quinta-feira, 31 de julho de 2008

EIS A MAIS BELA MULHER DO MUNDO

Monica Bellucci.

A VIDA PODE SER BELA COM(O) ELA

Monica Bellucci.

ESTA NÃO TEM MEDO DO LOBO MAU

Monica Bellucci.

CONTEMPLAR

«To Be By Your Side», Nick Cave.

SALVAR A CAPITAL (4)

Notícias sobre o mamarracho do Rato, no blogue Cidadania Lx.

FODA-SE, ISTO É MUITO BOM!

Control. Ian Curtis. Sertralina., por Tiago Galvão.
Um texto visceral, arrepiante, de homem.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

SALVAR A CAPITAL (3)

Já o tenho dito, e repito: a chave para fazer Lisboa entrar no futuro, com os pés assentes no passado, qual sólido alicerce, como as mais nobres capitais europeias ensinam, é parar toda a construção moderna e iniciar a recuperação dos antigos edifícios de qualidade; estes, estão identificados e são às centenas — é só começar pelos mais velhos, e vir por aí fora. Ou será que preferem continuar a demolir belos monumentos históricos e a produzir horríveis caixotes?

SALVAR A CAPITAL (2)

É a hora de salvar o Largo do Rato, lendo e assinando esta Petição.

SALVAR A CAPITAL (1)

O blogue Lisboa S. O. S. completa hoje um mês de vida. Parabéns! E bem-hajam!

AFORISMO PARA O DIA-A-DIA

Que Deus nos dê a graça de aceitar com serenidade as coisas que não podem ser mudadas, coragem para mudar as coisas que podem ser mudadas e sabedoria para distinguir umas das outras.
Reinhold Niebuhr (1892 — 1971),teólogo protestante.

MEU FADO II

Matar-me a escrever pensando que venço a morte escrevendo.

MEU FADO I

Ter saudades do futuro e não poder matá-las.

Olha!...

Evaporou-se o Site Meter! E eu que adorava bisbilhotar a proveniência dos meus visitantes... Está mal. Verdade seja dita, li algures que esse contador traz imensos inconvenientes. Quem souber destes assuntos informáticos, informe-me, please.
Adenda: O supradito voltou, e logo para me dizer que tenho o melhor mês — ainda não terminado — de sempre, até agora. Está pois perdoado o regressado portador de boas novas.

terça-feira, 29 de julho de 2008

ESTOU DE FÉRIAS

Terminei as tarefas anuais: obrigatórias, mas feitas a gosto. Agora, há que gozar Agosto. Para já, estou com uma neura danada.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

DA LIBERDADE

O velho professor — durante anos-a-fio — apaixonou-se sempre, secreta e platonicamente, por uma aluna de cada nova turma. Ia, assim, buscar inspiração, para chegar mais além nas matérias que leccionava. As suas improvisadas dissertações, a partir de temas clássicos, e que cativavam pela surpreendente imaginação, alimentavam-se dessa tensão erótico-intelectual, sem que, no entanto, alguém, alguma vez, tivesse descoberto tal (começando pelas suas próprias musas).
Certa vez, ao fim de trinta anos, já à beira da reforma, entrou na sala, cheia com novos alunos, e não encontrou — à primeira vista, como habitualmente acontecia — o novo luminoso objecto do seu inconfessável desejo. Não sentiu a mínima hesitação: sem uma única palavra, saiu do anfiteatro, e nunca mais regressou à Universidade. De seguida, retirou-se para paragens distantes; e, de lá, começou a escrever a todas as dezenas de musas, que guardava bem vivas na memória, começando pela primeira. Uma a uma, muitas foram-se juntando a ele. E, com ele, vivem hoje várias numa ilha deserta dos mares do Sul, em harmonia com a Natureza, e praticando um retorno diário à ancestral e criativa arte peripatética.
Tendo tomado conhecimento desta insólita e perigosa situação para a ordem mundial, altos representantes de múltiplos Estados reuniram-se — de emergência —, preparando uma missão especial de «libertação» da ilha. Seja o que Deus quiser.

NÃO PARES AGORA, VAI VALER A PENA

«Don't Stop the Dance», Roxy Music.

BOM DIA (49)

«Avalon», Roxy Music.

Ainda e sempre.

