‑how Capacitación
sobre el trabajo,
Protección y
cuidado de los
recursos naturales
−− Recursos de
conocimiento:
Expansión y
localización de los
recursos exógenos
existentes
−− Innovaciones
tecnológicas:
Innovación modo
de operación,
Creación eventos
especiales, recursos
de información
electrónicos
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Lidia Blanco Cerradelo, Mª Isabel Diéguez Castrillón, Ana Gueimonde Canto 951
Por tanto, los modelos e investigaciones básicas sobre competitividad de destino coinciden en
considerar a los recursos como uno de los principales determinantes de competitividad, aunque existen
diferencias en cuanto a la importancia relativa otorgada a los mismos tanto en relación con el resto de
las variables contempladas en los modelos como en la comparación entre recursos.
La teoría basada en los recursos sitúa a los denominados recursos críticos “el conjunto de recursos
y capacidades difíciles de negociar e imitar, escasos, apropiables y especializados que dan a la empresa
ventaja competitiva” (Amit y Shoemaker, 1993:36), como aquellos con valor para obtener una ventaja
competitiva sostenible, asumiendo que no todos los recursos de los que se dispone presentan estas
características.
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952 Propuesta de indicadores de recursos de competitividad turística en los espacios
En este sentido, Crouch (2011) sitúa a los recursos y atractores básicos como factor principal más
determinante e importante del modelo, al igual que sucede en el caso de los recursos clasificados como
ventajas comparativas exógenas del modelo de Hong (2009), en ambos casos actúan como pilares
fundamentales para la consecución de resultados en términos de competitividad, constituyendo los
factores más condicionantes y los que más aportan a los resultados del modelo. No sucede lo mismo en
el caso del modelo de Porter (1999:180), que considera los recursos avanzados con mayor importancia
en relación al resto de los recursos en aras de consecución de la competitividad, aunque establece que la
competitividad del destino dependerá no tanto del valor de dichos recursos sino de la interdependencia
con el resto de las variables del modelo. Los resultados serán por tanto consecuencia del efecto de todas
las variables del modelo, presentándose los recursos como condición necesaria pero no suficiente. Para
Dwyer y Kim los recursos heredados, creados y de soporte se encuentran a igual nivel y sin la vinculación
entre los mismos no se pueden generar resultados. El enfoque integrado de estos autores presenta los
tres tipos de recursos en la “base” de la competitividad del destino turístico (Sánchez, 2006).
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Lidia Blanco Cerradelo, Mª Isabel Diéguez Castrillón, Ana Gueimonde Canto 953
En el caso del trabajo de Flores (2007) en el que se analiza y mide la competitividad de dos parques
naturales aplicando el modelo de Porter, se utilizan indicadores objetivos y subjetivos de los factores
básicos y avanzados. Así se consideran indicadores para los recursos básicos: recursos naturales,
entre los que se encuentra la situación geográfica; recursos culturales, demográficos –mano de obra
abundante‑; y materiales –infraestructuras‑. También se emplean indicadores para valorar los factores
avanzados: a) experiencia de los territorios, en general y de sus empresas, en particular, en la gestión
de actividades turísticas; b) oferta formativa especializada en temas relacionados con el turismo; c)
cualificación de la población local en temas relacionados con las actividades turísticas y de gestión de
empresas; d) conocimiento de la realidad turística de estos espacios a partir de estudios e investigaciones
científicas; y, por último, e) grado en el que están presentes las nuevas tecnologías de la información y
comunicación en el desarrollo turístico de cada uno de los parques naturales.
Sancho y Ruiz (2004) también abordan la medición de la competitividad de ENP, desarrollan un
sistema integral de indicadores de gestión en el que figura información de los recursos naturales del
parque y del estado de los mismos; junto con otro tipo de información adicional relativa a la gestión
turística del parque; información de la situación socioeconómica del parque y de su área de influencia
y sectores productivos más vinculados a los recursos naturales.
Partiendo de la revisión efectuada de las aportaciones en el ámbito teórico y empírico sobre modelos
de competitividad de destino creemos ampliamente justificado el que un modelo adaptado a las carac-
terísticas del destino ENP incorpore el factor recursos tal y como presentan los modelos genéricos de
competitividad de destino turístico revisados y los modelos específicos basados en la naturaleza.
Para poder establecer la tipología de recursos a considerar es preciso atender a las características
específicas del destino turístico ENP. Partiremos de que el concepto de destino turístico es subjetivo
puesto que depende de las percepciones de los turistas (Buhalis, 2000:97) y, aunque suelen estar definido
por su jurisdicción (ciudad, país, provincia, pueblo), también existen lugares con características únicas
y con capacidad para atraer visitantes que pueden ser considerados destinos turísticos (Goeldner et al.,
2000:447). En este sentido, según Sancho y Ruiz (2004) los destinos ENP han de contemplarse como
tales debido a sus especiales características:
“Cuentan con unas condiciones naturales excepcionales (flora, fauna, formaciones geológicas etc.)
Albergan valores etnológicos, ecológicos y socioculturales que suponen un importante valor añadido.
Incluyen especies de flora y fauna, ecosistemas representativos de lo que existió hace tiempo en un país.
Cuentan con un marchamo de calidad, marketing y comercialización que les hace ser conocidos.
Proporcionan apoyo a las economías rurales e involucra a la comunidad local mediante la creación de
nuevos puestos de trabajo (guías, tiendas artesanales, etc.)”.
La propuesta de clasificación de los recursos combina las diversas perspectivas teóricas desde las
que se ha abordado en la literatura científica el constructo. La integración de las múltiples aportaciones
teóricas y empíricas nos ha permitido elaborar un sistema de indicadores integral que entendemos
recoge la diversidad de categorías y niveles de recursos planteada (Tabla 2).
