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Gulbenkian Garden, Lisbon, Portugal Author: Rui Chafes O Peso do Paraíso é o título da primeira exposição antológica da obra de Rui Chafes (Lisboa, 1966) que abrange vinte e cinco anos de produção. A pesquisa da escultura em ferro empreendida por Chafes aborda questões como “o sonho”, “a morte”, “a dor”, criando um universo físico poderoso que exige um contacto direto com o visitante. Um dos mais importantes artistas da sua geração, Chafes é uma notável figura do movimento de retorno à escultura que se verificou em finais do século XX. Mais de uma centena de obras ocuparão a Nave do CAM e as salas imediatamente precedentes, bem como o jardim, ora escondendo-se por entre os arbustos, ora provocando encontros com o visitante. Uma das peças novas, entre as quatro esculturas criadas para a exposição, faz precisamente a ligação entre a nave e o jardim. Um universo de ferro negro em que o peso e a leveza, o chão e o teto, o alto e o baixo, o duro e o mole, o interior e o exterior, o cheio e o vazio, a suspensão e a queda coabitam. Paradoxos que levam a uma vasta produção de esculturas densas e pesadas mas quase sempre com uma aparência frágil e leve, uma gravidade atmosférica, uma queda para cima. A mostra inclui duas obras de Rui Chafes em colaboração: uma com a artista irlandesa Orla Barry e outra com o cineasta Pedro Costa. Agarradas à terra ou suspensas no ar, as esculturas de Chafes são também muitas vezes atravessadas pela luz de que as obras em rede de ferro são as mais paradigmáticas. A rede permite a evocação da pele como se fosse um invólucro que enclausura, mas que ao mesmo tempo deixa na sua transparência trespassar-se pela luz e ver através, o que reforça uma das matrizes destas obras: tornar um material tão pesado e bruto como o ferro em algo de orgânico e frágil, que, inclusivamente, na sua forma, pode remeter para a sexualidade como algo que simultaneamente liberta e condiciona. Os desenhos que se incluem na exposição mostram, de um modo mais claro, esta proximidade à escrita, bem como os títulos das obras que quase nunca são denotativos mas antes continentes de significação que abrem novos campos de leitura e interpretação para a escultura ou para o desenho. Em termos formais a obra é herdeira do minimalismo e da arte conceptual e bastariam duas referências, Richard Serra e Joseph Beuys, para entendermos como no entanto essa herança é trabalhada de um modo tão próprio, único, singular e absolutamente autoral: nenhuma escultura de Chafes lembra mais nada do que uma escultura de Chafes. ARTIST WORK PRESENTATION
Ramificam-se diferentes contributos num tronco comum: Andrej Tarkowsky, Friederich Holderlin, Rainer Marie Rilke, Nietzche, Beckett, entre outros, são reunidos no volume com o título Würzburg Bolton Landing, editado pela Assírio & Alvim, por ocasião da exposição realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1995, com o mesmo nome. Harmonia; Durante o Fim, Um Sopro e O Silêncio de…, são exemplos da sua prolixa actividade editorial. Enigmáticas, as obras de Rui Chafes, colocadas, muitas vezes, em jardins românticos (Sintra), palácios e igrejas, operam num território suspenso no tempo, numa paisagem que apela para uma outra ordem e condição do objecto criado, entre o caos e o rigor da revelação, entre o interior e o exterior da existência, irracional, individual e transcendental. Num texto de 1998, “Talvez”, Rui Chafes elucida-nos sobre a sua vocação: «Sendo escultor e tendo nascido em 1966 (o ano de Andrej Rubliov, de Andrej Tarkowsky e de Au Hasard Balthazar, de Robert Bresson), vivo com a consciência de que é preciso continuar a transportar a chama, tal como queria Joseph Beuys que, no ano anterior, se tinha sentado, durante três horas, a ensinar a uma lebre morta como se olham as imagens.» Em 1995, Rui Chafes representou Portugal na Bienal de Veneza (juntamente com José Pedro Croft e Pedro Cabrita Reis) e em 2004 esteve presente na Bienal de S.Paulo num projecto em colaboração com Vera Mantero, Comer o Coração. O seu percurso conta com importantes exposições em instituições nacionais e internacionais e as suas obras integram os mais relevantes acervos públicos e privados.
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Date | |
Source | Flickr |
Author | Pedro Ribeiro Simões from Lisboa, Portugal |
Camera location | 38° 43′ 43.6″ N, 9° 09′ 05.8″ W | View this and other nearby images on: OpenStreetMap | 38.728777; -9.151611 |
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This image was originally posted to Flickr by pedrosimoes7 at https://flickr.com/photos/46944516@N00/12442861374. It was reviewed on 17 October 2020 by FlickreviewR 2 and was confirmed to be licensed under the terms of the cc-by-2.0. |
17 October 2020
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Camera manufacturer | Leica Camera AG |
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Camera model | M9 Digital Camera |
Exposure time | 1/90 sec (0.011111111111111) |
ISO speed rating | 160 |
Date and time of data generation | 15:47, 9 February 2014 |
Lens focal length | 50 mm |
Short title |
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Orientation | Normal |
Horizontal resolution | 300 dpi |
Vertical resolution | 300 dpi |
Software used | iPhoto 9.5.1 |
File change date and time | 15:47, 9 February 2014 |
Exposure Program | Manual |
Exif version | 2.2 |
Date and time of digitizing | 15:47, 9 February 2014 |
Meaning of each component |
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APEX shutter speed | 6.5 |
APEX exposure bias | 0 |
Maximum land aperture | 1 APEX (f/1.41) |
Metering mode | Center weighted average |
Light source | Daylight fluorescent (D 5700 – 7100K) |
Flash | Flash did not fire |
Supported Flashpix version | 1 |
Color space | sRGB |
File source | Digital still camera |
Custom image processing | Normal process |
Exposure mode | Manual exposure |
White balance | Manual white balance |
Digital zoom ratio | 0 |
Focal length in 35 mm film | 50 mm |
Scene capture type | Standard |
Contrast | Normal |
Saturation | Normal |
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