LIVRO PARA HOJE (64)

Nova Frente — Textos da Blogosfera, Bruno Oliveira Santos, edição Antília Editora, Porto, Julho de 2006.
Completam-se, neste mês, dois anos sobre a vinda a lume deste livro, que apresenta uma selecção de textos do blogue Nova Frente; e, assinalam-se, exactamente hoje, cinco anos de vida do referido blogue. Parabéns ao Bruno!
Nota: O livro pode ser adquirido, na rede, através do portal da Antília Editora.

domingo, 27 de julho de 2008

TRADIÇÃO E MODERNIDADE

Tenho constatado, com prazer, que várias famílias portuguesas fizeram blogues (fechados ao público, e bem) só para os seus membros poderem comunicar entre si: trocar memórias, mostrar documentos, esclarecer genealogias, marcar encontros, mandar postais de viagens, conhecer primos, e partilhar fotografias de festas — são alguns dos resultados práticos. Enfim, a mais moderna tecnologia, ao serviço da melhor tradição; assim, sim.

BOM DIA (48)

«Love Is The Drug», Roxy Music.

Mais uma vez, recorro ao último gentleman romântico da música popular contemporânea — Bryan Ferry —, para marcar o ritmo e dar o tom ao novo dia. Já se sabe que prefiro repetir o que me parece ser eternamente bom do que arriscar novidades passageiras, ou, pior ainda, cair em revivalismos anacrónicos. E, não me tenho dado mal, com este higiénico método de separar o trigo do joio. Além do mais, o tempo costuma dar-me razão.

FILTRAGEM DO LIXO TELEVISIVO

Antes de ligar o electrodoméstico mais famoso do mundo, com o objectivo de ver filmes transmitidos pelos diversos canais, recomenda-se uma passagem pela série diária de posts, intitulada «Que Fita Vai Hoje?», do Miguel Freitas da Costa. Poupa-se energia e evitam-se vómitos.

SERÃO SOLITÁRIO À MINHA MANEIRA

Chegado a esta fase do meu pessoalíssimo e solitário caminho estético, já só me contento com coisas boas. E fortes. As coisas boas ligam, aliás, com as fortes. E o belo nasce, precisamente, dessa síntese. Assim sendo, vou trazer para aqui a garrafa de Bushmills — para o beber puro, como deve ser —, enquanto leio Um Amor Atrevido da Sofia Vieira. Até porque a restante blogosfera literária é pouco mais do que uma banal paisagem institucional.

sábado, 26 de julho de 2008

A AGENDA CULTURAL QUE INTERESSA

1. — Duarte Barrilaro Ruas, por estes dias, está em cena com o seu espectáculo O Homem Anti-Gravitacional.
2. — Bruno Oliveira Santos, após uma pequena pausa, regressa em força à blogosfera com um texto de antologia sobre o triste Acordo Ortográfico.
3. — Pedro Guedes da Silva lança-se na crítica de Cinema com tal acutilância que faz perigar a minha coluna na revista Alameda Digital que ele superiormente dirige.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

LIVRO PARA HOJE (63)

A Toca do Lobo, Tomaz de Figueiredo, edição Editorial Verbo, colecção Obras Completas de Tomaz de Figueiredo, Lisboa, 1966 (3.ª edição, precedida de «Umas Poucas Palavras do Autor» e seguida de «Carta ao Júri do "Prémio Eça de Queiroz"».
Quem quiser saber mais sobre este escritor — que deveria ser de consumo obrigatório para os que andam sempre a fazer a apologia da Língua Portuguesa, mas mal a sabem escrever —, pode consultar este site.

MISSÃO PARA O FIM-DE-SEMANA

Começar a seleccionar os livros para as férias. Não confundir com os chamados livros de férias (expressão usada por quem nada lê ao longo do ano e leva um calhamaço novinho em folha para a praia). Dar-vos-ei conta antecipadamente das minhas escolhas, como fiz no ano passado.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

DO LIXO TELEVISIVO FEITO NAS AMÉRICAS

A quem por estes dias anda entretido com o visionamento nocturno da série The Tudors, aconselho a leitura deste artigo de Maria José Nogueira Pinto publicado no Diário de Notícias e a consulta desta página da Wikipedia, para que não coma gato por lebre, isto é, para que os erros históricos não passem em claro, que nós não gostamos de ser tomados por parvos, pois andamos por cá há quase mil anos, e, já tínhamos uma Corte civilizada e culta, quando outros ainda estavam em fase cavernícola.

