quarta-feira, 24 de julho de 2013

Novos Revolucionários!

O semanário O Diabo tráz à estampa na formula de rumor que os militares estão a preparar uma revolta nas ruas.
Não fosse o realidade uma emergência eu rir-me-ia até à exaustão...os militares revoltarem-se!!!! Ahahahahah, mesmo para rir.
Como pode uma cambada de chibos e cordeiros em que foi transformada a instituição militar ousar arregimentar uma "revolta"? E por que o fariam AGORA...! Ridiculo, ridiculo porque anos fio viram ser vilipendiados os mais elementares direitos e CALARAM, anos a fio viram uma hierarquia PERSEGUI-LOS apenas porque queriam estudar e CALARAM, anos a fio aceitaram a prepotência, o abuso de poder, cartelizado com o procedimento disciplinar e CALARAM ... e, agora, apenas porque o Governo lhes retirou uns "trocos" decidem revoltar-se, hummmmm isto cheira mais a sensibilidade do foro mercenário do que a luta/revolta por alguma razão válida, fundada em Valores ou Princípios.
Estarei na luta, obviamente, naos por esta razão NOVA mas pela súmula de todas as precedentes..., mas se irei lutar ou rir é coisa que sinceramente NÃO SEI, nem arrisco ANTECIPAR

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Declaração de Abertura da Via Justa do PSD

Declaração de Abertura da Via Justa do PSD
Após diagnóstico conjunto da doença moral do País, lançamos um novo caminho de recuperação e desenvolvimento, baseado no Partido Social Democrata-PSD e tendo como missão o serviço de Portugal: a Via Justa. Quem sinta arder em si a chama da Pátria, se insira na ideologia defendida pelo Partido Social Democrata-PSD, e concorde com os princípios, objectivos e programa que abaixo expomos, junte-se a nós (escreva para [email protected]).

Alexandre Vieira
António Balbino Caldeira
António Cardoso
António V. Filipe
Emanuel Manzarra
Henrique Sousa
Isabel Filipe
José António Borges da Rocha
Luís Gaspar
Paulo Carvalho
Paulo Henriques
Rui Rodrigues
Tiago Soares Carneiro
Zeferino Boal



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Declaração de abertura da Via Justa do PSD


A Via Justa é uma linha política, aberta a militantes e simpatizantes do PSD, que tem como princípios a dignidade humana, a democracia directa e um programa ideológico moderado e como objectivos a modernização do funcionamento do Partido e a afirmação de uma posição autónoma do Partido para o serviço de Portugal.

Acreditamos que o principal valor social é a dignidade humana. A dignidade humana é a raiz divina da liberdade, da democracia e do Estado de direito.

Promovemos a democracia directa como sistema de funcionamento do Partido e do Estado, para a maior integração dos cidadãos na vida política, através das seguintes propostas:

Eleições primárias para todos os cargos electivos do Estado e das autarquias e para todos os órgãos nacionais, distritais e locais, do Partido;
Separação efectiva dos poderes executivo, legislativo e judicial, auto-governo da magistratura judicial e do Ministério Público, através de conselhos superiores sem representantes de nomeação política, e controlo legal dos serviços de informação do Governo;
Liberdade de apresentação de candidaturas independentes a todos os órgãos políticos nacionais e autárquicos;
Sistema eleitoral misto nas eleições para a Assembleia da República, circunscrições de eleição uninominal, compensado com um círculo eleitoral nacional para representação parlamentar de tendências minoritárias;
Escrutínio prévio obrigatório dos candidatos a nomeação política através de audiência parlamentar pública e prestação de contas aos eleitores, responsabilização pessoal dos eleitos, convocação popular de eleitos (recall), suspensão do mandato para titulares de cargos políticos acusados de crimes de relevo e supressão da imunidade política por factos estranhos ao mandato;
Facilitação do direito de iniciativa popular de apresentação de propostas legislativas sobre quaisquer matérias e de apresentação de propostas ao nível autárquico, e o aproveitamento de actos eleitorais para consultas populares;
Financiamento partidário e eleitoral transparente;
Registo de interesses dos candidatos a cargos de nomeação política, partidários, altos cargos da administração pública e magistrados (nomeadamente a sua pertença a organizações secretas ou discretas), além da declaração patrimonial e de rendimentos;
Liberalização do direito de expressão, informação e opinião, através da revisão do Código Penal e Código de Processo Penal, eliminação da ERC e atribuição das suas competências executivas aos tribunais, proibição de detenção do controlo, directo e indirecto, pelo Estado de media e transformação da RTP num canal neutro de serviço público;
Transparência das contas e estatísticas do Estado e da administração regional e local, com responsabilização dos dirigentes e funcionários por falsificação e omissões.

