Papers by Douglas Attila Marcelino
A morte como metáfora do tempo: o ensaio em Eduardo Lourenço e Michel de Certeau, 2022
Bastante presente nos textos de Michel de Certeau, o tema da relação entre morte e escrita, morte... more Bastante presente nos textos de Michel de Certeau, o tema da relação entre morte e escrita, morte e literatura ou, mais especificamente, da morte como origem da expressão poética teve importante presença no ambiente intelectual francês do pós-guerra. Autores como Maurice Blanchot e Georges Bataille, que foram centrais nesse debate, tornaram-se relevantes interlocutores em textos do historiador francês, marcado por suas preocupações com a complexidade dos vínculos entre historiografia e literatura. Este ensaio examina a forma peculiar pela qual Michel de Certeau se aproximou desse debate literário, empregando tópicas comuns ao que se convencionou denominar de o “pensamento do fora”, mas produzindo também leituras críticas a essa tradição, sobretudo por meio do que chamou de “escritas antimísticas”. Fundamentalmente preocupado com a historicidade da escrita, Michel de Certeau se voltou tanto para o problema da “perda” ou do “vazio” como origem da possibilidade poética, quanto para o risco de um completo apagamento dos traços que tornam o “sujeito” (no sentido psicanalítico) sempre dependente de um lugar ou de uma instituição. Com isso, ele pôde refletir sobre as particularidades da escrita historiadora, ao mesmo tempo em que criticou as pretensões realistas de afastar a historiografia da dimensão poética que lhe é inerente.
História da Historiografia, 2021
Neste ensaio, os pressupostos éticos relativos às configurações dos domínios de natureza discipli... more Neste ensaio, os pressupostos éticos relativos às configurações dos domínios de natureza disciplinar são tomados como interrogação central aos estudos de teoria da história e da historiografia. Os riscos do estabelecimento de fronteiras e, portanto, de um modo determinado de se relacionar com o outro são colocados em perspectiva crítica, problematizando-se uma ética da passagem, da travessia e da circulação e, por outro lado, a sua recusa por meio da secundarização do corpo, do cuidado e da vulnerabilidade. Inicialmente, essas reflexões são realizadas a partir de um diálogo com autores diversos para, em seguida, analisarem-se com mais profundidade questionamentos similares realizados por Michel de Certeau. O objetivo é indicar a riqueza de suas formulações e suas consequências em favor de uma ética para os estudos teóricos e historiográficos, sobretudo por permitirem repensar as tendências à apropriação e ao apossamento que podem caracterizar as pesquisas sobre a escrita da história.
Revista de História das Ideias, 2016
Este artigo analisa estudos sobre temas como os da morte do rei, das formas de incorporação do po... more Este artigo analisa estudos sobre temas como os da morte do rei, das formas de incorporação do poder e dos modos de representação histórica. Eles servem de ponto de partida para uma reflexão sobre a historiografia como forma de discurso caracterizada por certa configuração poética e por seus fundamentos como rito de recordação. O primeiro aspecto a relaciona a um imaginário político e o segundo a práticas por meio das quais os homens conferem sentido às demandas pelo pertencimento a corpos coletivos imaginários. Apesar do diálogo estabelecido com autores diversos, como Louis Marin, Claude Lefort e Mona Ozouf, tornam-se centrais as interrogações de Jacques Rancière sobre uma «poética do saber» e de Fernando Catroga sobre uma «poética da ausência».
Tempo e Argumento, 2016
Este artigo tem como ponto de partida um texto de Reinhart Koselleck sobre o tema da memória, que... more Este artigo tem como ponto de partida um texto de Reinhart Koselleck sobre o tema da memória, que analisa supostas descontinuidades entre as experiências primárias e as formas secundárias de recordação. Embora seja um texto específico e não se pretenda compreender as afirmações nele contidas como fundamentos de um suposto pensamento do autor em sua unidade, são indicadas algumas possíveis relações com teses presentes em outras de suas obras. Em seguida, algumas de suas formulações são trazidas para o plano mais estritamente epistemológico e confrontadas com teses de autores como Aleida Assmann, Joël Candau, Hannah Arendt e Paul Ricoeur. O objetivo, nesse caso, é apenas o de mapear alguns problemas considerados relevantes quando tratamos das relações entre história, memória, verdade e justiça, sem qualquer pretensão de solucioná-los.