La tipología de recursos diferencia entre los que consideramos recursos centrales identitarios
que actúan como factores tractores proporcionando capacidad de atracción al destino y los recursos
complementarios o periféricos, aquellos que aportan valor adicional a los centrales. La accesibilidad,
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954 Propuesta de indicadores de recursos de competitividad turística en los espacios
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Recibido: 11/03/2014
Reenviado: 13/05/2014
Aceptado: 10/06/2014
Sometido a evaluación por pares anónimos
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¿El turismo es cosa de pobres?
Patrimonio cultural, pueblos indígenas
y nuevas formas de turismo en
América Latina
Raúl H. Asenssio
Beatriiz Pérez Gallán
(Eds.)
www.pasosonline.org
Nota de investigación
Resumen: Nos encontramos inmersos en la denominada economía de experiencias, de ahí que todos los
sectores e industrias se vean de algún modo afectados por ello. En el caso del turismo se desarrolla de modo
paralelo el turismo experiencial, en el que el turista se convierte en amante de las emociones, sensaciones
y vivencias.
Por otro lado, la repercusión que ciertos sectores pueden tener en otros es una realidad, no teniendo que
desarrollarse de modo independiente y pudiendo cooperar en la búsqueda de objetivos beneficiosos para
ambos. Es el caso del sector audiovisual y los beneficios que éste reporta al sector turístico como promotor de
destinos. De ahí, que en la presente investigación se analice el papel de las series de ficción como inductoras
de sensaciones (factor experiencial) a la vez que favorecen la visita a destinos turísticos visionados en las
mismas.
PalabrasClave: economía de experiencias, turismo experiencial, series de ficción, destino turístico, emoción.
From experiential economy to experiential tourism. Fiction series as inducers of experiences and
destinations visit
Abstract: We are immersed in the so‑called experience economy, hence all sectors and industries look somehow
affected by it. In the case of tourism is developed in parallel experiential tourism in the tourist becomes lover of
emotions, feelings and experiences.
On the other hand, the impact that may have on certain sectors other is a reality, not having developed indepen-
dently and can cooperate in the search for beneficial objectives for both. This is the case of the audiovisual sector
and the benefits it reports to the tourism sector in promoting destinations. Hence, in this investigation the role of
fiction series as inducing sensations (experiential factor) while favoring visit destinations viewings there in are
analyzed.
Keywords: experiential economy, experiential Tourism, fiction series, tourist destination, emotion.
Los últimos años del siglo pasado y los años que han pasado del actual, son considerados como un
periodo en el que el capitalismo se ha abierto paso e instaurado como sistema económico, vigente a día
de hoy. Paralelamente, la comercialización de la experiencia, se ha convertido en una característica
que define dicha etapa (Ritzer, 1999). Se produce así un cambio a nivel global, en el que la denominada
economía de “experiencias” se abre paso ante la predecesora economía de “servicios”, en la que el nuevo
objetivo de la economía actual es ofertar experiencias únicas que interesen a cada consumidor, de
un modo individualizado, es decir, “customizado” ‑a medida del cliente‑ (Hellín y Martínez, 2009:3).
*
E‑mail: [email protected],
2. Las series de ficción como inductoras de la vivencia de experiencias y la visita a los destinos
turísticos asociados a las mismas
Dentro del sector audiovisual, el producto por excelencia y que mayor evolución ha presentado hasta
el momento, ha sido el cine. Dado que ha sido de los primeros productos en aparecer en dicho sector,
con una vida por tanto mayor, también ha sido el primero en utilizarse por otros sectores próximos o
afines con el objeto de beneficiarse a raíz del mismo. Así, dentro de las diferentes clasificaciones del
sector turístico, surge una nueva fruto de la unión del cine y el turismo, encuadrada una vez más en
el subsector que más amplitud y posibilidades de expansión presenta, el turismo cultural ‑subsector
en auge fruto del impacto de las actuales tendencias económicas y sociales (Turespaña, 2006)‑. Se está
haciendo mención al turismo cinematográfico o fílmico, entendido como “la actividad de ocio ligada a
localizaciones geográficas relacionadas con el cine” (R. Campo y Fraiz, 2010: 2).
Mas a día de hoy, emerge un producto íntimamente ligado con el cine que presenta altos indicios de
éxito, que es el de las series audiovisuales. No se trata tampoco de un producto novedoso, pero sí de
un producto que en pleno siglo XXI retoma esplendor, especialmente gracias a la aparición de nuevos
canales de distribución del mismo.
El lenguaje audiovisual es un modo de acercarnos a la realidad de un modo encubierto (García, 2005:
375), ya que tanto el cine, series de ficción como los contenidos de la televisión a nivel más amplio,
emplean todo los tipos de comunicación: “lenguaje oral, escrito, musical, plástico, corporal o cualquier
simbolización humana de la realidad” (Prada, 2005). Todo ello convierte el producto audiovisual en
una experiencia que hace emanar sensaciones en el espectador, ya que la forma de difundir y expresar
emociones lo convierte en un gran medio (Ferrés, 1995). En consecuencia, pasa a ser un excelente
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Noelia Araújo Vila 961
producto como parte integrante de la actual economía, y de un modo más próximo al sector turístico,
en una idónea oportunidad o medio de acercar ciertos destinos y recursos turísticos al espectador.
El impacto que los productos audiovisuales de tipo dramático (en especial series y largometrajes)
crean en el espectador, ha sido estudiado a lo largo del tiempo por numerosos autores (Igartua y Paez,
1998: 423). Los orígenes de tales estudios, datan de la década de 1970, en la que desde la perspectiva
del psicoanálisis se intentó comprender cómo se producía la recepción de cualquier obra de arte en
general y literaria en particular (Freud, 1974, 1985, Paraíso, 1994). A raíz de ello, la perspectiva de
los personajes fue analizada en el sector audiovisual, con el fin de conocer cuáles eran las emociones
asociadas al visionado de un producto audiovisual (Hoffner y Cantor, 1991; Tan, 1996). Así, se concluye
que desde que las series audiovisuales existen, el espectador se relaciona emocionalmente con las mismas
emanando una serie de sensaciones, entre las cuales los vínculos e identificación con los personajes de
las mismas se convierte en la emoción más destacada (Igartua y Paez, 1998: 423).