Defendemos um programa ideológico moderado para o Partido e o País, tendo como farol o seu património de valores e práticas orientados pela doutrina social:

A reforma do Estado social;
A revalorização do trabalho;
O combate à corrupção;
Moralização dos salários, prémios e benefícios marginais, dos dirigentes de empresas públicas e institutos públicos;
Apoio ao desenvolvimento em vez do incentivo à dependência do Estado;
A responsabilização dos cidadãos, recentrando o Estado no papel supletivo de apoio;
A protecção laboral dos trabalhadores;
Reforma fiscal que desloque a incidência da receita do trabalho para o consumo, reduzindo o obstáculo fiscal à criação de emprego, e racionalize o sistema de impostos;
Reforma da administração pública, reintroduzindo a avaliação pelo mérito em detrimento da promoção do favoritismo;
Política de «tolerância zero» face ao crime e fim do funcionamento de dois sistemas legais no País, eliminando a segregação permissiva na aplicação da lei, complementada com uma política de integração laboral, económica e social de populações mais pobres;
Revisão do Código Penal e do Código do Processo Penal com o propósito da eficácia e do bem-estar dos indivíduos e da sociedade;
Reforma do rendimento social de inserção, recuperando os beneficiários para o trabalho em empresa, em instituições particulares de solidariedade social e em autarquias, mediante remuneração, e aplicando a assistência social do Estado para casos de doença e impossibilidade de trabalho, bem como a mudança do paradigma de burocracia na assistência para a assistência directa e ajuda à criação de um projecto de vida;
Promoção real do empreendedorismo ao nível local e regional, com o envolvimento indispensável de universidades e institutos politécnicos;
Facilitação do licenciamento comercial, de serviços e industrial;
Reformulação do sistema nacional de saúde da oferta para a procura, mantendo a sua tendência gratuita;
Consolidação do sistema público nacional de educação, com a revalorização da missão do professor e a meta de um ensino de excelência;
Revisão do programa de Novas Oportunidades, virando-o para o progresso de competências, em vez da certificação laxista de graus;
Revisão do registo civil, para evitar a multiplicação de registos falsos de crianças e a obtenção ilícita de bilhetes de identidades múltiplos, com a finalidade de acesso ilegítimo a subsídios sociais;
Equilíbrio orçamental;
Rigor e transparência nas contas públicas e estatísticas do Estado;
Contenção da despesa pública, começando com o exemplo de frugalidade nos gastos dos cargos políticos e dirigentes da administração;
Autonomia real das instituições desportivas face ao Governo, mantendo o Estado programas de apoio que serão aplicados pelas federações desportivas;
Promoção activa do conceito estratégico de defesa nacional, articulando e integrando as várias forças militares, para-militares e policiais de modo a cumprir os objectivos de segurança nacional;
Revisão da Constituição da República, eliminando o seu carácter programático e reformando o sistema político com vista à criação da IV República.

Entendemos que o objectivo de modernização do funcionamento político do Partido e do Estado se conseguirá com a reforma da democracia representativa e a adopção das medidas de democracia directa que propomos e seguimos.