Tempo e Argumento, 2018
Este artigo analisa estudos sobre diferentes formas de historicidade publicados nos anos 1970 e 1... more Este artigo analisa estudos sobre diferentes formas de historicidade publicados nos anos 1970 e 1980, indicando que o tema foi abordado, em casos importantes, como vinculado ao poder e ao imaginário. Problemas como o das ideologias, das utopias, do poder criador da imaginação e das formas do imaginário social foram abordados em obras de autores como Claude Lefort, Paul Ricoeur e Cornelius Castoriadis por meio de uma vinculação estreita com as formas de experimentação do tempo. O tratamento das distintas formas de historicidade, por Marshall Sahlins, pressupunha uma concepção holística e histórica das culturas marcadamente caracterizada pela atenção ao poder como elemento fundamental da vida em coletividade. A partir do exame dos pressupostos dessas abordagens, pretende-se estabelecer apontamentos preliminares que podem auxiliar na reflexão sobre os modos de tratamento das formas de historicidade em perspectiva histórica. São analisados, sobretudo, os pressupostos ontológicos e as concepções de sociedade ou cultura que caracterizaram esses estudos, contrapondo-os com formulações que têm importante repercussão na historiografia atualmente, como a categoria “regime de historicidade”.
Na primeira parte, este artigo analisa importantes estudos sobre a morte e suas vinculações com d... more Na primeira parte, este artigo analisa importantes estudos sobre a morte e suas vinculações com diferentes campos disciplinares ou perspectivas de abordagem. Enfatiza-se a maior ou menor relevância conferida ao problema da historicidade e as relações estabelecidas entre a morte, o imaginário e o poder. Partindo dessas questões iniciais, uma segunda parte examina três estudos sobre a morte na antiguidade, que permitem refletir sobre as formas da representação histórica. Nesses casos, o tema da morte pode ser aproximado ao dos modos de racionalidade e sensibilidade que caracterizam um imaginário político, tornando-se o centro de reflexões que permeiam áreas diversas, como a história, a antropologia e a teoria literária. Esse tipo de enfoque parece sugerir possibilidades de tratamento que ultrapassam o estabelecimento restritivo de fronteiras disciplinares.
Tempo e Argumento, 2016
This article takes as its starting point a text by Reinhart Koselleck on the theme of memory, whi... more This article takes as its starting point a text by Reinhart Koselleck on the theme of memory, which analyzes supposed discontinuities between primary experiences and secondary forms of remembrance. Although this is a specific text and we do not intend to see its statements as foundations of a supposed author's thought as a whole, we point out some potential relations with theses found in his other works. Then, some of his formulations are brought to a rather strictly epistemological level and compared to theses by authors such as Aleida Assmann, Joël Candau, Hannah Arendt, and Paul Ricoeur. The goal, in this case, is just mapping some problems regarded as relevant when dealing with the relations between history, memory, truth, and justice, without any ambition of solving them.
Revista Tempo, 2016
Este artigo propõe uma análise dos funerais de “homens de letras” dentro do plano mais geral das ... more Este artigo propõe uma análise dos funerais de “homens de letras” dentro do plano mais geral das transformações nos rituais políticos e nas formas de consagração cívica que caracterizaram o período final do império e início da república. Pretende-se indicar uma leitura ampliada desse tipo de eventos, que aponta suas vinculações com um regime de memória determinado e com transformações mais profundas em modos diversos de dar sentido ao passado. Alterações nas formas da escrita da história, das biografias e nas práticas de monumentalização adquirem particular relevância nesse tipo de reflexão, que não implica desconsiderar as especificidades dessas diferentes práticas letradas ou gêneros de discursos.
Anos 90, 2016
Partindo da existência de diferentes tradições teóricas de estudo das formas de lidar com a morte... more Partindo da existência de diferentes tradições teóricas de estudo das formas de lidar com a morte, este artigo analisa as reflexões produzidas pelo historiador português Fernando Catroga, indicando como o tema ganha rele-vância para a teoria da história por suas interrogações sobre as relações entre os ritos mortuários e a historiografia. Destaca-se, principalmente, o diálogo com tradições determinadas no campo da sociologia e da antropologia, que permitem retomar questionamentos filosóficos mais profundos sobre os temas da morte e da historicidade numa perspectiva atenta às especificidades do olhar histórico e sua vinculação com uma forma de refletir sobre as próprias experiências considerando as respostas fornecidas a problemas de natureza existencial humana pelos homens de outras épocas ou culturas. Nessa perspec-tiva, além da historicidade, o problema da alteridade ganha relevância central para a historiografia, entendida como uma entre outras práticas coletivas de ritualização do tempo, caracterizada pela especificidade de sua vocação crítica.