De dichos estudios (Davis, Hull, Young y Warren, 1987; Eron y Huesmann, 1986; Hoffner y Cantor,
1991; Huesmann, Lagerspetz y Eron, 1984; Josefowiez y Brewer, 1984; Tannenbaum y Gaer, 1965; Wilson
y Cantor, 1985; Zillman, 1988), se extraen una serie de emociones que emergen en los espectadores de
series audiovisuales, entre las que destacan (Igartua y Paez, 1998: 424‑429):
––Empatía “cognitiva”: entender, comprender y ponerse en el lugar de los protagonistas, facilitando
el seguir el trama de la serie desde el punto de vista de los propios personajes.
––Empatía “emocional”: implicarse afectivamente y entender lo que los personajes sienten. El
espectador es capaz de experimentar lo que los personajes de ficción sienten.
––Capacidad de “fantasear” o de imaginar: el espectador es capaz de anticiparse a los hechos de la
serie de ficción, intuyendo cuáles serán las consecuencias ante una u otra actuación ficticia.
––El hecho de “volverse protagonista”: el espectador llega a sentirse como si realmente fuese pro-
tagonista durante el periodo que dura el visionado de la serie, identificándose en mayor medida
con los personajes hacia los que siente más atracción (denominada atracción de “forma positiva”).
Como se observa, el vínculo emocional con una serie y la emanación de sensaciones son un hecho.
Actualmente son millones los seguidores de exitosas series audiovisuales, llegando a ser tal el nivel de
implicación en algunos casos, que ha surgido la figura del fan también aplicada a este sector. Se puede
definir a este colectivo como “el grupo de audiencia que mayor implicación en términos de consumo y
gratificación representa” (Grandío, 2006:1), ya que en términos genéricos, un fan es “un admirador o
seguidor de alguien” o “un entusiasta de algo” (RAE). A nivel de investigación, son cada vez más los
estudios que emergen respecto a este perfil, apareciendo los llamados Fandom Studies.
Han ido apareciendo por tanto varios estudios que investigan sobre este fenómeno asociado a las
series de ficción, ya que el fan es precisamente el espectador más interesado e involucrado en la serie,
verificándose el carácter experiencial de dichos productos. Investigaciones recientes tratan dicha
temática, centrándose en el sentimiento que se crea alrededor de series de culto o incluso programas
de televisión (Tulloch y Jenkins, 1994; Hills, 2004). Un ejemplo de ello es el que versa sobre la serie
Friends (1994‑2004), una de las más conocidas y seguidas a nivel mundial, con una notoria presencia
en Internet (páginas webs oficiales y no oficiales), lo que facilita estudiar su impacto y seguidores. Tras
una encuesta realizada a 2494 seguidores de la serie en España (emitida en el país desde 1997), durante
febrero‑abril de 2005, se extrae una serie de información relevante en cuanto al fenómeno experiencial
encuadrado en el campo de las series de ficción (Grandío, 2006: 2‑8):
––El 84,7% de los encuestados son seguidores que han visto prácticamente toda la serie, lo que por
un lado verifica que estamos ante una muestra conocedora de la serie y por otro, muestra el nivel
de implicación una vez que el producto es aceptado por el espectador.
––Los seguidores se autodenominan friendsmaníacos, friendsadictos o fanáticos, sin ser para ellos
ningún término peyorativo. Una vez más se demuestra el orgullo e implicación con una serie por
el parte del colectivo seguidor de la misma.
––Si la inclinación hacia la serie es alta (lo cual se verifica en esta muestra), se llega a crear cierta
dependencia.
––Las emociones son un factor notable en la audiencia de esta serie.
––Una vez finalizada la serie (2004), se crea un sentimiento de pérdida en los espectadores, llegando
algunos de ellos a repetir el visionado de la misma por temporadas.
––Se establece gran paralelismo entre los eventos de la serie y la propia vida del espectador; emergiendo
de nuevo el carácter experiencial (exaltación de sentimientos).
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
962 De la economía de experiencias al turismo experiencial
En definitiva, las series de ficción llegan a convertirse en parte de sus vidas, generadores de emociones
y protagonistas de muchas conversaciones con individuos de su grupo social de pertenencia (Pasquier,
1996; Seiter, 1989).
Como se ha visto hasta este punto, tanto el turismo como el sector audiovisual, y las series de ficción en
concreto, implican dinamismo, sensaciones y movimiento, por una parte como experiencia individual y como
otra como símbolo de progreso y modernidad (Hellín y Martínez, 2009: 5). Ambos sectores, pertenecientes
a una industria común, la del ocio, se encuentran inmersos en la actual economía de experiencias de modo
independiente, por lo que una posible cooperación entre ambos sectores es un hecho esperable.
El sector audiovisual está íntimamente vinculado con la actividad de viajar, y las series audiovisuales
como componente destacado del mismo, brindan la oportunidad de descubrir y trasladarse a otros
escenarios y situaciones, en otras palabras, de observar otras realidades. Al mismo tiempo, el acudir
y presenciar un recurso turístico se denomina “vista” (Del Rey‑Reguillo, 2007), apareciendo por tanto
una evidente similitud entre ambos campos, el fin de contemplar una realidad.
A pesar de detectar dicho vínculo e intuir posibles cooperaciones que beneficien a ambos sectores, no
es hasta hace tan sólo una década que sustentándose en bases científicas emergen sinergias entre ambos,
concretamente, entre el sector cinematográfico y el turístico, buscando la promoción conjunta a través
del fenómeno denominado “movie tourism” o “turismo inducido por el cine” (Rosado Y Querol, 2006: 29;
Hernández, 2004: 3). Un estudio realizado en 1998 por Riley, Baker y Van Doren, verificó el impacto que el
rodaje de 10 películas había supuesto, incrementándose la afluencia de turistas a tales destinos hasta en
un 50% durante los 5 años posteriores a su estreno, datos que respaldan la eficiencia de dicho fenómeno.