E finalmente, clamamos por uma verdadeira posição autónoma do Partido Social Democrata face ao sistema socialista, tendo como missão exclusiva o serviço de Portugal.

domingo, 24 de outubro de 2010

GENERAIS - oboediscere

Aproximam-se tempos de tensão social e de inquietação pessoal.
Por incompetência dolosa duma troupe política, desde sempre eleita para prever e antecipar, que nada previu e menos ainda antecipou, Portugal e os portugueses são atirados para a sarjeta da dor, da angústia e do desespero.
Na refrega que se avizinha, os contentores aprestam-se a tomar a melhor posição para desferir o contra-ataque.
Com o aproximar da greve geral, o 24 de Novembro surge como o dia D da revolta, os lados enfileiram-se na procura da melhor posição e os magistrados e juízes já tomaram a dianteira.
Inimigo não perde tempo.
Chama-os para uma conversa privada pedindo-lhes: “sejam pacientes e não criem ondas, deixem-nos vencer a batalha, prometo dar-vos por debaixo da mesa o que vos retiro às claras”.
Claro está que quem não se “mexe”, quem não “chora”, não é ouvido: uns, a maioria porque não têm quem os defenda, outros, a minoria, porque quem o devia fazer está moralmente hipotecada por um tão sujo quanto jubilado cadastro de omissões, silêncios e condescendências.

sábado, 31 de julho de 2010

bancos, desemprego, justiça: ou seja mais do mesmo

Recentemente subiu à superficie do conhecimento coisas e loisas que mais parecem ter saído do horizonte da ficção.
1. Os bancos, aqueles mastruços que pela calada da noite extorquem dinheiro aos clientes, e que dizem ter passado nos testes de stress (julgo eu, por terem falsificado a informação), apresentam - sem pingo de pudor ou vergonha nacional - lucros desmesurados, ainda por cima com pompa e circunstância mediática.
Os portugueses não dizem, porque não têm voz, mas pensam como é possível isto ocorrer quando o país está na miséria, quando milhões de concicadãos passam fome, estes os esfomeados são obrigados a ouvir que os "ladrões" apresentam lucros?
Lucro, que estranha forma de designar o roubo.
Os bancos roubam os cliente, a palavra está semanticamente correcta, pois é sabido que, alegando tratar-se de despesas de manutenção, invadem as contas pessoais dos clientes para lhes extorquir dinheiro. E fazem-no ao arrepio do humanismo, da civilidade e da democracia. Fazem-no apresentando um descarado despudor e uma falta de respeito e de solidariedade, abusando dos fracos e protegendo os fortes.
Dizem-nos que, por lei, nas contas com movimento médio até 1500 euros podem roubar 6 euros por mês e nas contas com movimento entre 1500 e 3000 euros o roubo é reduzido em cinquenta por cento (3 euros por mês).
Como se tal não fosse de si andrajoso e imoral, dizem-nos ainda que AS CONTAS COM MOVIMENTO ACIMA DOS 3000 EUROS NÃO SÃO OBJECTO DE QUALQUER DESPESA DE MANUTENÇÃO, estas escapam ao furto.
Que coisa estranha num país que se diz democrático e humanista.
Na verdade todos sabemos que Portugal não é um país materialmente democrático, conforma apregoa ao vento a constituição, pois se o fosse então o procedimento deveria ser o simétrico isto é exactamente o contrário do que é feito ou seja as contas com rendimentos acima dos 3000 euros deviam pagar uma taxa elevada, a~s intermédias uma simbólica e as pequenas (registe-se que são a maioria dos portughueses) deviam estar isentas.
Isto sim seria um procedimento humanista e solidário.
Se quem pode pagar fica isento e quem não pode é forçado a pagar, então estamos perante uma propsa ditatorial e não num modelo de sociedade democrático.
Enfim