Topoi, 2012
Termos como poética, retórica e narrativa têm aparecido com certa constância nas discussões sobre... more Termos como poética, retórica e narrativa têm aparecido com certa constância nas discussões sobre a natureza do conhecimento histórico, refletindo não apenas preocupações mais antigas acerca das especificidades da história, mas também os novos contornos do debate sobre a narrativa histórica das últimas décadas do século passado. Tendo em vista o tratamento do tema por diversos e importantes autores das humanidades, propõe-se uma releitura que destaca como as reflexões já existentes nesse campo têm repercutido um redirecionamento mais geral das interrogações teóricas sobre a disciplina, sobretudo quando a narrativa é concebida como elemento da vida humana que ultrapassa a dimensão da produção textual. Pensado de forma mais profunda, o debate sobre a narrativa indica como as refle-xões sobre a natureza do conhecimento histórico dificilmente podem ficar restritas ao plano estritamen-te epistemológico, muito menos negligenciá-lo.
Revista Brasileira de História, 2011
O artigo analisa o processo de constituição de funerais em liturgias cívicas, destacando sua rela... more O artigo analisa o processo de constituição de funerais em liturgias cívicas, destacando sua relação com outros fenômenos históricos, como a conformação dos imaginários nacionais, o processo de individualização moderno e as mudanças nas formas de lidar com a morte. Assim, pretende conjugar elementos que permitam refletir sobre a conformação de um campo específico de pesquisas, cuja potencialidade permanece ainda pouco explorada. Chamando a atenção para os limites das análises centradas apenas nos usos políticos e intencionais do passado, ressalta a importância de considerar as dimensões utópica e imaginária presentes nos rituais e festas cívicas, sugerindo a relevância de tal reflexão para pensar o próprio desenvolvimento da prática historiográfica.
Revista Brasileira de História, 2011
This article analyzes the process of constitution of funerals in civic liturgies, emphasizing the... more This article analyzes the process of constitution of funerals in civic liturgies, emphasizing their relationship with other historical phenomena, as the conformation of the national imaginary, the modern individualization process, and the changes in the ways death is dealt with. So, it intends to conjugate elements about the configuration of a specific field of research, which is not really developed. Criticizing the analyses centered exclusively on the political and intentional uses of the past, it emphasizes the importance of considering the utopian and imaginary dimensions of the rituals and civic parties, and suggests the relevance of this reflection to think about the development of historiography.
História da Historiografia, 2019
Este artigo analisa e estabelece comparações entre as interpretações de Michel de Certeau e Corne... more Este artigo analisa e estabelece comparações entre as interpretações de Michel de Certeau e Cornelius Castoriadis sobre as manifestações de maio de 1968. São privilegiados os escritos produzidos por ambos os autores na própria conjuntura do evento, não obstante relações com textos posteriores também sejam realizadas. Por meio da análise desses materiais distintos, sugere-se a relevância dos acontecimentos de 1968 para a formulação de algumas ideias-chave dos dois autores, sobretudo no que diz respeito ao significado conferido ao evento como o surgimento do novo, do inesperado, do impensável. Essa valorização da radical novidade das ocorrências de maio se relacionava com pressupostos ontológicos sobre a temporalidade da história como experiência vivida, mas também incidia sobre os fundamentos epistemológicos da história como forma de escrita. Suas análises, portanto, permitem explorar importantes implicações teóricas, políticas e até mesmo poéticas do significado conferido ao evento pela historiografia.
ArtCultura, 2020
Tomando como objeto de análise o filme Histórias que só existem quando lembradas, lançado em 2012... more Tomando como objeto de análise o filme Histórias que só existem quando lembradas, lançado em 2012 e dirigido por Júlia Murat, este artigo propõe uma reflexão sobre o fotógrafo como metáfora do papel do historiador. Tal como a fotógrafa recém-chegada na cidade imaginária de Jotuomba, na qual um conjunto pequeno de moradores desenvolve suas atividades diárias apagando completamente a passagem do tempo, é possível compreender o historiador como aquele que se utiliza de rastros e vestígios para a construção de imagens por meio das quais os sujeitos podem entrar em choque com o seu passado, de modo semelhante à concepção benjaminiana sobre a noção de rastros e sobre a produção de imagens dialéticas. Esse choque, como instantâneo que se configura na tensão entre o recalcado e os desejos que tornam qualquer relação com imagens do passado anacrônica, pode ser libertador do peso de um passado que se acumula, de forma anódina e previsível, nas repetições do cotidiano, por intermédio de gestos, ritos, objetos, frases clichês, enfim, de uma vivência que se esqueceu (ou recalcou) da própria passagem do tempo.