Post Scriptum: Como nem tudo é miserável, salvaram-se as sequências da vida e morte de Sir Thomas More — São Tomás More, desde a canonização por Pio XI —, culminando na cena final da sua morte, onde é mostrada a dignidade de filósofo e a fé de mártir com que ele sofreu a sua injusta e cruel execução por decapitação.

REVIVALISMO E FUTURISMO — II

«I'm The Man», Joe Jackson.

Uma grande canção, dos meus tempos de Liceu, numa versão nua e crua, pura e dura, para não dizer tough e rough, que, já se sabe, não alinho em estrangeirismos...!

Serve ainda este tema como leitmotiv para dizer que, cá para mim, um bom blogue é aquele em que, falando abertamente das suas coisas com autenticidade, o autor se expõe e arrisca e pisa o risco. Isto aqui não é para meninos.

DO DIA PARA A NOITE

Se ontem tive oportunidade de dar uma boa notícia em relação ao meu Liceu, hoje fiquei banzado ao ver o estado a que chegou o edifício do Colégio onde fiz o Ciclo Preparatório: só visto, contado ninguém acredita!

LIVRO PARA HOJE (62)

Camilo — Génio e Figura, Agustina Bessa-Luís, edição Casa das Letras, 2008.
Para ler num quente dia de Verão à sombra de um fresco bosque de carvalhos.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

REVIVALISMO E FUTURISMO — I

«Friday», Joe Jackson.

— I'll be there.

DO DISCRETO PODER DA BLOGOSFERA

OBJECTOS ESTETICAMENTE ABJECTOS

Vejo certas peças de arte contemporânea e fico intrigado... De onde virá tanta fealdade? Depois, observo os artistas responsáveis pelas mesmas e fica tudo explicado. Afinal, as criações são feitas à imagem e semelhança dos seus autores.

terça-feira, 22 de julho de 2008

E ESTA VAI...

«Eternal Sunshine», Portishead.

Para a Ariana Luna.

O BLOGUE CRÍPTICO

Pressinto que vou ter hoje uma agradável surpresa, mas devo ser eu que tenho muita imaginação, e esta só percebe quem merece, que é como quem diz: quem está na mesma onda e responde à chamada a tempo e horas.

DA COMUNIDADE BLOGOSFÉRICA

Tenho tido um aumento significativo de visitas; e logo em época pouco propícia a estas coisas do bloguismo (este «ismo» é estético, como o de diarismo, e não ideológico), pois o pessoal por estes dias quer praia em vez de leitura — e fazem eles muito bem!
Neste processo de crescimento, custa-me saber que muitos dos meus novos leitores regulares são provenientes de blogues desaparecidos, ou em estado letárgico, entre os quais se contam alguns que foram, são e serão sempre para mim uma referência estética e literária. Só espero e desejo o melhor para os seus autores, até porque alguns são bons amigos.

UM BLOGUE SERVE PARA ISTO

Faz hoje um ano que escrevi este postal. Na linha da minha convicção de que mais vale repetirmos uma coisa de que gostamos do que arriscarmos novidades só por experimentar, vou relê-lo.

GUIÃO PERFEITO PARA ACABAR COM UMA NAÇÃO

Cinco passos para erradicar as nações do mapa-múndi. Um sinistro programa mundialista desmontado pelo Átrida.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

ANO E MEIO

Este blogue completa hoje 18 meses. É assim que se diz em relação às crianças; e, por acaso, até penso que um blogue tem muitas coisas à imagem e semelhança de um filho — e, já o disse e expliquei, logo ao início e à laia de princípio. Por outro lado, também me parece que um ano aqui vale por sete (esta agora já é conversa de cães e de gatos): desta forma, aproxima-se a entrada na problemática idade da pré-adolescência...

PERIGOSAMENTE «PERTO DEMAIS»

Clive Owen, Natalie Portman, Julia Roberts e Jude Law
em Closer (E. U. A., 2004) de Mike Nichols.
Por mero acaso, revi este filme, agorinha mesmo, numa exibição televisiva. E duas coisas houve que me agradaram:
Em primeiro lugar, senti um estranho aconchego ao saber-me sintonizado com o mundo, pois mais gente certamente esteve a vê-lo, e isso coloca-o na lista de conversas do dia seguinte para quem apenas fala do que vê na TV — e, acreditem, levo com alguns desses, embora habitualmente não lhes passe cartão, mesmo quando questionado de forma directa (por ser «a minha área») sobre o lixo televisivo que consomem todos contentinhos.
Em segundo lugar, descobri novos sentidos para a fita: é raro uma película deste género provocar-me segundas leituras, mas aconteceu; e, já que assim foi, vou ter de o visionar uma terceira vez — quem é que arranja o DVD e organiza a sessão?...

domingo, 20 de julho de 2008

UMA REPÚBLICA DISLÉXICA II

A actual esperança da esquerda portuguesa é um velho poeta de que a direita pateta gosta.