2. Todavia, enquanto isto ocorre, ouvimos os afilhados do regime - sim, os mesmos, sempre os mesmos, as mesmas caras que todos os dias aparecem à mesma hora para falar sobre os mesmos assuntos: os cançoneteiros da maldade - apregoam aos sete ventos que o país está em crise e que a unica forma de a atacar é obrigar os portugueses (não o dizem mas sabemos que se referem aos portugueses honestos) a sacrifícios e mais sacrifícios.
Cabe aos honestos, aos cidadãos exemplares, aos que cumprem os seus deveres, o dever emergente de salvar as contas púbvlicas.
Sorte de cão.
Cabe agora, como sempre coube, apenas porque estamos num país de má fé, aos mesmos de sempre tapar as falhas dos aldrabões de sempre.
Sorte madrasta esta de ser português honesto.
Os peritos chamam-lhe déficit, eu chamaria incompetência.
Mas aqueles delfins de meia tijela, aliás agentes pagos para tal tarefa, não se cansam de assustar os portugueses bradando o perigo só para cobrir as costas dos governantes abrindo o caminho mental para estes de seguida aplicarem as furtivas e fustigantes medidas.
O que é curioso é que ambos (delfins traidores e governantes pérfidos) sabem que a causa da catastrofe vem de outro azimute e não dos portugueses, especialmente daqueles a quem a mensagem é dirigida: aos honestos.
Sabem mas, por conveniência pessoal e cumplicidade sistemica, omitem-na aos portugueses a quem se dirigem e querem atingir. É sabido que a dívida fiscal, isto é a receita que o Estado não cobra aos desonestos, daria pagar cobrir o déficit.
Ora se a receita não cobrada, por conduta desonesta, daria para evitar que os honestos fossem obrigados a pagar em duplicado, então - e se Portugal fosse governado por gente solidária e leal ao povo - veríamos o Estado não a demonstrar incapacidade em atacar o problema e em perseguir os desonestos, mas sim activo e consistente na perseguição dos desonestos e dos recalcitrantes.
Se assim fosse veríamos o Estado não a atirar-se com toda á furia sobre os honestos, ou seja aqueles que sempre cumpriram com as suas obrigações de cidadania, e sim a perseguir os caloteiros e maus compatriotas.
E que fácil seria atacar o mal.
Trata-se de um caso de interesse nacional. Há interesse nacional que todos os cidadãos sejam honestos e como assim cumpram as suas obrigações para com a comunidade; logo os que não o são, os desonestos, os que se cagam para o interesse nacional e são descaradmente desleais devem ser tratados como "criminosos" e não como simples incumpridores.
E bastaria este pormenor semântico para atacar com verdade o problema, ou seja o estado não recupera a divida ao fisco porque não tem coragem (nem interesse) em ajustar a semantica penal. Dadas as circunstâncias, tenho para mim que quem foge ao fisco comete o Crime de Delinquência de Alta Traição à Pátria, e ponto final.

3. Ahhhhh, a justiça pois claro.
Esta semana foi pródiga em acontecimentos jurisdicionais. O país ficou a saber que o nosso primeiro ministro é FORMALMENTE inocente pelo crime de corrupção e tráfico de influências.
E mais não digo, a não ser aquilo que sempre disse quando o assunto se chama corrupção. Dado que a corrupção, em Portugal, atingiu um grau orgânico, deixou de ser uma delinquência localizada para se transformar num fenómeno epidémico, repito o que sempre disse sobre o assunto: hoje em dia só conheço um sítio onde não há corrupção: ONDE AINDA NÃO FOI DESCOBERTA.

4. ~Fazendo um rewind mental direi que a prepotência apoderou-se do poder no preciso momento em que este destruíu o único contraditório que vigorava em Portugal e lhes fazia frente: as FP-25.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

QUANDO NÃO SE ATACA O VERDADEIRO INIMIGO (desorganização geral), ATACA-SE O PUTATIVO

Uma embarcação descaracterizada da Polícia Marítima foi esta quarta-feira, durante a madrugada, alvo de tiros de metralhadora disparados por uma lança da Armada, enquanto efectuava uma operação de vigilância costeira perto de Portimão, afirmou fonte dos serviços de informações à agência Lusa.

A lancha ‘Pegaso’ da Marinha portuguesa aproximou-se de um barco a quatro milhas da costa, ao largo da praia da Salema, levantando suspeitas para a Armada, que disparou quatro rajadas de metralhadora.

Sem responder ao fogo, a embarcação da Polícia Marítima acelerou para uma distância segura, "ligando posteriormente os pirilampos rotativos" que a identificam enquanto lancha policial, onde seguiam três elementos da polícia, acrescentou a mesma fonte.

O incidente entre as duas forças da Armada sucedeu numa área referenciada pelas autoridades como uma zona de tráfico de estupefacientes do Norte de África para o Sul do Europa.

O gabinete do Chefe de Estado-maior da Armada não quis comentar "questões de natureza operacional".

A actuação da Polícia Marítima enquadrava-se numa operação de controlo de fronteiras externas europeias (Frontex).

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

HEBEDISMO NATALICIO, OU...