Books by Douglas Attila Marcelino
A metáfora já foi compreendida como o verdadeiro fundamento do conhecimento, assim como o seu emp... more A metáfora já foi compreendida como o verdadeiro fundamento do conhecimento, assim como o seu emprego, em certas ocasiões, caracterizado como especialmente relevante para as reflexões teóricas. Esse parece ser o caso de saberes como os da historiografia, que dependem da narrativa para a constituição dos vestígios de experiências passadas em objetos de investigação. Este livro adota a metáfora em sua interrogação central: o historiador poderia ser compreendido como uma espécie de fotógrafo da morte? Por meio dessa figuração do historiador como fotógrafo, tensionado entre o risco de esquecer de morrer como banalização da vida e de habituar-se a morrer como banalização do mal, propõe-se um questionamento das práticas historiográficas. Colocado no lugar daquele que também produz imagens do passado, o historiador é instigado ao abandono de interpretações redentoras, que restauram o sujeito ou o sentido da existência, apagando fissuras e cisões que ameaçam certa idealização do humano. Abre-se caminho, então, para pensar a escrita da história em sua potência fabricadora de imagens que perseguem, fazem pensar ou, como diria Georges Didi-Huberman, fazem arregalarem-se nossos olhos de crianças.
Para dar forma heurística ao uso da metáfora, cinco filmes são examinados: Histórias que só existem quando lembradas (2011), dirigido por Júlia Murat, que tematiza o fechamento do cemitério na cidade imaginária de Jotuomba; O sal da terra (2014), documentário em homenagem a Sebastião Salgado e que tem igualmente um fotógrafo como protagonista; a trilogia de Roy Andersson, composta por Canções do segundo andar (2000)¸ Vocês, os vivos (2007) e Um pombo pousou num galho refletindo sobre a existência (2014).
Nesse último caso, a câmera filmadora aproxima-se da técnica fotográfica, permitindo que a comparação se estenda do historiador e do fotógrafo também para o cineasta, ao mesmo tempo em que o questionamento sobre o que significa ser um ser humano traz consigo problemas fundamentais sobre a morte e o (sem) sentido da existência.
O historiador poderia ser compreendido como fotógrafo da morte? Esta é a interrogação central des... more O historiador poderia ser compreendido como fotógrafo da morte? Esta é a interrogação central deste livro, que examina cinco filmes: "Histórias que só existem quando lembradas" (2011), dirigido por Júlia Murat; "O sal da terra" (2014), documentário em homenagem a Sebastião Salgado e dirigido Wim Wenders e Juliano Salgado; a trilogia de Roy Andersson sobre o que significa ser um ser humano: "Canções do segundo andar" (2000)¸ "Vocês, os vivos" (2007) e "Um pombo pousou num galho refletindo sobre a existência" (2014). Por meio desses diferentes filmes, duas figurações da escrita da história são exploradas. Por um lado, o historiador aparece como um viajante que, liberando o passado nos lugares por onde passa, permite lidar com aquela que foi entendida por Maurice Blanchot como a maior ameaça em relação à morte: o risco da impossibilidade de morrer. Por outro, o historiador-fotógrafo é identificado como aquele que tem um compromisso ético e político de enfrentamento do imaginário da morte, verdadeira forma de presença do Mal mais absoluto, tal como tematizado por autores como Paul Ricoeur e Jan Patočka. Como pano de fundo, elabora-se uma crítica às narrativas históricas que assumem conotações apaziguadoras, repercutindo imagens idealizadas do humano e do sentido da existência.
Lugares e Práticas historiográficas. Escritas, museus, imagens e comemorações, 2021
Livro "Lugares e Práticas historiográficas. Escritas, museus, imagens e comemorações", organizado... more Livro "Lugares e Práticas historiográficas. Escritas, museus, imagens e comemorações", organizado por Douglas Attila Marcelino e Ana Paula Sampaio Caldeira.