UMA REPÚBLICA DISLÉXICA I

A actual esperança da direita portuguesa é uma velha economista de centro-esquerda.

SERENÍSSIMA

Grace Kelly, Princesa do Mónaco.

sábado, 19 de julho de 2008

SELECÇÃO NATURAL

Sempre tive o terrível hábito de escolher as pessoas com que me dou por ouvirem os mesmos discos do que eu, ao que agora junto os blogues que lemos. Os maiores prazeres que disso retiro são as deliciosas surpresas que vou tendo.

TAREFA DA TRETA

Como não durmo em noites de Lua Cheia, fiquei para aqui a dar retoques em postais recentes, e em mais antigos também. Escrita corrigida, leitura renovada.

CRISE?...

Bob Dylan, Neil Young, Leonard Cohen e Lou Reed — para falar apenas dos senhores da velha guarda — estão em Portugal, por estes dias. Crise, só a minha, que não vejo nem um.

APONTAR O DEDO E DAR A MÃO A LISBOA

Sou do género de contemplar o que é bom e ignorar o que não presta. Uma questão de feitio, que tem tido a vantagem de me fazer poupar ao sofrimento inútil de múltiplas amarguras. Mas, quando toca à Cidade que mais amo, não posso olhar para o lado. Vem tudo isto a propósito de querer eu dizer que é obrigatório que todos nós colaboremos com o blogue Lisboa S. O. S., para que, ajudando a identificar o mal, tentemos salvar o que ainda resta do património histórico da nossa querida Capital.
Post Scriptum: Não sei de quem é a autoria do referido blogue, mas recomendo-o de caras.

NÃO SE ACANHEM

Certos alunos meus disseram-me entre dentes e em conversa de corredor que outros meus discípulos têm blogues. Façam o favor de dar um passo à frente e de se anunciar, até porque quanto mais mal-disposto ando mais vontade tenho de ler, ver e ouvir coisas novas e boas. E, está visto que a velha, desgraçada e estafada blogosfera portuguesa anda cada vez mais deserta de gente e de ideias, não fosse ela um espelho do País. Apesar de tudo, verdade seja dita, ainda é aqui que se encontra o que há de melhorzinho em Portugal.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

ANOS 80 COM SUZANNE VEGA (3)

«The Queen and the Soldier», Suzanne Vega.

Porque não há duas sem três, nem seis sem sete, ou lá o que é, e porque um gentil-homem precisa de amar uma Rainha para se bater por ela até à morte.

ANOS 80 COM SUZANNE VEGA (2)

«Small Blue Thing», Suzanne Vega.

Porque será que ainda hoje o coração bate mais depressa ao som desta bela balada? E, agora, com o acrescido perigo de ataque cardíaco...

ANOS 80 COM SUZANNE VEGA (1)

«Marlene On The Wall», Suzanne Vega.

Os meus saudosos anos 80 devem muito a esta Senhora. Quem estiver sintonizado na mesma onda, acuse-se.

DA FAMÍLIA

Ligeireza
No jantar após o recente debate parlamentar, o senhor primeiro-ministro afirmou: «Eu sou de um partido onde era absolutamente impossível que um líder pudesse dizer que o principal objectivo da família é a procriação. Aqui no PS não temos essas frases porque elas são pré-modernas, e como já alguém disse, parece-me até que são pré-Concílio Vaticano II» (RR, 11/Julho, 2:23). De facto, ele nunca diria isso. Aliás, este executivo é o primeiro que, no seu Programa de Governo aprovado em 2005, não incluiu uma secção sobre os problemas da família ou menção sobre a grave decadência demográfica de Portugal.
Influenciado por ideologias obsoletas, o Governo manifesta total ignorância sobre isto. Enfrenta já alguns dos seus efeitos, como o envelhecimento, a crise da segurança social, imigração, insucesso escolar, marginalidade, crime, desemprego, desertificação, divórcio, solidão. Até foi obrigado a arranjar à pressa uns apoios à natalidade que além de inúteis são quase patéticos.
Mas não consegue entender aquilo que ensinam todos os autores sérios de Sociologia, Demografia, Economia e Ciência Política, que a crise da família é a principal causa comum de todos estes problemas e são necessárias medidas rápidas e inteligentes para lidar com algo que, sendo de enorme complexidade, pode destruir a cultura, sociedade e economia portuguesas.
Entretanto, com ligeireza inacreditável, o senhor primeiro-ministro prefere tratar estas coisas como antiquadas ou religiosas. Na sua cegueira, até se orgulha do que será a maior crítica que o futuro lhe fará.
João César das Neves[email protected]