A día de hoy, aunque el turismo inducido por el cine sigue siendo una realidad, nos preguntamos el
por qué no ampliar la cooperación con el sector turístico con otro producto audiovisual de gran difusión
y relevancia, las series audiovisuales.
Volviendo al fenómeno del “movie tourism”, se demostraron una serie de parámetros que confirmaron
una mayor efectividad comunicativa emplazando un producto, en este caso un destino, en un largome-
traje, que en la publicidad tradicional. Parte de estos parámetros (3 de los 4 extraídos del estudio) son
perfectamente trasladables al producto serie audiovisual, por lo que a priori creemos que estamos ante
una nueva vía de promoción turística a través de un producto, las series de ficción, altamente introducido
y valorado en la sociedad actual. Los tres parámetros comentados son los siguientes:
––Alta implicación del espectador a través de una identificación imaginaria. Se produce una iden-
tificación narrativa, con los personajes y los hechos, es decir, con los “conflictos existenciales”
planteados (González, 1999).
––Se suspende la incredulidad de lo visionado, pasando la ficción a convertirse en una realidad,
produciéndose el denominado “efecto realidad” (González, 1999: 116). En consecuencia se retienen
sentimientos vinculados a las imágenes e historia (Hellín y Martínez, 2009: 9).
––El consumo de experiencias a través del largometraje se traduce en una “sensación alterada
e intensificada” e induce al deseo de reconocer in situ las imágenes visionadas en la pantalla
(MaCcannell, 2003: 34).
Finalmente, de la combinación del cine y el turismo, surge un nuevo tipo de turista, el denominado
“set‑jetter” (de la combinación de set, escenario, y jet, volar, viaje en avión). Se está por tanto ante un
turista cuya motivación u objeto de un viaje es desplazarse a un destino visionado en una película,
según Hosteltur, “personas que viajan a sitios que aparecen en las películas porque les ha impresionado”
(Hosteltur, 2006: 10). Mas a día de hoy, se ha demostrado que el destino visionado en un largometraje no
es la única motivación que lleva a viajar al set‑jetter, sino que existe una relación de destinos turísticos
objeto de visita tras su vinculación a un largometraje (R. Campo y Fraiz, 2010: 2):
––Las localizaciones de los rodajes de producciones cinematográficas.
––Los lugares donde se desarrolla la trama de la película.
––Las ciudades donde se sitúan grandes estudios cinematográficos.
––Las poblaciones ligadas a la vida de actores, productores, guionistas o directores.
––Los museos y otros recursos.
Tres de los cinco ítems que se acaban de citar, son posiblemente extrapolables al campo de las series
audiovisuales:
––Las localizaciones de los rodajes de las series audiovisuales.
––Los lugares donde se desarrolla la trama de la serie audiovisual.
––Las poblaciones ligadas a la vida de actores, productores, guionistas o directores.
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Noelia Araújo Vila 963
3. Conclusiones
A modo de conclusión, cabe mencionar que dadas las cifras que se mueven en el mundo audiovisual – alto
índice de descargas y elevadas audiencias‑, y el interés que despiertan en los espectadores, llegando para
algunos a ser un modo de vida, es evidente el interés de otros sectores afines, como el turismo, de buscar
sinergias con las mismas. A ello se añade la actual economía de experiencias en la que tanto el sector turístico
como el audiovisual se encuentran inmersos, buscando cada uno modos de satisfacer las vivencias que el
consumidor reclama a través de su cartera de productos: tipologías turísticas que exalten las sensaciones
en el primer caso y series de ficción, largometrajes y realities que emanen sentimientos en el segundo.
Ante esta perspectiva se presenta para los destinos turísticos una oportunidad de llegar a gran
número de potenciales turistas a través de este medio, estando presentes de algún modo en algún
producto audiovisual de notable repercusión.
En el momento actual, tanto a nivel internacional como en el caso nacional, son numerosos los ejemplos
de series u otros formatos audiovisuales (miniseries o largometrajes especialmente), con elevadas cifras
de audiencia y notable reconocimiento entre los espectadores (Lost, Mad Men, The Mentalist, House
o Prison Break, a nivel internacional, y Doctor Mateo, Águila Roja o Gran Reserva, como ejemplos
nacionales). De ellas emanan sensaciones y vínculos espectador‑serie, apareciendo así una oportunidad
para los destinos turísticos de emplazarse en las mismas y ser así objeto de interés de los espectadores.
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Recibido: 11/03/2014
Reenviado: 15/04/2014
Aceptado: 10/06/2014
Sometido a evaluación por pares anónimos
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Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 965-968. 2015
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Diego Rodríguez‑Toubes
Reseña de Publicaciones
ISBN: 978‑84‑368‑2860‑3
Diego Rodríguez‑Toubes*
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tercera categoría de turismo: el turismo urbano” (pág. 38). Por el contrario, el espectro de turismo interior
se amplía en otras aportaciones de la publicación a las manifestaciones turísticas que se desenvuelven
en el ámbito urbano y aquí tiene un peso importantísimo la protección del patrimonio cultural y su
gestión. El patrimonio cultural es el recurso turístico al que más atención se presta y lo entiende como
una manifestación de la realidad de los pueblos y la civilización, parte de nuestra memoria, al que hay
que darle una función social, de apertura al consumo de los visitantes entendido como labor educativa,
formativa y de disfrute. Y, al mismo tiempo, se estudia y analiza el patrimonio cultural entendido como
recurso turístico, un elemento generador de riqueza y desarrollo.
