Os levantamentos geológicos conducentes à publicação da carta geológica 42-A Grândola contribuíra... more Os levantamentos geológicos conducentes à publicação da carta geológica 42-A Grândola contribuíram para o conhecimento dos sedimentos do Cenozóico existentes no sector litoral a W da serra de Grândola. Foram identificadas e caracterizadas unidades litostratigráficas do Paleogénico, Neogénico e Quaternário, sendo algumas destas unidades passíveis de ser correlacionadas com unidades existentes noutras bacias cenozóicas portuguesas. Identificaram-se também evidências de actividade neotectónica, expressa por deformações nos sedimentos Pliocénicos e Plio-Quaternários, que permitiram calcular uma taxa de levantamento regional de 0,04-0,05 mm/ano desde o Placenciano, e uma taxa de actividade referente à componente de movimentação vertical de 0,014-0,017 mm/ano para a falha de Deixa-o-Resto, no mesmo período de tempo. Observam-se estruturas de deformação frágil (diaclases e falhas) e dúctil (dobras) afectando os sedimentos detríticos plio-quaternários que, por vezes, terão origem tectónica, mas que em grande parte estão relacionadas com a deformação da cobertura sedimentar em resposta à dissolução progressiva ou ao colapso súbito do substrato jurássico carbonatado carsificado.
Os levantamentos geológicos conducentes à publicação da carta geológica 42-A Grândola contribuíra... more Os levantamentos geológicos conducentes à publicação da carta geológica 42-A Grândola contribuíram para o conhecimento dos sedimentos do Cenozóico existentes no sector litoral a W da serra de Grândola. Foram identificadas e caracterizadas unidades litostratigráficas do Paleogénico, Neogénico e Quaternário, sendo algumas destas unidades passíveis de ser correlacionadas com unidades existentes noutras bacias cenozóicas portuguesas. Identificaram-se também evidências de actividade neotectónica, expressa por deformações nos sedimentos Pliocénicos e Plio-Quaternários, que permitiram calcular uma taxa de levantamento regional de 0,04-0,05 mm/ano desde o Placenciano, e uma taxa de actividade referente à componente de movimentação vertical de 0,014-0,017 mm/ano para a falha de Deixa-o-Resto, no mesmo período de tempo. Observam-se estruturas de deformação frágil (diaclases e falhas) e dúctil (dobras) afectando os sedimentos detríticos plio-quaternários que, por vezes, terão origem tectónica, mas que em grande parte estão relacionadas com a deformação da cobertura sedimentar em resposta à dissolução progressiva ou ao colapso súbito do substrato jurássico carbonatado carsificado.
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