DOIS MIL E QUINHENTOS POSTAIS

Este postal leva o n.º 2500. Caramba! Se eu fizer agora um descanso, que os olhos e as costas reclamam, afastado do computador, não levam a mal, pois não?

LUA CHEIA

Les Nuits de la Pleine Lune (França, 1984), de Eric Rohmer.

MÁS NOTÍCIAS

O Paulo Cunha Porto é o rapaz mais culto da minha geração, das pessoas que conheço — e conheço muita gente, talvez até de mais. Que ele não tenha conseguido encontar o seu lugar nesta comunidade virtual, faz-me descrer das virtudes da blogosfera. Ficam O Misantropo Enjaulado e As Afinidades Efectivas como duas suas extraordinárias obras incompletas. Vou ter saudades dele, aqui, à distância de um toque.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

LIVRO PARA HOJE (61)

Dicionário Cultural da Mitologia Greco-Romana, direcção de René Martin, tradução de Fátima Leal Gaspar e Carlos Gaspar, edição Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1995.
Deixo aqui a indicação desta obra de consulta que me parece ser fundamental para conhecermos as nossas mais profundas raizes culturais. Assim, quando nos transformarmos numa minoria no nosso próprio território europeu, poderemos pedir os subsídios e mordomias da praxe, para as ditas, com conhecimento de causa. Preparemo-nos pois, que já faltou mais.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

TENHAM CALOR, TENHAM MUITO CALOR!...

Conte d'Été (França, 1996), de Eric Rohmer.

terça-feira, 15 de julho de 2008

OBSERVATÓRIO DO FUTURO

Vou ali ver os trabalhos finais — em formato de curtas-metragens — dos meus alunos e já venho. Espero gostar tanto como no ano passado.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

DA ANÁLISE DA ACTUALIDADE POLÍTICA

Os dois melhores blogues colectivos portugueses de análise da actualidade política nacional e estrangeira são o Atlântico e O Insurgente. Os assuntos são lá tratados por pessoas livres, que pensam pelas suas próprias cabeças, e que não debitam a cartilha do politicamente correcto. Digo isto com todo o à-vontade que me advém do facto de não ser aquela exactamente a minha Direita (na verdade, só conheço para aí mais três ou quatro excêntricos que pensam como eu). Sei no entanto reconhecer o que é bom e tenho gosto em indicá-lo.

DAS NOVAS FORMAS DE CONSERVAR A TRADICIONAL ARTE DE CONVERSAR

Durante anos a fio — os da saída da adolescência e de entrada na idade teóricamente adulta —, andei sempre com um caderno de bolso de capa preta dura e folhas brancas lisas metido na algibeira do blazer, ou do blusão de cabedal, ou na mão, estivesse eu num café, num cinema, numa tertúlia, num concerto, num fim-de-semana alucinante, ou numa viagem distante. Na sequência deste hábito, possuo dezenas deles guardados; mas, não convenientemente organizados. Tenho a clara sensação que ganharei em lê-los com bastante distância temporal, e sei que me surpreenderei quando o fizer. Só espero não me assustar com o que lá vier a ver quanto lhes puser de novo os olhos em cima. Anseio sim por lá encontrar registadas sínteses das melhores conversas que tive nesses anos.
Aqui, neste bloco de apontamentos dos novos tempos digitais, a coisa processa-se de diferente maneira; pois, todos os santos dias pomos a escrita em dia e deitamos conta à vida, através dos postais anteriores e do arquivo (sempre à mão de semear). Acresce ainda a isto, muito especialmente, a interacção com amigos que nos enriquecem com oportunas trocas de opiniões feitas por computador, telemóvel, ou ditas de viva voz — por vezes até ao vivo e a cores (as melhores, porque mais saborosas). Desta forma, lançando pontes, trata-se já de conversar — essa superior arte que permite estabelecer e definir afinidades.
À laia de remate, posso dizer que consegui assim colocar ao meu serviço os modernos canais de comunicação, tendo no entanto a certeza de ser o tradicional contacto directo o fim que justifica a utilização dos novos meios.

domingo, 13 de julho de 2008

ENQUANTO...