El libro se estructura en cuatro partes, en la primera, “Valoración, ordenación y planificación”, se
comienza realizando una valoración del turismo interior bajo la perspectiva de que su proceso, creci-
miento y auge está ligado a los espacios rurales. Esta caracterización del turismo de interior presenta
una tendencia de crecimiento superior al turismo de litoral y el turismo urbano y su valoración en
2010 alcanza los 16.445 millones de euros, algo superior al 14% del total del turismo. Como parte de
los programas de desarrollo rural se presenta en otro capítulo el caso de las actividades turísticas en
la zona fronteriza de Castilla y León con las regiones norte y centro de Portugal. En otros trabajos se
muestra el desarrollo del turismo interior como articulación de herramientas, marcas‑territorio, que
singularicen el destino teniendo en cuenta las características del contexto local, en este sentido se analiza
el caso de la comunidad Valenciana; y en el caso de Castilla y León se apunta a la transición que se
ha experimentado esta comunidad pasando de una planificación orientada a destinos turísticos a una
planificación orientada a productos turísticos, se varía de este modo el eje focal de la oferta a la demanda,
es decir hacia los intereses y experiencias que busca el turista, y del producto que quiere consumir.
La planificación y desarrollo del turismo en general, y por extensión el turismo de interior, precisa
de la ordenación y un marco legislativo que proporcione no sólo seguridad jurídica sino también los
mimbres para poder desarrollar una actividad con garantías. Las dificultades son evidentes, la gran
dispersión normativa que caracteriza al marco legislativo español, siendo un reflejo de la diversidad
cultural y social del territorio, es una dificultad añadida para su comercialización exterior. En un trabajo
se muestra el itinerario jurídico abordado por el turismo en España y como ha habido que adaptarse
al marco jurídico creado por la Directiva Europea relativa a los servicios en el mercado de interior, en
la base de esta Directiva está la defensa de la libertad de establecimiento y de prestación de servicios.
En la parte segunda se aborda los temas relacionados con las áreas de comercialización y comunicación.
En este apartado se da mucha importancia a la incorporación de las TIC a las formas tradicionales
de comercialización “acrecentando enormemente las posibilidades para toda la industria y muy par-
ticularmente para el turismo de pequeña dimensión en donde se ha abierto un nuevo escenario para
la distribución” (pág. 164‑165). Sin embargo esta tendencia debe ser mejor aprovechada. Aunque se
percibe un incremento la existencia y uso de las nuevas herramientas y mecanismos de comunicación,
queda un largo camino por recorrer en la mejora de su gestión. En este sentido las nuevas formas de
comunicación turística precisarán de una mayor personalización e interactuación entre los diversos
agentes, en busca de generar sensaciones y experiencias.
Sobre la construcción y comunicación de la imagen de los destinos turísticos se aportan dos artículos,
el primero de ellos presenta los rudimentos teóricos: la comunicación del concepto marca como imagen
ampliado al de marca experiencia. La comunicación, y concretamente las acciones de naturaleza
publicitaria, son “uno de los recursos principales de los que se valen los entes públicos turísticos para
influir en la imagen de marca del destino y contribuir a la experiencia de marca deseada” (pág. 221).
A continuación se analiza el caso de Castilla y León como destino turístico de interior. Desde 1989 la
administración pública de esta comunidad ha promovido sucesivas campañas publicitarias que han
conformado su imagen. El reto se presenta al tener que captar la atención del turista y sembrar la
inquietud viajera hacia un destino específico sólo con el medio de la publicidad. Además se ha tenido que
integrar la variedad de productos, actores y motivaciones de esta comunidad en campañas aglutinadoras,
coherentes con la imagen que se quiere ofrecer. Quizá sea este uno de los motivos por los cuales los
autores del trabajo encuentran cierta falta de coherencia externa en la comunicación de las campañas.
En otro trabajo se tratan las claves para atraer el turismo extranjero e irremediablemente aparecen
conceptos como marca, intermediación, visibilidad, comunicación, trabajo en la red, relación humana,
y confianza. Sobre la atracción de turismo extranjero es de interés el artículo sobre los efectos de la
contratación de compañías aéreas de bajo coste en destinos de interior. En algunos destinos específicos
‑ en el trabajo se analizan departamentos franceses de interior‑ se percibe como un aumento en la
llegada de viajeros no ha venido acompañado con el correspondiente incremento en el volumen de
pernoctaciones. Además, se hace ver que es necesario realizar un balance más integrador en la valoración
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
Diego Rodríguez‑Toubes 967
del rendimiento de las subvenciones que se ofrecen a las compañías de vuelo de bajo coste. Además de
incluir los aspectos sociales y medioambientales existen variables económicas que en ocasiones no son
tenidas en cuenta, tales como las inversiones efectuadas en infraestructura aeroportuaria.
Quizá sea el fenómeno de las Edades del Hombre sea un buen ejemplo de lo que se expone en gran
parte del tercer bloque de la publicación, centrado en los aspectos del patrimonio cultural y su gestión.
Se analiza el patrimonio cultural no sólo desde la perspectiva de recurso turístico sino que además se
profundiza en el valor e identidad del propio patrimonio. Las claves del gran éxito de la exposición las
Edades del Hombre se puede resumir en “un inmenso patrimonio, un enorme desconocimiento, una
nueva forma de exponer, una perfecta adecuación entre continente y contenido y un imaginativo guión”
(pág. 310). En otros tres capítulos la ciudad de Ávila y su provincia es merecedora de gran atención
en la que se desmenuza su entorno, sus museos y la propia ciudad monumental de santa Teresa. En
Segovia se analiza la arquitectura e historia de la puerta de Santiago en la muralla. Para estas y otras
plazas se programan itinerarios culturales, otro capítulo trata de este tema y específicamente de la
metodología para su diseño.
Los capítulos La valoración económica del patrimonio cultural y La gestión del patrimonio cultural,
una estrategia de dinamización turística pueden considerarse un puente entre la presentación del
patrimonio cultural y su gestión. “Para que los bienes patrimoniales puedan satisfacer las nuevas
necesidades y demandas de la sociedad se requiere un proceso de transformación o producción que
permita ofrecer a los individuos una serie de experiencias, servicios y bienes de todo tipo” (pág. 279),
estas experiencias abarcan aspectos culturales, educativos y recreativos. En el capítulo sobre la gestión
de centros históricos se hace una defensa de su valor artístico y cultural. Se propone la figura de “gestor
del patrimonio construido” como perfil profesional que puede aportar mucho a la revaloración económica
y puesta en valor de los centros históricos, y recuerda que los valores artísticos están por encima de los
económicos. El bloque dedicado a la gestión del patrimonio cultural termina analizando la gestión de
flujos de visitantes en espacios patrimoniales y el análisis de la capacidad de carga turística. Se muestra
un estudio de la Alhambra y Generalife en Granada en el que se emplean, además de las variables
físicas y ecológicas para el análisis, otras dimensiones complementarias como son la económica, social,
experiencial y política.
