As árvores de Lisboa são o que resta de conexão entre nós e a natureza. Um resquício talvez de uma convivência perdida, suspensa por pequenos ramos que se encontram aqui e acolá entre as ruas da cidade. Há quem se queixe das alergias ao pólen primaveril ou dos passeios e capôs maculados pelas folhas caídas de outono. Há ainda quem se preocupe com as raízes que proliferam no subsolo ou com a sombra de uma folhagem demasiado alta. Talvez tudo fosse mais funcional caso não houvesse árvores a importunar a lógica da urbe. Mas quão longe podemos nós distarmo-nos da natureza? As fotografias que se seguem incitam a capturar a elegância das árvores rodeadas por gente e betão. Tentam ainda “escutar” o silencioso apelo da natureza ao transeunte absorvido pela movida lisboeta.
O Artéria é um projecto de jornalismo comunitário. É feito por voluntários, supervisionados por um jornalista profissional.