Enquanto os priveligiados chafurdam no hebedismo folclórico natalicio, e as tv insistem no mercantilismo irracional, pasme-se que vão ao ponto e cumulo de sugerir o tipo de prendas, criando uma onda negocial imparavel, há uma porção de portugueses que não pode ser esquecida, não porque não têm prendas, não porque não podem confraternizar com as famiias mas tão somente porque ficaram - subitamente -, por um cruel capricho da natureza, sem lar: refiro-me as gentes de Torres Vedras que viram num ápice o solo ruir debaixo dos seus pés... para vós, há pelo menos um português que sente a vossa dor aguda e com ela se solidariza, a esperança de um amanhã melhor e que Deus traga esperança e alegria às vossas crianças que, como as restantes, merecem um natal de alegria e não de pesar.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PORQUE NÃO ACREDITO NA JUSTIÇA

Fui involuntariamente envolvido num desgastante e desigual processo de litigância castrense devido à subtracção do Estatuto do Tratabalhador Estudante, que entretanto usufruía, e que em 2004 me foi ilegalmente retirado pelo Comandante da Unidade (Escola Prática de Transmissões) que o fez abusivamente e contando (o que é mais grave ainda) com o beneplácito da chefia do exército. A instituição militar definha embriagada numa mentalidade obsoleta, deu prova cabal que não se modernizou e que não está habituada, nem preparada, para o facto – puramente legal e normal - dum subordinado contraditar as decisões hierarquicamente fixadas.
A reacção, mórbida e profundamente cobarde, inadmissível nos tempos que correm, foi retaliar em toda a linha, aspergindo sobre mim uma barragem de procedimentos alguns dos quais fazem corar de vergonha a constituição da república.
Apesar disso, e embora à primeira vista não o pareça, não me movo por qualquer sentimento espúrio de vingança ou retaliação; movo-me porque tenho o dever de contribuir para a melhoria da sociedade em que vivo e me insiro e que gostaria de ver social e humanamente melhor nutrida aquando da passagem para os vindouros; movo-me porque considero que nenhuma injustiça deve ser calada e movo-me ainda porque não acredito no actual sistema judicial, especialmente na vertente disciplinar castrense.
Sobre o descrédito da justiça pouco ou nada poderei acrescentar pois a percepção do povo é que não existe justiça; mas não é só o povo quem assim pensa pois há quem a defina como sendo “uma casa de horrores” (como diz o bastonário da ordem dos advogados), ou como desabafa o Dr. Luís Filipe Menezes “nos últimos anos, a vida pública portuguesa viveu condicionada pelo alarido à volta de casos de justiça. Numa primeira fase, políticos no activo; agora, toda a gente: banqueiros, empresários, forças de segurança, magistrados e até clérigos em funções! O lendário triângulo - autarcas, empreiteiros, futebol - passou a octógono, com enorme propensão para que a natureza poligonal se transforme num enorme círculo, onde coabitam a corrupção, o tráfico de influências, a prevaricação, a participação ilegítima em negócios, a associação criminosa e, um dia destes, o terrorismo”; ou ainda como soletra o Prof. Freitas do Amaral “sinceramente, nunca pensei assistir a uma degradação tão grande dos princípios fundamentais do direito e da credibilidade da justiça. Estamos a bater no fundo, mas também estou firmemente convicto de que há muitas formas de combater a corrupção, melhorar o funcionamento da justiça, revalorizar os princípios do Estado de direito”; de facto o sistema judiciário anda nas ruas da amargura.
A mediatização dos processos pôs a nu injurias de incúria e cedilhas de irresponsabilidades de ambos os lados: os juízes queixam-se do poder político e vice-versa. Mas há que convir que os juízes (e magistrados) contribuem para o lodo quando esquecem que o seu mérito perante a sociedade é granjeado na solução dos casos simples, naqueles em que entra a gente anónima e humilde, e não nos mediáticos cuja conclusão é repetidamente a mesma, gasta e cansativa.
E aqui, nos casos relativos ao zé ninguém, o sistema falha em toda a linha, por isso deixei de acreditar no actual sistema de justiça e seus actores, e a circunstância de não acreditar na actual justiça e seus actores não resulta de convicção gratuita ou sequer de inferência indirecta, mas antes, e especialmente, da consciência e do conhecimento de facto.