Se cierra la publicación con una cuarta sección que se centra en la presentación del turismo de interior
en el ámbito de los espacios naturales y del turismo rural, así como la presentación de experiencias
turísticas actuales en las que el turismo interior es un importante protagonista. Resulta interesante la
presentación de la citada como tercera etapa en la era del turismo rural en la que “es imprescindible (…)
incorporar a su estructura la idea de servicios nuevos, donde no puede faltar la gastronomía y la oferta
cultural” (pág. 436), además de incidir en la importancia del uso eficaz e intensivo de las herramientas
de comunicación. La capacidad de los espacios naturales como motor del desarrollo económico y de
empleo es presentado en el caso de Castilla y León en donde “se aprecian tendencias esperanzadoras
respecto a otros municipios rurales de características similares, en lo que se refiere a la creación de
empleo y nivel de actividad” (pág. 422).
Enoturismo y el turismo activo presentan una fuerte vinculación con el turismo rural y los escenarios
naturales. Ambas modalidades comparten la preocupación por los valores medioambientales, en este
sentido la explotación innovadora de los recursos debe ir acompañada de los criterios de sostenibilidad
compartidos por agentes turísticos, empresas y visitantes. Se presentan experiencias y actividades en
las que se busca elevar la oferta turística hacia un equilibrio entre la actividad turística y la protección
medioambiental del territorio –y la protección de los practicantes en el caso del turismo activo‑ en aras
a proporcionar un producto de calidad. El reconocimiento de nuevas tendencias de mercado, como el
mayor peso del turismo senior o la aparición nuevas motivaciones turísticas vinculadas al cine y series
audiovisuales son presentadas como parte de un nuevas fuentes en la que turismo de interior puede
sacar provecho teniendo en cuenta el perfil específico del turista.
Quizá una de las mayores contribuciones de este trabajo sea el de abordar de manera multidis-
ciplinar importantes temas que afectan al turismo interior. Uno de ellos es superar el desafío que
supone conformar los conjuntos históricos como destinos turísticos patrimoniales y, a su vez, integrar
la dimensión turística en la gestión de los conjuntos patrimoniales. Es un proceso de ida y vuelta en
el que la oferta de productos turísticos y la existencia de los propios bienes culturales entran en un
círculo virtuoso al ser considerados con criterios de protección, proyección y sostenibilidad. En el ámbito
de los recursos naturales y el patrimonio territorial es necesario tener en cuenta las consecuencias
medioambientales cuando se ponen en valor estos recursos. Se tratan fuentes de riqueza y empleo no
perpetuas y vinculadas a la calidad del mismo recurso (Pillet, 2011). Otro tema de gran importancia es
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. 13 N° 4. Special Issue. Julio 2015 ISSN 1695-7121
968 Turismos de interior. Planificación, comercialización y experiencias
la tendencia de incorporación de las TIC a la pequeña empresa. En el ámbito de los espacios naturales
y del turismo rural ha abierto posibilidades hasta ahora desconocidas para la gestión y comercialización
de los productos, y que antes sólo estaban al alcance de las grandes multinacionales, por ello “pasado
el tiempo quizá podamos nombrar a esta etapa como la etapa de la comunicación” (pág. 439).
Bibliografia
Recibido: 03/06/2014
Reenviado: 31/07/2014
Aceptado: 08/09/2014
Sometido a evaluación por pares anónimos
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Vol. 13 N.o 4. Special Issue Págs. 969-973. 2015
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Pablo de Carlos Villamarín
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El libro se divide en cinco partes. La primera, titulada “La caracterización territorial de la raya ibérica”
consta de cuatro capítulos, cada uno centrado en una de las regiones españolas implicadas. En el primero
de ellos, el profesor Campesino se ocupa de Extremadura, cuyo espacio fronterizo considera vertebrado
por las cuencas fluviales y las redes camineras, y en el que las arquitecturas militares constituyen, a
su juicio, señas compartidas de identidad transfronteriza. Tras describir las principales características
demográficas de los 21 municipios fronterizos extremeños, en los que predominan unos núcleos rurales
cada vez menos poblados, el autor concluye sintetizando algunas propuestas de ordenación territorial,
entre las que cabe destacar su apuesta, como motor de desarrollo, por el aprovechamiento turístico del
“enorme potencial de agua dulce” existente y su defensa, dentro de los planteamientos de la “Nueva
Cultura del Territorio”, de la consideración del territorio fronterizo como patrimonio cultural.
En el segundo capítulo, el profesor Márquez se centra en la frontera entre Portugal y Andalucía,
subrayando las diferencias entre el pujante litoral y el interior, en franca decadencia económica y
demográfica, golpeado por el éxodo rural. Dos elementos clave para la estructuración del territorio y el
diseño de cualquier estrategia de desarrollo endógeno son el río Guadiana y sus puertos y los puentes
de la frontera. Dos de las tres combinaciones fronterizas de ciudades‑puertos existentes, Ayamonte‑Vila
Real de Santo António y Sanlúcar de Guadiana‑Alcoutim, tienen, en su opinión, un indudable atractivo
turístico. Sin embargo, el puente internacional de Ayamonte, lejos de contribuir al desarrollo del territorio
fronterizo, habría servido para facilitar la comunicación entre núcleos de ambos países alejados de la
frontera. La aportación de los tres puentes contemplados en el marco del Proyecto INTERREG III‑A
HUBAAL no es mayor, al unir localidades despobladas. Frente a la fallida estrategia basada en la
construcción de infraestructuras, el autor apuesta por una estrategia de desarrollo endógeno que ayude
a recuperar la identidad de este espacio singular.