«Le Plus Beau du Quartier», Carla Bruni.

... Não tenho sons e imagens do terceiro e mais recente álbum da diva, publico aqui um vídeo gravado ao vivo de uma canção do seu primeiro disco.

Ainda para mais, sempre que evoco a primeira de entre todas as modernas musas europeias, costumo ter sorte: sai-me logo um bónus, e fico a sentir-me como o personagem da letra da música...

Adenda: Para que não me esqueça, em estilo de lembrete fica aqui registado que um dia destes hei-de escrever sobre mulheres que sabem assobiar.

NOSTALGIA DO PASSADO

Bons olhos vejam o Pedro Guedes regressar em força com o seu Último Reduto, e logo para se sintonizar comigo no que toca a memórias de um fim-de-semana musical de 1985, em Cascais, onde, sem nos conhecermos ainda, ambos estivemos. De facto, após o concerto de sexta-feira, dos alemães Propaganda, assisti igualmente no Sábado a essa inolvidável actuação de Lloyd Cole & The Commotions. Diga-se que estes regressaram no ano seguinte, ao mesmo Pavilhão do Dramático de Cascais, para darem — aí sim! — um dos mais cativantes espectáculos que presenciei até hoje. Perturbante sinal de que vou para velho é que não consigo recordar-me do concerto dos Heróis do Mar (de quem eu era ferveroso fã à época), nem lembrar-me da banda que abriu a noite de Sábado (teriam sido os Delfins, muito em início de carreira?). Quanto ao resto, lembro-me bem da minha companhia na dupla jornada, o que já é qualquer coisa...

sábado, 12 de julho de 2008

DO TER E DO SER

Tenho tudo mas falta-me algo que é tudo para eu ser eu.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

NO MEU BLOGUE (5)

Não tenho um programa, tenho uma vontade.

NO MEU BLOGUE (4)

Não ligo à novidade, ligo à saudade.

NO MEU BLOGUE (3)

Não gosto de bom-senso, gosto de bom-gosto.

NO MEU BLOGUE (2)

Não escrevo por encomenda, escrevo sem emenda.

NO MEU BLOGUE (1)

Não falo do que acontece, falo do que permanece.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

FICÇÃO CIENTÍFICA DE PERNAS PARA O AR

Barbarella (França/Itália, 1968),
de Roger Vadim,
baseada na banda desenhada de Jean-Claude Forest,
com Jane Fonda.

FICÇÃO CIENTÍFICA MUSICAL

«Rock Lobster», B-52's.

ÀS MINHAS LEITORAS SONHADORAS

Sonho causado pelo voo de uma abelha em redor de uma romã,
um segundo antes de despertar
, 1944
SALVADOR DALÍ (1904 — 1989)
Óleo sobre Tela, 51 x 41 cm
Colecção Thyssen-Bornemisza.

GRANDE ONDA!

A Mar dá-nos Arte numa dimensão lúdica, que é a que faz falta, no meio de um meio de artistas que se levam muito a sério. 'Bóra lá brincar!

MISTÉRIO

Para além das pessoas mencionadas no postal anterior, e das provenientes das ligações alinhadas aqui ao lado, eu sinceramente não esperava ter outras visitas nesta pequena casa lusitana. Afinal, chegam-me aqui às catadupas...! Quem é que anda aí?...

CASA

«Langue d'Amour», Laurie Anderson,
do álbum Home of the Brave.

Aos membros vitalícios do Clube dos Amigos da Sétima Arte — CASA:
Diogo, António, Pedro, Ana Rita, Pedro, Inês, Sofia, Inês; Maria, Francisco, Tomaz, Paulo, Sofia; Francisco, Cláudia, Rosário, Rita, Ana, Cristiana, Pedro, João, Sofia, Pedro, Marta, Patrícia; Pedro, Helena, Rory, Joana, Marcelo, Isabel; Ana Margarida, António, Inês, João...