Autores:
Paulo Knauss (Prefácio/ UFF), Aline Magalhães (Ibram), André Onofre Chaves (UFMG), Ana Paula Sampaio Caldeira (UFMG), Antonio Luiz Macêdo e Silva Filho (UFC), Carina Martins Costa (Uerj), Douglas Attila Marcelino (UFMG), Douglas Liborio (Alerj/ UFF), Erika Morais Cerqueira (IFMG), Francisco Regis Lopes Ramos (UFC), Isis Pimentel Castro (IFMG), Marcelo dos Santos Abreu (Ufop), Paulo Debom (Celso Lisboa) e Silvia Correia (UFRJ).
Andre Freixo; Fábio Laurandi; Rodrigo Perez. (Org.). Experiências de formação: um tributo ao professor Manoel Salgado. 1ed.Rio de Janeiro: Autografia., 2019
Rubens de Andrade; Guilherme Araujo Figueiredo: Mauro Dillmann. (Org.). Morte, arte fúnebre e patrimônio: lugares de memória, simbolismo e documentos post mortem. 1ed.Rio de Janeiro: Paisagens Híbridas, 2020, v. 1, p. 206-223., 2020
Uploads
Papers by Douglas Attila Marcelino
Books by Douglas Attila Marcelino
Para dar forma heurística ao uso da metáfora, cinco filmes são examinados: Histórias que só existem quando lembradas (2011), dirigido por Júlia Murat, que tematiza o fechamento do cemitério na cidade imaginária de Jotuomba; O sal da terra (2014), documentário em homenagem a Sebastião Salgado e que tem igualmente um fotógrafo como protagonista; a trilogia de Roy Andersson, composta por Canções do segundo andar (2000)¸ Vocês, os vivos (2007) e Um pombo pousou num galho refletindo sobre a existência (2014).
Nesse último caso, a câmera filmadora aproxima-se da técnica fotográfica, permitindo que a comparação se estenda do historiador e do fotógrafo também para o cineasta, ao mesmo tempo em que o questionamento sobre o que significa ser um ser humano traz consigo problemas fundamentais sobre a morte e o (sem) sentido da existência.
Autores:
Paulo Knauss (Prefácio/ UFF), Aline Magalhães (Ibram), André Onofre Chaves (UFMG), Ana Paula Sampaio Caldeira (UFMG), Antonio Luiz Macêdo e Silva Filho (UFC), Carina Martins Costa (Uerj), Douglas Attila Marcelino (UFMG), Douglas Liborio (Alerj/ UFF), Erika Morais Cerqueira (IFMG), Francisco Regis Lopes Ramos (UFC), Isis Pimentel Castro (IFMG), Marcelo dos Santos Abreu (Ufop), Paulo Debom (Celso Lisboa) e Silvia Correia (UFRJ).
Para dar forma heurística ao uso da metáfora, cinco filmes são examinados: Histórias que só existem quando lembradas (2011), dirigido por Júlia Murat, que tematiza o fechamento do cemitério na cidade imaginária de Jotuomba; O sal da terra (2014), documentário em homenagem a Sebastião Salgado e que tem igualmente um fotógrafo como protagonista; a trilogia de Roy Andersson, composta por Canções do segundo andar (2000)¸ Vocês, os vivos (2007) e Um pombo pousou num galho refletindo sobre a existência (2014).
Nesse último caso, a câmera filmadora aproxima-se da técnica fotográfica, permitindo que a comparação se estenda do historiador e do fotógrafo também para o cineasta, ao mesmo tempo em que o questionamento sobre o que significa ser um ser humano traz consigo problemas fundamentais sobre a morte e o (sem) sentido da existência.
Autores:
Paulo Knauss (Prefácio/ UFF), Aline Magalhães (Ibram), André Onofre Chaves (UFMG), Ana Paula Sampaio Caldeira (UFMG), Antonio Luiz Macêdo e Silva Filho (UFC), Carina Martins Costa (Uerj), Douglas Attila Marcelino (UFMG), Douglas Liborio (Alerj/ UFF), Erika Morais Cerqueira (IFMG), Francisco Regis Lopes Ramos (UFC), Isis Pimentel Castro (IFMG), Marcelo dos Santos Abreu (Ufop), Paulo Debom (Celso Lisboa) e Silvia Correia (UFRJ).