En el tercer capítulo, el profesor Senabre se ocupa de la parte de la frontera correspondiente a
Castilla y León. A pesar de las distintas metodologías empleadas en la ingente cantidad de estudios
y proyectos de investigación realizados al hilo de la progresiva institucionalización de la cooperación
transfronteriza en el área, todos ponen de manifiesto la pérdida y envejecimiento de la población, de la
mano del éxodo rural a las cabeceras comarcales y a las capitales provinciales, y la falta de estructura
del empleo. El análisis de la evolución de las variables demográficas en los municipios castellanos
fronterizos, de evidente carácter rural, corrobora el problema de despoblación y revela unos niveles
de densidad de población que el propio autor califica de muy preocupantes, con varios municipios que
merecen la catalogación de “desiertos demográficos”. Aunque el extraordinario patrimonio natural
y cultural de la zona se puede considerar fuente de oportunidades para corregir los desequilibrios y
fomentar el desarrollo, los numerosos proyectos de interés regional aplicados durante los últimos años
todavía no han obtenido los resultados esperados.
De la caracterización territorial de la parte de la frontera correspondiente a Galicia se ocupa la
profesora Padín. La autora comienza señalando los recursos comunes que comparten la comarca
gallega del Baixo Miño y la región portuguesa del Alto Minho, tanto naturales o culturales, como vías
de comunicación o servicios. Si a lo anterior se une el comportamiento de los turistas cuando visitan la
zona, cabe hablar, según la autora, de un destino turístico común o destino de frontera, definida esta por
el río Miño. Al abordar la caracterización demográfica de los municipios fronterizos gallegos, resalta los
graves problemas de despoblamiento y éxodo rural de aquéllos situados en el interior. Asimismo, analiza
la distribución sectorial de la población ocupada, destacando el importante peso del sector primario,
sobre todo en los municipios fronterizos pertenecientes a la provincia de Ourense. Por último, la autora
señala la enorme riqueza natural y cultural, susceptible de explotación turística, de dichos municipios.
La segunda parte del libro, “El turismo en las regiones de la raya ibérica”, también está integrada
por un capítulo dedicado a cada región española. En el primero, el profesor Pardellas realiza una
caracterización del turismo en Galicia, en la que contrapone los planteamientos de la administración
autonómica, volcada en la promoción de los Xacobeos, y los de la iniciativa privada, centrados en la
oferta litoral complementada por la gastronomía. En cuanto a otras ofertas turísticas específicas, resalta
cómo el turismo rural, pretendido instrumento de desarrollo de la Galicia interior, lejos de constituir
un complemento a las actividades agrarias, se ha convertido en la única actividad de quienes explotan
estos alojamientos. Del turismo urbano destaca cómo la colaboración público‑privada ha impulsado
la creación de nuevos productos que estarían contribuyendo a corregir la infrautilización turística del
patrimonio histórico y monumental de las ciudades gallegas. Por último, dentro del turismo termal y de
salud, señala cómo los balnearios habrían tenido un impacto positivo sobre la actividad económica de las
localidades en las que se ubican. Mirando al futuro, una de las opciones que propone es la consolidación
de un destino común con el norte de Portugal, centrado en el turismo de frontera.
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Por su parte, el profesor Jiménez aborda el caso de Castilla y León. Tras señalar algunas carac-
terísticas relevantes del sector turístico castellano‑leonés, subraya cómo los territorios fronterizos
presentan carencias en la oferta de servicios, sobre todo de alojamiento, y a la hora de convertir recursos
patrimoniales en recursos turísticos efectivos. En cuanto a la demanda, de marcado carácter estacional,
todavía es necesario determinar si reconoce y aprecia la frontera como un espacio turístico diferenciado.
Al respecto, un estudio elaborado en 2010 pone de manifiesto cómo el disfrute de los recursos existentes
en el territorio fronterizo apenas explicaría los desplazamientos por motivos vacacionales de los
habitantes de los municipios fronterizos de Castilla y León; además, la frontera todavía se percibiría
como una barrera y no como una fuente de oportunidades turísticas. En definitiva, el autor subraya
cómo las dificultades para el desarrollo turístico de los territorios analizados se ven agravadas por su
carácter fronterizo, sin que la anunciada voluntad de colaborar desde ambos lados de la frontera se
haya materializado en actuaciones sostenidas en el tiempo.
En el siguiente capítulo, el profesor Rengifo realiza una caracterización del modelo turístico ex-
tremeño, basado en la oferta de un buen número de modalidades turísticas específicas que persiguen
el aprovechamiento combinado de los excelentes recursos históricos‑artísticos‑culturales y naturales
de la región. Dada la presencia en el territorio de gran cantidad de especies de aves relevantes, las
instituciones están prestando especial atención al turismo ornitológico, apoyando, por ejemplo, al Club
de Producto Turístico “Birding en Extremadura”. La explotación turística de este rico patrimonio ha
traído consigo un notable crecimiento de la oferta regional de alojamiento, destacando la aparición de
una red de alojamientos rurales. Todo ello para albergar a unos turistas mayoritariamente nacionales,
sobre todo madrileños que aprovechan las buenas infraestructuras viarias que comunican Extremadura
con la capital. Incidir en las singularidades del territorio como soporte del patrimonio o en el apoyo a
segmentos sustentados en productos claramente definidos, son, a juicio del autor, dos de las prioridades
que han de guiar las políticas turísticas.
En el último capítulo de la segunda parte, el profesor Jurado aborda el análisis de la realidad turística
en el ámbito territorial transfronterizo Baixo Alentejo‑Algarve‑Huelva desde la perspectiva de los
modelos turísticos geográficos. Dos de ellos identifica en dicha zona: sol y playa‑litoral e interior‑rural.