Saudações Cinéfilas,
Beijos e Abraços,

quarta-feira, 9 de julho de 2008

DO QUE EU ME HAVERIA DE LEMBRAR...

«Moments in Love», Art of Noise.

Tão anos 80, tão vídeo, tão ambiental, tão perigosamente na fronteira do kitsch, tão minimal, tão melódico, tão romântico.
Eu gosto. Ainda. E sempre.

MEMÓRIAS MUSICAIS

Lembro-me é muito bem de ter assistido a um fantástico concerto dos Propaganda no Pavilhão do Dramático de Cascais em 1985, caro confrade Lights.

CIDADE PARA HOJE (2)

Porto.

UMA MIÚDA QUE É UMA QUERIDA (1)

Andie MacDowell.
Não é «da minha geração» (já se sabe), nem «podia ser minha tia» (porque não dá), muito menos «podia ser minha filha» (coisas da cronologia). Assim sendo, inaugura-se aqui, com este novo título, mais uma série fotográfica dedicada a homenager as miúdas.

LIVRO PARA HOJE (60)

Roteiro da Ribeira-Lima, Conde D'Aurora, edição Manuel Barreira, Porto, 1959 (3.ª edição, revista e aumentada, com «Novos Figurantes, Personagens e Fantasmas»).
Tiro da estante e folheio este belo volume, que me foi oferecido pela minha querida amiga Conceição — neta do Autor —, e faço de imediato este postal a pensar na cara confrade Cristina. Na blogosfera está tudo ligado, à distância de um toque. É disso que eu gosto.

terça-feira, 8 de julho de 2008

NOVAS NAVEGAÇÕES

Escrever em Língua Portuguesa é ter a responsabilidade de estar a falar para 245 milhões de pessoas; e, refiro-me apenas àquelas que têm esta como Língua-Mãe. Conjuguemos isto com a novidade de nunca nenhum meio antes ter tido a capacidade de comunicação global que hoje a internet proporciona. Saibamos então usá-Las — a Língua e a internet — para repensar Portugal, com a ajuda de todos os que bebem da Cultura Lusíada nos quatro cantos do Mundo. Se não fizermos destes os nossos novos Descobrimentos, outras oportunidades não haverá. É a Hora!
Nota 1: Tive de reeditar o número indicado no postal, para acrescentar esses simbólicos 5 milhões de Portugueses da Diáspora, que muito prezo, e estranhamente me esqueci de adicionar aos falantes dos Países de Língua Oficial Portuguesa.
Nota 2: Reescrevi o postal, para o tornar ainda mais claro e universal, em 15.7.08.

MAS VALE TARDE DO QUE NUNCA

Prova viva de que estes mares ainda têm ilhas por descobrir, só hoje, nas minhas navegações, descobri o Interzone.

LIVRO PARA HOJE (59)

Viagens na Minha Terra, Almeida Garrett.

JÁ NÃO ERA SEM TEMPO...

Já posso ir matar saudades da cara confrade Curiosa!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

DO RECORRENTE TEMA DOS 40

Ah, pois vai, de certezinha! E, até fui buscar este meu postal, sobre a matéria. Faz sentido, cara confrade Vieira do Mar?

HÁ SEMPRE UMA PRIMEIRA VEZ

«A Sós com a Noite», Ana Moura.

QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA

«O Fado da Procura», Ana Moura.

DE OLHO EM LISBOA

VER PARA CRER

Um blogue que mostra o triste estado de saúde a que chegou a capital: Lisboa S. O. S.. Espero que os sintomas aqui expostos ajudem a fazer o diagnóstico, e que a partir deste se possa arranjar remédio para a doença de que sofre hoje Lisboa.

domingo, 6 de julho de 2008

MUITO À FRENTE

Frau im Mond (Alemanha, 1929), Fritz Lang.
A mulher vai à Lua em 1929 no Cinema pela mão da visionária e brilhante argumentista Thea von Harbou e do seu genial marido realizador Fritz Lang.

LIVRO PARA HOJE (58)

Cinema e Ficção Científica, J. Siclier e A. S. Labarthe, tradução de Francisco Xavier Pacheco, edição Editorial Aster, colecção Filme, n.º 5, Lisboa (sem data).
Com um abraço, de obrigado, ao António.

POEMA PARA HOJE

The Raven, Edgar Allan Poe.