El litoral, donde se concentra la mayor parte de la demanda y la oferta de alojamiento y equipamientos
turísticos, actúa como “área nido”, desde la que los turistas realizan excursiones a las áreas interiores. La
situación es diferente en el Algarve, destino de relevancia mundial, y en la provincia de Huelva, donde
el notable crecimiento de la oferta de alojamiento al hilo de la burbuja de la construcción no se ha visto
acompañado de un crecimiento similar de una demanda con marcado carácter estacional. A pesar del
notable incremento durante los últimos años de la dotación de casas rurales y la existencia de algunos
proyectos interesantes de destinos de interior a ambos lados de la frontera, el turismo todavía sigue
siendo una actividad complementaria en las áreas de interior, ricas en recursos histórico‑culturales y
naturales. Por último, si entre los obstáculos a superar el autor incluye la “escasa presencia de la marca
“Bajo Guadiana”, como instrumento identitario transfronterizo”, entre los factores de desarrollo propone
la creación de productos turísticos o la intensificación de la cooperación transfronteriza, pública y privada,
bajo la premisa del desarrollo sostenible. En su opinión, la proximidad geográfica y la complementariedad
de modelos y productos turísticos permitirían ver el ámbito territorial transfronterizo como un todo.
Tres son los capítulos que integran la tercera parte de la obra, “El turismo en la cooperación
transfronteriza de primera generación (1992‑2013)”, dado que no se aborda el caso de Galicia. En el
primero de ellos, el profesor Sánchez Rivero se ocupa de la Eurorregión Alentejo‑Centro‑Extremadura
(EUROACE). Considera el autor que su situación fronteriza puede generar oportunidades para que
Extremadura deje de estar a la cola de la competitividad turística en España. De hecho, el turismo es uno
de los sectores estratégicos en los que se basa la cooperación transfronteriza en el seno de la EUROACE.
Por eso, tras enumerar las debilidades (el territorio transfronterizo no se percibe como un destino con
una oferta conjunta y variada y no existe una estructura institucional de apoyo a la cooperación en
materia de turismo), amenazas (burocratización que entorpece el desarrollo de iniciativas turísticas
conjuntas y falta de armonización legal entre ambos lados de la frontera), fortalezas (recursos naturales
muy bien conservados, importante red de bienes histórico‑artísticos, oferta de alojamiento de muy
reciente construcción y alta calidad, no masificación y precios asequibles) y oportunidades (posibilidad
de convertirse en referencia internacional en turismo cultural transfronterizo, en turismo ligado al
agua y en turismo ornitológico) del sector en la EUROACE, señala algunos retos para los próximos
10‑15 años. Entre ellos, cabe destacar el desarrollo de una estructura de promoción y comercialización
de productos y paquetes turísticos transfronterizos basados en las tres modalidades mencionadas; la
creación de una marca turística única y de un plan de promoción turística conjunto; el estímulo de la
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turísticos y localizar la oferta de alojamiento y complementaria de una zona, hasta elaborar y difundir
una ruta turística. Tras presentar las dos versiones, local y remota, del proyecto TURFRON (centrado
en el área fronteriza extremeña), Sánchez describe tres de las diversas capacidades que un SIG de
este tipo pone a disposición de la investigación en turismo: visualización de información, generación de
consultas y estadística espacial. Dentro de esta última, que combina análisis estadísticos y cartográficos,
el análisis de puntos calientes mediante el estadístico Gi* de Getis‑Ord y la regresión espacial han
permitido detectar algunas zonas donde la oferta de alojamiento no se ajusta al potencial turístico.
En el segundo capítulo de esta última parte del libro, el profesor Salcedo propone una metodología
sencilla, basada en recursos en línea gratuitos, para realizar inventarios de recursos patrimoniales. El
procedimiento contempla tres etapas: extracción de la cartografía oficial de los portales de internet de
organismos relevantes como el Instituto Geográfico Nacional; utilización de teléfonos móviles (smartphones)
con tecnología GPS para localizar y grabar recorridos (tracks) y puntos de interés (marcadores) en el
territorio o tomar fotografías; y, por último, volcado de información catastral, geológica o información
obtenida en las anteriores etapas a la aplicación Google Earth©, para poder analizarla y, en particular,
construir mapas personalizados. Según el autor, estas tecnologías sencillas y baratas ponen el “control
del territorio” al alcance de cualquier persona que tenga unos conocimientos muy básicos.
Cierra el libro un capítulo de conclusiones elaborado por el Director de la publicación, profesor
Campesino.
El libro arroja luz sobre la situación de los territorios fronterizos españoles de la raya hispano‑luso,
cuyo gran problema, con la excepción de las escasas zonas litorales, es la despoblación causada por el
éxodo rural a los núcleos urbanos más próximos que, en algunos casos, las infraestructuras construidas
al amparo de la Estrategia Europea de Transporte habrían contribuido a agravar. Sin embargo, se trata
de zonas con una riqueza natural y cultural susceptible de servir de base a una estrategia de desarrollo
endógeno, a la que los programas e iniciativas europeas en materia de cooperación transfronteriza, de
momento, apenas han podido contribuir. En particular, parece que a la cooperación en materia de turismo
en la raya hispano‑lusa todavía le queda mucho camino por recorrer. En este sentido, el libro deja claro
el potencial existente del lado español para el desarrollo del turismo de frontera, fundamentalmente
de interior, pero en él apenas se describen proyectos que puedan incluirse dentro de la rúbrica del
turismo de frontera, ni se analizan los impactos socio‑económicos que estas actuaciones generan sobre
las comunidades receptoras implicadas. Por ello, tiene su necesario complemento en una segunda parte
que contendrá las aportaciones de expertos portugueses desde la perspectiva de su lado de la raya.
Bibliografia
Notas
1
http://www.poctep.eu/index.php?modulo=presentacion&pagina=index.htm&lateral=0
Recibido: 08/07/2014
Reenviado: 05/09/2014
Aceptado: 08/10/2014
Sometido a evaluación por pares anónimos
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VOLUME 13 | NUMBER 4 – SPECIAL ISSUE | JULY 2015 | ISSN: 1695-7121
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