VISÕES DE FUTURO

A tensão e a pressão das condições modernas podem ter muitos aspectos desagradáveis mas um tiveram, muito favorável — a necessidade de concisão e ponderado interesse da obra literária. Um dos triunfos críticos de Poe foi prever a necessidade de poemas curtos. Foi esta uma das suas visões de futuro, tal como o conto policial foi uma das suas antecipações desse mesmo futuro.

FERNANDO PESSOA
(1888 — 1935)

sábado, 5 de julho de 2008

DA ESTÉTICA E DA ÉTICA

DA RECENSÃO LITERÁRIA

Um interessante texto de Henrique Raposo sobre o livro The Poverty of Multiculturalim de Patrick West. Para ajudar a acabar de vez com essa tara suicidária do multiculturalismo.

BOAS NOVAS

O Estado Sentido mudou de morada e apresenta-se com um visual mais luminoso e depurado. Lá está: alterar o acessório, para preservar o essencial. É assim mesmo!

DA FOTOGRAFIA E DA FILOSOFIA

Um post profundo de Carlos Miguel Fernandes.

DA INICIAÇÃO À BOA LITERATURA

Eça, visto pela Luísa, com a ajuda de Camilo.

DA FOTOGRAFIA

Um belo textículo de Miss Allen.

DAS BELAS LETRAS

Mais uma bela peça do encantador puzzle de Um Amor Atrevido da Sofia Vieira. Eu, parvo, para aqui à procura de leitura na rede, só agora a descobri.

TRANSCENDÊNCIA

Do solipsismo ao Simbolismo.

BLOGUISTA BABADO

Avisa-me o Site Meter que este blogue atingiu o total de 100000 page views (cem mil páginas visionadas).

sexta-feira, 4 de julho de 2008

E...

Já agora, podem aproveitar o compasso de espera para explorar as «ligações» recomendadas pela casa. Vão ver que não se arrependem.

REVISÃO DA MATÉRIA DADA

Este bloguista está mesmo necessitado de sopas e descanso, ou de mergulhos e imperiais... — nem sei bem que opção hei-de tomar. Por isso, façam o favor de ir consultando o «arquivo», que têm lá muito com que se entreter, enquanto vou ali e já venho.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

MORAL DO PENSAMENTO CONSERVADOR

As modas são passageiras, os valores são eternos.

REMATE DO PENSAMENTO CONSERVADOR ANTERIOR

No entanto, devem mudar-se algumas pequenas coisas acessórias, adaptando-as ao espírito do tempo, para que o essencial possa permanecer intocável.

PENSAMENTO CONSERVADOR PARA HOJE

Quem muito muda, pouco acerta.

NOITE ESCALDANTE

Sexta-feira, dia 4 de Julho, às 10 da noite, no Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Calouste Gulbenkian, é exibido o filme Hiroshima, Mon Amour (França/Japão, 1959), de Alain Resnais, baseado na obra homónima de Marguerite Duras. Espera-se que a noite esteja tão quente quão o amor proibido vivido em terras do Sol nascente por uma bela actriz francesa em filmagens e um arquitecto japonês. A partir de uma paixão assolapada, não fosse uma história de Duras, uma fita sobre os labirintos da memória, à boa maneira de Resnais.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

UMA MIÚDA DA MINHA GERAÇÃO (15)

Irène Jacobs.

DAVID CONTRA GOLIAS

Admiro a Irlanda e a Polónia. Nações antigas e espirituais que não hesitam em resistir e bater o pé aos monstros, na boa tradição das lendas célticas e das lições católicas. As sua lutas dão sempre frutos, anos depois. Aguardemos, pois.

EM HARMONIA COM A NATUREZA

No mês das tílias em flor, bebo chá de tília para dormir melhor.

AO RODRIGO B. C.

«Harry's Game», Clannad.

terça-feira, 1 de julho de 2008

À FLOR DO MAR

Laura Morante
em À Flor do Mar (Portugal, 1986)
de João César Monteiro.

COSMOCÓPULA

I
Membro a pino
dia é macho
submarino
é entre coxas
teu mergulho
vício de ostras.
II
O corpo é praia a boca é a nascente
e é na vulva que a areia é mais sedenta
poro a poro vou sendo o curso de água
da tua língua demasiada e lenta
dentes e unhas rebentam como pinhas
de carnívoras plantas te é meu ventre
abro-te as coxas e deixo-te crescer
duro e cheiroso como o aloendro.
NATÁLIA CORREIA
(1923 — 1993)